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Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP

Centro de Formação Profissional de Vila Real

Higiene da Pessoa Idosa em


Lares e Centros de Dia
UFCD 3549 | Agente em Geriatria

Formadora | Catarina Martins


catarinamartins1984@gmail.com
Objetivos

 Executar os cuidados de higiene da pessoa


idosa e do meio envolvente
Conteúdos

 Higiene corporal da pessoa idosa


 Cuidados de higiene e conforto totais
 Cuidados de higiene e conforto parciais
 Grau de dependência da pessoa idosa
Conteúdos

 Higiene do ambiente
• Cuidados de limpeza e arrumação do quarto
Cama
Chão
Roupa
objetos pessoais
Conteúdos

 Higiene do ambiente (cont.)


• Cuidados de limpeza e arrumação da casa
de banho
loiças
chão
roupa
objetos pessoais
Conteúdos

 Lavandaria
• Colaboração nas tarefas de lavandaria
lavagem e secagem de roupa
• Preparação e arrumação da roupa da pessoa
idosa
• Levantamento das necessidades de
vestuário de uso pessoal da pessoa idosa
Avaliação
 Execução dos objetivos e
tarefas propostas para cada um
dos módulos (fichas de
trabalho, fichas de avaliação no
final de cada capítulo;
apreciações críticas de filmes,
documentários, palestras; textos
de opinião) – 80% 
 Participação e empenho na
realização das atividades
propostas, valores e atitudes –
20% 
Capítulo 1 –
Higiene
Corporal da
pessoa idosa
 Todos os dias e em vários momentos o ser humano
realiza ações que lhe permitem manter-se limpo,
confortável e higienizado.

 O banho, a lavagem das mãos, a utilização de roupa


limpa, a lavagem dos dentes são apenas alguns
exemplos desse tipo de ações.
 Existem, no entanto, doenças ou
incapacidades que nos impossibilitam
de realizar independentemente os
nossos cuidados de higiene e conforto.

 Nesses momentos temos a


necessidade de receber alguma ajuda
de modo a satisfazer as nossas
necessidades de higiene e conforto.
 Por vezes necessitamos de
uma simples ajuda, por
exemplo, uma passagem de
escova nas costas, outras
vezes necessitamos de uma
ajuda total na qual alguém
nos dá um banho por inteiro.
Princípios
 Observar todo o corpo, avaliando
a integridade cutânea;

 Promover a integridade cutânea


(secar todas as pregas cutâneas e
espaços interdigitais, aplicar
creme e massajar todo o corpo,
etc.);

 Promover mobilização passiva e


ativa;
Princípios

 Proporcionar higiene e conforto, promovendo a saúde e


prevenindo a doença;

 Avaliar grau de dependência;

 Favorecer independência/autonomia (não substituir


quando o indivíduo tem capacidade para realizar
determinada tarefa, incentivar ao autocuidado);
Princípios

 Promover uma relação interpessoal com utente e


família (por exemplo: identificar-se, explicar
procedimento, incentivar a família a colaborar);

 Não impor nova rotina, se possível atender à vontade


do utente e aos seus hábitos (por exemplo: hora e
frequência do banho);

 Verificar condições ambientais (temperatura,


iluminação e ventilação);
Princípios

 Respeitar privacidade, dignidade e valores culturais;

 Assegurar as regras de segurança (grades e barras de


proteção, tapetes antiderrapantes), não deixar o
utente sozinho (se isso representar um risco), não
deixar que tranque a porta, utilizar luvas, etc.;

 Estimular autoestima e autoimagem (utilizar


espelho, pentear, barbear, cuidar das unhas, etc.).
Individualidade na Higiene e Conforto

 Nos hospitais, no domicílio, em unidades de


cuidados continuados podemos encontrar utentes
que não conseguem realizar a sua higiene de forma
autónoma, e/ou necessitam de ajuda para a
realização da mesma.

 Além disso, existem outras situações de doença que


podem por si só serem fatores que aumentam a
necessidade de higiene, como incontinência urinária,
fecal, diarreia, vómitos, transpiração excessiva, etc.
Individualidade na Higiene e Conforto
 A quebra da capacidade individual para
promover a sua própria higiene, pode
estar relacionado com:
 cansaço fácil, dispneia (falta de ar)
ou astenia (sensação de fraqueza);
 alterações da consciência e
mobilidade;
 alterações da perceção e
sensibilidade;
 dor;
 indicação médica.
Individualidade na Higiene e Conforto

 Além de uma necessidade, a higiene é um ato pessoal e é


influenciada por vários fatores.

 Em nossa casa, a higiene começa com a escolha do gel de


banho, champô, escolha de desodorizante, verniz,
perfumes, cremes, etc.

 É todo um conjunto de produtos pessoais de higiene que


são escolhidos por nós para serem usados num
determinado gesto diário.
Individualidade na
Higiene e Conforto
 A prestação de cuidados de
higiene e conforto ao utente
podem ser executadas de
forma total (todo o corpo) ou
parcial (certas partes) de
acordo com a avaliação do
enfermeiro.

 Os cuidados de higiene
devem ser executados
sempre que necessário, não
havendo qualquer regra que
defina uma hora certa.
Individualidade na
Higiene e Conforto
 Na maioria dos serviços, a
higiene integral é prestada
aos utentes no período da
manhã, mas pode e deve
haver exceções.

 Um utente pode preferir


tomar banho à tarde e isso
deve ser respeitado. Os
utentes independentes e sem
limitações ou necessidade de
vigilância, podem tomar
banho quando quiserem.
Fatores que influenciam os Cuidados

 Os hábitos de higiene de cada


um começam na infância:

• É de acordo com as regras


estipuladas pelos pais/
tutores e a observação de
comportamentos, que
vamos adquirindo rotinas
de higiene.
Fatores que influenciam os Cuidados
 Imagem corporal:
• A imagem corporal é a ideia que
cada pessoa tem do seu corpo;
• Um utente que fez uma cirurgia,
sofre uma transformação que pode
ser permanente, em alguma parte
do seu corpo (cicatrizes,
colostomias, perda da mama, etc.).
o Pode provocar sentimentos de
pudor e/ou reservas em mostrar
o seu corpo, tristeza,
infelicidade, insatisfação.
Fatores que influenciam os Cuidados

 Variáveis Socioculturais:

• A higiene é influenciada pelos hábitos familiares, o que


observamos nas pessoas com quem vivemos e aprendemos;

• O Existem culturas que não valorizam tanto a higiene como a


cultura ocidental.
Fatores que influenciam os Cuidados

 Variáveis Económicas:

• Há utentes que podem ter os seus próprios produtos de higiene,


champôs, pastas de dentes, gel de banho e estes devem ser
usados;
• O Aos utentes que não têm os seus próprios produtos, devem-
lhe ser disponibilizados pela instituição.
Fatores que influenciam os Cuidados

 Preferências pessoais:
• Os utentes têm as suas preferências de
quando e como realizar os seus cuidados de
higiene, fazer a barba, cuidar do cabelo, etc.;
• Devem prestar-se cuidados individualizados
aos utentes, ou seja, têm de ter em
consideração as preferências dos utentes e
ajustar as suas intervenções, sempre que
possível, a esses pedidos.
Fatores que influenciam os Cuidados

 Condição Física:
• Os utentes com determinadas doenças, ou
que são sujeitos a cirurgias, ou acamados,
poderão não ter capacidade para se auto-
cuidarem, devido ao cansaço ou mesmo à
incapacidade resultante de diversos tipos de
limitações.
Níveis de Dependência

 Dependência Parcial

• Entende-se como a necessidade de


ajuda em algumas tarefas do
autocuidado;
• Poderá ser necessária ajuda para
higienizar algumas partes do corpo,
para vestir ou despir, para preparar a
água do banho ou para se secar.
Níveis de Dependência

 Dependência Total

• Entende-se como a necessidade de


ajuda em todas as tarefas do
autocuidado, para se despir, na
preparação do banho/água, na
higienização propriamente dita, para se
secar e para se vestir.
“Cuidados Centrados na Pessoa”
Tipos de Cuidados de Higiene

Segundo Bolander (1998) habitualmente


são usados termos para descrever os
cuidados de higiene, e são eles:
Tipos de Cuidados de Higiene (cont.)

 Cuidados de Higiene total

• São cuidados de higiene total:


cuidados ao corpo, à boca, barba,
higiene oral, cuidados ao cabelo e
unhas, mudança total da roupa de
cama.
Tipos de Cuidados de Higiene (cont.)

 Cuidados de higiene matinais

• Em geral são realizados antes do


começo do turno da manhã (turno da
noite) com o objetivo de preparar os
utentes que têm exames de
diagnóstico ou que têm cirurgias
marcadas, etc.
• São cuidados de higiene total ao corpo
e mudança total da roupa de cama.
Tipos de Cuidados de Higiene (cont.)

 Cuidados parciais a meio da manhã

• A meio da manhã são realizados


cuidados de lavagem das mãos,
cuidados de higiene oral, lavagem
de zonas do corpo em contacto
com secreções (ex.: axilas,
genitais), mudança de fronha (se
necessário) e de lençóis (se
necessário).
Tipos de Cuidados de Higiene (cont.)

 Cuidados de higiene da tarde:

• São cuidados à boca, cuidados de


higiene aos genitais, axilas, esticar
os lençóis da cama, mudança de
lençóis (se necessário).
Tipos de Cuidados de
Higiene (cont.)

 Os cuidados poderão
variar de serviço para
serviço, de situação para
situação, de acordo com a
avaliação do enfermeiro
responsável pelos utentes.
Tipos de Cuidados de
Higiene (cont.)

 Existem utentes que


poderão necessitar de
cuidados de higiene com
mais frequência e/ou de
mudança de lençóis, e/ou
outras situações.
“Comunicação e Relação nos Cuidados”
Equipamento de
Formas de proteção
Proteção individual
É extremamente importante que o funcionário que executa a
higiene dos espaços ou equipamentos cumpra determinadas
normas relativamente à higiene e fardamento,
comportamentos a evitar, e procedimentos gerais a ter em
conta aquando da higiene de espaços e equipamentos,
nomeadamente:

• Manter uma higiene pessoal cuidada ao nível do corpo,


da roupa, do fardamento e do calçado;
• Utilizar o uniforme exclusivamente nas instituições;
• Manter o uniforme limpo e substituí-lo sempre que
necessário.
Formas de Proteção - Objetivos

 Para proteção do utente → O cuidador pode infetar o


utente.

 Para proteção dos cuidadores → O utente pode


infetar o cuidador
Os equipamentos de proteção individual utilizados na
limpeza e higienização de instalações/ superfícies de
serviços de saúde são:
• Luvas: o uso de luvas constitui uma
barreira de proteção para as mãos do
trabalhador ao tocar nos produtos e
artigos.

• Avental: utilizado para proteção


individual nas situações em que houver
risco de contaminação com sangue,
fluidos corporais ou outros líquidos.
Quando devemos trocar de luvas?

 Entre utentes;
 Entre o contacto com uma zona suja e uma zona
limpa, no mesmo utente;
 Sempre que durante os cuidados haja rutura das
luvas.
Quando devemos trocar de avental?

 Sempre que terminamos o contacto com o utente;


 Antes de retirar as luvas/ após retirar as luvas;
 De utente para utente.
Cuidados de Higiene
Parciais
O que são cuidados de higiene parciais?

 Por cuidados de higiene parciais, entendem-se os


cuidados específicos a cada parte do corpo.

 Higiene de partes do corpo, frequentemente regiões


com secreção abundante e maior carência de higiene
(cara, mãos, axilas e genitais).
Lavar o cabelo

Oc cuidados básicos com o cabelo


incluem:
 Observar
 Lavar
 Escovar
 Pentear
 cortar
Lavar o cabelo - procedimento

 Reunir o material necessário:


luvas, bacia, caneca, toalhas
ou resguardo, produtos de
higiene do utente, pente,
escova, tesoura, secador, etc.;
 O Se possível lavar cabelo no
chuveiro;
 O Observar alterações do
couro cabeludo (lesões,
parasitas, etc.);
 Aplicar produtos do utente
Lavar o cabelo - procedimento

 Respeitar hábitos do utente


(frequência de lavagem, no caso
das senhoras a ida ao
cabeleireiro, etc.);
 Massajar couro cabeludo com as
pontas dos dedos;
 Se possível manter o cabelo do
utente curto, cortando se
necessário e houver consenso;
 Considerar cabeleiras postiças
Lavar o cabelo a um utente acamado

 Quando não é possível realizar o procedimento de


lavar o cabelo no duche poderá realizar-se a técnica
no leito.

 Para quem está confinado a uma cama, não há nada


tão importante como o banho diário e aqui também a
lavagem do cabelo ganha especial relevância.
Lavar o cabelo a um utente acamado

 Para além de contribuir para a sua aparência e saúde


física, um cabelo cuidado é crucial para o bem-estar
psicológico de uma pessoa acamada.

 O simples ato de lavar o cabelo pode produzir, numa


pessoa acamada, sentimentos positivos e de pertença,
renovando a sua força e motivação perante a situação
em que se encontra.
Lavar o cabelo a um utente acamado

 As lavagens regulares evitam o desgaste e enfraquecimento,


tanto do cabelo, como do couro cabeludo. O próprio ato de
lavar também melhora a circulação no couro cabeludo.

 É importante conhecer o tipo de cabelo e os produtos


apropriados para lavar o mesmo.

 Antes de iniciar a lavagem do cabelo, certificar-se que tem


tudo o que precisa ao seu lado, evitando que deixe o
acamado sozinho a meio do processo.
Lavar o cabelo a um utente acamado

Tenha em atenção os materiais que necessita:


 Champô  Proteção plástica para
 Amaciador cobrir a cama/cadeira
 Toalhas  Lavatório de cabeça
 Pano de banho  Canal ou mangueira de
 Cadeira escoamento
 Balde  Pente/ escova
 Jarro/copo  algodão
Lavar o cabelo a um utente acamado

 Garantir a privacidade do acamado, ou seja, fechar todas as


portas e janelas do quarto, o que também vai eliminar
eventuais correntes de ar.

 Antes de iniciar a lavagem do cabelo propriamente dita,


retirar os óculos do acamado (se os utilizar) e pentear o
cabelo todo para trás.

 Se o cabelo estiver muito emaranhado, desfazer


cuidadosamente os nós, sempre de baixo para cima.
Lavar o cabelo a um utente acamado
 Se durante a lavagem verificar
a existência de piolhos,
terminar de imediato e
informar o enfermeiro.
 Se o acamado mostrar sinais
de desconforto, cansaço ou
tonturas, parar a lavagem
imediatamente e avaliar a sua
tolerância ao procedimento
(deverá informar o
enfermeiro).
12 passos para a lavagem do cabelo:

1) Lavar as mãos;

2)Informar o utente que lhe vai lavar o cabelo e, se a sua cama


for articulada, elevá-la para uma posição confortável e que
facilite todo o processo;

3)Posicionar a cadeira atrás da cabeceira da cama,


protegendo-a com um plástico e uma toalha. Colocar o balde
em cima da cadeira;
12 passos para a lavagem do cabelo:

4) Dobrar os lençóis e cobertores para trás;


Ajudar a pessoa acamada a deslocar-se para um dos lados da
cama, de preferência aquela mais próxima de si, cobrindo-a
com uma toalha.

5) Retirar a almofada do acamado e proteger o colchão com


um plástico e uma toalha;
Fazer o mesmo com a almofada, colocando-a de forma a
apoiar as costas da pessoa e de forma que a sua cabeça possa
estar confortavelmente inclinada para trás.
12 passos para a lavagem do cabelo:

6) A mangueira ou um tubo formado através de folhas de


plástico grandes e envoltas numa toalha de banho deve ser
suficientemente comprida para garantir o escoamento da
água desde a cabeceira da cama até ao balde;

7) Cobrir os olhos do acamado com um pano de banho e


proteja os ouvidos com algodão;
12 passos para a lavagem do cabelo:

8)Utilizando um jarro ou copo de água morna (verificar a


temperatura da água no seu pulso antes de começar) molhar
o cabelo por completo e aplicar o champô;
Massajar suavemente o couro cabeludo, utilizando ambas as
mãos, mas nunca as unhas.

9) Passar o cabelo novamente por água, pedindo à pessoa


acamada para virar a cabeça cuidadosamente de um lado
para outro, o que vai facilitar o processo;
12 passos para a lavagem do cabelo:

10)Repetir os passos 8 e 9, se aplicar amaciador;

11) Secar a cara e o cabelo do acamado com uma toalha


Dependendo do comprimento do seu cabelo, do seu estado de
saúde e da estação do ano, pode deixar o cabelo secar ao ar
livre ou recorrer ao secador (utilizando a função/temperatura
mais baixa).
Retirar o algodão dos ouvidos da pessoa acamada.
12 passos para a lavagem do cabelo:

12)Lavar as mãos

Retirar e guardar todo o


material utilizado.
O Certificar-se que a roupa
de cama não tenha sido
molhada, se tiver, é
importante mudá-la.
Orelhas e Ouvidos

A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar ulceração e


infeção, pelo que também devem ser considerados determinados
aspetos importantes na sua higiene:

1) Preparar o material necessário: luvas, toalhetes, algodão,


cotonetes, etc.
2) Durante o banho, lavar com água e sabão, não esquecendo a
parte posterior;
3) Utilizar toalhete,
algodão ou cotonete,
mas sem introduzir
no ouvido, pois pode
traumatizar o
tímpano e o objetivo
é retirar a sujidade e
não introduzi-la no
ouvido;
5) Observar a presença
de cerúmen (cera)

6) Observar alterações

7) Ter atenção às
próteses auditivas
Olhos (lavagem ocular)

 Os olhos devem ser lavados durante o banho, com água


(alguns produtos podem provocar irritação).

 Por vezes é necessário promover uma higiene particular, em


caso de excesso de secreção ocular.

 A limpeza dos olhos deve ser realizada com compressas,


utilizando soro fisiológico. Sendo necessária uma compressa
para cada olho.
1) Reunir o material necessário:
luvas, compressas e soro
fisiológico (ou água tépida)
2) Com uma compressa embebida em
soro, passar suavemente no olho
de dentro para fora;
3) Repetir o procedimento no outro
olho, utilizando nova compressa;
4) Observar alterações do olho,
considerar conjuntivites,
irritações, etc.
Higiene Oral

 A higiene oral deverá ser realizada idealmente após cada


refeição e sempre que necessário;

 Os objetivos da higiene oral centram-se na necessidade:


1) Manter a boca limpa e húmida;
2) Ajudar a conservar os dentes e
mucosa oral;
3) Remover restos alimentares;
4) Massajar as gengivas;
5) Estimular a circulação;
6) Prevenir complicações.
 Utentes com presença de sonda
nasogástrica ou necessidade de
aspiração de secreções, tendem
a apresentar maior acumulação
de sujidade na boca e maior
desidratação da mucosa oral.

 É fundamental a higiene
cuidada da mesma. Deverá
trocar-se o adesivo de fixação da
sonda nasogástrica diariamente,
após o banho.
 Se o utente for
capaz de se auto
cuidar, deverá fazê-
lo com supervisão
e, se necessário,
ensino.

 Caso contrário,
deverão ser
seguidas as
seguintes
instruções:
1. Reunir todo o material:

 Luvas  Bacia
 Escova de dentes, ou  Toalha
espátula com  Resguardos
compressa
 Pasta dentífrica
 Palhinha
 Anti sético oral
 Vaselina
 copo
 Pomadas
2. Associar no copo o anti sético e a água em partes
iguais;

3. Se possível pedir ao utente para gargarejar com o


líquido previamente preparado (podendo utilizar a
palhinha), relembrando que não pode deglutir;

4. Embeber a espátula envolvida com compressa ou


escova de dentes na mesma solução preparada
anteriormente;
5. Realizar a limpeza da língua do utente, movendo-a
de um lado para o outro para evitar provocar o vómito;
Não esquecer de limpar também as partes laterais,
inferior e palato (céu da boca), além das gengivas.

6. No caso do utente possuir prótese dentária, esta deve


ser retirada e lavada (água morna), escova e pasta de
dentes, devendo-se lavar a boca;
Colocar prótese dentária em locais adequados (não
embrulhar em lenços ou outro material).
7. Hidratar os lábios do utente com vaselina ou outro
produto semelhante;

8. No caso de utentes semi-dependentes, promover


uma correta higiene oral: Aconselhar escovar os dentes
após as refeições;
Recomendar lavar todas as faces dos dentes, língua,
gengivas, palato e parte interna das bochechas, em
movimentos circulares, utilizando uma escova com
cerdas suaves;
Pode também ser aconselhada a utilização do fio
dentário.
Higiene das mãos, pés e
unhas

 Os utentes mais idosos


costumam apresentar
sérios problemas nas
mãos e pés devido a
alterações circulatórias,
deformidades ósseas,
diabetes, etc.
Os objetivos principais da higiene das mãos,
pés e unhas são:
 Prevenir a infeção ou inflamação

 Evitar traumatismo devido a unhas encravadas,


longas ou ásperas

 Evitar acumulação de sujidade, etc.


Higiene das mãos, pés e unhas - procedimentos

1) Preparar material necessário:

• Luvas; • Sabão;
• Bacia; • Tesoura ou corta-
unhas;
• Esponja;
• Creme;
• Toalhas;
• Entre outros.
Higiene das mãos, pés e unhas - procedimentos

2)Durante o banho, lavar com água e sabão, introduzir


as mãos e os pés do utente na bacia de água
(posteriormente trocar de água):

• O Lavar especialmente as unhas e espaços


interdigitais, assim como ter o cuidado de secar
bem os mesmos.
Higiene das mãos, pés e
unhas - procedimentos
3)Hidratar com creme,
diariamente, os locais de maior
calosidade (p.e. os calcanhares);

4)Cortar ou limar as unhas, de


forma reta e não muito próximo
da pele (amolecendo-as
previamente em água morna);
Higiene das mãos, pés e
unhas - procedimentos
5) Observar alterações dos pés, mãos e
unhas, verificando presença de
lesões cutâneas;

6) Não cortar calosidades (pode causar


hemorragias);

7) Considerar micoses (importante uso


de instrumentos pessoais).
Cuidados Perineais

 A higiene perineal refere-se à


limpeza dos genitais externos
e região circundante, que
normalmente é realizada
durante o banho.
Em utentes dependentes, há necessidade de realizar os
cuidados perineais várias vezes ao dia, por situações como:

 Infeções geniturinárias;
 Incontinência fecal e urinária;
 Secreções excessivas;
 Irritações ou escoriações;
 Presença de algália;
 Cirurgia perineal,
 Entre outras.
 O períneo está localizado entre as coxas e estende-se
desde o topo dos ossos pélvicos até ao ânus, contendo
as estruturas anatómicas sensíveis, relacionadas com
a sexualidade, eliminação e reprodução.

 Os cuidados perineais são providenciados com a


finalidade de prevenir infeções, promover a saúde e o
conforto.
 Devido a existência
de vários orifícios
no períneo, esta é
uma área vulnerável
a entrada de
microrganismos
patogénicos.
Cuidados Perineais - procedimentos

1) Reunir o material necessário:


 luvas,  Toalhas
 bacia,  Resguardos
 Arrastadeira
 Cremes
 urinol,
 Sabão
 dispositivo urinário
 saco coletor  Fralda
 Esponjas  pomadas;
2) Explicar ao utente o que vai fazer;
3) Questionar o utente se pretende urinar ou evacuar
antes de proceder a higiene perineal;
Colocar urinol ou arrastadeira, se necessário.
Como colocar uma arrastadeira?
Higiene Masculina
• Colocar o utente em decúbito dorsal (barriga para
cima), se possível com pernas fletidas, lavar a região
de eliminação urinária;
Colocar o Idoso de decúbito lateral (de lado) para
proceder a higiene da região de eliminação
intestinal.
• Começar a lavar com movimentos circulares pela
ponta do pénis, puxando o prepúcio para baixo e
lavando a glande.
• Posteriormente lavar o pénis e o escroto (não
esquecer de voltar a colocar o prepúcio na sua
posição normal).
Higiene Feminina
• Lavar da frente para trás (do meato urinário para
orifício vaginal e posteriormente para a região anal).

• Prestar atenção à sujidade acumulada entre os


lábios, utilizando uma mão para afastar os lábios e
outra para lavar.

• Pode-se utilizar uma esponja ou uma caneca de


água para conseguir obter maior eficácia:
o Recorrer à técnica de “passagem única”, de “dentro
para fora” e da “frente para trás”;
o Proceder à lavagem do lábio pequeno (por exemplo
esquerdo);
o Passar a manápula por água limpa;
o Proceder à lavagem do lábio grande do mesmo
lado;
o Passar a manápula por água limpa;
o Executar mesmo procedimento no lado contrário;
o Realizar uma irrigação com água limpa para
enxaguar.
 Lavar da zona limpa para a mais suja;

 Promover SEMPRE a privacidade do/a


idoso/a

 Observar quaisquer alterações


Cuidados com utente algaliado:
 A Algaliação deverá ser
realizada por enfermeiro;
 Manter o saco coletor
abaixo do nível da bexiga
(para a urina não refluir
novamente);
 Não desadaptar o saco da
algália, a menos que este se
rompa e seja necessário
substituir;
 Despejar o saco da urina
sempre que necessário
Cuidados com utente algaliado:
 Observar as características
da urina e a quantidade
(urina concentrada, urina
com sangue ou coágulos,
etc.);
 Verificar se a algália ou
tubo do saco coletor não
fica dobrada ou a
traumatizar alguma parte
do corpo do utente;
 Considerar perdas extra-
algália e informar o
enfermeiro.
Cuidados de Higiene Totais
Cuidados de Higiene - Objetivos
 Prestar cuidados higiénicos essenciais;

 O Proporcionar sensação de bem-estar e de relaxamento

 Permite avaliar o estado da pele da pessoa;

 Aplicar um creme hidratante e ministrar pequenas massagens


que ativam a circulação;

 Oferecer momento propício para a conversa e o convívio.


 Salvo indicação médica em contrário, deve dar-se
banho a uma pessoa acamada todos os dias.

 Conhecer o seu tipo de pele e os produtos de banho


apropriados para a mesma.

 Antes de iniciar o banho, certificar-se que tem tudo o


que precisa ao seu lado, evitando deixar o acamado
sozinho a meio do banho.
Salvaguardar a privacidade
do utente acamado durante
o banho, ou seja, fechar
todas as portas e janelas do
quarto.
Destapar o corpo à
medida que se vai
lavando, manter as
restantes zonas tapadas
com uma toalha grande.
 O posicionamento do acamado
e da cama.
Tem de haver espaço suficiente
para circular, bem como
trabalhar rápido e facilmente

 Para lavar, opte sempre por


uma luva, em vez de um pano,
sendo que a luva permite gestos
mais naturais e cómodos do que
um pano.
 Estar atento a qualquer tipo de
alteração na pele da pessoa
acamada.

 Se o acamado mostrar sinais de


desconforto, cansaço ou
tonturas, terminar o banho
imediatamente e informar o
enfermeiro.
Banho no Leito - Procedimentos
1) Reunir todo o material necessário:
 Luvas  Produtos de higiene
 Bacia (sabão, cremes, etc.)
 Esponjas  Fralda
 Toalhas  Cadeirão
 Lençóis  Material de higiene
parcial
 Pijama ou roupa
 Compressas
 Tesoura
 Sacos (lixo e roupa suja)
Banho no Leito - Procedimentos

2) Identificar-se e explicar o procedimento;

3) Incentivar o utente a escolher a roupa que pretende


vestir. Dobra a roupa limpa adequadamente e colocá-
la numa cadeira na ordem pela qual vai ser utilizada;

4) Respeitar todos os aspetos anteriormente referidos;


Banho no Leito - Procedimentos

5) Desimpedir a área de trabalho e adaptá-la ao


procedimento;

6) Lavar as mãos, calçar luvas e avental (mudar de luvas e


lavar as mãos sempre que necessário);

7) Oferecer urinol ou arrastadeira;


Banho no Leito - Procedimentos

8) Posicionar o utente em decúbito dorsal;

9) Preparar a bacia com água morna;

10) Despir o utente, ocultando as áreas do corpo que não


estão a ser higienizadas; cobrir as partes do corpo
limpas com roupa limpa;
Banho no Leito - Procedimentos

11) Utilizar uma esponja com


sabão, lavar a cara, as
orelhas, o pescoço, o tórax,
os braços (começar pelo
membro mais afastado), as
mãos, as axilas, a região
infra-mamária, o abdómen
(especial atenção ao
umbigo), as pernas, os
pés;
Banho no Leito - Procedimentos

12)Lavar a região perineal (região de eliminação


urinária);

13)Posicionar o utente em decúbito lateral direito ou


esquerdo (de acordo com a sua preferência);

14)Lavar a região posterior do corpo: a nuca, as costas,


as nádegas, a região perineal (região de eliminação
intestinal);
Banho no Leito - Procedimentos

15) Aplicar pomadas na


região perineal, se
necessário;

16) Desentalar o lençol de


baixo sujo, do lado do
Agente Geriátrico (AG)
e dobrar em direção ao
utente;
Banho no Leito - Procedimentos
17) Colocar o lençol de baixo limpo, realizando metade da
cama, efetuando já os cantos do lado do AG;

18)Colocar resguardos e fralda limpos (se necessário);

19)Posicionar o utente no decúbito lateral oposto, rolando


para o lado em que já tem roupa limpa;

20)Retirar a roupa suja do lado contrário e fazer a cama


desse mesmo lado;
Banho no Leito - Procedimentos
21)Esticar o lençol e resguardo, certificando-se que não ficam
dobras debaixo do utente;

22)Fechar fralda;

23)Aplicar cremes;

24)Vestir o utente;

25)Posicionar o utente;
Banho no Leito - Procedimentos

26)Colocar lençol de cima, cobertor e


coberta, fazer os cantos da parte
inferior da cama;

27)Preparar o cadeirão (se realizar


levante não necessita de proceder ao
ponto 26 e 27, antes do mesmo);
“Higienização | Banho no Leito”
Banho no Chuveiro
 O banho no chuveiro pode ser
realizado pelo utente semi-
dependente e independente;
 O utente pode deambular até ao
WC ou em cadeira de rodas;
 Durante o banho pode
permanecer sentado em cadeira
(ou outro apoio semelhante) ou
apoiado em barras laterais de
segurança (na posição vertical).
Banho no Chuveiro
 Não deixar o utente sozinho no
WC nem deixar que ele tranque a
porta;
 Levar todo o material necessário
para a casa de banho;
 Auxiliar o utente a lavar-se e a
secar-se;
 Auxiliar o utente a vestir-se no
WC ou colocar um roupão e vestir
posteriormente no quarto.
Banho no Chuveiro
Banho no Chuveiro
Banho na Banheira

 O banho na banheira pode ser


realizado por utentes semi-
dependentes e independentes,
existem várias ajudas técnicas.

 Respeitar todos os aspetos já


descritos, sendo que neste caso, a
questão de segurança deverá ser
reforçada.
Banho na Banheira

 Dá-se preferência ao
banho no chuveiro,
com auxílio de
barras de proteção e
com cadeira por
uma questão de
segurança.
“Como ajudar o idoso com Alzheimer no
banho”
“Posicionamentos, mobilidade e
transferências”
Capítulo 2 –
Higiene do
ambiente
 O agente em geriatria é também responsável pela
higiene geral dos espaços, instalações, equipamentos e
materiais do local de trabalho.

 Uma adequada limpeza e desinfeção do meio


envolvente da pessoa são medidas cruciais para
prevenir e reduzir as infeções cruzadas em utentes e
profissionais, bem como para minimizar a gradual
deterioração das superfícies.
 Informar utentes da periodicidade da limpeza dos
quartos, horário e condições em que devem deixar o
quarto para permitir limpeza.

 A higienização das zonas comuns deve ser realizada


de forma a não prejudicar o decurso das atividades,
nem a restringir o acesso ao espaço durante
demasiado tempo.
Salas de Convívio
 A higienização do espaço deve ser executada em
horário que não lese a sua utilização pelos utentes.
 O pó dos móveis deve ser limpo diariamente e utilizado
abrilhantador para os móveis (caso se aplique).
 Sofás devem ser aspirados e no caso de serem laváveis,
lavar com detergente e enxaguar.
 O chão deve ser aspirado e lavado com detergente
líquido. Enxaguar.
 Atenção à manutenção de carpetes, tapetes, cortinados,
candeeiros ou espelhos (falta de cuidado na
higienização destes aspetos pode causar uma imagem
de desmazelo e abandono do espaço).
Áreas Comuns
 Remover lixo dos recipientes e substituir sacos.

 Lavar cadeiras de sala de espera com água e detergente


e desinfetar com álcool a 70º.

 Material administrativo, balcões, secretárias lavar com


água e detergente.

 O chão deve ser aspirado e lavado com detergente


líquido. Passar com esfregona ou mopa húmida sem
detergente.
 Não usar os mesmos panos, esfregonas, baldes de área
para área para evitar contaminação cruzada, a não ser
que sejam devidamente lavados em máquina de lavar e
secos entre utilizações.

 Em cada sala a água do balde deve ser renovada.

 Nas áreas comuns só é necessário usar desinfetante


(álcool a 70%) nos puxadores das portas.
Refeitório
 Nas zonas destinadas à alimentação (refeitórios e
cozinhas) deve ser definido um escrupuloso plano de
limpeza dirigido às instalações e equipamentos.

 Esse plano deve descrever uma rotina adequada, que


inclua a limpeza, desinfeção e manutenção.

 A prevenção da contaminação é de extrema


importância.
Cuidados de Limpeza e
arrumação do quarto
 O conforto para um bom descanso não depende só de
como o quarto de dormir está equipado, mas
principalmente de que seja um ambiente limpo.

 Os passos básicos da limpeza de quartos variam de


estabelecimento para estabelecimento. O que é
importante:
• A mínima quantidade de tempo e esforço desperdiçada.
Pensar em avançar também poupa tempo.
• O risco de propagação das bactérias e pó deve ser
minimizado.
• Seguir uma ordem lógica para que nada seja esquecido e o
trabalho termine.
Etapas da limpeza de um quarto:

1) Bater à porta antes de entrar;


2) Explicar o procedimento e pedir
permissão;
3) Deixar a porta entreaberta durante
a limpeza;
4) Colocar o carrinho de limpeza à
porta;
5) Puxar as cortinas e abrir as janelas
para arejar o quarto
Etapas da limpeza de um quarto:

6) Verificar se existe algum estrago;


7) Desligar aparelhos elétricos (se
possível);
8) Retirar qualquer alimento ou
tabuleiro com refeição e devolver à
área de serviço;
9) Esvaziar os caixotes de lixo
Etapas da limpeza de um quarto:

10)Puxar o autoclismo, aplicar um


detergente desinfetante;
11) Desfazer as camas;
12)Retirar toda a roupa suja (incluindo
as toalhas da casa de banho, e
coloque no saco apropriado);
13)Refazer as camas;
Etapas da limpeza de um quarto:

14)Limpar a casa de banho;


15) Limpar o pó da mobília (de cima
para baixo);
16)Fechar as janelas;
17) Recolocar os caixotes do lixo
18)Limpar o chão (sistema limpeza
húmida)
19)Verificar a aparência geral do
quarto
Técnica de fazer a cama
 A cama é o local onde habitualmente os utentes passam
a maior parte do tempo quando estão internados.

 O Agente em Geriatria (AG) segue as orientações dadas


pelo enfermeiro na realização da cama:
• O enfermeiro pode dar indicação que o utente se pode
levantar da cama para que esta seja refeita (cama
livre);
 Ou pode informar que o utente não se levanta e o AG
deverá realizar a cama com o utente deitado na
mesma (cama ocupada).
Técnica de fazer a cama – objetivos essenciais:

 Proporcionar conforto

 Arejar roupa

 Substituir a roupa
Técnica de fazer a cama

 técnica de realizar a cama deve ser bem


executada e a roupa da cama deve se
apresentar sempre limpa e bem esticada.

 Evitar humidade e fricção


desnecessárias e consequentes efeitos
negativos.
Técnica de fazer a
cama Livre
 Esta técnica deve ser
realizada após os cuidados
de higiene e sempre que se
considerar necessário;
 Ter em atenção as
condições ambientais (a
temperatura, ventilação e
iluminação)
Técnica de fazer a cama Livre

 Os objetos necessários para a prestação dos cuidados devem


estar sempre próximos, para economizar tempo e para não ter de
deixar o utente sozinho, evitando potenciais acidentes.

 Se se tratar de um utente ambulatório, deve-se incentivar a


levantar-se autonomamente, ou oferecer auxílio, caso se
justifique.
Técnica de fazer a cama Livre - procedimento

1) Realizar uma boa lavagem das mãos, de forma a prevenir a


contaminação;
2)Colocar uma cadeira aos pés da cama, de forma a servir de
suporte à roupa;
3)Desentalar toda a roupa da cama, começando pela cabeceira até
aos pés, dar a volta e continuar a desentalar dos pés para a
cabeceira;
Técnica de fazer a cama Livre - procedimento

4)Manipular a roupa com suavidade


para não levantar partículas;
5)Tirar todas as almofadas;
6)Dobrar a colcha em três partes,
começando de cima para baixo,
depois dobrar outra vez ao meio, no
sentido da largura e colocar nas
costas da cadeira;
Técnica de fazer a cama Livre - procedimento

7) Proceder de igual modo para o cobertor e lençol de cima;


8) Limpar a cama e o colchão se necessário;
9) Proceder à substituição da roupa suja consoante as
necessidades;
10)Desdobrar o lençol do lado mais próximo para o lado oposto.
Estender parte do lençol para a cabeceira.
Técnica de fazer a cama Livre - procedimento

11) Prender o lençol sob o colchão do centro para as extremidades;


12)Fazer o canto em envelope com um ângulo de 90 graus, de
forma a permitir que a roupa fique segura e bem esticada;
13)Se for necessário usar resguardo, colocá-lo no meio da cama do
lado mais próximo, desdobrá-lo e entalá-lo do centro para as
extremidades;
Técnica de fazer a cama Livre - procedimento
14)Terminada a base
da cama, colocar o
lençol de cima, tal
como o de baixo;
15) Entalar o lençol sob
o colchão aos pés
fazendo o canto,
sem o entalar e
desdobrar o outro
terço do lençol até à
cabeceira;
Técnica de fazer a cama Livre - procedimento

16)Proceder de igual modo para o


cobertor fazendo o canto
juntamente com o lençol,
entalando em conjunto;
17) Colocar a colcha da mesma
maneira, fazendo o canto sem o
entalar e arranjar a dobra da
cabeceira da cama. Após colocar
a almofada.
Técnica do Envelope
Técnica de fazer a cama ocupada -
procedimento
1) Respeitar sempre a privacidade do utente;
2) Pedir ou ajudar o utente a voltar-se para
um dos lados da cama, deslizando a
almofada para o mesmo lado. Ter o cuidado
de o manter coberto com o lençol de cima;
3) Caso se justifique substituir lençol de baixo
e/ ou resguardo, devemos enrolá-los até
meio da cama, encostando-os bem ao
utente;
Técnica de fazer a cama ocupada -
procedimento
4) Colocar lençol de baixo lavado na cama,
recobrindo a parte do leito que foi
descoberto anteriormente, encostando-o
bem ao utente;
5) Colocar o resguardo a meio da cama, e
enrolar a metade do lado oposto até meio
da cama bem junto do utente. Entalar
lençol e resguardo do lado mais próximo;
6) Voltar o utente e deslocar a almofada para
o lado do cuidador. Passar para o lado
oposto.
Técnica de fazer a cama ocupada - procedimento

7) Retirar o resguardo e o lençol de baixo para lavar;

8) Desenrolar e entalar o lençol de baixo e o resguardo;

9) Pedir ou ajudar o utente a deslocar-se para o meio da cama;

10)Prender o lençol sob o colchão do centro para as extremidades.


Fazer os cantos em envelope com um ângulo de 90 graus;
Técnica de fazer a cama ocupada - procedimento

11) Posicionar o utente, utilizando o apoio de almofadas;

12)Colocar o lençol de cima sobre o peito do utente pedindo-lhe para o


segurar, caso possa. Se não puder, entalar sobre os ombros, de
forma a proporcionar privacidade;

13)Colocar o cobertor, fazendo de imediato a dobra do lençol sobre o


cobertor;
Técnica de fazer a cama ocupada - procedimento

14)Fazer o canto do cobertor simultaneamente com o lençol, com uma


prega aos pés, de forma a diminuir a pressão junto dos pés e
facilitar os movimentos;

15) Entalar a roupa até um terço da cama;

16)Colocar a colcha e fazer o canto;

17) Lavar as mãos de forma a prevenir a infeção.


“Tipos de Leito”
Cuidados de Limpeza e
arrumação da casa de banho
A limpeza das instalações sanitárias é uma das etapas que requer
maior atenção e é uma das tarefas de maior importância na execução
do serviço de limpeza pelos seguintes motivos:

 As instalações sanitárias recebem desperdícios como a sujidade das


mãos e do corpo, pele morta, cabelos, excrementos ou sujidade das
limpezas. Todas estas sujidades têm bactérias perigosas que se
multiplicam em condições de falta de limpeza.
 Estas áreas são utilizadas por muitas pessoas, e basta uma pessoa
infetada para contaminar todas as outras que usaram a mesma
banheira, lavatório ou sanita.

 Se estas áreas não forem limpas devidamente e com a frequência


necessária, começam a largar maus cheiros.
Quando se limpam sanitas:
1) Usar sempre luvas e uma bata para proteger a roupa e a pele de
bactérias.
2) Usar somente panos destinados à limpeza de sanitas (distinguir, por
exemplo, por cores)
3) Prestar especial atenção às extremidades e abertura do autoclismo
onde as bactérias se podem alojar.
4) Nunca transferir uma piaçaba de uma casa de banho para a outra. Isso
pode espalhar as bactérias.
5) Semanalmente usar um detergente alcalino, e de vez em quando um
detergente ácido forte. Deixar atuar.
6) Depois de limpar a sanita, verificar o rebordo.
Quando se limpa banheiras, lavatórios e bidés:

1) Limpar os derrames porque estes atraem sujidade e bactérias.


2) Ver se os ralos têm cabelos ou outras sujidades.
3) Para remover gordura das banheiras, molhar a área com um
detergente alcalino e deixar atuar alguns minutos antes de esfregar.
4) Remover as marcas de água da banheira com um detergente ácido,
seguindo as regras de utilização.
5) Secar toda a área com uma toalha seca.
Limpeza de quartos de banho - procedimentos:

1) Limpar todos os acessórios sanitários antes da sanita:


a) Colocar o sabonete e os artigos pessoais de parte
b) Limpar os acessórios, parede circundante e objetos como o tapete
de banho e cortinas
c) Enxaguar com água limpa
d) Limpar os espelhos, torneiras e superfícies sanitárias com papel
próprio
e) Secar todas as superfícies
f) Voltar a colocar os objetos pessoais no seu lugar
Limpeza de quartos de banho - procedimentos:

2) Limpar a sanita;
3) Remover as toalhas e as ofertas e fornecimentos para o
hóspede;
4) Inspecionar o quarto, anotando qualquer falha ou avaria;
5) Limpar o chão;

Lavar, enxaguar e pôr a secar os panos, escovas e luvas utilizados


na limpeza.
Etapas de
limpeza de locais
de prestação de
cuidados
O profissional que procede à limpeza deverá:

1) Remover, antes da limpeza, material clínico, roupa,


ou resíduos;
2) Usar equipamento de proteção individual adequado;
3) Usar material adequado à área (baldes, panos, etc.).
 Preparar a diluição correta do detergente para
lavagem de salas:
 Substituir águas entre salas;
 Iniciar lavagem pelas superfícies altas e avançar para o
pavimento (limpar da zona mais limpa para a mais
suja, do fundo da sala para a porta)

 As superfícies (paredes ou pavimentos) deverão ser


desinfetadas em caso de, por exemplo, derrame de
fluídos.
 Se houver material cirúrgico sujo, acondicioná-lo e
encaminhá-lo para a esterilização;

 Remover lixo e substituir sacos;

 Substituir contentores de resíduos corto-perfurantes


se a ¾ da sua capacidade;

 Repor toalhetes de papel e sabonete líquido, se


necessário;
Mobiliário:

 Lavar com água e detergente e desinfetar com


produto usado na instituição;

 Limpar os teclado do computador e utilizar álcool


a 70º para a desinfeção.
Pavimentos:

 Aspirar a seco, lavar com água e detergente (com


bactericida);
 Em caso de derrame de sangue/secreções
descontaminar com toalhetes embebidos em
hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando atuar 3 a 5
minutos.
Capítulo 3 –
Lavandaria
A lavandaria de uma instituição é um dos principais serviços de
apoio ao atendimento dos utentes, responsável pelo processamento
da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene (livre
de microrganismos) e conservação (ao tratar de forma adequada,
garantimos a durabilidade da roupa), em quantidade adequada a
todas as unidades da instituição (cozinha, lençóis, roupa dos
utentes, fardas dos funcionários, etc.)
Assim,

O serviço de lavandaria de uma instituições é de suma importância


para o bom funcionamento da mesma, pois a eficiência do seu
funcionamento contribuirá para a eficiência do espaço no seu todo.
Equipamentos de proteção individual

Os equipamentos de proteção individual deverão ser


utilizados SEMPRE que existir risco de contacto de fluídos
corpóreos no profissional durante os procedimentos.
Assim,

Os equipamentos de proteção individual utilizados na unidade de


processamento de roupas são:
 Luvas

 Máscara cirúrgica e proteção ocular

 Touca ou gorro

 Avental

 Botas
Luvas

No caso da recolha e do transporte de roupa


suja, recomenda-se a utilização de luvas e
remoção das mesmas para tocar em
qualquer superfície.

As luvas recomendadas são as luvas de


borracha reutilizáveis e de cano longo.
Máscara Cirúrgica e Proteção Ocular

Indicada sempre que houver


possibilidade de
contaminação de mucosas
(nariz, boca ou olhos) com
sangue ou fluídos corporais.
Touca ou Gorro
Existem poucas evidências de
que o uso de gorro ou touca
atua na prevenção de infeções.
Porém, protege os cabelos dos
profissionais nas situações de
risco envolvendo sangue ou
fluidos corporais.
Avental

Na área suja deverá utilizar-


se avental de mangas longas,
principalmente na seleção e
classificação da roupa suja.
Botas

O uso de botas é obrigatória na


área suja. São de uso individual e
deverão ser lavadas no final de
cada turno.
Coleta da Roupa Transporte de Área Suja Área Limpa
Roupa Suja

Roupa Privativa X X X X

Botas X X

Calçado fechado e antiderrapante X X X

Luvas de Borracha de cano longo X X X

Máscaras X

Toucas/Gorro X X X X

Proteção ocular X

Avental impermeável (sem mangas) X X X X

Avental de mangas longas X


Colaboração nas tarefas da lavandaria
- A recolha, a triagem, o acondicionamento e o transporte de roupa -
 A recolha deverá ser efetuada em horário pré estabelecido, e
a roupa suja deve permanecer o menor tempo possível na
unidade;

 Durante a operação de recolha, o profissional deverá utilizar


luvas de borracha, avental, máscara e gorro/touca;
 A roupa suja da noite, domingos e feriados (períodos em que
a lavandaria não funciona), permanece em sacos fechados no
depósito de roupa suja até poderem ser removidos para a
lavandaria;
 Os carros utilizados para a recolha de roupa suja nunca deverão
ser utilizados para o transporte de roupa limpa, e vice versa;
 Quanto ao transporte, o percurso e o elevador utilizados na
remoção dos sacos de roupa suja não devem ser utilizados
simultaneamente por carro de roupa limpa e/ou comida;
Recolha de roupa suja – procedimentos e normas
associadas:

 A roupa suja deve ser manuseada e sacudida o menos possível,


devendo ser transportada ao serviço de lavandaria em sacos
resistentes e bem vedados;
 Os cobertores devem ser de tecido lavável (algodão, por
exemplo)
A triagem da roupa: tipo de roupa, procedimentos
associados, identificação, selagem e rotulagem

 A triagem da roupa deve ser cuidada para que diferentes tipos de


roupa sofram diferentes tratamentos;
 A roupa contaminada deverá ser conduzida à lavandaria em
sacos devidamente identificados, e sofre um processamento de
desinfeção numa pré-lavagem antes de se juntar à restante;
 Após triagem da roupa – de acordo com o seu uso anterior –
deverá separar-se a mesma tendo em conta o serviço de onde é
proveniente, a data, o grau de sujidade da roupa, o tipo de
tecido, a cor…

Esta classificação tem como finalidade agrupar a roupa que pode


ser lavada em conjunto, e agrupar a roupa que terá o mesmo
acabamento.
 Na separação da roupa é indispensável que todas as peças
sejam cuidadosamente abertas de modo a verificar se não
possuem algum objeto/elemento que, entrando no processo de
lavagem, possam causar danos às máquinas e ao próprio
processo;
Os circuitos de transporte da roupa

Após a recolha das roupas e identificação das mesmas, é enviada


para a lavandaria através de carros apropriados. Na lavandaria, a
roupa é retirada dos carros onde é separada e pesada, este passo é
indispensável para indicar a carga correta das máq. de lavar. O
processo de lavagem é efetuada na área suja e, finalmente, dobrada
na área limpa para posteriormente ser distribuída e utilizada.
O acondicionamento de roupa suja e lavada

 A roupa suja,

após triada e separada de acordo com o tratamento que terá de


sofrer, é acondicionada numa sala de roupa suja até ser toda
recolhida e preparada para enviar à lavandaria
O acondicionamento de roupa suja e lavada

 A roupa limpa,

após ter sido distribuída é colocada num local limpo para ser
reutilizada.

Normalmente, é colocada numa sala de roupa limpa onde são


preparados os carros de higiene, a utilizar posteriormente.
Preparação e arrumação da roupa da
pessoa idosa
Se para a recolha e lavagem da roupa são necessários cuidados,
também nesta fase final se devem manter as mesmas linhas
orientadoras.

Assim,
 A dobragem da roupa é muito importante e deverá ser feita
logo que engomada;
 Deverá dobrar-se sempre da mesma forma, facilitando a
arrumação e utilização;
Por exemplo, os vincos dos lençóis ajudam a fazer uma cama com
mais rapidez e perfeição, assim como uma toalha bem dobrada
proporciona um melhor acondicionamento e arrumação.
 Deverá existir o cuidado de colocar a roupa em armários
fechados, nas prateleiras ou gavetas por tipos e com as dobras
todas para o mesmo lado pois além de ficar mais agradável,
torna mais simples o seu manuseamento.
Dobragem e Arrumação da roupa – considerações

Deverão agrupar-se as roupas por:


 Estações do ano;

 Cores;

 Categorias (calças, camisas, camisolas, etc.)

 Conjuntos (p.e. cada cabide ter já um conjunto completo para


o/a idoso/a vestir);
Levantamento das necessidades de
vestuário de uso pessoal da pessoa idosa
Numa instituição, a maioria das pessoas utiliza as suas próprias
roupas. Porém, há alguns casos (por variadíssimos motivos) em que o
utente não possui roupa suficiente.

Nestes casos, a roupa que utilizam poderá ser do próprio


estabelecimento. Assim, o profissional deverá ter sempre em atenção
em disponibilizar vestuário suficiente para os utentes.
Em suma, logo aquando a entrada de um idoso numa instituição
deverá:
 verificar-se o vestuário que este trouxe, de modo a verificar se
será necessário mais alguma coisa;
 proceder-se à marcação do seu vestuário;

 (caso seja possível) o ideal é que todos os seus pertences,


principalmente a roupa, vá devidamente identificada de casa.

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