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Uma Proposta de Avaliação: Atuação

da Diretoria de Atenção Primária a


Saúde da Região de Saúde Leste do
Distrito Federal no ano de 2019 em
relação à Dengue e outras Arboviroses

Discente: Rodrigo de Souza Barbosa


Orientadora: Dra. Patrícia Pássaro da Silva
Toledo
INTRODUÇÃO
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

A dengue é uma doença febril aguda, sua transmissão se dar


através da picada do mosquito fêmea infectado da espécie
Aedes aegypti (CORTÉS et al, 2015).
E devido as suas características geográficas, climáticas e sociais o
Brasil torna-se um cenário ideal para proliferação do mosquito e
consequentemente a surtos e/ou epidemias (CATÃO, 2016;
PACHECO, 2015; MACIEL et al, 2
Desigualdades sociais = territórios enfraquecidos.
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou boletim


epidemiológico que confirma que o DF, entre 1º de janeiro e 25 de
maio no ano de 2019, registrou 24.662 casos de dengue. A SES
ressalta que 97,2% desses registros são de residentes do DF.
A Região de Saúde Leste (Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e São
Sebastião) é a que possui o maior número de notificações da
doença nesse período - 4.595 casos prováveis.
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
Semana Casos com
Epidemiológica Casos Residentes Casos Óbitos Casos Sinais de
Notificados da RSL Prováveis Graves
(SE) - 2019 Alarme
SE 17 (21/04 a 14.436 14.018 12.905 10 21 209
27/04)
SE 22 (26/05 a
27.694 26.882 24.041 26 41 480
01/06)
SE 25 (16/06 a
22/06) 35.523 34.438 31.154 31 47 619
SE 28 (07/07 a
41.932 40.582 36.389 33 54 744
13/07)
SE 35 (25/08 a
47.745 46.243 41.572 42 67 840
31/08)
No período da SE 22 a 35 o Distrito Federal registrou uma incidência acumulada em 2019
de cerca de 1.340 casos por 100 habitantes.
Fonte: Informativo Epidemiológico da Subsecretária de Vigilância à Saúde do DF.
REGIÃO DE SAÚDE LESTE
 Região de Saúde Leste: Itapoã, Paranoá, São Sebastião,
Jardim Botânico (e Lago Sul);
 Superintendente da Regional de Saúde Leste: Raquel
Beviláqua Matias da Paz Medeiros Silva;
 Diretora de Atenção Primária: Wallace dos Santos.
População urbana segundo as Regiões Administrativas que compõe a Região de
Saúde Leste – Distrito Federal - 2015
Jardim
Itapoã São Sebastião Paranoá Botânico Lago Sul*
67.237 99.525 44.975 26.881 28.981
TOTAL DE RESIDENTES DA REGIÃO DE SAÚDE LESTE: 267.599
Fonte: Anuário Estatístico do Distrito Federal (2015) – CODEPLAN.
Modelo Lógico

Segundo Contandriopoulos et al, a


modelização traz inúmeras vantagens,
pois, permite compreender os efeitos
causais da intervenção. Dessa forma
modelizar uma intervenção permite
melhorar uma situação problema.
Sendo uma ferramenta de comunicação
objetiva.

Aberto para Associação: 18 de fevereiro|2020


Pergunta Avaliativa

1. Quais são os pontos fortes e fracos da atuação da DIRAPS-LESTE/DF


diante da dengue e outras Arboviroses em 2019?
2. Os profissionais de saúde e gestores da Região de Saúde Leste foram
capacitados para o manejo da dengue?
3. A rede ofereceu a cobertura necessária para o contingenciamento da
dengue?
4. As UBS’s receberam os insumos e equipamentos necessários para o
desenvolvimento das atividades de enfrentamento da dengue e outras
arboviroses?
5. Os gerentes da DIRAPSLESTE/DF conhecem o PISPCEDA?
STAKEHOLDERS
Stakeholders Interesse e papel de cada um Papel na utilização dos achados
Controle da região de saúde, ativação Organizar a melhor estratégia
Superintendente do plano de ação e acompanhamento para melhor atender a demanda
dos veículos de comunicação (mídia). da região de saúde.
Mobilização dos profissionais em Promover encontros focados no
DIRAPS DIRAPS resposta ao demandado pela manejo da dengue para
superintendência e/ou ao nível melhorar a resposta à epidemia
central (SES-DF). de dengue.
Constroem o plano de ação e/ou são Construir uma agenda de
Gestores das comunicados sobre, tem como papel
educação permanente em saúde
UBS’s (GSAP’s) fundamental mobilizar os
com a temática.
profissionais da ponta.
ESF’s Organizam suas forças de trabalho Reavaliar seus processos de
para execução do plano de ação. trabalho.
Controle Social Ações de divulgação e controle da
(Liderança Local) proliferação do mosquito. Corresponsabilização.
PISPECEDA 2018-2019

Plano Integrado em Saúde para Prevenção, Controle e


Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses 2018/2019
(PISPCEDA-2018/2019):
Desenvolver ações de saúde, estrategicamente orientadas pelo
cenário epidemiológico, permitindo resposta adequada e
oportuna dos serviços de saúde para a prevenção, controle e
enfrentamento das arboviroses no Distrito Federal.
AÇÕES DEFINIDAS NO PISPECEDA
Eixo Diretriz Ação Responsável
Intensificar as ações de Núcleos de
Vigilância Monitoramento e Controle controle nas RA's com IIP Vigilância
em Saúde Vetorial
com risco de surto. Ambiental
Organização da rede Realização de manejo
clínico do paciente com
Assistência à assistencial para atendimento suspeita de dengue e outras ESF’s
Saúde dos casos de dengue e outras
arboviroses com priorização
arboviroses
de atendimento
Realizaram reuniões
Mobilização Formação e manutenção de
periódicas do
e redes de mobilização GEIPLANDENGUE para Superintendência
Comunicaçã sustentáveis para as ações de
operacionalizar as ações de
o em Saúde prevenção e controle. mobilização
Capacitação Educação permanente e Promoção de cursos,
CT-ARBO
e Educação continuada dos profissionais palestras e seminários REGIONAL
Permanente de saúde e gestores ofertado pelo NEPS.
PISPECEDA 2018-2019

A responsabilidade do acionamento muda tanto


em nível central quanto regional, considerando o grau
de risco e a maturidade do processo decisório. No
entanto, para todos os níveis os comitês técnicos
serão os responsáveis pelos relatórios de risco com as
orientações técnicas necessárias para subsidiar a
tomada de decisão, já indicando o cenário de risco e
o possível nível de acionamento, subsidiando o
gestor na definição do nível de resposta.
PISPECEDA 2018-2019
Matriz de responsabilidade pelo acionamento dos níveis do PISPECEDA
Responsável Nível Central (SES-
Nível de Resposta Responsável Nível Regional
DF)
0 (Preparação) Comitê Técnico de Arboviroses - Comitê Técnico de Arboviroses -
CENTRAL Regional
1 (Ativação) Comitê Técnico de Arboviroses - Comitê Técnico de Arboviroses -
CENTRAL Regional
2 (Incremento) Subsecretário de Vigilância Superintendente
3 (Intensificação) Subsecretário Adjunto de Superintendente
Assistência
4 (Emergência) Secretário de Saúde Superintendente
Modelização da Avaliação
A Avaliação da Conformidade é um processo
sistematizado, com regras pré-estabelecidas,
devidamente acompanhado e avaliado, de forma a
propiciar adequado grau de confiança de que algo Um dos objetivos
atende a requisitos pré-estabelecidos por normas ou dessa intervenção é
regulamentos. verificar se as atividades
propostas dentro do
PISPCEDA 2018-2019
Definição dos propósitos e abordagens foram realizadas em
tempo oportuno pela
Matriz de informação
RSL.
Desenho da avaliação
DESENHO DA AVALIAÇÃO

Objetivo Promover a mobilização da DIRAPS-LESTE para prevenção e o controle da dengue na


Região de Saúde Leste no Distrito Federal

VIGILÂNCIA EM SAÚDE I

II ASSISTÊNCIA A SAÚDE

MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE III

VI CAPACITAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE


DESENHO DA AVALIAÇÃO

Objetivo Avaliação da Conformidade


Intervenção

Selecionar a Avaliar e
Coletar Realizar
norma ou Processos
amostras auditorias
acompanhar
regulamento o produto

Definir de maneira
Realizar
AnáliseAções sistemática o tratamento
inspeções das não conformidade

Interpretação
dos dados
encontrados

INMETRO, 2008.
MATRIZ DE INFORMAÇÃO
Fonte de
Dimensão Pergunta Avaliativa Critério/Indicador
Verificação
Vigilância em Intensificaram as ações de
Saúde Número de ações de
monitoramento de Pontos Relatório
monitoramento
Estratégicos?
Assistência à A rede ofereceu a cobertura Proporção de UBS que
Saúde Relatório de
necessária para o ampliou seu horário de
gestão
contingenciamento da dengue? funcionamento.
Mobilização e Número de ações destinadas
Comunicação Realizaram o dia de combate à a comunicação em saúde
em Saúde dengue, com fornecimento do
para o enfrentamento da Relatório
check-list de controle de ações
dengue e outras arboviroses
já realizadas?
com a comunidade.
Capacitação e Promoveram cursos, palestras
Educação Número de profissionais
e seminários de manejo da Check list
Permanente dengue e outras arboviroses? capacitados.
MATRIZ DE ANÁLISE E JULGAMENTO

PARÂMETROS DE JULGAMENTO

COMPONENTE DIRETRIZ OBJETIVO AÇÃO RESPONSÁVEL


Em
Desempenho
Ação Realizada conformidade
(Consendey)
com o PISPCEDA

Monitorar e
controlar a ( ) Implantado
Intensificaram as
infestação do  ( ) >75% ( ) Parcialmente
Monitoramento ações de Núcleos de
Vigilância em Aedes Aegypti e ( ) Sim ( ) 50 – 75% Implantado
e Controle controle nas Vigilância
Saúde seus diferentes ( ) Não  ( ) 25 – 49% ( ) Incipiente
Vetorial RA's com IIP com Ambiental
estágios de ( )>25% ( ) Não
risco de surto.
desenvolviment Implantado
o
Meta-Avaliação

Cruz e Moreira (2013) define que a meta-avaliação é um processo de


avaliar a avaliação construindo um conjunto de padrões e critérios bem
definidos.
Meta-Avaliação
Diretrizes: Identificação dos
Critérios Atendidos Detalhamento
interessados.
a) Os atores da intervenção
foram identificados?
Diretriz: Informações
Critérios Atendidos Detalhamento
fidedignas.
a) As fontes de verificação
foram bem definidas?
Diretriz: Procedimentos
Critérios Atendidos Detalhamento
práticos.
a) Os recursos da intervenção
(tempo, dinheiro e RH) são
adequados para as atividades
previstas?
Disseminação dos Resultados

Relatório de
Apresentação Publicações
Avaliação

Medina e Fernandes (2008) dentre as


informações indispensável para um
relatório de avaliação estão: O propósito
da avaliação (o que exatamente foi
avaliado) e como avaliação foi desenhada
(conduzida e revisada).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As avaliações de programas e ações de serviços de saúde são
pertinentes para a manutenção e consolidação de um Sistema
de Saúde Único fortificado e universal.
Ainda há uma gama de profissional que precisam se alcançados
com as ferramentas que essa especialização possibilita,
profissionais que estão no seu dia a dia tecendo o SUS e desejo
que essa especialização possa atingi-los em algum momento
para provocarmos uma mudança de paradigma de se fazer saúde,
caminhar para uma administração de resultado responsável,
participativa e descentralizada.
Referências Bibliográficas
Anuário Estatístico do Distrito Federal ( CORTÉS, J. J. C., HONÓRIO, N. A., GIBSON, G.,
http://www.codeplan.df.gov.br/anuario-estatistico-do & PEITER, P. C. (2015). Determinantes sociais
-distrito-federal/
); da distribuição espacial dos casos de dengue na
faixa fronteiriça do Brasil. Revista Espaço e
Plano Integrado em Saúde para prevenção, controle Geografia, Brasília, v. 18, n. 3, p. 611-638, jul.
e enfrentamento da dengue e outras Arboviroses 2015;
(2018/2019) ( MACHADO, Guilherme Augusto Witte Cruz.
http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/20 Avaliação da conformidade como estratégia
18/02/PLANO_INTEGRADO_EM_SAUDE_PARA
_O_CONTROLE_DE_ARBOVIROSES_2018_201 competitiva. 2003.
9_.pdf MACIEL, I. J.; JÚNIOR, J. B. S.; MARTELLI, C.
); M. T. Epidemiologia e desafios no controle do
CATÃO, R. D. C. Expansão e consolidação do dengue. Revista de Patologia Tropical, Goiânia, v.
complexo patogênico do dengue no Estado de São 37, n. 2, p. 111-130, maio. 2008.
Paulo: difusão espacial e barreiras geográficas. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA
Tese de Doutorado - Pós-Graduação em Geografia DE ATENÇÃO Á SAÚDE. Diretrizes para a
da FCT/UNESP. São Paulo, p. 274. 2016; organização dos serviços de atenção à saúde em
situação de aumento de casos ou de epidemia de
dengue. 2013.

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