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As

Áreas
Func
ionai
A DIFERENCIAÇÃO FUNCIONAL

O espaço urbano oferece uma grande


diversidade de funções que, geralmente, se
encontram organizadas no espaço, formando as
chamadas áreas funcionais – áreas mais ou
menos homogéneas em termos das funções que
oferecem.
Áreas Funcionais
Áreas mais ou menos homogéneas com características
próprias, onde predomina uma determinada função.

Diferenciação Funcional

Existência de áreas no espaço urbano em que se verifica


uma certa homogeneidade nas funções por si exercidas.
https://www.youtube.com/watch?v=ebJtqmMBi1Y
Em Lisboa:

• na rua Augusta, comércio não diário de marcas de


prestígio de vestuário, calçado, acessórios, etc.;

•na rua do Ouro, comércio de bens mais valiosos e


sedes de bancos e seguros;

•na rua das Portas de Santo Antão, teatro, oferta


cultural e de lazer;

•nos Restauradores e na avenida da Liberdade,


comércio e serviços de grandes marcas e hotéis de luxo;

•na rua da Palma e vias próximas, comércio


banal e grossista;

•na praça do Comércio, as funções de administração


central foram substituídas pela função lúdica e cultural.
Áreas Funcionais

Centro/CBD/Área Residenciai Industriais


s terciárias
s
https://lmsev.escolavirtual.pt/playerteacher/re

source/1365400/E?se=&seType=&coId=1365
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CBD/Baixa/
Áreas
Terciárias Centro de negócios que se caracteriza por:
• Ser central em termos de acessibilidade;
• Elevada concentração de edifícios,
• Elevada intensidade de tráfego de veículos e peões;
• Valores elevados da solo e impostos,
• Concentração de negócios
• Mistura étnica e todas as classes sociais.

(Glossário de Termos, CCDR, 1998)


CBD/Baixa
/Áreas
Terciárias
Principais Características

• Concentração da função terciária;


• Concentração de funções vulgares;
• Intensa concentração de população flutuante;
• Elevados níveis de trânsito de veículos e peões;
• Polo de emprego;
• Construção em altura.

Rua Augusta - Lisboa


Comércio de pequena superfície (quer seja
especializado, associado a produtos de luxo, ou vulgar e
acessível à população em geral);

Hotéis, cafés e restaurantes;

Espaços de cultura e lazer, como teatros e museus;

Centros de decisão da administração pública, como


ministérios, tribunais superiores, governos regionais
ou municipais;

Sedes de bancos, de empresas, de companhias de


seguros, bolsas de valores, entre outros.
Funções Urbanas
Atividades que se desenvolvem no interior das cidades com
vista a satisfazer as necessidades da população.

Função Rara
Bem ou serviço de utilização pouco frequentes e que, por
isso, é fornecido por centros importantes. (bancos,
seguradoras, comércio especializado ou de luxo...)

Função Vulgar
Bem ou serviço de utilização muito frequente e que, por isso, pode ser
fornecido em qualquer lugar. (cafés, restaurantes, tabacarias...)
CBD/Baixa
/Áreas  Numa primeira fase, assistiu-se à
Terciárias substituição das funções industrial  Especulaçã
e o fundiária.
residencial pelo comércio e por  Congestionamento do
outras atividades terciárias. centro.
 Diminuição da
acessibilidade.
 Posteriormente, iniciou-se uma
tendência de
descentralização
destas funções em direção a NOVAS CENTRALIDADES
outras áreas da cidade.
CBD/Baixa
/Áreas
terciárias

Zonamento Vertical
As funções que exigem menor contato com o
consumidor ocupam os níveis superiores.

• O comércio ocupa o rés – do – chão;


• Os serviços (ex. escritórios) os primeiros e segundo
andares;
• Algumas habituações os últimos andares.
CBD/Baixa
Zonamento Vertical
/Áreas
terciárias
CBD/Baixa
/Áreas
terciárias

Zonamento Horizontal
Traduz-se na presença de áreas especializadas e na distribuição das mesmas
ao longo de uma rua.
Zonament
o Vertical

Zonament
o
Horizontal
CBD/Baixa • Especulação fundiária;
/Áreas • Congestionamento do centro;
terciárias • Diminuição da acessibilidade.
• Aumento e diversificação das atividades terciárias.
• Novas exigências de espaço e infraestruturas.

Saída de muitos serviços do centro da cidade.

 Parques de escritórios.
 Parques tecnológicos.
Edifício de escritórios, Lisboa.
Rotunda da Boavista, Porto. Parque das Nações, Lisboa.
Áreas
Residencias
A função residencial desempenha um papel
importante nas cidades, distinguindo-se áreas
com características próprias, cuja localização está
diretamente relacionada com o custo do solo e,
por isso, reflete as características sociais da
população que nelas habita.
Áreas
Residenciai
s • Na época pré-industrial a área central das cidades
constituía o local por excelência da função
residencial.

• Nas últimas décadas, juntamente com a disputa


crescente da área central da cidade pelas atividades
terciárias, o desenvolvimento dos transportes
coletivos urbanos e suburbanos e o uso crescente do
automóvel vieram favorecer a migração da função
residencial para outras áreas, acelerando o processo
de (re)localização das áreas habitacionais.

Recife- Brasil
Áreas
Residenciai
s
Classes de maiores recursos

•Os melhores locais da cidade são ocupados pelas classes


altas.

•São, normalmente, áreas planeadas, com boa


acessibilidade, espaços verdes e, muitas vezes, vista
panorâmica. Locais aprazíveis e prestigiados.

Parque das Nações- Lisboa


Áreas
Residenciai
s
Classes médias

•Os bairros das classes médias têm menor qualidade


arquitetónica e ocupam grande parte do espaço
urbano.
•Nestas áreas, reside, de um modo geral, uma
população mais jovem, verificando-se uma tendência
generalizada para a aquisição de casa própria.
Áreas
Residenciai
s Classes baixas

•A população de menores recursos reside nas áreas


antigas e degradadas da cidade, em bairros de
habitação precária e de habitação social.

•Em Portugal, a habitação precária foi praticamente


erradicada, através do realojamento em bairros de
habitação social.

Casas degradas- Porto


Áreas
Residenciai
s

•Na periferia das grandes cidades, principalmente de


Lisboa e Porto, encontram-se ainda os bairros de
génese clandestina, construídos ilegalmente, em
terrenos sem projeto de urbanização e que, durante
vários anos, não tiveram qualquer tipo de
infraestruturas.
Áreas
Residenciai
s
Diferenciação Social

Desigualdade de nível de vida da população.

Gentrificação ou Nobilitação urbana


Processo de transformação de centros urbanos através da
mudança dos grupos sociais ali existentes, onde sai a
comunidade de baixa renda e entram moradores das camadas
mais ricas.
ATIVIDADE

1. Caracterize as áreas residenciais de


acordo com as características sociais da
população que nelas habita.
A dinâmica funcional e a evolução do tecido urbano,
Áreas levaram muitas indústrias a deixar o centro da cidade.

Industriais CAUSAS:
 Grande exigência de espaço.
 Elevado custo do solo e das rendas.
 Dificuldades no trânsito e no estacionamento.
 Poluição e o ruído associados às indústrias.
 Segmentação do processo produtivo.
 Desenvolvimento das redes de transporte.
Áreas
Industriais

•Esta migração fez-se para espaços mais amplos no


perímetro urbano, muitos dos quais devidamente
planeados e infraestruturados para esse efeito – os
Parques Industriais, também designados por Zonas de
Acolhimento Industrial.

•A criação de zonas industriais deu as empresas


terrenos, facilidade da obtenção de licenças, de
projetos e a construção, promovendo a deslocalização.
Áreas
Industriais
Algumas indústrias de bens de consumo permanecem no interior ou
mesmo no centro da cidade, localizando-se sobretudo nas traseiras de
lojas ou em andares superiores dos edifícios.

 Associadas a estabelecimentos comerciais, como a panificação.


 Trabalham por encomenda e requerem o contacto direto com o
cliente, como a confeção de alta-costura ou as artes gráficas.
 Produzem bens raros ou de elevado valor, como a joalharia.
Dinâmica
da
Indústria
Transforma
- dora

Fatores de localização
industrial
Elementos que tornam a implantação e o
desenvolvimento de um determinado tipo
de industria em determinada área
geográfica.

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