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Auditoria e Controladoria no

Setor Público
Prof. Alexandre Oliveira Lima
Aula 3 – Controle Interno
O Professor Antônio Lopes de Sá (1995)
definiu controle interno como sendo o
“controle que a empresa exerce sobre
determinado fato ou série de fatos, de
acordo com suas rotinas próprias”.
Partindo para o setor público, a Instrução
Normativa nº 01/2001, da Secretaria Federal de
Controle Interno/Controladoria-Geral da União,
define controle interno administrativo como
sendo “o conjunto de atividades, planos, rotinas,
métodos e procedimentos interligados,
estabelecidos com vistas a assegurar que os
objetivos das unidades e entidades da
administração pública sejam alcançados de forma
confiável e concreta, evidenciando eventuais
desvios ao longo da gestão, até a consecução dos
objetivos fixados pelo Poder Público”
Partindo para o setor público, a Instrução
Normativa nº 01/2001, da Secretaria Federal de
Controle Interno/Controladoria-Geral da União,
define controle interno administrativo como
sendo “o conjunto de atividades, planos, rotinas,
métodos e procedimentos interligados,
estabelecidos com vistas a assegurar que os
objetivos das unidades e entidades da
administração pública sejam alcançados de forma
confiável e concreta, evidenciando eventuais
desvios ao longo da gestão, até a consecução dos
objetivos fixados pelo Poder Público”
Trocando em miúdos, tais conceituações podem ser exemplificadas, na
prática, por situações como as seguintes:
a) Almoxarifado: é a seção de suprimento da organização. Se
determinado Município adquire resmas de papel para ser utilizado
no expediente, como relatórios, pareceres e comunicações oficiais,
o responsável pelo setor de almoxarifado deverá registrar a entrada
dessa quantidade de material, em formulário específico (em papel
ou informatizado). Quando os demais setores requisitarem certa
quantidade de resmas, o responsável deverá anotar no formulário
a respectiva saída, com data, hora, o setor requisitante, colhendo
assinatura do servidor que retirar o material. Este é um ato de
controle interno. A qualquer momento, a unidade central de
controle, auditoria ou controladoria poderá verificar as
quantidades existentes em estoque e confrontá-las com os
registros. Este exemplo aplica-se a qualquer material sob a guarda
do almoxarifado, a exemplo de remédios, itens da merenda escolar
e material de construção;
b) Gestão Financeira: o gestor desta área deve
guardar as Notas Fiscais e documentos de
pagamento em ordem, verificar os valores a
pagar, o saldo em conta, os valores de entrada e
saída em caixa, os pagamentos avulsos etc. É o
controle contábil e financeiro da organização.
Princípios do Controle Interno Administrativo, definidos na
Instrução Normativa nº 01/SFC, de 06/04/2001. Tais
princípios constituem-se no conjunto de regras, diretrizes e
sistemas que visam ao atingimento de objetivos específicos:
1. Relação custo/benefício - consiste na avaliação do custo de
um controle em relação aos benefícios que ele possa
proporcionar;
2. Qualificação adequada, treinamento e rodízio de
funcionários - a eficácia dos controles internos
administrativos está diretamente relacionada à
competência, a formação profissional e à integridade do
pessoal (Cont.).
É imprescindível haver uma política de pessoal que
contemple:
a) seleção e treinamento de forma criteriosa e sistematizada,
buscando melhor rendimento e menores custos;
b) rodízio de funções, com vistas a reduzir/eliminar
possibilidades de fraudes; e
c) obrigatoriedade de funcionários gozarem férias
regularmente, como forma, inclusive, de evitar a
dissimulação de irregularidades
3. Delegação de poderes e definição de responsabilidades - a
delegação de competência, conforme previsto em lei, será
utilizada como instrumento de descentralização
administrativa, com vistas a assegurar maior rapidez e
objetividade às decisões. O ato de delegação deverá indicar,
com precisão, a autoridade delegante, a delegada e o
objeto da delegação.
Assim sendo, em qualquer unidade/entidade, devem ser
observados:
a) existência de regimento/estatuto e organograma
adequados, nos quais a definição de autoridade e
consequentes responsabilidades sejam claras e satisfaçam
plenamente as necessidades da organização; e
b) manuais de rotinas/procedimentos, claramente
determinados, que considerem as funções de todos os
setores do órgão/entidade.
4. Segregação de funções - a estrutura das
unidades/entidades deve prever a separação entre as
funções de autorização/aprovação de operações, execução,
controle e contabilização, de tal forma que nenhuma
pessoa detenha competências e atribuições em desacordo
com este princípio;

5. Instruções devidamente formalizadas - para atingir um


grau de segurança adequado é indispensável que as ações,
procedimentos e instruções sejam disciplinados e
formalizados por meio de instrumentos eficazes e
específicos, ou seja, claros e objetivos e emitidos por
autoridade competente;
6. Controles sobre as transações - é imprescindível
estabelecer o acompanhamento dos fatos contábeis,
financeiros e operacionais, objetivando que sejam
efetuados mediante atos legítimos, relacionados com a
finalidade da unidade/entidade e autorizados por quem de
direito;

7. Aderência a diretrizes e normas legais – o controle interno


administrativo deve assegurar observância às diretrizes, aos
planos, às normas, às leis, aos regulamentos e aos
procedimentos administrativos, e que os atos e fatos de
gestão sejam efetuados mediante atos legítimos,
relacionados com a finalidade da unidade/entidade.
Os órgãos de controle estão inovando no planejamento das
atividades de auditoria, utilizando-se da metodologia de
riscos corporativos das instituições com base na publicação
“Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura
Integrada”, emitido pelo Committee of Sponsoring
Organization of the Treadway Commission – COSO.

Riscos são eventos negativos que podem impedir a criação de


valor ou mesmo destruir o valor existente influenciando o
atingimento dos objetivos de uma organização.
Os órgãos de controle estão inovando no planejamento das
atividades de auditoria, utilizando-se da metodologia de
riscos corporativos das instituições com base na publicação
“Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura
Integrada”, emitido pelo Committee of Sponsoring
Organization of the Treadway Commission – COSO.

Riscos são eventos negativos que podem impedir a criação de


valor ou mesmo destruir o valor existente influenciando o
atingimento dos objetivos de uma organização.
Os órgãos de controle estão inovando no planejamento das
atividades de auditoria, utilizando-se da metodologia de
riscos corporativos das instituições com base na publicação
“Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura
Integrada”, emitido pelo Committee of Sponsoring
Organization of the Treadway Commission – COSO.

Riscos são eventos negativos que podem impedir a criação de


valor ou mesmo destruir o valor existente influenciando o
atingimento dos objetivos de uma organização.
Auditoria Interna: é a atividade que compreende os exames,
análises, avaliações, levantamentos e comprovações,
metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações
e de controles internos integrados ao ambiente e de
gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à
administração da entidade no cumprimento dos objetivos
(Conselho Federal de Contabilidade - CFC)
Controle Interno Administrativo: é o conjunto de atividades,
planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados,
estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos das
unidades e entidades da administração pública sejam
alcançados de forma confiável e concreta, evidenciando
eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos
objetivos fixados pelo Poder Público (Secretaria Federal de
Controle Interno – SFC).

Controles Internos: são procedimentos utilizados pela área de


controle com o intuito de preservar o patrimônio público.
Por exemplo: procedimentos de almoxarifado.
Sistema de Controle Interno: é o conjunto de ações
desencadeadas pelas unidades de controle interno.

Controladoria: é o órgão central do Sistema de Controle


Interno que agrega não somente as atividades de auditoria,
mas diversas outras atividades de controle da administração
pública, a exemplo de funções de defesa do patrimônio
público, controle interno, auditoria pública, correição,
prevenção e combate à corrupção, atividades de ouvidoria e
incremento da transparência da gestão no âmbito da
Administração Pública.
A função controle na Administração Pública deve estar
localizada no nível máximo de direção da organização,
assessorando o gestor máximo e emitindo recomendações
aos demais escalões da estrutura governamental.
Áreas de atuação do Sistema de Controle Interno:

a) Controles da Gestão: elenca as recomendações e


determinações exaradas à administração e verifica se as
mesmas estão sendo atendidas pelos responsáveis;
b) Gestão de Recursos Humanos: verifica o correto controle
de frequência, pagamento, contratação por tempo
determinado, recolhimento do INSS etc;
c) Gestão Orçamentária: verifica a correta classificação das
receitas e despesas correntes e de capital. Verifica,
também, a execução de despesas e se as mesmas se
coadunam com a classificação dos respectivos “elementos
de despesa”;
d) Gestão Financeira: verifica o montante de caixa, realiza a
conciliação bancária, gerencia o pagamento a fornecedores,
efetua a retenção e o recolhimento de tributos e contribuições
previdenciárias;
e) Gestão do Suprimento de Bens e Serviços: verifica o correto
procedimento licitatório, as causas de dispensa e
inexigibilidade de licitação, a aquisição de bens em
conformidade com o que foi contratado e a regularidade de
convênios e contratos de repasse;
f) Gestão Patrimonial: confirma a existência de bens, o
levantamento do inventário físico de bens móveis e imóveis,
induz ao registro patrimonial de todos os bens da
Administração Pública, realiza a apuração de sumiços e
extravio de bens;
g) Gestão Operacional: verifica os resultados operacionais, os
índices de desempenho e o cumprimento das metas assumidas
pela administração.
As Unidades de Controle Interno, para atingir as finalidades
básicas, devem desempenhar, no mínimo, o seguinte
conjunto de atividades essenciais:
a) a avaliação do cumprimento das metas previstas no
âmbito da entidade, que visa a comprovar a conformidade
da sua execução;
b) a avaliação da execução das ações de governo, que visa a
comprovar o nível de execução das metas, o alcance dos
objetivos e a adequação do gerenciamento;
c) a avaliação da execução do orçamento, que visa a
comprovar a conformidade da execução com os limites e as
destinações estabelecidas na legislação pertinente;
As Unidades de Controle Interno, para atingir as finalidades
básicas, devem desempenhar, no mínimo, o seguinte
conjunto de atividades essenciais (Cont.):
d) a avaliação da gestão dos administradores públicos, que
visa a comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e
examinar os resultados quanto à economicidade, eficiência
e eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial,
de pessoal e demais sistemas administrativos e
operacionais;
e) o controle das operações de crédito, avais, garantias,
direitos e haveres do respectivo ente federado, que visa a
aferir a sua consistência e a adequação;
As Unidades de Controle Interno, para atingir as finalidades
básicas, devem desempenhar, no mínimo, o seguinte
conjunto de atividades essenciais (Cont.):

f) avaliação das renúncias de receitas, que visa avaliar o


resultado da efetiva política de anistia, remissão, subsídio,
crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de
cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.
Aula 3 – Controle Interno

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