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Bioquímica

Tema: Carboidratos e Glicobiologia

Fonte: modificada de: https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/carboidrato.jpg

Reidner S. Reis
Carboidratos e Glicobiologia
 Os carboidratos são os compostos orgânicos mais abundantes entre os organismos vivos.
 Carboidratos são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substâncias que geram
esses compostos quando hidrolisadas.
 Fórmula empírica do carboidrato:
Funções dos carboidratos

 Fonte de energia
 Armazenamento
 Componentes estruturais e de proteção(Bactérias, vegetais e animais)
 Sinalização celular
 Componentes de ácidos nucléicos
Classificação

Monossacarídeos: 1 unidade de composto glicídico(poli-hidroxialdeído


ou poli-hidroxicetona

Olissacarídeos: Cadeias curtas de unidades de


monossacarídeos( incluem dissacarídeos);

Polissacarídeos: mais de 20 unidades de monossacarídeos, alguns tem


centenas ou milhares de unidades
Monossacarídeo

 Definição
“Os monossacarídeos (oses ou açúcares simples) são as unidades básicas dos carboidratos.
São constituídos por uma unidade de poli-hidroxialdeído ou de poli-hidroxicetona
contendo três a nove átomos de carbono, sendo o principal combustível para a maioria dos
seres vivos.”
Motta, Bioquímica Básica, 2005
Aldeídos ou cetonas
De acordo com o número de carbono

Triose, tetrose, pentose, hexose... Aldotriose, aldotetrose, aldopentose, aldoexose


Triose, tetrose, pentose, hexose...
Cetotriose, cetotretose, cetopentose
cetoexose...
Monossacarídeos
 Incolores, sólidos cristalinos, solúveis em água e insolúvel em componentes apolares.
Maioria tem sabor doce.
 Todos ocorrem em formas isoméricas oticamente ativas( átomo de carbono assimétrico ou
quiral) exceto diidroxiacetona.

Carbono quiral ou assimétrico é o carbono que


possui 4 ligantes diferentes.
Enantiômeros
 São imagens espelhos um do outro.
. Dois açúcares que diferem apenas na configuração de um carbono são chamados de epímeros
Ligação Glicosídica

É o estabelecimento de uma ligação


química entre dois ou mais
carboidratos com liberação de água
para o meio a qual eles reagiram.
Anômero:
 Na química dos carboidratos, um anômero é um tipo especial de epímero. As formas isoméricas
de monossacarídeos que diferem apenas na configuração do átomo de carbono hemiacetal ou
hemicetal ou na configuração ao redor do átomo de carbono anomérico, se a sua hidroxila está
na posição alfa ou beta.

Carbono anomérico
 Quando ocorre a ciclização dos carboidratos, o carbono da carbonila participante da reação é
chamada de carbono anomérico e o mesmo pode assumir duas configurações especiais: alfa e
beta.
Hemiacetal

Hemiacetal: quando refere-se a


um aldeído e tem dois radicais Acetal: quando refere-se a um
distintos ligado a uma carbonila. aldeído e tem três radicais
distintos ligado a uma carbonila.
Hemicetal

Hemicetal: Quando refere-se a Cetal: Quando refere-se a cetona e


cetona e tem 3 radicais distintos tem 4 radicais distintos na
ligado a carbonila carbonila.
Ciclização

Anel com aldeído Anel com cetona


Ciclização
Anel pirano
Ciclização
Anel furano
Agentes redutores:
 Alguns carboidratos são capazes de reduzir íons férrico ou cúprico convertendo o
grupamento do carbonila em carboxila.

Obs: Somente são carboidratos redutores aqueles que possuem sua carbonila livre
para sua reação.
Mutarrotação

Os anômeros a e β da D-glicose se interconvertem em solução aquosa por um


processo chamado de mutarrotação.
Ligação Oglicosídica
 Reação entre o carbono anomérico de um monossacarídeo e um grupo hidroxila de outro
monossacarídeo.

Grupo carbonil livre, então a


maltose é oxiredutor ou
extremidade redutora.
Carbono anomérico livre, ou
seja, é redutor.

Carbono anomérico do anel furano é o


C 2, e ele não está livre, ou seja, não é
redutor.

Carbono anomérico não livre, ou


seja, não é redutor.
Nomenclatura

 (1) Dar a configuração (α ou β) do carbono anomérico que une a primeira unidade


de monossacarídeo (à esquerda) com a segunda. E colocar D(destrorrotatório) ou
L( levorrotatório)
 (2) Adicionar os nomes dos carboidratos. Identificar o resíduo; distinguir entre
estruturas em anel de cinco e seis membros, inserir “furano” ou “pirano” no
nome.
 (3) Indicar entre parênteses os dois átomos de carbono unidos pela ligação
glicosídica, usando uma seta para conectar os dois números; por exemplo, (1→4)
mostra que o C-1 do resíduo de açúcar nomeado primeiramente está unido ao C-4
do segundo.
 (4) Identificar o segundo resíduo. Sufixo “sil”para os primeiros elementos, e
sufixo “ose” para o ultimo carboidrato. Se houver um terceiro resíduo, descrever
a segunda ligação glicosídica seguindo as mesmas convenções.
Exemplos:
Polissacarídeos
 São polímeros, também chamado de glicanos, são carboidratos que possuem vários
monômeros de carboidratos ligados entre si de médio e alto peso molecular, formados por
meio de ligações glicosídicas.

Homopolissacarídeos: único tipo de Heteropolissacarídeos: dois ou mais tipos


carboidrato. de carboidratos distintos.
Amido
 É um polímero de glicose que possui duas formas: Amilose e Amilopectina.

Funções

Reserva energética em plantas

Compostos de α-amilose (linear)e amilopectina (ramificada)


Amido
Amilose

Consiste em cadeias longas, não ramificadas, de resíduos de D-glicose


conectados por ligações (a1→4)
Amilopectina

Amilopectina é altamente ramificada. As ligações são (a1→4); nos pontos de ramificação (que
ocorrem a cada 24 a 30 resíduos) são ligações (a1→6).
Glicogênio
 Reserva energética
 D-glicose a(1→4)
 Ramificações D-glicose a(1→6)
 Ramificações de 8-10 resíduos
 Mais compacto que amido

Proteína glicogenina vai torneando o


glicogênio. Glicogênio em forma de grano
dentro da célula faz com que pressão osmótica
não seja tão grande.

Fonte da imagem:
https://
encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTd6YlamDxyuiI
Hidrolise

A a-amilase: enzimas presentes na


saliva e secreções intestinais que
hidrolisam as ligações glicosídicas .
Amido e Glicogênio
Vantagens como forma de armazenamento do glicogênio
 Serem solúveis( OH livre fazem ligação de H com a água).
 Ocuparem um espaço menor.
 Redução de pressão osmótica

Glicogênio mais compacto que a amilopectina. Qual é a vantagem?


O glicogênio quando é utilizado as unidades de glicose são removidas
simultaneamente de todas as ramificações, isso acelera a conversão desse
polissacarídeo em monossacarídeo, o que facilita para geração de energia.
Também o glicogênio reduz a osmolaridade, porque resulta em número menor
de partículas em solução.
Celulose:
 Homopolímeros linear, não ramificado, de até 15 mil resíduos de D-gicose ligados
β(1→4).
 Estruturas rígidas de cadeias tem torração relativa.
 Cadeias paralelas lineares fazem ligação de hidrogênio.
 A formação de hidrogênio entre os resíduos de glicose nas cadeias paralelas lineares de
celulose a tornam insolúvel.
 As cadeias lineares fazem ligação de hidrogênio e deixa a celulose muito rígida.
 Fornece energia para micro-organismos e animais(cupins e ruminantes, que apresentam no
trato digestivo o micro-organismo que secretam enzima celulase( hidroliza ligações
β(1→4)
Quitina
 Quitina é um homopolissacarídeo linear composto por resíduos de N-
acetilglicosamina em ligações (β1→4).
 A única diferença química em comparação com a celulose é a substituição de um grupo de
hidroxila em C-2 por um grupo de amina acetilado.
 Principal componente dos exoesqueleto. Ex: Invertebrados, parede celular de alguns
fungos e muitas algas.
 Possui estrutura semelhante à da celulose.
Fatores estéricos e ligações de hidrogênio influenciam o
enovelamento dos homopolissacarídeos

 Subunidades com estrutura relativamente


rígida ditada por ligações covalentes
formam estruturas macromoleculares
tridimensionais estabilizadas por interações
fracas dentro da própria molécula ou
intermoleculares, tais como:
-Ligações de hidrogênio,
-Interações hidrofóbicas,
-Interações de van der Waals
-Interações eletrostáticas(polímeros
carregados)

• Intramoleculares: ligações que


ocorrem no interior de uma
moléculas.
• Intermoleculares: ligações entre as
moléculas
Conformações que
maximizam as
ligações de
hidrogênio

Conformações que
dificultam as
ligações de
hidrogênio

Os ângulos φ(fi) e Ψ (psi) são afetados pelo volume do anel das piranoses e pelos seus
substituintes.
Mapa das conformações favorecidas(de menor energia) para polissacarídeos em função a torção
dos ângulos φ e Ψ.
a) Cadeia polissacarídica curvada.

b) Estrutura em hélice da amilose,


amilopectina e glicogênio.

Hélice firmemente enrolada que é estabilizada pelas ligações de hidrogênio


Fonte: https
://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.scielo.br%2Fscielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS0100-40422012000500025&psig=AOvVaw0SXyiAb
pQbpO5URqFjUvsE&ust=1610132805420000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLC6hqrCiu4CFQAAAAAdAAAAABAV

• Ambas figuras representa celulose


• Cada resíduo faz ângulo de 180° com seu vizinho: cadeia estendida
• Todos os –OH fazem ligação de hidrogênio com cadeias vizinhas
• Estabilização por ligação intra e inter cadeias produz estrutura supramolecular de alta força e
tensão
• Baixa quantidade de água por causa das várias ligações de hidrogênio
As paredes celulares de bactérias e algas
contêm heteropolissacarídeos estruturais

O componente rígido das paredes celulares bacterianas (o peptidoglicano) é um


heteropolímero de resíduos alternados de N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico
unidos por ligações (β1→4).

Os polímeros lineares são ligadas de maneira cruzada e pequenos peptídeos.

A lisozima das lágrimas dos olhos degradam as ligações (β1→4), por isso lágrimas são
antibatcericídas.
Agar presente em algas marinhas

 Agarose: As unidades repetidas da agarose são constituídas


por D-galactose unidas por ligação (β1→4) a 3,6-anidro-L-galactose (na qual
uma ligação éter conecta C-3 e C-6).
 Essas unidades são ligadas por ligações glicosídicas (a1→3), formando polímeros com um
comprimento de 600 a 700 resíduos.
 Uma pequena fração dos resíduos de 3,6-anidro-L-galactose
contém um éster de sulfato em C-2.
Formação de dupla hélice: gel de agarose

 Usado em laboratório de bioquímica


 Utilizado para a separação de ácidos nucléicos, muito útil para ajudar a sequenciar o
material genético.
 O ágar também é utilizado para formar uma superfície para o crescimento de colônias
bacterianas.
 Outra utilidade comercial do ágar é a produção de cápsulas, nas quais alguns
medicamentos e vitaminas são encapsulados.
Os glicosaminoglicanos
 Polissacarídeos compostos por unidade repetitivas de dissacarídeos modo que um deles
geralmente será N-acetil-glicosamina ou N-acetil-galactosamina

Outros carboidratos componente dos glicosaminoglicanos geralmente é o ácido D-


-glicurônico ou ácido L-idurônico
Ácido Hialurônico
 O ácido D-glicurônico e N-acetilglicosaminaposssuem mais de 50 mil unidades repetidas.

Funções
Forma soluções claras, altamente viscosas, que funcionam como lubrificantes no líquido sinovial das articulações
e geram a consistência gelatinosa do humor vítreo nos olhos dos vertebrados.

Componente da matriz extracelular de cartilagens e tendões, onde auxilia na resistência à tensão e elasticidade,
devido à sua forte interação não covalente com outros componentes da matriz.
 Hialuronidase, enzima secretada por certas bactérias patogênicas, hidrolisa as ligações
glicosídicas do ácido hialurônico, tornando os tecidos mais suscetíveis à infecção
bacteriana.
 Em várias espécies animais, uma enzima semelhante presente no espermatozoide hidrolisa
o revestimento de glicosaminoglicano que envolve o óvulo, permitindo a passagem do
espermatozoide.

Fonte:https
://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.invivo.fiocruz.br%2Fcgi%2Fcgilua.exe%2Fsys%2Fstart.htm%3FUserActiveTemplate%3Denglish%26infoid%3D1462%26sid%
3D9&psig=AOvVaw1NCX-3SxsT6atvxdohX6U-&ust=1610217804901000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPifof_-jO4CFQAAAAAdAAAAABAP
Sulfato de condroitina
 Glicosaminoglicano composto por ácido glicurônico N-acetilgalactosamina sulfatada (C4)
alterando as ligações do tipo β(1→4) e β(1→3), o mesmo possui aproximadamente 20-60
unidades de carboidratos ligados entre si.

Funções

Auxilia na resistência à tensão das cartilagens, dos tendões, dos ligamentos e das paredes da
aorta.
Queratan-sulfatos
 Glicosaminoglicano composto por galactose e N-acetilglicosamina sulfatada (C6),
alternando ligações do tipo β(1→4) e β(1→3), o mesmo possui aproximadamente 25
unidades de carboidratos ligados entre si. (Não contêm ácido urônico)

Funções

Componente de cabelo, unhas, chifres e cascos.


Heparan-sulfato
 Ésintetizado por todas as células animais e contém arranjos variados de açúcares sulfatados
e não sulfatados. A parte sulfatada permite grande interação com muitas proteínas.

Heparina

Glicosaminoglicano composto por ácido idurônico/ glicurônico e N-


aetilglicosamina sulfatada, com ligações do tipo a(1→4), o mesmo possui de 15 a 50
unidades de carboidratos ligados entre si.

Função

Antiangulante.
A heparina purificada pode ser usada em amostras de sangue coletadas para análises clínicas
e ao sangue doado para transfusão, para impedir a coagulação
Glicoconjugados: proteoglicanos, glicoproteínas e glicoesfingolipídeos

Os glicoconjugados são moléculas


biologicamente ativas de proteínas com
glicosaminoglicanos (proteoglicanos), com
esfingolipídeos (glicolipídeos) e com
oligossacarídeos ligados a uma proteína
(glicoproteínas).
Proteoglicanos
 Os proteoglicanos são macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular nas
quais uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente unidas
a uma proteína de membrana ou a uma proteína secretada.
Células de mamíferos: 40 tipos de moléculas
da superfamília dos proteoglicanos

Funções: _ Organizam e influenciam


desenvolvimento de tecidos especializados.
_ Mediam atividades de fatores de
crescimento.
_Regulam montagem extracelular de
fibrilas de colágeno
_Atuam em adesão

Resíduo Ser
no cerne da
proteína

Glicosaminoglicano
Parte trissacarídica
Heparan-sulfato nos proteoglicanos
liga-se a vários ligantes
extracelulares – receptores
específicos da superfície celular.
Tipos de interação de proteínas com domínios NS de heparan-sulfato
Alguns proteoglicanos podem formar agregados
proteoglicanos, enormes grupos supramoleculares
de muitas proteínas centrais, todas ligadas a uma
única molécula de ácido hialurônico.

O agrecano interage fortemente com o colágeno da matriz


extracelular das cartilagens, contribuindo para o
desenvolvimento, a resistência à tensão e a elasticidade desse
tecido conectivo
Interações entre células e matriz extracelular

Associação entre células e proteoglicanos da matriz


extracelular é medida pela integrina (proteína de membranas) e
proteínas extracelulares, como fibromectina.

A fibronectina, por exemplo, tem domínios separados que


ligam fibrina, heparan-sulfato, colágeno e uma família de
proteínas da membrana plasmática chamadas de integrinas, que
controlam a sinalização entre o interior celular e a matriz
extracelular.

Essas interações não servem meramente para a ancoragem das


células à matriz extracelular, mas também proveem rotas que
guiam a migração celular nos tecidos em desenvolvimento e
propagam informações em ambas as direções através da
membrana plasmática.
Glicoproteínas
 Glicoproteínas são conjugados carboidrato-proteína nos quais os glicanos são menores,
ramificados e mais estruturalmente diversos do que os gigantescos glicosaminoglicanos
dos proteoglicanos.

 Algumas glicoproteínas têm uma única cadeia de


oligossacarídeo, porém muitas têm mais de uma.
 O carboidrato pode constituir de 1 a 70% ou mais da
massa da glicoproteína.
 Aproximadamente metade de todas as proteínas de
mamíferos é glicosilada, e cerca de 1% de todos os
genes de mamíferos codifica para enzimas envolvidas
na síntese e na ligação dessas cadeias de
oligossacarídeos

Funções: não totalmente conhecidas


(envelopamento, proteção contra proteases,
estabilidade térmica).
Glicolipídios
 Glicolipídios são lipídios de membrana com os grupos de cabeça hidrofílica formados de
oligossacarídeos, que agem como sítios específicos para reconhecimento por proteínas que
se ligam a carboidratos.

Lipopolissacarídeos bacterianos: determinante


do sorotipo.

Essas são as moléculas dominantes da superfície da


membrana externa de bactérias gram-negativas, como
Escherichia coli e Salmonella typhimurium.

Essas moléculas são o alvo primordial dos anticorpos


produzidos pelo sistema imune dos vertebrados em
resposta a uma infecção bacteriana e, por essa razão, são
importantes na determinação dos sorotipos das linhagens
bacterianas
Glicobiologia

A glicobiologia, o estudo da estrutura e da função de glicoconjugados.

Células utilizam oligossacarídeos específicos para codificar importantes


informações sobre o destino de proteínas, as interações célula-célula, a
diferenciação celular e o desenvolvimento de tecidos, além de os utilizarem como
sinais extracelulares.

Olissacaródeos são altamente rico em informação comparados com proteínas.


Lectinas
 Lectinas são proteínas que ligam carboidratos com alta especificidade e com moderada a
alta afinidade.

Funções
Participam de vários processos de reconhecimento celular, sinalização e adesão e na
destinação intracelular de proteínas recentemente sintetizadas.

Lectina: encontrado em todo organismo.


Lectinas
 Alguns hormônios peptídicos que circulam no sangue estão ligados a oligossacarídeos
reconhecidos por lectinas nos hepatócitos.
 Eritrócitos “velhos” são eliminados da corrente sanguínea em mamíferos por interações com
lectinas receptores de membrana plasmática dos hepatócitos.
 Lectinas reconhecem oligossacarídeos específicos que marcam proteínas recém sintetizadas no
aparelho de golgi para serem transferidas aos lisossomos.
 Lectinas são importantes para o desenvolvimento de doenças humana.
 Lectinas humanas controlam respostas anti-flamatória na artrite reumatoide , asma, psoríase,
esclerose múltipla e rejeição de órgãos transplantados.
 Lectina de células virais aderem ao hospedeiro por interação com oligossacarídeo de superfície
celular.
Interação de lectinas com
oligossacarídeos é altamente
específica- grande variedade de
oligossacarídeos- código do
açúcar.

Interações Lectinas-açúcar menos específica


 Fontes: “Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6° e 7° edição”
“Bioquímica Básica, Motta”
“Biocheministry, U. Satyanarayana e U. Chakrapani”

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