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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília


Departamento de Ciência da Informação

Métodos e Técnicas
de Planejamento

Profa. Marta Valentim

Marília
2008
Modelos, Métodos e Técnicas
Aplicadas ao Planejamento

 Laackman;
 Painel de Especialistas;
 SWOT;
 Delphi;
 Cenários;
 Fatores Críticos de Sucesso;
 Benchmarking;
 Balanced Scorecard (BSC).

c2008, Valentim
Modelo Laackman
Estratégico Longo Prazo Privadas Secundária

Análise Fontes Coleta


de de
Usuários de
informação informação
necessi-
dades

Táticos Curto Prazo Públicas Primária

Planejamento Filtros

c2008, Valentim Fonte: Laackman, Saban e Lanasa - 2002


Painel de Especialistas

 Definir uma determinada área temática


(os especialistas devem ter competências
essenciais na área definida);
 10 a 15 pessoas;
 Equilíbrio quanto a idade, sexo, origem
geográfica, origem profissional etc.;
 Atenção em relação as personalidades
dominantes;
 Atenção em relação a possíveis
interesses subliminares.

c2008, Valentim
Painel de Especialistas
Especialista Ideal

 Conhecimento considerável da área em


questão;
 Habilidade de comunicação, expressão e
síntese;
 Criatividade, imaginação e criticidade;
 Capacidade de auto-avaliação;
 Flexibilidade e autonomia;
 Capacidade de trabalhar em grupo;
 Logicidade e visão de futuro.

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Painel de Especialistas
Direção e Organização do Painel
 Eficiente e eficaz (prazos, limitações, variáveis internas
e externas);
 Liderança;
 Capacidade de motivação;
 Capacidade de resolução de conflitos;
 Capacidade de neutralizar personalidades fortes;
 Gerar conhecimento;
 Confrontar pontos de vista e opiniões;
 Refletir coletivamente sobre o tema proposto
(tendências / oportunidades / ameaças etc.);
 Avaliar as tendências com a realidade vivenciada;
 Propor formas de atuação, estratégias de ação etc.

c2008, Valentim
SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities,
Threats
FOFA – Forças, Fraquezas, Oportunidades, Ameaças
 É um método para conhecer melhor e planejar o
futuro;

 É uma ferramenta para analisar uma organização e


seu entorno;

 É uma ferramenta para contextualizar em nível


local, regional, nacional e internacional a posição
da organização;

 É um método para conhecer a posição de partida


antes de definir uma estratégia de atuação.

c2008, Valentim
SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities,
Threats
FOFA – Forças, Fraquezas, Oportunidades, Ameaças
 Forças: Competências, recursos, posição
alcançada, vantagem competitiva;
 Fraquezas: Aspectos que limitam ou reduzem a
capacidade de desenvolvimento e
competitividade;
 Oportunidades: Aspectos externos que podem
oferecer de algum modo uma vantagem
competitiva;
 Ameaças: Aspectos externos que podem
impedir ou limitar a implantação de uma
estratégia, reduzir mercado/clientes ou
rentabilidade.

c2008, Valentim
SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities,
Threats
FOFA – Forças, Fraquezas, Oportunidades, Ameaças
 Realizar um brain storm para elaborar
uma lista das oportunidades e ameaças
e priorizá-las;
 Realizar um brain storm para elaborar
uma lista das forças e fraquezas;
 Criar uma matriz síntese selecionando
forças a consolidar, fraquezas a superar,
oportunidades a aproveitar e ameaças a
evitar;
 Propor estratégias de ação.

c2008, Valentim
SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities,
Threats
FOFA – Forças, Fraquezas, Oportunidades, Ameaças

Pontos Fortes/
Oportunidades
Forças
Internos
Fatores

Externos
Fatores
Matriz
SWOT

Pontos Fracos/
Fraquezas Ameaças

Características Oportunidades Ameaças


Pontos Fortes A A1 B B1
Pontos Fracos C C1 D D1

c2008, Valentim
Delphi
 É um método de previsão do futuro que
realizado de forma sistemática, obtém o
consenso entre diferentes especialistas;
 Permite conhecer as opiniões de um conjunto
de especialistas para avaliar situações sobre
o que não existe conhecimento exato;
 Os especialistas não conhecem a resposta,
mas são capazes de estimar/prever riscos e
incertezas de um determinado problema;
 Propor estratégias de ação.

c2008, Valentim
Delphi
 Tem como objetivo obter o consenso;
 O grupo de especialistas deve ser formado
por pessoas altamente qualificadas;
 Todo o processo é dirigido por uma equipe
coordenadora;
 O anonimato dos especialistas deve ser
preservado;
 O processo deve ser estruturado e
sistemático;
 As respostas são analisadas
estatisticamente;
 O método permite modificar uma opinião
inicial ou reafirmá-la.

c2008, Valentim
Delphi

Seleção dos
Consultores

Definição do Criação do 1ª, 2ª e 3ª Elaboração


Objeto de Painel de Rodadas do Informe
Prospecção Especialistas Final

Elaboração do
Questionário

c2008, Valentim
Delphi
Seqüência/Fases Painel de Especialistas

Seleção dos especialistas 1. Reunião


- Definição das hipóteses e
variáveis
Preparação das hipóteses
- Proposta das questões
para enviá-las aos
Elaboração do questionário especialistas

Listas das respostas


2. Reunião
Gestão das respostas - Análise dos resultados
obtidos
Redação do informe final - Identificação das tendências
- Identificação das tecnologias
críticas

c2008, Valentim
Delphi
 Identifica eventos relevantes;

 Prazos/épocas em que podem ocorrer;

 Condições/possibilidades de ocorrência;

 Indicadores de opinião quanto a certezas


e incertezas;
 Criação de uma rede de especialistas
que podem ser consultados no futuro.

c2008, Valentim
Cenários
 É um método para ordenar as percepções acerca
de alternativas futuras, visando a tomada de
decisão e planejamento;
 É um método de previsão estratégica, que mostra
uma preocupação integral por todas as variáveis
da atividade organizacional;
 É um método especulativo que contempla o
futuro como uma realidade múltipla e
indeterminada;
 É um método qualitativo que demanda um
esforço temporal e econômico.

c2008, Valentim
Cenários
 Cria diferentes possibilidades de visualizar
o futuro;
 Facilita o planejamento de ações
direcionadas ao que se pretende atingir no
futuro;
 Garante estratégias mais bem formuladas;
 Possibilita a criação de diferentes planos de
ação, que podem ser utilizados quando
existirem mudanças no ambiente;
 Amplia as perspectivas e visão empresarial.

c2008, Valentim
Cenários

Etapa I Etapa II Etapa III Etapa IV Etapa V

Análise das Criação


Formulação
Caracterização tendências, e Determinação
das
da perspectivas desenvolvimento das
estratégicas
empresa e de implicações
empresariais
mudanças cenários

c2008, Valentim
Cenários
 1. Etapa:
 Conhecimento do entorno organizacional;
 Compreensão da organização como um sistema
complexo;
 Determinação dos fatores chave.

Nível 1: Fim Estratégia

Nível 2: Operações Processos Competências

Nível 3: Meios Pessoas


Tecnologia Estrutura

c2008, Valentim
Cenários
 2. Etapa:
 Identificar e analisar as tendências e perspectivas de
mudanças;
 Avaliar as tendências de mudanças em função do nível de
impacto e do grau de incerteza.
Alto
Nível de Impacto

Impacto Alto
Incerteza Elevada
Médio
oxi a B

Baixo Médio Alto


Grau de Incerteza
c2008, Valentim Fonte: Morato Murillo e Fernández Güell - 2004
Cenários
 3. Etapa:
 Eleição das principais variáveis/hipóteses do processo;
 Desenvolver quatro cenários;
 Estabelecimento de indicadores.

Eixo Vertical +

Cenário C Cenário A

Eixo Horizontal - Eixo Horizontal +

Cenário D Cenário B

Eixo Vertical -
c2008, Valentim
Cenários
 4. Etapa:
 Desenvolver as implicações de cada cenário sobre o sistema
funcional da organização;
 Identificar as brechas existentes no sistema funcional da
empresa.

Estratégia Estratégia

Processos Competências Processos Competências

Tecnologia Estrutura Pessoas Tecnologia Estrutura Pessoas

Modelo Exigido Modelo Atual


c2008, Valentim
Cenários
 5. Etapa:
 Identificar os futuros nichos de mercado;
 Formular as estratégias de ação de médio e longo prazo;
 Desenvolver ações estratégicas específicas para adequar
o sistema funcional da organização aos cenários
possíveis.

Posturas Estratégicas frente aos Cenários

Construir o Futuro Adaptar-se ao Futuro Apostar no Futuro

c2008, Valentim Fonte: Morato Murillo e Fernández Güell - 2004


Fatores Críticos do Sucesso
 Método que propicia a interação dos
sistemas de informação gerencial (SIGs)
aos processos de formulação de
estratégias de ação e planejamento;
 Método que gerencia diferentes variáveis,
nas diferentes estruturas da organização,
visando a competitividade;
 Método que auxilia à identificação das
necessidades informacionais na fase de
planejamento do SIG.

c2008, Valentim Fonte: Morato Murillo e Fernández Güell - 2004


Fatores Críticos do Sucesso
 1. Etapa:
 Entrevistas individuais com especialistas visando:
• Objetivos e metas organizacionais x FCS
impactantes;
• Relação entre os FCS e os objetivos e metas
organizacionais;
• Reflexão sobre essa matriz permite identificar
novos FCS.

 2. Etapa:
 Análise dos dados obtidos nas entrevistas:
• Busca-se o consenso;
• Caso o consenso não seja obtido, realiza-se uma
terceira etapa e, assim, sucessivamente;
• Validação final dos FCS.

c2008, Valentim
Fatores Críticos do Sucesso

Concorrência Inovação

Análise
Estrutural
Mercado
Política

Tecnologias
Comércio
Economia

c2008, Valentim Fonte: Morato Murillo e Fernández Güell - 2004


Benchmarking
Ponto de Referência / Melhores Práticas

 Método de comparação sistemática de serviços e


produtos com os oferecidos pela concorrência ou
por empresas consideradas de excelência;

 Método que procura adaptar um conceito amplo de


excelência em determinado setor à realidade dos
processos de uma organização, a qual necessita
aprimorar determinada atividade.

c2008, Valentim Fonte: Morato Murillo e Fernández Güell - 2004


Benchmarking
Ponto de Referência / Melhores Práticas

 Etapas:
 Identificar os principais concorrentes;
 Identificar as estratégias de ação;
 Verificar os objetivos/metas dos
concorrentes;
 Avaliação dos pontos fortes e fracos da
concorrência;
 Identificação dos padrões de reação dos
concorrentes;
 Identificação do nível dos concorrentes
(ataque, defesa ou evitar);
 Redirecionamento de ações estratégicas.

c2008, Valentim
Benchmarking
Ponto de Referência / Melhores Práticas
Processo de comparação sistemática de serviços e produtos com
os oferecidos pela concorrência ou por empresas consideradas de
excelência.

Promover
mudanças Buscar a
excelência

Incorporar
Objetivos/
Comparar
Metas

Selecionar as Avaliar
Melhores oportunidades Identificar

c2008, Valentim Fonte: Araújo Júnior - 2001


Balanced ScoreCard
 Método aplicado ao planejamento estratégico,
visando complementar o controle financeiro
tradicional, que monitora as estratégias
organizacionais no longo prazo, por meio de
mecanismos de mensuração (indicadores);

 Método que visa implementar uma estrutura


para alinhar e focar de alto a baixo a
organização na execução de sua estratégia;

 Método que auxilia a traduzir a missão e a


estratégia organizacional em conjunto de
medidas de desempenho bem definidas.

c2008, Valentim
Balanced ScoreCard
Traduzir a missão e a estratégia das empresas em um conjunto
abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um
sistema de medição e de gestão estratégica.

Perspectivas do Balanced ScoreCard

Processos Internos
Financeira
Avaliar os resultados vinculados
Avaliar os objetivos de
aos negócios internos da organização,
longo prazo relacionados
em função do sucesso financeiro
com o lucro
e da satisfação do cliente

Cliente Aprendizagem e Crescimento


Avaliar a capacidade da Avaliar as habilidades e competências
organização de dispor de dos empregados, a qualidade dos
produtos e serviços sistemas de informação e o ajustamento
de qualidade aos objetivos da organização

c2008, Valentim Fonte: Miranda - 1999


Balanced ScoreCard

Estrutura
Organizacional
(concentração nas
estratégias de mudança)
Sistema
de Gestão
(SIG/SAD/EIS)
Técnicas
de
Medição
(BSC)

c2008, Valentim Fonte Adaptada: Kaplan e Norton - 1997


Balanced ScoreCard

Perspectivas
de Inovação

Perspectivas Balanced Perspectivas


Financeiras ScoreCard do Cliente

Perspectivas
Internas

c2008, Valentim
Referências
ARAÚJO JÚNIOR, R. H. Benchmarking. In: TARAPANOFF, K. (Org.).
Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: Editora UnB, 2001.
343p. p.241-263

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced


scorecard. 22.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 360p.

LAACKMAN, C. L.; SABAN, K.; LANASA, J. M. Organização da função


de inteligência competitiva: um estudo comparativo de indicadores de
desempenho. In: PRESCOTT, J. E.; MILLER, S. H. Inteligência
competitiva na prática. Rio de Janeiro: Campus. 2002. p.225-246.

MIRANDA, R. C. da R. O uso da informação na formulação de ações


estratégicas pelas empresas. Ciência da Informação, Brasília, v.28,
n.3, p.284-290, set./dez. 1999.

MORATO MURILLO, A.; FERNÀNDEZ GÜELL, J. M. Metodologias de


prospectiva tecnológica industrial. Curitiba: UNINDUS/OPTI, 2004.

c2008, Valentim

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