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DIREITOS TRABALHISTAS DA GESTANTE: um

estudo com foco na administração

Ana Cláudia Fernandes GOMES1; Ana Cláudia Roldan de ALMEIDA2


1.
Graduanda em Administração. Faculdade Patos de Minas. E-MAIL: anaclaudia1873@hotmail.com
2.
Professor Orientador. Faculdade Patos de Minas. E-MAIL: anaclaudiaroldan@hotmail.com

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS

-O cenário econômico atual: novos desafios para -A empregada gestante possui diversos direitos
previstos na CF/88 e na CLT. Dentre eles a -A história da mulher no mercado de trabalho é
o administrador de empresas e, com eles, uma nova
transferência de função durante o período gestacional, marcada por preconceito e discriminação. No
forma de dirigir o seu empreendimento
conforme rege a CLT no art. 392 § 4º, I. entanto, ao logo dos anos os legisladores
independentemente do seu porte.
[...] é garantido à empregada, durante a gravidez, sem começaram a reconhecer a necessidade de igualar
-Dentre esses novos desafios, a forma como prejuízo de salário e demais direitos: transferência de
função quando as condições de saúde exigirem, os direitos das mulheres aos dos homens. Assim,
conduzir a relação entre empregado e empregador é
assegurada a retomada da função anteriormente iniciam-se gradativamente as conquistas da mulher
uma das que mais requer atenção. exercida, logo após o retorno ao trabalho. no mercado de trabalho, principalmente daquela em
-Partindo desse contexto, diante do crescimento
fase gestacional.
do ingresso da mulher ao mercado de trabalho, torna- -A licença maternidade é o direito garantido à
empregada de se afastar de suas atribuições sem
-O presente trabalho demonstra que é
se de suma relevância que o administrador conheça os
prejuízo de salário quando esta estiver gestante. assegurado à gestante licença maternidade de 120
direitos trabalhistas, principalmente aqueles que
-Esse direito está instituído no art. 7°, inciso XVIII, dias, estabilidade provisória desde a confirmação da
protegem a empregada em sua fase gestacional e pós-
da CF/88 e nos arts. 392 e 392-A da CLT. gestação até cinco meses após o parto. - -
parto, previstos no ordenamento jurídico, visando sua
-Seu objetivo é a recuperação da mãe devido às Portanto, o empregador não pode demitir a
efetividade nas relações de trabalho, a fim de
mudanças que acontecem com a mulher durante o empregada durante tal período sob pena de ter que
resguardar a segurança da gestante e do nascituro e
período gestacional como as mudanças físicas, indenizá-la pelo período que lhe restar de
facilitar as relações entre empregador e empregada,
alterações hormonais e psíquicas, bem como a estabilidade salvo se esta der motivo à demissão
evitando-se, com isso, futuros e indesejáveis pleitos
proteção do nascituro. A duração da Licença por justa causa.
trabalhistas.  maternidade atualmente é de 120 de acordo com a -Não se pretende esgotar o tema com o
CLT art.392 Caput.
presente estudo tendo em vista que é perceptível a
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Caso haja aborto espontâneo (não criminoso)
evolução constante dos direitos da mulher e, com a
cabe a empregada o direito da licença remunerada
-Realizou-se uma pesquisa qualitativa através   sua crescente inserção no mercado de trabalho, é
pelo período de duas semanas, tal direito está
de uma revisão bibliográfica do tema em artigos de provável que os legisladores venham a fazer
resguardado na CLT no art. 395. Todavia Leite (2016 p.
periódicos científicos nacionais e doutrinas do alterações e acréscimos na legislação que rege os
573) menciona que, no caso de o empregador se negar
repertório jurisprudencial do Tribunal Superior do a aceitar o atestado médico onde consta o aborto não
direitos da gestante.

Trabalho (TST), Consolidação das Leis do Trabalho criminoso, este por sua vez estará cometendo assédio -Esse é o papel do Direito, ou seja, levar para

(CLT) e leis esparsas sobre o assunto abordado na moral. o campo das normas e regras aquilo que, no mundo

área de Direito do Trabalho. -Conforme ensina Martinez (2015, p. 744), a real, clama por proteção do Estado.
Organização Mundial da Saúde, recomenda que “as
crianças devem receber aleitamento exclusivo até, no
mínimo, os seis meses de idade”. Sendo assim a
OBJETIVOS
empregada em fase de amamentação tem direito,
garantido pela CLT no art. 396, a 2 (dois) intervalos de
REFERÊNCIAS
 Objetivo geral: meia hora cada para amamentação de seu filho.
• Compreender os direitos laborais da empregada na -Nesse sentido, Barros (2012 p. 870 e 871) BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do
fase gestacional e pós-parto previstos na enfatiza que “Negar à empregada esse intervalo Trabalho. 8. ed. São Paulo: Ltr, 2012. 1104 p.
Constituição Federal (CF/88) e na Consolidação inviabiliza o fim da normativa em questão”. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. in
Das Leis do Trabalho (CLT). -Quanto à estabilidade da gestante, Martinez CURIA, Luiz Roberto. Vade Mecum Saraiva. Atual. E
 Objetivos específicos: ampl. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 1903 p.
(2015 p. 702) salienta que a gestante tem direito à
• Discorrer sobre os direitos da empregada na fase estabilidade provisória prevista no art. 10, II, b, da BRASIL; CURIA, Luiz Roberto. Códigos 4 em 1
gestacional; CF/88 no qual se afirma que: “... fica vedada a Saraiva: CLT, CPC, Legislação Previdenciária e
Constituição Federal. 8. ed. São Paulo: Saraiva,
• Examinar os direitos da empregada e do nascituro dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada
2013. 1377 p.
no período pós-parto; gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do
• Enumerar os deveres do empregador perante a meses após o parto.”
Trabalho. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 795 p.
empregada no período gestacional e pós- parto.

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