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psicoterápicas especiais
O que é psicoterapia?
Uma revisão sistemática que avaliou o tamanho de efeito das diversas modalidades de
psicoterapia foi publicada por Huhn (2014) e colaboradores e encontrou valores
estatisticamente significativos entre 0,17 (tamanho de efeito pequeno) para a terapia
cognitivo-comportamental (TCC) para abuso de álcool e 1,37 (efeito grande) para a TCC
para transtorno obsessivo-compulsivo. Desse modo, fica evidente que a resposta ao
tratamento é muito variável de acordo com a técnica e situação avaliadas.
Entretanto, vale ressaltar que, apesar de a psicoterapia ser uma intervenção com riscos
mínimos e que visa ao bem-estar e à qualidade de vida do paciente, a avaliação das
evidências mostra que muitas críticas feitas à indústria farmacêutica, por conflito de
interesses, também cabem aos pesquisadores em psicoterapia.
Panorama de algumas abordagens
Psicanálise
Psicanálise
Breuer e Freud tratavam seus pacientes através da hipnose e com essa técnica perceberam
que o afastamento de impulsos inaceitáveis da consciência, por meio da repressão, era o
responsável pelo caráter patogênico e que o ato de trazê-los de volta à consciência
produzia a perda de tal característica e, por conseguinte, o desaparecimento dos sintomas.
Na psicanálise, o analista adota uma atitude neutra, sentando-se às costas do paciente, não
havendo, portanto, um contato visual direto. O paciente é orientado a expressar livremente
e sem censura seus pensamentos, sentimentos, fantasias, sonhos, imagens, assim como as
associações que ocorrem, sem prejulgar sobre sua relevância ou seu significado.
Em virtude da neutralidade, da repetição frequente das sessões e do divã, são estabelecidas
uma regressão e uma relação transferencial por parte do paciente, que passa a deslocar para
a pessoa do terapeuta pensamentos e sentimentos voltados originariamente para indivíduos
importantes de seu passado, repetindo padrões primitivos de relacionamento.
Dessa forma, o passado se torna presente na chamada neurose de transferência. Por
intermédio das interpretações, centradas na análise e na resolução da referida neurose
transferencial, o paciente pode obter insight sobre tais padrões primitivos e desadaptados
de relações interpessoais, compreender a origem de traços patológicos de seu caráter,
reviver emoções perturbadoras associadas a figuras do passado (pai, mãe, irmãos),
modificá-las e livrar-se dos sintomas.
Indicações da psicanálise
No caso de transtornos mentais para os quais existem tratamentos efetivos mais breves e de
menor custo (p. ex., fobias, ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada,
transtorno de estresse pós-traumático, transtornos do humor, transtornos alimentares,
depressão, entre outros).
Na presença de problemas de natureza aguda e que exigem solução urgente (p. ex.,
depressão, transtorno de estresse agudo, transtorno de pânico, etc.).
A terapia cognitiva foi proposta inicialmente por Aaron T. Beck no início dos anos de 1960
para tratamento da depressão.
A terapia cognitiva tem a premissa básica de que a maneira como as pessoas interpretam
suas experiências determina como elas sentem e como se comportam. A afirmativa do
filósofo estoico Epicteto (60-117 d.C.) de que “Os homens se perturbam não pelas coisas,
mas pela visão que têm delas”, expressa a ideia central do modelo cognitivo. De acordo
com o modelo, existem erros no processamento da informação (de lógica) sob a forma de
pensamentos disfuncionais, distorções cognitivas responsáveis pelos sintomas, em vários
transtornos mentais: nos transtornos de ansiedade, transtornos da personalidade,
transtornos alimentares, depressão, entre outros.
De acordo com o modelo cognitivo, determinadas situações ativam pensamentos
automáticos negativos ou catastróficos coerentes com crenças ou esquemas cognitivos
disfuncionais subjacentes. Essas distorções cognitivas associadas a avaliações e
interpretações distorcidas têm como consequências alterações no humor, sintomas físicos e
mudanças de comportamento.
Técnica
Não há dúvidas de que a TCC é o modelo de terapia mais estudado empiricamente pela
ciência contemporânea, apresentando uma diversidade de aplicações clínicas eficazes.
Parte disso se deve à capacidade de manualização da técnica, que, consequentemente,
permite a replicabilidade em diversos contextos com maior precisão. Atualmente, há
centenas de metanálises de ensaios clínicos que comprovam a eficácia da TCC.
As principais guidelines do mundo indicam a TCC e suas vertentes como abordagens
terapêuticas de primeira linha para uma diversidade de transtornos mentais. A lista a seguir
é baseada em relatórios do NICE, da Cochrane Library, da Canadian Agency for Drugs and
Technologies in Health (CADTH) e do Institute of Quality and Eficiency in Health Care
(Alemanha).
Indicações da TCC
Depressão maior;
Transtorno bipolar;
Transtornos de ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
TCC, em princípio, é contraindicada a pacientes
com:
Doença mental orgânica que implique comprometimento cognitivo;
Psicose aguda;
Níveis de ansiedade muito elevados ou incapacidade de tolerar aumento dos níveis de
ansiedade (p. ex., transtorno da personalidade borderline, transtorno da personalidade
histriônica).
Ausência de motivação.
Terapias Contextuais
MINDFULNESS:
A partir de então, pode-se ensinar novas estratégias para que o paciente consiga responder
de maneira mais habilidosa. O treinamento de habilidades da DBT inclui mindfulness,
regulação emocional, tolerância ao mal-estar e aceitação. Na terapia individual, são
trabalhados os objetivos do paciente de maneira hierarquizada, primando-se inicialmente
pela manutenção da vida, seguida pelo empreendimento de fatores que possam interferir na
condução da terapia e por questões que influenciem negativamente a qualidade de vida do
paciente.
O objetivo maior da DBT é engajar o paciente a direcionar-se para uma vida valiosa,
consciente do que ocorre, mantendo o equilíbrio dialético entre as situações que se
pode modificar e aquilo que necessita de aceitação ativa, por meio do fornecimento de
habilidades para lidar com os eventos da vida.
Terapia de aceitação e compromisso
Com base nisso, a ACT foi desenvolvida com o objetivo geral de proporcionar
flexibilidade psicológica, aceitando que sentimentos, pensamentos, memórias e
sensações desagradáveis são fatos que acontecem para todos e que podemos aprender
maneiras diferentes de viver de forma saudável e valiosa, ampliando o modo como
nos relacionamos com esses eventos.
Técnicas