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FISTULAS

MR1 Ricardo Jabbur


Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Fistula

• Estabelecimento de uma comunicação anormal entre o tubo


digestivo e qualquer outra víscera oca ou cavidade
abdominal (fístula interna) ou, com a superfície cutânea
(fístula interna)

• É uma das complicações pós-operatórias mais temidas,


juntamente com deiscência e infecção
Disponível em: files.drresumo.webnode.com.br/200000020-20c3c21bd5/Fístulas%20Digestivas.pdf

maior pico por volta do quinto ao sétimo dia


Rev. Col. Bras. Cir. 2016; 43(2): 117-123

Epidemiologia

• Mortalidade procedimentos cirúrgicos


eletivos é menor que 2%

• Fístula digestiva mortalidade varia de 6%


a 48%
• Incidência 5,5%

• 75 - 85 % são pós-operatórias
Rev. Col. Bras. Cir. 2016; 43(2): 117-123

Desnutrição
Etiologia
Câncer

Intervenções de Urgências ou RE-LE

Corpo estranho

Anastomose

Radiação
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Gastrica
Localização
Pancreática
Classificação:
Duodenal

Jejunal

Ileal

Colon
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Débito/Origem
Alto débito > 500ml/24h
Classificação:
Baixo Débito <500ml/24 h

Primárias

Secundárias
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Fatores de Risco

Fatores Fatores Fatores


gerais Locais externos
• Infecção • Iatrogénicos
• Inflamação • Técnicas
• Desnutrição
( 35 – 40% )
Surg Clin N Am 91 (2011) 481–491
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

• 80 a 90% são complicações cirúrgicas


• Mortalidade de 50 a 70%
Fistulas Gástricas
• Debito >200ml/dia esperado uma
mortalidade de 40%
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Fistulas
Duodenais
• Grande morbimortalidade
• Alto débito
• Mortalidade a 67%
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Fistulas jejuno-
ileais
• Mais encontradas pelos cirurgiões
• Operação prévia, ou, mais raramente,
espontâneas, como na Doença de Crohn,
enterite actínica, ou corrosão pela
presença de corpos estranhos
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Fistulas
colônicas
• Complicação de intervenção cirúrgica
abdominal
• Espontâneas
• Baixo débito
• Fechamento espontâneo em 90% ( 40 a
50 dias )
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Clínica • Náusea ou vômito


• Distensão abdominal
• Dor abdominal
• Febre
• Taquicardia
• Oligúria
• Parada de eliminação de gases e fezes
Surg Clin N Am 91 (2011) 481–491

Clínica • Esôfago Saliva


• Estômago  Mucoso, com
queimadura de pele
• Duodeno Amarelo esverdeada
• Jejuno Verde com grumos
• Ileon terminal  Semiliquido, cor
mostarda ou cafe.
• Colon Fecaloide
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Exames • Fistulografia 
• Enema Opaco
• TC
• USG
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Abordagem geral das fístulas


• Evolução ocorre de forma benigna, a deiscência
TRATAMENTO

parcial da anastomose é bloqueada e


direcionada externamente como uma fístula,
permitindo ao paciente manter um estado geral
relativamente preservado

• Abscesso local que, inicialmente, se torna


pouco evidente, mas determina um maior índice
de insucesso da anastomose
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Abordagem geral das fístulas


• Controle da infecção

• Rigoroso controle do débito fistuloso deve ser


adotado, visando à correção volêmica e de
eletrólitos

• Iniciado o suporte nutricional, o próximo passo


será o estudo da fístula
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Terapia cirúrgica

• Urgência

• Eletivas ( 6 a 8 semanas )

• A NPT deve ser administrada concomitante a


este processo
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Tratamento medicamentoso
• Inibidores de secreção gástrica pode influenciar
no débito da fístula, uma vez que diminui não só
o ácido gástrico, mas a produção de bicarbonato
pancreático que é estimulada pela acidez intra-
duodenal
• O octreotide, um análogo sintético da
somatostatina, possui ação em inibir as secreções
da gastrina, do ácido clorídrico, pancreática, biliar
e jejunal
Montes Claros, v.6, n.2 - jul./dez. 2004

Terapia nutricional

• A NPT, além de permitir a redução do débito da


fístula, minimizando as perdas hídricas e de
eletrólitos, permite que a espoliação protéica
seja controlada, condição essencial para a
manutenção ou recuperação do estado
nutricional

• Taxa de mortalidade variando de 70 a 100%


Surg Clin N Am 91 (2011) 481–491

• Origem da fístula

• Definição do trajeto como único ou múltiplo se é curto ou longo

• • O tamanho da solução de continuidade


Considerações

• Se está conectada ou não com um abcesso ou outro órgão

• Se é fístula lateral ou terminal

• O estado do intestino adjacente e da fístula

• A presença de uma obstrução, com base na localização do material de


contraste para a parte distal da fístula
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Tratamento
O tratamento das fístulas digestivas avançou
bastante nas últimas décadas, porém ainda é um
tema espinhoso para o cirurgião. O diagnóstico
precoce e a instituição imediata do tratamento,
com controle da infecção, orientação do trajeto
fistuloso e medidas de suporte hidroeletrolítico e
nutricional são capazer de reduzir complicações e
mortalidade

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