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Cuidados

Paliativos

Prof. Dr. Adailson Moreira


INTRODUÇÃ O
• Envelhecimento populacional como
fenômeno mundial

• Novas condições clínicas

• Mudanças na sociedade

• Mudanças na organização familiar


• Predomínio de doenças crônico-
degenerativas

• De evolução lenta, causando muito


sofrimento ao paciente e à família

• Levam ao comprometimento
funcional causando dependência
• Nos idosos a morte pode ser lenta, com
muito sofrimento físico, mental, social,
emocional e espiritual

• Presença de comorbidades em idosos

• Múltipla etiologia dos problemas em


idosos
• Novas “formas de morrer”
(“medicalização” da morte)

• Reconhecer o processo de morrer é tão


importante quanto dar um diagnóstico

• Assegurar uma morte digna (cuidados


de higiene e conforto, controle de
sintomas e alívio da dor)
• Medicina paliativa — especialidade
reconhecida na Inglaterra em 1987
• Cicely Saunders seu grande expoente
• Visão holística do ser humano
• Cuidado integral frente às suas
necessidades físicas, psíquicas, sociais
e espirituais

"O sofrimento somente é intolerável


quando ninguém cuida.”
Cicely Saunders
IMPORTÂ NCIA

• No adoecimento, mesmo em sua fase


terminal, a qualidade de vida dos
pacientes pode ser mantida em níveis
satisfatórios, utilizando-se
adequadamente as técnicas da
paliação – CUIDADOS PALIATIVOS.
CONCEITOS BÁ SICOS

•A medicina paliativa é a
especialidade médica que objetiva
proporcionar a melhor qualidade de
vida possível àqueles pacientes com
doença muito avançada, sem
qualquer possibilidade de cura ou
reversão de sua condição de saúde.
CONCEITO DA OMS
• A medicina paliativa é o estudo e o
controle de pacientes com doença
ativa, progressiva e avançada, para
quem o prognóstico é limitado e a
assistência é voltada para a
qualidade de vida (alívio da angústia
e do sofrimento).
• A OMS considera como paliativos
aqueles cuidados totais ativos

• Fundamental: o controle da dor e de


outros sintomas

• Controle de problemas psicológicos,


sociais e espirituais
MEDICINA PALIATIVA
• Utiliza técnicas que aumentam o conforto
e que contribuem na qualidade de vida

• Objetivo:
• não é de mudar o curso natural da
doença
• é abordar complicações consequentes,
intercorrências e de qualquer sintoma
que cause sofrimento
MODELO CURATIVO X
PALIATIVO
• Curativo: Intervenções utilizadas de
acordo com o grau de recuperação do
paciente.

• Paliativo: supressão de sintomas


indesejáveis, aumento do status
funcional e melhora emocional,
psicológico e espiritual.
PRINCIPAL OBJETIVO
• O controle adequado dos sintomas que
surgem durante a evolução de qualquer
doença, mesmo que incurável,
avançada, terminal.

• Sintomas que causem qualquer tipo de


sofrimento irão influenciar a qualidade
de vida e a dignidade da morte.
ABORDAGEM AO PACIENTE
• É de ampla dimensão
• Inicia-se no diagnóstico da patologia
• Multidisciplinar
• Avaliações periódicas/frequentes
• Priorizar sintomas que causem
sofrimento
• Prescrição atualizada, coerente e
criteriosa
CUIDADOS PALIATIVOS
• Aliviam dor e outros sintomas
angustiantes
• Afirmam a vida
• Consideram a morte um processo natural
• Não buscam acelerar ou retardar a morte
• Integram os aspectos psicológicos e
espirituais da atenção ao paciente
• Oferecem sistema de apoio para os
pacientes viverem ativamente até a
morte

• Se valem de uma abordagem


multiprofissional para atender
pacientes e familiares, inclusive no luto,
se necessário

• Podem influenciar positivamente o


curso da doença
PALIAÇÃ O

• Tem como foco a pessoa, e não a doença


• É indicada para qualquer paciente com
doença que ameaça a vida
• Indicada para o idoso com fragilidade,
declínio funcional e falência orgânica
• Pode ser oferecida em hospitais, asilos e
domicílios
EQUIPE DA PALIAÇÃ O
• Deve ser bem treinada
• Deve ter capacidade de compreender
o doente e a família
• Deve ter empatia e bom humor
• Deve se basear nas necessidades do
doente e familiares e não no
prognóstico da doença
SINTOMAS MAIS PREVALENTES
• Fadiga, emagrecimento
• Dor de forte intensidade
• Dispnéia, tosse
• Náuseas, vômitos, disfagia,
constipação, diarréia, anorexia
• Confusão mental, depressão,
ansiedade
• Agitação, insônia, tristeza
COMUNICAÇÃ O COM O PACIENTE
• Dizer a verdade sempre, mas reconhecer
a esperança e negação por parte do
paciente e familiares
• O profissional DEVE dar as más notícias,
mas deve saber fazê-lo
• Dar as notícias com sensibilidade, em um
ambiente de apoio, no ritmo do paciente,
sempre com abertura para novas
perguntas
• Deve-se ter tempo para abordagem
sem interrupções
• A privacidade é fundamental
• Separar a mensagem do mensageiro
• Ambiente físico agradável
• Postura do profissional
• Escuta do paciente
MORTE
• Processo natural e inevitável
• Formas distintas: depende da cultura, do
meio, da assistência recebida
• Importante manter sua dignidade, sem
intervir no que é fisiológico
• A paliação deve incluir plano de cuidados
individualizado, contemplando objetivos
do paciente e limites impostos pela
doença
• Sensação de medo é aliviada pela
atuação da equipe de paliação
• Medos: de dor, de morrer só, de
sufocação, de perda de controle, de
perder a dignidade, de incomodar
familiares
• Estimular a resolução de conflitos
legais, sociais, financeiros e familiares
• Suporte psicológico
• Quando trabalhamos em saúde,
devemos entender que não vamos tirar
a condição de mortal dos indivíduos,
ocasionalmente teremos a vida destes
em nossas mãos e a maneira como
cuidamos deles indicará quanto de
dignidade daremos a eles.
• Estar atentos a estes detalhes nos
mantém mais humanos e dignos
independente do resultado do
tratamento.
Obrigado!!!

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