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Oclusão

Professora : Dra. Gabriela


Alunos:
Claudilene,
Cleutânia,
Luana,
Maria Celi,
Rodrigo,
Sue Elen,
Tatiane.
Atrição:
O envelhecimento da forma
dentária, os diastemas e
seus significados
O início
• A atrição pode explicar certas alterações que ocorrem
depois de meses ou de anos do tratamento reabilitador;

• Leva a mudanças na forma e nos tamanhos mesiodistal


e oclusoapical das coroas dentárias, mexendo com a
posição e a relação dos implantes dentários;

• Diastemas entre os dentes naturais e os implantes


vizinhos ,assim como apinhamento dentário
anteroinferior.
O conceito
• “Atrição” representa o nome dado para o
desgaste dos tecidos dentários mineralizados ,
promovido pelo contato dente com dente , sem
interposição de qualquer outro fator físico, a não
ser de alimentos (fig. 1 a 8).

• Pode ocorrer nos dentes permanentes e nos


decíduos. A lesão típica se apresenta como uma
faceta de desgaste bem polida.
• Pode ocorrer naturalmente como
resultado da mastigação e de outros
contatos fisiológicos , estabelecendo-se
em forma de facetas nas bordas incisais
dos dentes anteriores( fig. 2 a 6) e nas
facetas oclusais dos dentes posteriores.
Figura 1 – A mais clássica manifestação
da atrição (faceta de desgaste)
• Nas faces proximais das coroas -muito importante
para os implantodontistas- produzidos por
movimentos intrusivos dos dentes nos alvéolos.

• Os alimentos que mais desgastam a dentina são os


mais abrasivos, e não necessariamente os mais
consistentes.

• A presença de saliva alivia o desgaste;


• A gravidade da atrição está relacionada ao
tempo de vida (Fig. 2), ao tipo de alimentação, à
existência de hábitos parafuncionais (Fig. 3, 4, 5)
e às características inerentes ao indivíduo, como
força muscular, morfologia facial e estilo de vida.
O desgaste dentário por atrição pode ser
mais rápido e intenso quando:
• 1) O esmalte for hipoplásico, como na fluorose
dentária e na amelogênese imperfeita hereditária.
• 2) A dentina for displásica, como na
dentinogênese imperfeita hereditária.
• 3) Houver distúrbios oclusais que resultem em
contatos prematuros ou inadequados, com fricção
mais constante e intensa.
• 4) Existirem hábitos parafuncionais ou vícios,
como o bruxismo e/ou apertamento.
• 5) O paciente apresentar em seu dia a dia o vício
de mascar tabaco ou outros produtos correlatos.
• O desgaste pela interposição de algo estranho
entre os dentes envolvidos, durante os
movimentos mastigatórios, teria uma
etiopatogenia específica e, por isso, tem
denominação específica de demastigação.
Classificação da atrição
(Europa)
• a) Fisiológica – quando resultante da idade
(Fig. 1).
• b) Intensificada – quando acentuada por
hábitos parafuncionais, como o bruxismo,
o apertamento e a alimentação
excessivamente abrasiva (Fig. 4, 5).
• c) Patológica – quando localizada e um só
dente ou em um grupo de dentes vizinhos.
A atrição pode ser classificada
em (Brasil)
• » Grau 1 – atrição limitada ao esmalte.

• » Grau 2 – atrição com dentina exposta.

• » Grau 3 – atrição com exposição da


dentina reacional e/ou a polpa dentária.
As consequências bioló gicas da
atrição
• promove a exposição de extensas áreas de dentina, com
esclerose em muitos túbulos, assim como de tratos
mortos em outros.

• Tratos mortos são túbulos vazios, sem prolongamentos


odontoblásticos e sem fechamento por dentina
peritubular.

• Na porção central da facetas de desgaste mais amplas e


profundas, nota-se clinicamente que o espaço pulpar foi
atingido e, agora, apresenta-se ocupado pela dentina
reacional depositada na câmara pulpar e no canal
radicular (Fig. 7, 8).
As consequências bioló gicas da
atrição
• As margens incisais e oclusais com atrição avançada
apresentam-se com arestas cortantes (Fig. 3, 4) e não
raramente lesam a mucosa bucal — já que estão em contato
constante. Nessa área, a mucosa se apresenta difusamente
esbranquiçada (ou como uma mancha branca bem
definida), às vezes erosionada pelo atrito constante e
cortante.

• Essa alteração da mucosa é a “queratose friccional”, uma


resposta hiperplásica adaptativa da mucosa a uma agressão
mecânica repetitiva e constante, sem natureza neoplásica
ou cancerizável.
O mecanismo compensató rio da
atrição na coroa clínica e estética
• Dentro dos limites fisiológicos, os desgastes oclusal e incisal
são compensados pela deposição de cemento no terço apical
da raiz.
• A esse mecanismo atribui-se o termo “erupção dentária
passiva” que, por ser contínua e lenta, preserva a altura da
coroa clínica, mesmo que a junção amelocementária fique
aparente na boca e que parte da raiz fique exposta (Fig. 2D),
afetando a estética coronária.
O mecanismo compensatório da atrição
na coroa clínica e estética

• O ponto de contato também tem relação com dentes jovens:


as facetas de contato denotam maior tempo de vida
transcorrido.
• O apinhamento da região anterior
• O desaparecimento do serrilhado, o aparecimento de ângulos
cortantes e a exposição da dentina entre as facetas do esmalte
desgastado dos dentes anteriores promovem um aspecto de
envelhecimento precoce.
O mecanismo compensatório da atrição
na coroa clínica e estética

• Em um programa de saúde bucal, além dos aspectos


relacionados à higiene bucal e à dieta cariogênica, as
orientações devem — ou deveriam — envolver o tipo de
alimentação (quanto à sua abrasividade), a prevenção e
limitação de danos do bruxismo e do apertamento dentário, e
a avaliação periódica da oclusão.
O mecanismo compensatório da atrição
na coroa clínica e estética
• Em muitos casos, a atrição será compensada com a
restauração estética e funcional dos desgastes sofridos;
todavia, com o uso noturno de placas de mordida, há a
necessidade de se prevenir novas perdas aceleradas, evitando
que o contato dos dentes durante o sono promova atrição,
especialmente se o paciente for portador de bruxismo ou de
outros hábitos parafuncionais.
Implicaçõ es e situaçõ es
específicas:
• - Atrição e implantes dentários
• Quando do uso de próteses sobre implantes osseointegrados,
deve-se considerar a possibilidade de aumento da atrição com
os dentes antagonistas, quando naturais.

• Pela ausência do ligamento periodontal, os implantes


dentários osseointegrados, tal como os dentes anquilosados,
não apresentam mobilidade intra-alveolar.
Síntese e consideraçõ es finais
• A atrição pode:
• 1) Representar um sinal de desajustes oclusais.

• 2) Indicar hábitos parafuncionais, como o apertamento e o


bruxismo, que devem ser considerados no prognóstico do
tratamento.

• 3) Reduzir o perímetro da arcada dentária, pois os pontos de


contato proximais transformam-se em facetas de contato, ao
longo dos anos.

• 4) Envelhecer a boca, em função de alguns detalhes


morfológicos que variam conforme a faixa etária do paciente,
Síntese e consideraçõ es finais
• 5) Agravar ainda mais o envelhecimento promovido pelo
apinhamento dentário.

• 6) Exacerbar o envelhecimento, pela perda de dimensão


vertical da face.

• 7) Estar associada ao aparecimento de diastemas entre os


implantes osseointegrados e os dentes naturais, depois de
alguns anos de concluído o tratamento reabilitador.
Referência Bibliográfica

Dental Press Implantol. 2013 Apr-June;7(2):28-38


Atrição: o envelhecimento da forma dentária, os diastemas e
seus significados
Alberto Consolaro, Renata Consolaro e Leda Francischone
Fonte: Consolaro A, Francischone L, Consolaro RB. Attrition:
aging of tooth shape, interdental spacing and its meanings.
Dental Press Implantol. 2013 Apr-June;7(2):28-38.

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