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NORMA ABNT NBR 7821

Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados

Resumo e Definições

TCC - Natan Sanglard


NBR 7821
Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados

Esta Norma tem por objetivo estabelecer as exigências mínimas que devem ser seguidas para materiais, projeto,
fabricação, montagem e testes de tanques de aço-carbono, soldados, cilíndricos, verticais, não enterrados, com teto
fixo ou flutuante, destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos.

O Anexo B desta Norma fornece, sem que sua utilização seja obrigatória, algumas dimensões típicas, espessuras
de chapas do costado e capacidades de tanques construídos de acordo com esta Norma.

O Anexo E desta Norma apresenta uma alternativa de critério para o projeto de costados de tanques de
armazenamento.

O Anexo J contém uma alternativa de procedimento para o cálculo das espessuras dos anéis dos costados de
tanques.

O Anexo D fornece os requisitos para os tetos flutuantes do tipo pontão e para os tetos flutuantes duplos.

O Anexo H fornece os requisitos para um teto flutuante a ser instalado num tanque que já possua um teto fixo na
sua parte superior.
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Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados

Deve-se ter atenção para o fato de que o aço carbono sofre uma considerável queda na sua ductilidade quando
submetido à baixas temperaturas, ficando sujeito ao risco de fraturas frágeis catastróficas. A probabilidade de
ocorrência dessas fraturas aumenta quanto mais baixa for a temperatura do metal, e quanto maiores forem as
espessuras da chapa, o nível de tensões no material, o tamanho dos grãos e o teor de carbono no aço.

Em operação normal, dificilmente existe esse perigo para um tanque, porque os produtos de petróleo são em geral
estocados em temperaturas acima da temperatura de transição dos aços carbono.

Pode no entanto, haver um sério risco durante o teste hidrostático, não só porque o nível de tensões no material é
mais elevado, como principalmente porque a temperatura da água do teste pode estar bastante baixa em lugares
de clima frio.

A ocorrência de fraturas frágeis pode ser evitada adotando-se um aço carbono de melhor qualidade, que tenha uma
temperatura de transição mais baixa.
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Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados

MATERIAIS

CHAPAS GROSSAS

ASTM A-36 - Aço Estrutural Espessura máxima da chapa: 37,5 mm.

ASTM A-283 - Chapas de Aço-carbono de Qualidade Estrutural com Resistência à Tração Baixa Espessura máxima
da chapa: Grau C: 37,5 mm / Grau D: 19,0 mm

ASTM A-285 - Chapas de Aço para Vasos de Pressão com Resistência à Tração Baixa e Intermediária. Somente
Grau C / Espessura máxima da chapa: 37,5 mm.

ASTM A-573 - Chapas de Aço-carbono Estrutural com Tenacidade Melhorada

NBR 5006 - Chapas Grossas de Aço-carbono de Baixa e Média Resistência para Vasos de Pressão.

NBR 6648 - Chapas Grossas de Aço-carbono de Baixa e Média Resistência para Usos Estruturais
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MATERIAIS

CHAPAS FINAS

ASTM A-570 - Chapas Finas e Tiras de Aço-carbono Laminado a Quente de Qualidade Estrutural.

NBR 6649 e NBR 6650 - Chapas Finas de Aço carbono para Usos Estruturais
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TENSÕES ADMISSÍVEIS

Tração: Perfis laminados, área líquida - 1400 kgf/cm²

Compressão: Perfis laminados, com deflexão lateral restrita - 1400 kgf/cm²

Flexão: Tração nas fibras extremas de outro perfis laminados, soldados, e vigas feitas de chapas – 1400 kgf/cm²
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PROJETO DO FUNDO

Dimensões das chapas

A menor espessura nominal das chapas do fundo deve ser de 6,3 mm, excluída qualquer sobreespessura de
corrosão, quando especificada.

Todas as chapas de fundo, inclusive as recortadas para a periferia (exceto quando se usam chapas anulares),
devem ter uma largura mínima de 1200 mm. Recomenda-se que para os tanques de grande diâmetro (maiores que
25 m) as chapas periféricas do fundo sejam ligadas entre si por soldas radiais de modo a formar um anel conforme
mostra a Figura 4 (próximo Slide).

As chapas anulares devem ter o maior comprimento possível e a sua largura deve ser maior ou igual a 500 mm,
mas à medida que o tamanho do tanque aumenta, um estudo deve ser feito sobre a largura destas chapas devido
às altas tensões que são transmitidas pelo primeiro anel do costado às chapas anulares. As espessuras
recomendadas para as chapas anulares em função do diâmetro do tanque, estão apresentadas na Tabela 2
(próximo Slide).
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Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados
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PROJETO DO FUNDO

Métodos de construção
O fundo deve ser construído de acordo com um dos métodos abaixo:

1. As chapas do fundo que sejam unidas por juntas sobrepostas devem ser razoavelmente retangulares e
esquadrejadas.
As juntas do fundo que contenham três sobreposições devem ficar distanciadas, no mínimo, de 300 mm do
costado e também entre si.
Quando as chapas do fundo situadas sob o costado, tiverem soldas sobrepostas, devem ter as extremidades
rebaixadas no local da solda, por ocasião da montagem e antes da soldagem, a fim de formar uma superfície
razoavelmente lisa para apoio das chapas do costado, como mostrado na Figura 5 (próximo Slide).

2. As chapas do fundo que sejam unidas por juntas de topo, devem ter as extremidades preparadas para solda de
topo com bordas paralelas ou chanfradas em V simples. O montador poderá submeter outros métodos de
soldagem de topo das chapas do fundo à aprovação do comprador. As juntas do fundo do tanque formadas por
três chapas devem estar distanciadas de, no mínimo, 300 mm uma da outra, e, no mínimo, 300 mm do costado.
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PROJETO DO FUNDO

Métodos de construção
União entre as chapas do costado e as do fundo

A união entre as chapas do anel inferior do costado e as chapas do fundo deve ser executada por meio de solda de
ângulo, depositada em cada uma das faces das chapas do costado (Figura 6 Próximo Slide).

A dimensão das soldas não deve ser superior a 13 mm, nem inferior à espessura nominal da chapa mais fina entre
as do costado e do fundo sob o costado, e também não inferior aos valores apresentados na Tabela 3.
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PROJETO DO COSTADO

A espessura nominal das chapas do costado, não deve ser inferior aos valores apresentados na Tabela 4.

A critério do comprador ou do projetista, pode ser adotada uma sobreespessura para corrosão que deve ser
acrescentada. Essa sobreespessura pode existir apenas para alguns anéis, ou pode ser variável de um anel para
outro quando a intensidade do ataque corrosivo esperado não for uniforme ao longo de toda a altura do tanque.

Embora seja impossível indicar valores para essa sobre espessura devido à variedade de líquidos e de condições de
serviço, chama-se atenção que para alguns petróleo e derivados, com alto teor de enxofre, a perda de espessura em
chapas de aço de tanques pode atingir de 0,3 mm a 0,4 mm por ano, justificando-se assim uma sobreespessura para
compensar essa perda.

A largura das chapas do costado deve ser determinada de comum


acordo entre o comprador e o fabricante porém, de preferência, não
deve ser inferior a 1800 mm;
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PROJETO DO COSTADO

O costado do tanque deve ser projetado de modo que todos os anéis estejam em posição vertical, respeitadas as
tolerâncias especificadas no item 9.3.

O alinhamento das chapas do costado pode ser feito segundo a face interna ou segundo a linha de centro das
chapas.

Item 9.3 – Verticalidade


A falta-de-prumo máxima permissível entre o topo e o fundo do costado não deve exceder 1/200 da altura total do
tanque.

Item 9.3 – Barriga


Barrigas horizontais ou verticais, medidas por intermédio de gabarito de 1000 mm de comprimento, não devem
exceder
15 mm.
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PROJETO DO COSTADO

Tolerâncias das chapas do costado

Na calandragem das chapas: tomando-se um gabarito com o comprimento de 2 m (medidos na


corda) as aberturas máximas entre o gabarito e a chapa poderão ser as seguintes:
- dentro de 1 m a partir das extremidades da chapa (medidos na corda da chapa): 3 mm;
- entre os limites acima: 6 mm

Comprimento: ± 3mm

Largura: ± 3mm
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PROJETO DO COSTADO
Exemplos de dimensões típicas de tanques e de espessuras de chapas do costado.
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PROJETO DO COSTADO
Exemplos de dimensões típicas de tanques e de espessuras de chapas do costado.
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PROJETO DO COSTADO
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PROJETO DO COSTADO
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PROJETO DO TETO FLUTUANTE – TIPO PONTÃO

O teto e os seus diversos acessórios serão projetados e construídos de forma a permitir o extravasamento do
líquido pelo ladrão e o retorno do líquido a um nível tal que o teto flutue bem abaixo do topo sem causar danos a
nenhuma parte do teto, do tanque ou seus acessórios.

A sobreespessura para corrosão de chapas de tanques com teto autoportantes deve ser adicionada à espessura
calculada. A sobreespessura para corrosão para chapas de tetos suportados deve ser adicionada à espessura
mínima nominal.

Os tetos flutuantes tipo pontão devem ser projetados com declividade a fim de permitir a drenagem das águas
pluviais, com uma inclinação mínima de 1:64 e sobreposição das chapas de forma a facilitar a drenagem.

Todos os tetos e suas estruturas de apoio devem ser projetados para suportar sua carga morta mais uma carga viva
uniforme não inferior a 60 kgf por metro quadrado de área projetada.

A não ser que especificado diferentemente pelo comprador, a espessura mínima das chapas do teto flutuante será
de 4,5 mm.
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PROJETO DO TETO FLUTUANTE – TIPO PONTÃO

Volume do Flutuador

O volume mínimo do flutuador periférico de um teto flutuante tipo pontão deverá ser suficiente para manter o teto
flutuando num líquido de densidade igual a 0,7 mesmo quando o disco central e dois compartimentos quaisquer do
flutuador sejam inundados como consequência de algum dano aparecido nas chapas.

Pernas de sustentação

O teto flutuante será provido de pernas de sustentação. Estas pernas quando fabricadas de tubos, serão abertas ou
perfuradas na sua base, de forma a evitar a acumulo de líquido no seu interior.

As pernas de sustentação e seus diversos componentes serão projetados para suportar o teto e uma sobrecarga de
no mínimo 50 kgf/m².

Todas as pernas de sustentação dos tetos flutuantes devem ser construídas de tal forma que, quando o teto estiver
flutuando, não seja possível a passagem do líquido estocado ou de gases através dos furos feitos para as pernas
nas chapas do teto mesmo se ocorrer a formação de bolsões de gases embaixo do teto.
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PROJETO DO TETO FLUTUANTE – TIPO PONTÃO

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