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Universidade Federal de Minas Gerais

Escola de Enfermagem - Departamento de Nutrição


Hospital das Clínicas
Disciplina: Estágio Supervisionado Nutrição Clínica

ESTUDO DE CASO FINAL


Transplantes

Aluno: Lucas Gusmão dos Santos


Supervisora: Cristiane Alves de Oliveira
Orientadora: Flávia Moraes Silva

Belo Horizonte,
Setembro de 2016.
Identificação do Paciente
 Nome: S. H. G. S.
 Gênero: Feminino
 Idade: 16 anos
 Número do Prontuário: 1031463/1
 Data de nascimento: 29/06/2000
 Naturalidade: Turmalina/MG
 Data de Internação: 06/08/2016
 Início do acompanhamento nutricional: 10/08/2016
 Diagnóstico: Rejeição crônica após transplante de fígado em
2014 por Hepatite auto-imune, juntamente a Síndrome de Wolf-
Parkinson-White e Esplenomegalia BOYD III.
História Clínica
 H.D.A.:
 Foi internada no dia 06 de Agosto de 2016 com febre e
vômitos.
A paciente estava hipoativa, prostrada, ictérica 4+/4+,
desidratada +/4+, PA= 90x50, afebril (36,2), abdome indolor,
fígado palpável a 6cm do RCD, baço esplenomegalia BOYD
III
H.P.:
A paciente realizou um transplante hepático devido a
hepatite auto-imune em 09/07/2014 que evoluiu com
estenose da veia porta ao nível da anastomose,
TRANSPLANTE HEPÁTICO
TRANSPLANTE HEPÁTICO
Transplante de fígado ou transplante hepático é um
procedimento cirúrgico no qual um fígado é transplantado
para pessoa.
Qualquer indivíduo que tenha uma hepatopatia aguda ou
crónica é um possível candidato a transplante hepático,
sempre que outra forma de tratamento clínico ou cirúrgico
não resulte e que não haja nenhuma contra-indicação para
que a cirurgia seja realizada (PEREIRA, 2004)
No Brasil, o primeiro relato de transplante hepático
pediatrico com êxito, foi realizado em 1985 no Hospital
das Clínicas da Universidade de São Paulo. (MESQUITA,
2007)
Fonte: João Eduardo Nicoluzzi, chefe do Serviço de Transplantes do Hospital Angelina Caron.
INDICAÇÕES DE TRANSPLANTE
COMPLICAÇÕES PÓS
TRANSPLANTE
Acotovelamento da artéria hepática:
O acotovelamento causa dificuldade na passagem do
sangue, aumentando a pressão e diminuindo a
oxigenação do fígado.

Estenose da veia porta:


É o estreitamento anormal e patológico da veia porta.
Ocorre em apenas 1-2% dos transplantes.

Rejeição celular crônica:


A rejeição crônica é caracterizada por lesão de ducto
biliar, com perda dos mesmos e evolução com fibrose
hepática e perda do enxerto. (HC – FMRP – USP)
REJEIÇÃO CRÔNICA
A rejeição crónica é um padrão de deterioração lenta
em um órgão transplantado, causado pelo
desenvolvimento de uma reação imunitária ao tecido
no órgão. 

A rejeição crônica ocorre após 60 dias, e muitas vezes


é lento no início. Ao longo do tempo, as reacções
imunitárias ao órgão do doador causar tecido fibroso
para desenvolver e pode interferir com a função do
órgão. 

A rejeição crônica ocorre, às vezes, quando as pessoas


(ALLERF, 2015)
tomam medicamentos de forma intermitente ou parar
SOBREVIDA E MORTALIDADE
A sobrevida após o transplante hepático pode alcançar 90%
no primeiro ano pós-transplante e taxas de 60% a 80% no
período de cinco a oito anos subsequentes.

As crianças que passam os primeiros três meses após o


transplante sem grandes complicações são aquelas que
rapidamente retomam uma vida normal

São fatores que afetam a sobrevida após o transplante:


A idade (crianças menores de um ano apresentam uma
sobrevida menor)
O estado nutricional
A gravidade da doença no pré-operatório.
(MESQUITA,2007)
Importância do Nutricionista
A desnutrição proteico-calórica está presente em cerca
de 90% dos pacientes portadores de cirrose hepática.
Além disto, a desnutrição também é fator relacionado
com a sobrevida pós-Tx .

Assim, a avaliação nutricional é de


grande importância, tanto no pré
como no pós-transplante, não só
como tratamento mas também para
evitar a piora das condições clínicas.

(HC – FMRP – USP)


ESPLENOMEGALIA
FISIOPATOLOGIA
A esplenomegalia, também
denominada megalosplenia, consiste no aumento do
volume do baço, que normalmente pesa 150 g e tem
até 13 cm de comprimento em seu maior eixo.
A esplenomegalia pode ser causada por diversos
motivos, entre elas, a trombose/estenose portal.
A esplenomegalia normalmente é diagnosticada no
exame físico, através de palpação ou percussão, ou
através de ultrassonografia.
Quando o baço aumenta de tamanho, a sua capacidade
de reter e armazenar células sanguíneas aumenta,
levando a plaquetopenia.
(Radiologia Brasileira, 2001)
SINDROME DE WOLFF-
PARKINSON-WHITE
FISIOPATOLOGIA
A síndrome de Wolff-Parkinson-White(WPW)  é uma
doença onde existe uma via elétrica extra(feixe de
Kent) que conecta os átrios aos ventrículos, fazendo
com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao
ventrículo.

A síndrome é definida como uma arritmia cardíaca na


qual os impulsos elétricos são conduzidos ao longo de
uma via acessória a partir dos átrios até os ventrículos
e as câmaras internas do coração.

É diagnosticada por meio de exame de


eletrocardiograma (ECG). (Martins, 2012)
MECANISMO DE AÇÃO
Indicadores Bioquímicos
Ureia
80
60 58
60 49
37 40
4029 29
Indicadores Bioquímicos

27 24 23
21 19
20 12 14

0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 30-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep 5-Sep

Encontrado Mínimo Máximo


Indicadores de função
Creatinina renal  Alterada
0.95
1
0.74 0.7 0.67 0.69 0.72 0.62
0.80.67 0.63 0.6 0.66
0.6 0.45 0.53 0.48
0.4
0.2
0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 30-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep 5-Sep

Encontrado Mínimo Máximo

(HC-UFMG, 2016)
AST
100 92
8065
Indicadores Bioquímicos
56
60
37 32
40 24 24
21 15 19 15
20 14 13
0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 30-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep 5-Sep

Dia 18/08/2016
Encontrado Mínimo Máximo
AST ALT
ALT 411 640

100 88 85 90
80 67 72
61
60 49 48
40 40 35
40 31 25
20
0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 30-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep 5-Sep

Encontrado Mínimo Máximo (HC-UFMG, 2016)


GGT
Indicadores Bioquímicos (Cont.)
406
369
400 334 350 303
296
300 258 276 274 245
187
200
73 104 118
100
0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 30-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep 5-Sep

Encontrado Mínimo Máximo


Fosfatase Alcalina

600 513
500
400 319 322 313 353 277
300 241 254 269
209
154
200 108 129
100
0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 30-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep 5-Sep

Encontrado Mínimo Máximo (HC-UFMG, 2016)


LDH
Indicadores Bioquímicos (Cont.) 796
800
600 560

400323 310 323 357 313 301 305


270 280 243
200
0
11-Aug 15-Aug 18-Aug 22-Aug 23-Aug 24-Aug 25-Aug 28-Aug 29-Aug 31-Aug 1-Sep 3-Sep

Encontrado Mínimo Máximo


Cálcio Total
11
10
9 8.4
8.2
8 7.8 7.8
7.5 7.5
7
42593 42600 42606 42607 42611 42614
Encontrado Mínimo Máximo
Cálcio foi
suplementado
(HC-UFMG, 2016)
PCR
Indicadores Bioquímicos (Cont.)
200168

150

100 70 68
50 17 11
0
42593 42600 42613 42616 42618

Mínimo Máximo

Bilirrubina Direta - Inicial: 22,15 / Final: 1,93 – Ref: 0,0 - 0,3

Bilirrubina Indireta - Inicial: 1,86 / Final: 0,35 – Ref: 0,0 – 1,1

Bilirrubina Total - Inicial: 24,01 / Final: 2,28 – Ref: 0,2 - 1,3

(HC-UFMG, 2016)
Hemograma
Parâmetro 11/08 15/08 18/08 22/08 23/08 24/08 25/08 VR

Hemoglobina 6,7↓ 7,7↓ 10,7↓ 7,5↓ 8,6↓ 7,6↓ 7,6↓ 12,0 -16,0
g/µL
Hematócrito 20,2↓ 23,2↓ 31,4↓ 22↓ 26↓ 23,8↓ 22,7↓ 36 – 46%

Leucócitos 2,42↓ 2,84↓ 42,86↓ 4,39↓ 3,55↓ 3,61↓ 3,25↓ 4,5 – 11 x


10³/µL

Neutrófilos 2,42 2,84 37,8 3,82 2,70 2,27 2,53 1,8 – 7,7 x
10³/µL
Hemácias 2,55↓ 2,85↓ 4,20 2,73↓ 3,10↓ 2,9↓ 2,71↓ 4,1 – 5,1
milhões/µL
Linfócitos 0,26↓ 0,26↓ 2,19 0,27↓ 0,28↓ 0,04↓ 0,39↓ 1,0 – 4,8 x
10³/µL
Plaquetas 128↓ 471↓ 693↑ 80↓ 63↓ 60↓ 95↓ 150 – 450 x
10³/µL

(HC-UFMG, 2016)
Hemograma
Parâmetro 28/08 29/08 30/08 31/08 01/09 03/09 05/09 VR

Hemoglobin 7,8↓ 7,8↓ 7,9↓ 8,0↓ 8,7↓ 7,8↓ 7,8↓ 12,0 -16,0
a g/µL
Hematócrito 24,1↓ 24,7↓ 24,5↓ 24,9↓ 27,2↓ 24,4↓ 24,6↓ 36 – 46%

Leucócitos 5,08 5,59 6,00 5,07 5,27 2,77↓ 2,93↓ 4,5 – 11 x


10³/µL

Neutrófilos 4,15 4,81 5,01 4,30 4,11 2,02 2,10 1,8 – 7,7 x
10³/µL
Hemácias 2,79↓ 2,78↓ 2,83↓ 2,83↓ 3,05↓ 2,73↓ 2,71↓ 4,1 – 5,1
milhões/µL
Linfócitos 0,72↓ 0,22↓ 0,61↓ 0,44↓ 0,42↓ 0,46↓ 0,51↓ 1,0 – 4,8 x
10³/µL
Plaquetas 115↓ 107↓ 102↓ 137↓ 126↓ 138↓ 136↓ 150 – 450 x
10³/µL

(HC-UFMG, 2016)
Interação Fármaco-Nutriente
Medicamento Ação Interação Efeitos Colaterais

Enoxoparina Antitrombótico; -
(20/08 – 06/09) Anticoagulante. -

Fentanil Possui efeito Distúrbios gastrointestinais.


(18/08 – 20/08) analgésico da anestesi -
a .
Tratamento da dor
Gabapenitina neuropática (dor
(28/08 – 06/09) devido à lesão e/ou - -
mau funcionamento
dos nervos)
Omeprazol Antiúlcera, anti- ↓ absorção de Fe e vit. B12. -
(10/08 - 06/09) secretório.
É indicado na
hipertensão essencial,
Espironolactona distúrbios - -
(10/08 – 14-08) edematosos, tais
como: edema e ascite.
Fármaco
corticoesteroide cuja a
Prednisona principal função é - -
(10/08 - 06/09) imunossupressão do
sistema imunológico.
Medicamento Ação Interação Efeitos Colaterais

Indicado para o tratamento Alterações


Meropenem das seguintes infecções em gastrointestinais Náusea,
(20/08 – 28/08) adultos e crianças, - vômito, diarreia.
causadas por uma única ou
múltiplas bactérias
sensíveis.

Vancomicina Antibiótico ↑ absorção de K Náuseas e vômitos, ↑


(22/08 – 28/08) creatinina e uréia, ↓
leucócitos.
Furosemida Hipertensão arterial leve e Aumenta a excreção de
(20/08 – 24/08) moderada sódio e cloreto, e -
consequentemente a
excreção de água.
Fluconazol Tratamento de
(18/08 – 28/08) dermatomicoses -
fármaco imunossupressor
Tacrolimus usado principalmente
(10/08 - 06/09) após transplantes de - -
orgãos para reduzir o risco
de rejeição.
Lorazepam Controle dos distúrbios de Sensação de cansaço,
(21/08 – 29/08) ansiedade ou para alívio - sonolência
dos sintomas da ansiedade.
Medicamento Ação Interação Efeitos Colaterais

Morfina Indicado para o alívio da


(21/08 – 28/08) dor intensa aguda e crônica - -
Sulfametoxazol + Tratamento das infecções Recomenda-se tratar esses
Trimetoprima causadas por germes pacientes com ácido fólico
(24/08 – 03/09) sensíveis à associação para contrabalançar os -
trimetoprima efeitos sobre a
+sulfametoxazol hematopoiese
AAS Antitérmico, analgésico e
(24/08 – 06/09) anti-inflamatório. - -
Sertralina Indicado no tratamento de  Diarreia/fezes amolecidas,
(10/08 - 06/09) sintomas de depressão - náusea, anorexia, insônia e
sonolência.
Carbonato de Tratamento de Medicamentos que
cálcio hipocalcemia contenham ferro, etidronato, -
(10/08 - 06/09) fenitoína ou tetraciclinas
tem a absorção prejudicada.
Mebendazol Tratar infestações simples
(25/08 – 28/08) ou mistas por vermes. - -
Dipirona Analgésico e antipirético.
(21/08 – 06/09) - -
Triagem Nutricional (10/08/2016)
Triagem Nutricional

Questões Pontuação

Você teve perda recente de peso?


Não 0
Não sabe 2
Se sim, de quanto (em kg) foi a sua perda de peso?  
1-5 1
6-10 2
11-15 3
>15 4

Você está comendo menos por redução do apetite?


Não 0
Sim 1
Total  3

Pontuação Resultado
0-1 Sem risco nutricional
2-5 Em risco nutricional
(MST)
Avaliação Nutricional (10/08/2016)
1ª avaliação nutricional
Parâmetro 10/08/16 Classificação Referências

Peso aferido 35,6 kg - -

Altura aferida 1,54 m - -

IMC 15 kg/m² < Percentil 0,1 (OMS 2007)


(magreza acentuada)
Altura/Idade 154cm/193 meses > Percentil 3 (OMS 2007)
(Estatura adequada
para a idade)
Circunferência do braço 17,5 cm < Percentil 5 (FRISANCHO,
(CB) (Magro) 1990)

Circunferência da 24,5 cm - -
Panturrilha (CP)
Diagnóstico Nutricional

Indicadores
Antropométricos

Indicadores Desnutrição
Bioquímicos Grave

Indicadores Clínicos
Depleção da
gordura
subcutânea.
Atrofia da
musculatura
supraclavicul
Sinal da ar,
“asa quebrada” infraclavicul
ar,
Indicadores paravertebral
Clínicos

Cabelos
secos e
Ascite
depigmentád
o
Necessidades Nutricionais
Necessidades Estabelecidas
• Calorias: 40 kcal/kg/dia  1460 kcal/dia

• Proteínas: 1,5 g/kg/dia  54 g/dia  15% VCT


Recomendações Nutricionais (Cont.)
Nutrientes Recomendações nutricionais para o Para a paciente
paciente oncológico pediátrico
cirúrgico
Calorias (kcal/kg*/dia) *peso DRI 2006: EER: 1460
atual Meninas- De 9 a 18 anos: 88,5 - 61,9 x
idade + fator atividade x (26,7 x peso +
903 x altura) + 25
Proteínas (g/kg*/dia) *peso - Adolescentes (acima de 12 anos): de 1,5 1,5g/kg = 54g
atual a 2,0 g/kg ao dia PTN
(INCA 2015)

Nutrientes Recomendação Para a paciente

Calorias (kcal/kg*/dia) *peso Risco nutricional e desnutridos: TMB + 125% =


atual > 1 ano: 125% a 150% RDI idade 1476 kcals

Proteínas (g/kg*/dia) *peso NORMOPROTEICA: RDI para idade 10- 15% = 55g PTN
atual 15 % (2 a 3 g/Kg dia)
(Rev HCPA 2010)
Terapia Nutricional
Estabelecer um Plano de Cuidado Individual
Objetivos da
Promover um aporte calórico e nutricional adequado e
Terapia evitar piora do estado nutricional (dentro do possível).

Nutricional
Minimizar as complicações das patologias no estado
nutricional

Minimizar catabolismo proteico.

Promover melhoria na recuperação clínica do paciente


Dieta Ofertada
Dieta via oral para ISS branda.
Padrão de Dieta
Dieta Desjejum Lanche Ceia
Imunossuprimid Pão de sal ou doce: Pão de sal ou doce: Pão de sal ou doce:
os 50g 50g 50g
Margarina: 10g Margarina: 10g Margarina: 10g
Café com leite: Café com leite: Café com leite:
170ml Exemplo de Almoço
170ml e Jantar 170ml
Dieta Almoço Jantar
Imunossuprimidos Carne: Carne bovina refogada Carne: Carne bovina cozida
Guarnição: Purê de batata Guarnição: Mandioca
Arroz: Branco ensopada
Feijão: Carioca Arroz: Branco
Feijão: Carioca
Porções: Purê de Batata, Macarrão, Ovo cozido, Ovo frito, Omelete, Caldo de feijão,
Angu Total da Dieta
Calorias: 1876kcals (com marmita Proteínas: 72g (com marmita reduzida)
reduzida)
(HC-UFMG, 2016)
Evolução Clínica e Nutricional
(11/08/2016)
Evolução Nutricional
Recordatório alimentar 24 horas

Paciente, tranquila no leito, acompanhado da mãe com boa


aceitação da dieta.

Relata náusea e duas evacuações nas ultimas 24h.

Necessidade Ingerido % das


necessidades
Kcal/dia 1460 kcal/dia 1600 kcal/dia 109%
Proteína/dia 54 g/dia 55 g/dia 101%

Conduta : mantenho dieta via oral para imunossuprimido


reduzida com consistência branda no almoço. Altero jantar
para miojo por preferência da paciente
Recordatório 24 horas
Horário Alimento Calorias Proteínas (g)
Café da manhã - - -
Almoço Marmita reduzida 434 24
Gelatina 65 2
Lanche da Café com leite 114 4
tarde
Pão doce 228 5
Suco de caixinha 103 0
Laranja 41 1
Jantar Caldo de feijão 118 8
Ceia Iogurte 2 3
Banana 39 0,5
Bolo 263 5
Achocolatado caixinha 133 2,5
TOTAL 1600 55
Indicadores Clínicos

Ativa e Levemente
Hidratada Ictérica 4+/4+
contactuante prostrada

Função
respiratória: Sopro sistólico
Afebril FC 90 bpm
Murmúrios grau II/VI
fisiológicos

Fígado Palpável a
Esplenomegalia Sem sinais de
6cm do RCD e Abdome indolor
BOYD III ascite e peritonite
10cm do AX

Sem edemas de
PA: 84x50mmHg CA: 70,5cm
MMII
Minerais EAR/AI* RDA UL
Quantificação
Dietética (Cont.) Cálcio (mg) - 1300 2500 449
Minerais Ferro (mg) 7,9 15 45 7,55
Cloro (mg) 2,3* - 3,6 0,59
Fósforo (mg) 1055 1250 4000 694,22
Magnésio (mg) 300 360 350 192
Legenda
Zinco (mg) 7,3 9 34 10,5
EAR < X < RDA
Manganês (mg) 1,6* - 9 1,92
X< EAR/AI
Selênio (mcg) 45 55 400 1,54
X > AI
Potássio 4,7* - - 2.1224
RDA < X < UL
Cromo (mcg) 24* - 2000 42,7
AI < X < UL
Iodo (mcg) 95 150 900 100,5
X sem UL
Vitaminas EAR/AI RDA UL
Quantificação *
Vit. A (mcg RE)
Dietética (Cont.) 485 700 2800 414
Vit. D (mcg) - 5* 50 0,18
Vitaminas
Vit. E (mg TE) 12 15 800 9,28
Vit. K (mcg) 75* - - 38,3
Vit. B1 (mg) 0,9 1 - 0,68
Vit. B2 (mg) 0,9 1 - 1,14
Legenda
Niacina (mg) 11 14 30 12,2
EAR < Y < RDA Ác. Pantotênico 5* - - 2,1
Y < EAR/AI (mg)
Vit. B6 (mg) 1 1,2 80 1,04
Y > AI Ác. fólico (mcg) 330 400 800 100,5
RDA < Y < UL Vit. B12 (mcg) 2,0 2,4 - 0,14
AI < Y < UL Biotina (mcg) 25* - - 18
Y sem UL Vit. C (mg) 56 65 1800 60,74
Evolução Clínica
Evolução Clínica (Cont.)

16-17/08/2016- Paciente realizou o transplante hepático.

17/08/2015- Paciente ficou internada no CTI – Pediatrico (6º


andar) e foi acompanhada pela nutricionista do andar.

23/08/2016- Retornou ao 9º andar.


2ª avaliação nutricional
Parâmetro 23/08/16 Classificação Referências

Peso aferido 34,1 kg - -

Altura aferida 1,54 m - -

IMC 14,3 kg/m² < Percentil 0,1 (OMS 2007)


(magreza acentuada)
Altura/Idade 154cm/193 meses > Percentil 3 (OMS 2007)
(Estatura adequada
para a idade)
Circunferência do braço 18 cm < Percentil 5 (FRISANCHO,
(CB) (Magro) 1990)

Circunferência da 23 cm - -
Panturrilha (CP)
Necessidades Nutricionais
Necessidades Estabelecidas

• Calorias: 50 kcal/kg/dia  1700 kcal/dia

• Proteínas: 2,0 g/kg/dia  68 g/dia  16% VCT

Para alcançar 100% das necessidades foi


adicionado:

Mingau de mucilon manhã e no jantar.


201kcals / 5g ptn
Evolução Clínica e Nutricional
(24/08/2016)
Evolução Nutricional
Recordatório alimentar 24 horas

Paciente, tranquila no leito, acompanhado da mãe com boa


aceitação da dieta.

Nega náusea ou vomito e relata uma evacuação nas ultimas


24h.
Necessidade Ingerido % das
necessidades
Kcal/dia 1700 kcal/dia 1657kcal/dia 97%
Proteína/dia 68 g/dia 56 g/dia 83%

Conduta : mantenho dieta via oral para imunossuprimido com


marmita reduzida e de consistência branda no almoço.
Recordatório 24 horas
Horário Alimento Calorias Proteínas (g)
Café da manhã Mingau de mucilon 201 5
Leite com achocolatado 128 6
Meio pao doce c/ 114 2
margarina
Almoço Marmita reduzida 434 24
Gelatina 65 2
Lanche da Café com leite 114 4
tarde
Pão doce c/ margarina 228 5
Jantar Mingau de mucilon 201 5
Ceia Banana 39 0,5
Achocolatado de caixinha 133 2,5
TOTAL 1627 56
Indicadores Clínicos

Consciente e
Hipocorada 3+/4+ Hidratada Ictérica 3+/4+
orientada

Murmúrios
PA:105x80mmHg FC 84 bpm Eupnéica fisiológicos

Abdome dolorido
Esplenomegalia Doppler: Estenose
Abdome normotenso em região próximo à
BOYD III de veia porta
FO
Minerais EAR/AI* RDA UL
Quantificação
Dietética (Cont.) Cálcio (mg) - 1300 2500 887
Minerais Ferro (mg) 7,9 15 45 10
Cloro (mg) 2,3* - 3,6 1,43
Fósforo (mg) 1055 1250 4000 745
Magnésio (mg) 300 360 350 272
Legenda
Zinco (mg) 7,3 9 34 13,55
EAR < X < RDA
Manganês (mg) 1,6* - 9 2,51
X < EAR/AI
Selênio (mcg) 45 55 400 80
X > AI
Potássio 4,7* - - 3.340
RDA < X < UL
Cromo (mcg) 24* - 2000 13,8
AI < X < UL
X sem UL
Iodo (mcg) 95 150 900 190
Vitaminas EAR/AI RDA UL
*
Quantificação
Dietética (Cont.) Vit. A (mcg RE) 485 700 2800 314

Vitaminas Vit. D (mcg) - 5* 50 140


Vit. E (mg TE) 12 15 800 10
Vit. K (mcg) 75* - - 42,3
Vit. B1 (mg) 0,9 1 - 1,23
Vit. B2 (mg) 0,9 1 - 2,1
Legenda
Niacina (mg) 11 14 30 17,11
EAR <Y< RDA
Ác. Pantotênico (mg) 5* - - 3,7
Y < EAR/AI Vit. B6 (mg) 1 1,2 80 1,84
Y > AI Ác. fólico (mcg) 330 400 800 145
RDA < Y< UL Vit. B12 (mcg) 2,0 2,4 - 0,78
AI < Y < UL Biotina (mcg) 25* - - 22
Y sem UL Vit. C (mg) 56 65 1800 174
Evolução Clínica e Nutricional
(29/08/2016)
3ª avaliação nutricional
Parâmetro 29/08/16 Classificação Referências

Peso aferido 35,2 kg - -

Altura aferida 1,54 m - -

IMC 14,8 kg/m² < Percentil 0,1 (OMS 2007)


(magreza acentuada)
Altura/Idade 154cm/193 meses > Percentil 3 (OMS 2007)
(Estatura adequada
para a idade)
Circunferência do braço 18,6 cm < Percentil 5 (FRISANCHO,
(CB) (Magro) 1990)

Circunferência da 23,2 cm - -
Panturrilha (CP)
Evolução Nutricional
Recordatório alimentar 24 horas

Paciente, tranquila no leito, acompanhado da mãe com boa


aceitação da dieta.

Relata diarreia, mais de 6 evacuações nas ultimas 24 horas.

Necessidade Ingerido % das


necessidades
Kcal/dia 1700 kcal/dia 1832kcal/dia 107%
Proteína/dia 68 g/dia 63 g/dia 93%

Conduta : ajusto dieta via oral para constipante, e mantenho


imunossuprimida reduzida com consistência branda no almoço
e no jantar.
Recordatório 24 horas
Horário Alimento Calorias Proteínas (g)
Café da manhã Leite com achocolatado 128 6
Meio pao doce c/ 114 2
margarina
Pêra 74 0,5
Almoço Marmita reduzida 434 24
Gelatina 65 2
Lanche da Leite com achocolatado 128 6
tarde
Pão francês c/ margarina 222 5
Biscoito recheado 141 2
Jantar Metade da marmita 217 12
Gelatina 65 2
Ceia Suco de caixinha 103 0
Biscoito recheado 141 2
TOTAL 1832 63
Indicadores Clínicos
Ativa e
Hipocorada 2+/4+ Hidratada Ictérica 3+/4+
comunicativa

PA: 92x64mmHg FC 90 bpm Acianótica Afebril

Abdome plano e Figado a 5cm do Baço palpável a


Abdome irdolor
normotenso RCD e 3 do AX 7cm RCE

ENMG:
Pulsos
neuropatia
periféricos SS II/VI RHA presente
bilateral do
cheios
nervo fibular
Minerais EAR/AI* RDA UL
Quantificação
Cálcio (mg) - 1300 2500 426
Dietética (Cont.)
Ferro (mg) 7,9 15 45 10,6
Minerais
Cloro (mg) 2,3* - 3,6 1,2
Fósforo (mg) 1055 1250 4000 623
Magnésio (mg) 300 360 350 261
Legenda Zinco (mg) 7,3 9 34 14,6
EAR < X < RDA
Manganês (mg) 1,6* - 9 4,41
X < EAR/AI
Selênio (mcg) 45 55 400 8,5
X > AI
Potássio 4,7* - - 2.092
RDA < X < UL
Cromo (mcg) 24* - 2000 16,3
AI < X < UL
X sem UL Iodo (mcg) 95 150 900 132
Vitaminas EAR/AI RDA UL
*
Quantificação Vit. A (mcg RE) 485 700 2800 1.056
Dietética (Cont.) Vit. D (mcg) - 5* 50 0,43
Vitaminas Vit. E (mg TE) 12 15 800 20
Vit. K (mcg) 75* - - 34,6
Vit. B1 (mg) 0,9 1 - 1,05
Vit. B2 (mg) 0,9 1 - 1,5
Legenda
Niacina (mg) 11 14 30 12
EAR < Y < RDA
Ác. Pantotênico (mg) 5* - - 3,5
Y < EAR/AI Vit. B6 (mg) 1 1,2 80 1,8
Y > AI Ác. fólico (mcg) 330 400 800 171
RDA < Y < UL Vit. B12 (mcg) 2,0 2,4 - 0,16
AI < Y < UL Biotina (mcg) 25* - - 18
Y sem UL Vit. C (mg) 56 65 1800 274
Evolução Clínica (06/08/2016)
Evolução Clínica (06/08/2016) (Cont.)
Diurese
Ativa e Deambulando Melhora da
presente sem
responsiva com auxilio diarréia
alterações

PA:
Afebril FC: 81bpm Hidratada
100x60mmHg

Hipocorada Murmúrios
Ictérica 2+/4+ Acianótica
2+/4+ fisiológicos

Abdome
Esplenomegali Baço palpável Sem edemas
normotenso e
a BOYD II e indolor MMII
indolor

Alta
Alta Hospitalar
No dia 06/09/16 a paciente recebeu alta hospitalar.
Paciente deve retornar no dia 13/09 para realizar
CPRE (Colangiopancreatografia endoscópica
retrógrada) estenose de anastomose biliodigestiva.

Medicamentos à alta: tacrolimus, prednisona,


gabapenitina, bactrim, carbonato de cálcio, sertralina,
AAS, óxido de magnésio.

Oriento a mãe sobre os cuidados com relação a


alimentação e os cuidados no preparo, higiene e
compra de alimentos fora do hospital.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A terapia nutricional é um importante recurso terapêutico na
prática clínica diária, principalmente ao paciente pediátrico
hospitalizado. Uma terapia nutricional eficaz proporciona
melhor qualidade de vida e diminui a morbidade.

• O acompanhamento regular desses pacientes pode detectar sinais


precoces de comprometimento nutricional, evitando o aumento
de sua gravidade e as sequelas da desnutrição na vida adulta.

• O nutricionista deve estar preparado para as dificuldades que


impedem a
efetividade da terapia nutricional e para isso é importante ter uma
comunicação com todos os profissionais envolvidos no cuidado
do paciente.
Referências Bibliográficas
 Sociedade brasileira de hepatologia .Definição e aspectos clínicos: hepatite auto-imune. Programa de Educação Médica
Continuada. Disponível em: < http://www.sbhepatologia.org.br/pdf/FASC_HEPATO_33_FINAL.pdf> . Acesso em 25 de
setembro de 2016.
 Recomendações da Sociedade Brasileira de Hepatologia. Para Diagnóstico e Tratamento das Doenças Colestáticas e Hepatite
Autoimune. Parte 1. 05 de agosto de 2015. Disponível em: <http://
sbhepatologia.org.br/pdf/RECOMENDACOES_DA_SBH_PARA_COLESTATICAS_PARTE_1_05_08_2105.pdf> . Acesso
em 25 de setembro de 2016.
 Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Associação Brasileira de Nutrologia.
Terapia Nutricional nas Doenças Hepáticas Crônicas e Insuficiência Hepática .10 de agosto de 2011. Disponível em: <
http://diretrizes.amb.org.br/_
BibliotecaAntiga/terapia_nutricional_nas_doencas_hepaticas_cronicas_e_insuficiencia_hepatica.pdf> . Acesso em Acesso em
25 de setembro de 2016.
 PORTA, G. ARTIGO DE REVISÃO: Hepatite auto-imune. Jornal de Pediatria. 76 (Supl.2):S181-S186. Rio de Janeiro, 2010.
Disponível em: < http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-S181/port.pdf> . Acesso em 26 de setembro de 2016.
 COELHO, J. C. U; MATIAS, J. E. F; PAROLIN, M. B; SALVALAGGIO, P. R. O; GONÇALVES, C. G. COMPLICAÇÕES
VASCULARES PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO.Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões , Vol. 27, no 6,pg 378.
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v27n6/04.pdf> . Acesso em 26 de setembro de 2016.
 ROSA, Ana Cláudia Ferreira et al . Qual o seu diagnóstico?. Radiol Bras, São Paulo , v. 34, n. 5, Oct. 2001 . Disponível
em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842001000500002/ >. Acesso em 26 de setembro de
2016.
 FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. PROTOCOLO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO.
GRUPO INTEGRADO DE TRANSPLANTE DE FÍGADO. TX FIG RIBEIRÃO. FMRP-USP. Disponível em: <http://
rca.fmrp.usp.br/servico/gastro/documentos/cirurgia/gastro/ProtocoloTx.pdf/ >. Acesso em 26 de setembro de 2016.
 MESQUITA, M. C. O. Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG. Belo Horizonte,
2007. Disponível em: < http://
www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ECJS-77UPWM/marta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf?sequ
ence=1
Referências Bibliográficas
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ARTIGO DE REVISÃO: TERAPIA NUTRICIONAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CIRROSE: UMA
VISÃO ATUAL . Rev HCPA 2010;30(2):140-152. Disponível em: < http://seer.ufrgs.br/hcpa/article/viewFile/12297/8895> .
Acesso em 27 de setembro de 2016.
 PADOVANI, R. M; AMAYA-FARFÁ, J; COLUGNATI, F. A. B; DOMENE, S. M. A. Dietary reference intakes:
aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais. Rev. Nutr., Campinas, 19(6):741-760, nov./dez., 2006. Disponível em:
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 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). CONSENSO NACIONAL
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 PAWLOWSKA, J; SOCHA, P; SOCHA, J. NUTRITION IN PEDIATRIC PATIENTS BEFORE LIVER
TRANSPLANTATION. Department of Gastroenterology, Hepatology and Immunology, The Children’s Memorial Health
Institute. ROCZN. PZH 2007, 58, NR 1, 111-118. Disponível em: file
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 World Health Organization. WHO Child Growth Standards: Length/height-for-age, weight-forage, weight-for-length,
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