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DOUTRINA DE MONRO-KELLIE

• 1- A teoria de Monro- Kellie afirma que o volume intracraniano é


igual ao volume encefálico mais o volume do sangue cerebral
acrescido do volume do liquido cefalorraquidiano (LCR). Qualquer
alteração no volume de algum destes componentes, bem como
adição de uma lesão, podem levar a um aumento da PIC.
2- COMO AGE O MANITOL E QUANDO É UTILIZADO

• O manitol é um álcool de açúcar que reduz a PIC por diversos


mecanismos, diminui a quantidade de líquido na cavidade craniana,
gera aumento no fluxo sanguíneo cerebral (FSC) e modula a
reatividade da vasculatura cerebral. Além disso, o manitol também
eleva o débito cardíaco e otimiza a perfusão microcirculatória
melhorando o fluxo laminar e alterando a viscosidade sanguínea, que
constituem efeitos imediatos. É a medicação hiperosmolar mais
utilizada no tratamento da HIC no TCE grave tendo recomendação
nivel II pela Brain Trauma Foundation.
• PENSAR EM SOLUÇÃO HIPERTONICA PARA O EDEMA (MANITOL)
3- O QUE É PIC E COMO É COLHIDO
• A pressão intracraniana (PIC) pode ser definida como a pressão hidrostática
no espaço subaracnóideo ventricular e Iombar no indivíduo em
• posição supina, com referência à pressão atmosférica. Em indivíduos
normais, ela varia de 0 a 10 mmHg. A PIC é exercida pelo volume combinado
dos três componentes intracranianos:
• - Componente parenquimatoso: constituído pelas estruturas encefálicas
(tecido encefálico)
• - Componente liquórico: constituído pelo liquido cefalorraquidiano (LCR) das
cavidades ventriculares e do espaço subaracnóide (liquido cerebroespinhal)
• - Componente vascular: caracterizado pelo sangue circulante.
3- O QUE É PIC E COMO É COLHIDO
• Monitorização da pressão intracraniana (PIC)
• Quantifica níveis pressóricos intracranianos, auxiliando na avaliação do quadro clínico, no seu controle e
verificação da evolução do paciente. Pode ser feita de várias maneiras, a mais usada é a introdução de um
cateter no ventrículo estabelecendo uma coluna liquida até um transdutor de pressão. Os métodos de aferir
a PIC são por meio de cateter (intraparenquimatoso, ventricular, subdural, epidural ou subaracnóideo).
• O método de maior acurácia é a ventriculostomia, apresentando outras vantagens como drenagem de LCR
para monitorização da PIC e diagnóstico de infecção. Apresenta como desvantagem um maior risco de
hemorragia e infecção. O risco de infecções é maiores em cateter de ventriculostomia em relação as sondas
intraparenquimatosas. Estudos recentes têm avaliado o controle da PIC por aferição indireta da correlação
da medida linear de crescimento da calota craniana/pulsação. Com a PIC. No entanto, elas não são capazes
de drenar o LCR. Os valores de PIC variam de acordo com a posição do paciente, idade e algumas patologias
especificas. O método correto para avaliar a PIC é por meio de um registro seriado, porque deste modo,
pode-se analisar tanto as variações numéricas como também a morfologia das ondas, que evidenciam as
alterações citadas anteriormente. a monitorização pode mostrar o diagnóstico da hipertensão e a conduta
terapêutica a ser tomada para diminuir a PIC.
4 - O QUE É PPC E PARA QUE SERVE?

•A Pressão de Perfusão Cerebral (PPC) decorre da Pressão Arterial Média (PAM) – na pressão
•intracraniana (PIC), portanto, o aumento súbito
•no valor da PIC reduz a PPC, assim como a redução da PAM, o que exige o tratamento imediato da
hipotensão e do choque. É obtida pela fórmula PPC = PAM - PIC --> PPC = [(PAD x 2) + PAS] / 3 - PIC
•A isquemia cerebral é o fator secundário mais importante que influencia o prognóstico do TCE. Por
este motivo, é fundamental, na abordagem desses casos, a manutenção em níveis adequados da
PPC.
•É recomendada a manutenção da PPC, em nível acima de 60 a 70 mmHg, para melhorar o fluxo
sanguíneo cerebral. PPC abaixo de 60 mmHg, provoca um suprimento sanguíneo inadequado, e
pode indicar isquemia cerebral, associando-se a maiores taxas de mortalidade e sequelas tardias.
•A redução da PIC e a manutenção da PPC, em níveis adequados, são promovidas pela diminuição
do metabolismo cerebral por intermédio da sedação, hiperventilação induzida, terapia
hiperosmolar (uso de manitol), hipotermia e tratamento cirúrgico adequado.
QUANDO ESTÁ INDICADO A CX
• 5 : A decisão cirúrgica no traumatismo cranioencefálico (TCE) depende do tipo de
lesão e das condições clínicas do paciente.
• ▶️O momento cirúrgico está intimamente relacionado à morbidade neurológica.
• ▶️A intervenção cirúrgica para lesões focais é o método mais eficaz para o controle de
hipertensão intracraniana e prevenção de danos secundários

• HEMATOMA EPIDURAL: Como a dura-máter está firmemente presa Ao crânio, o


crescimento contínuo desse hematoma determina sua aparência biconvexa; É
causada por lesões na artéria meníngea média, veias meníngeas, seios venosos durais
ou sangramento do osso no caso de fraturas. O parênquima cerebral está
comprimido, mas protegido pela dura-máter; isso explica seu bom prognóstico com o
manejo cirúrgico.
• HEMATOMA SUBDURAL INDICAÇÃO: Espessura maior que 10 mm ou linha média desviada maior que 5 mm:
eles devem ser evacuados cirurgicamente, independente do ECG.

• FRATURA DE CRANIO: A intervenção cirúrgica da fratura tem como prioridade a prevenção da infecção, para a
qual suas indicações caminham muito juntas. Normalmente, o método usado é a elevação de fragmentos
deprimidos, descompressão neurológica e desbridamento; a substituição do fragmento ósseo é uma opção
apenas quando não há sinais de contaminação ou infecção da ferida, embora as evidências sejam conflitantes
• LESÕES INTRAPARENQUIMATOSAS: CONTUSÃO E HEMORRAGIA INTRACEREBRAL: INDICAÇÕES:
• Efeito de massa, demonstrado por obliteração das cisternas basais ou desvio da linha média maior que 5 mm .
• • Hematomas frontais ou temporais maiores que 20 cm3, especialmente quando associados à deterioração do
ECG
• • Edema cerebral perilesional refrativo.
• • Qualquer lesão com volume superior a 30 cm3, independentemente da condição clínica ou localização.

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