Texto poético Estrutura

Conteúdo Exercício

Os textos poéticos são usados para manifestar sentimentos e emoções do

autor. Estes textos usam algumas estratégias para despertar os sentidos do
leitor. Essas estratégias provocam um efeito de ritmo e musicalidade.

Era uma vez uma pomba

Com penas de seda real:
Era uma pomba do Mundo
Com seus olhos de cristal

Seu coração um berlinde

De vidros de sete cores,
Que do sol tinha o brilhar,
Um espelhinho de mil flores.
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Os elementos fundamentais da estrutura do texto poético são estes:

Tenho um burrinho de seda

Todo branco à luz da Lua,
Oiço-o correr toc-toc, Estrofe (quadra)
À noite, na minha rua.

Toc-toc, meu burrinho, Verso

Porque não podes parar?
Sou feito de seda branca,
Alguém me pode rasgar.
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Outros elementos que deves considerar na

estrutura do texto poético:

Os poemas têm um ritmo próprio.

Se experimentares dizer o poema um pouco
mais depressa, podes sentir melhor esse ritmo.

O ritmo acontece porque os versos Toc-toc, meu burrinho,

têm um tamanho semelhante e Porque não podes parar?
regular e há repetições de palavras ou Sou feito de seda branca,
expressões (Toc-toc, meu burrinho).
Alguém me pode rasgar.
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Outros elementos que deves considerar na

estrutura do texto poético:

Tenho um burrinho de
Palavras como Lua e rua têm uma
sonoridade semelhante, na parte final.
seda
Todo branco à luz da Lua,
A esse efeito, chamamos rima. Oiço-o correr toc-toc,
À noite, na minha rua.
As rimas são repetições de sons, mais ou
menos perfeitas, no fim dos versos. A
rima encontra-se sempre na sílaba
tónica da última palavra de cada verso.
Nem todos os poemas têm rimas. Neste
caso, há apenas rima entre o 2.º e o 4.º
verso de cada estrofe.
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Outros elementos que deves considerar na

estrutura do texto poético:

Outra característica destes textos é o Toc-toc, meu burrinho,

uso de palavras que transmitem de
outra forma um efeito sonoro.
Toc-toc dá a ideia do som do burrinho
a caminhar.
Na minha rua a correr,
Se parares à minha porta
Sou capaz de adormecer

A este tipo de palavras damos o nome

de onomatopeias.

Uma onomatopeia é uma palavra que

tenta imitar um som que já existe na
natureza (animal, vento, máquina, etc).
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Os significados das palavras nos textos poéticos

Nos poemas, os autores têm muita liberdade para usar as
palavras com significados diferentes do habitual.

Assim, quando lês um poema, não tens de procurar

perceber em concreto cada palavra. Deves imaginar e
interpretar os significados.

Usam-se ideias opostas: Fazem-se muitas comparações:

noite (escuro) - luz (Lua, seda branca) (Era branca como a a Lua)

Há expressões que podem ser Recorre-se a adjetivos que permitem

comparadas com outras: transmitir ideias sobre as coisas:
(burrinho de seda - bichinho da seda) (Era bela e pequenina)
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Observa os textos da 1.ª coluna.

Seleciona a opção correta, de acordo com o destaque.
(clica e descobre!)

E a menina sorrindo
Parecia uma pomba a voar Estrofe Verso Rima Adjetivo Comparação
E a menina abriu os braços
Para o rapaz abraçar:
Cor de cravo e água branca Estrofe Verso Rima Adjetivo Comparação
Em frente do verde mar.
E veio depois um rapaz
De calças de cor dos montes
Sua camisa tão branca Estrofe Verso Rima Adjetivo Comparação
Lembrava a água das fontes
E o rapaz também sorriu
Sorriu, estendeu-lhe a mão,
E disse manso à menina: Estrofe Verso Rima Adjetivo Comparação
Tu dás-me o teu coração?
Veio primeiro uma menina
Veio descendo até ao mar,
Pés descalços sobre a areia Estrofe Verso Rima Adjetivo Comparação
Levezinho o seu pisar.