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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA & FLORESTAL


Departamento De Engenharia Agronómica

Climatologia
Precipitação
2019
Hélio Armazia, Eng. M. Sc
#Precipitação.

• Definição.
– Entende-se por precipitação como sendo a “água” proveniente do vapor de
água da atmosfera depositada na superfície terrestre sob as seguintes
formas:
• Chuva, granizo, neblina, neve, orvalho ou geada.
#Formação das Precipitações

• Elementos necessários à formação:


1. Humidade atmosférica: (devido à evapotranspiração);
2. Mecanismo de resfriamento do ar: (ascensão do ar humido): quanto
mais frio o ar, menor é a sua capacidade de suportar água em forma de
vapor, o que culmina com a sua condensação.
o Explica,cão:→
#Formação das Precipitações

– Pode-se dizer que o ar se resfria na razão de 1°C /100m, até atingir a


condição de saturação ;
– O máximo possível na atmosfera é de 3,42ºC/100m e recebe o nome
de gradiente autoconvectivo.
#Formação das Precipitações

• Mecanismo de crescimento das gotas:


1. Difusão de vapor: condensação do vapor de água sobre a superfície de
uma gota pequena;
2. Colisão-coalescência: processo de crescimento devido ao choque de
gotas pequenas originando outra maior.
#Formação das Precipitações
• Processo
– Para que ocorra o resfriamento do ar humido, há necessidade da sua
ascensão, que pode ser devida aos seguintes fatores:
• Acção frontal de massas de ar; convecção térmica e relevo.
–NB: A maneira com que o ar humido ascende caracteriza o tipo de precipitação.
#Estados da Precipitação

1) Depositados:
– Orvalho : Gotas de água depositadas por condensação directa do vapor de
água, principalmente nas superfícies horizontais resfriadas pela radiação
noturna. (Dew ).
#Estados de Precipitação

1) Depositados:
– Geada: Cristais de gelo fino, que se depositam nas condições semelhantes
das que formam o orvalho, difere-se que a temperatura superfícial deve ser
igual ou inferior a 0°C. (Frost)
#Estados de Precipitação

1) Depositados :
– Escarcha ou Orvalho branco (quando existe nevoeiro superesfriado) :
Camadas brancas de cristais de gelo depositam-se do lado do vento
formando camadas ou pontas cônicas, em superfícies verticais, nas pontas e
arestas de objectos sólidos. (Rime);
#Estados de Precipitação

1) Depositados:
– Sincelos: Pequenas colunas de gelo pendentes formadas pela congelação
da água do orvalho ou da neve derretida que escorre da beira dos telhados,
quando a temperatura está abaixo de 0°C. (Icicle);
#Estados de Precipitação

2) Precipitados:
– Chuva : Gotas de água com diâmetro mínimo de 0,5mm (Rain);
– Chuvisco: Gotas de água com diâmetro menor que 0,5mm (light rain /
drizzle);
– Chuva congelante: Gotas de água super-congeladas (Freezing Rain);
#Estados de Precipitação

2) Precipitados:
– Poalha de água (Water dust): Conjunto de gotículas de água arrancadas
pelo vento de uma superfície muito extensa de água, geralmente das cristas
das ondas, e transportadas a pequena distância na atmosfera.
#Estados de Precipitação
3) Solidos:
– Água-neve ("Mixed snow rain" ou Sleet em UK): Neve em derretimento;
– Neve rolada (Graupel ou Snow Pellets): Neve parcialmente derretida e re-
congelada.
– Granizo (Ice Pellets): Água no estado sólido e medem entre 5 e 200 mm de
diâmetro;
#Estados de Precipitação
3) Solidos:
– Granizo miúdo (Ice Pellets ou Sleet nos EUA): Diâmetro abaixo de 5mm;
Pode advir de trovoadas de verão ou de neves de inverno (chamado de
Quirera).
– Saraiva (Hail): Diâmetro acima de 5mm.
#Hidrometeoros em suspenção

• Neblina (Mist): Suspensão no ar de gotículas microscópicas de água ou de


partículas higroscópicas húmidas, que reduzem a visibilidade na superfície do
globo.
• Agua de Nuvem (cloud water): Gotículas de Água liquida com velocidade
vertical muito baixa.
#Hidrometeoros em suspenção

• Água de chuva (rain water): Gotas de agua liquida com velocidade vertical.
• Cristais de Pristina (Pristine Ice Crystal): Cristais de gelo com velocidade terminal
muito baixa.
#Água-neve
#Água-neve
#Granizo (Ice Pellets)
#Chuva com congelação (Freezing Rain)
TIPOS DE PRECITAÇÃO
A. OROGRÁFICAS
– Ocorrem nas regiões que apresentam grandes variações de
altitude, podendo abranger todo ano ou qualquer das suas
épocas.
• Origem
– Forma-se quando uma massa de ar húmida se desloca, e
encontra uma barreira topográfica (serra, montanha, etc) e é
forçada a elevar-se, ocorrendo queda de temperatura seguida
da condensação do vapor de agua e formação de nuvens
– Fig>
PRECITAÇÃO OROGRÁFICA

Características
Fraca intensidade, e longa duração
B. CONVECTIVAS
• ORIGEM
– São causadas pelo movimento de massas de ar nas camadas mais
proximas da atmosfera terrestre.
• CARACTERIZAÇÃO
– Forte intensidade, curta duração, podendo ocorrer descargas
elétricas, trovoadas, ventos fortes e granizos, predominando no
período da tarde e à noite (chuvas de verão);
• IMPACTOS
– Pela forte intensidade, provocam danos (erosão, quebra da
vegetação, *inundação)
» *a incidência é maior que a capacidade de infiltração do solo.
PRECIPITAÇÃO CONVECTIVA

Formação:
Evaporação e Ascensão do ar, Resfriamento
e Condensação, formação da Precipitação.
•C.  CICLÔNICAS OU FRONTAIS
• ORIGEM
– Nuvens formadas a partir do encontro de massas de ar de
características distintas

• CARACTERIZAÇÃO
– São caraterizadas por serem continuas, apresentam intensidade baixa
a moderada e, abrangem áreas relativamente maiores
PRECIPITAÇÃO FRONTAL
Tipos de Precipitação
METODOS DE MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
Média aritmética:
METODOS DE MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
Polígonos de Thiessen
METODOS DE MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
Método das Isoietas
•   MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
• A precipitação é caracterizada pela altura e pela intensidade
– Altura de precipitação sobre uma dada área
• É igual ao Volume da Precipitação que cai sobre uma
determinada área (a base é a de 1)
– É expressa em ou em ”
– Intensidade da precipitação
• É definida como sendo a quantidade da precipitação
ocorrida por unidade de tempo:
– É expressa em
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
A. Faz-se em “intervalos discretos” de tempo, através de UDÓMETROS
ou PLUVIÓMETROS;
B. Em “registo contínuo” através de UDÓGRAFOS ou PLUVIÓGRAFOS
(convencionais ou automaticos)
MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
A. PLUVIÓMETRO
Mede a quantidade de chuva.
Constituição
É constituído por um cilindro
metálico, seccionado a meio e
com uma abertura superior
horizontal (boca) onde se situa
um funil.
No interior deste cilindro existe um
recipiente de plastico para
recolha de água.
MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
B. SENSOR DE PRECIPITAÇÃO

Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017


Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017
Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017
Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017
90
84.2 84.6
83 83.4 83.2 82.3 82.4
82.2 82.1
80.4
80 77.47
74.79
72.91
71.3
70

63.66
62.04
60
55.62
51.73 50.89
50.09 50.22
50 47.47 48.09 47.17
Intervalo

44.35

40

32.29 32.26 33.12


31.1 31.53 31.74 31.34 30.9
28.47 29.4
30 27.5
24.95 25.22
23.47 22.96
21.78 21.07 21.06 20.77 20.93 20.76 20.82 20.78
20.54 20.34
20

10

5.20
3.00
1.32 1.17 1.09 0.89 0.76 0.34 0.25 0.52 0.82 0.87 0.90 0.78 0.60 1.22 1.02 1.01 0.94 1.11 1.26
0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.20
0.00 0.00 0.00 0.13
0.00 0.14 0.11 0.15
0.00 0.17
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 0:00 1:00 2:00 3:00 4:00 5:00 6:00 7:00 8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00

Axis Title

TempMed (°C) HumidRelat (%) Moving average (HumidRelat (%))


Precip (mm) VelcVento (m/s)
90

80

70

60

51.73
50.09
50 48.09
47.47
Intervalo

40

32.29
31.74
31.53
31.1
30

20

10

1.32
1.17
1.09
0.89
0000
0
TempMed (°C) HumidRelat (%) Precip (mm) VelcVento (m/s)

Axis Title

13:00 14:00 Moving average (14:00) 15:00 16:00 17:00


18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00
00:00 01:00 02:00 03:00 04:00 05:00
06:00 07:00 08:00 09:00 10:00 11:00
12:00 13:00

Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017


90

84.2 84.6
83 83.4 83.2 82.3 82.4
82.2 82.1
80 80.4
77.47
74.79
72.91
71.3
70

63.66
62.04
60
55.62
51.73 50.89
50 50.09 50.22
47.47 48.09
Intervalo

47.17
44.35
40

32.29 32.26 33.12


31.53 31.74 31.34
30 31.1 29.4
30.9
28.47 27.5
24.95 25.22
23.47 22.96
21.78 21.07 21.06 20.77 20.93 20.76 20.82 20.78
20 20.54 20.34

10

5.20
3.00
1.32 1.17 1.09 0.89 0.76 0.20 0.34 0.25 0.17 0.52 0.82 0.87 0.90 0.78 0.60 1.22 1.02 1.01 0.94 1.11 1.26
0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.13
0.00 0.14 0.11 0.15
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 0:00 1:00 2:00 3:00 4:00 5:00 6:00 7:00 8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00

Axis Title

TempMed (°C) HumidRelat (%) Moving average (HumidRelat (%))


Precip (mm) VelcVento (m/s)

Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017


Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017
100 40

90 84.8 85 85.4 85.7 86.3


84.1 35.1 35
80
30
70
25
60

50 20

40
34.63 33.19 33.72 15
32.62
30 25
9.6 10
20
5
10 3.8
0 2.1
1.2
0 0 0 0
3/15/2017 3/16/2017 3/17/2017 3/18/2017 3/19/2017 3/20/2017 3/21/2017

TempMax (°C) HumidRelat (%) Precip Total (mm)

Fonte: ESTAÇÃO AGROMETEOROLOGICA-UZ-FEAF-2017


MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
C. PLUVIÓGRAFO
Permite conhecer a variação da precipitação em função do tempo
(começo, fim, duração, e intensidade).
É constituído por:
• Um funil de recepção da precipitação;
• Um reservatório que contem um flutuador;
• Um cilindro sobre o qual é colocado o udograma (gráfico do registo da
queda pluviométrica), em que no interior existe um relógio ao qual é
necessário dar corda para o fazer rodar;
• Um depósito na parte interior do aparelho destinado a recolher a
água
MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
PLUVIÓGRAFO Funil de recepção
da precipitação

Registador→
•   MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
Registo no Pluviógrama
I. À medida que o nível da água sobe no reservatório o movimento
vertical do flutuador é transmitido (por um mecanismo próprio) a
um apêndice metálico, que se desloca sobre o gráfico.
II. Possui uma graduação de zero a dez , e quando atinge os ocorre
uma descarga automática da água para o depósito situado na
parte inferior do aparelho
III. A bóia, após a descarga, retoma a sua posição inicial que
corresponde à posição zero no udograma
Instrumentos meteorológicos
Registo no Pluviógrama
IV. A quando da colocação do gráfico
Deve-se escrever a data e nome da estação,
V. A quando da retirada do gráfico,
Deve-se escrever o valor da precipitação
correspondente a esse gráfico
Dar corda ao relógio e verificar se o udógrafo está a
registar à hora certa, são duas práticas que não se
deve esquecer para se obter boas observações.
PLUVIOGRAMA

O percurso total da caneta entre o zero e o máximo


corresponde habitualmente a 10 mm de chuva
 
DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE DA PRECIPITAÇÃO em
  10+ h𝑑 − h𝑑
𝑖𝑑 𝑖𝑛 −𝑑 𝑓𝑖𝑛
= 𝑓𝑖𝑛 𝑖𝑛

𝛥𝑡

 A intensidade máxima
instantânea foi de cerca
de por volta das do dia
CÁLCULO DO VOLUME DE ÁGUA PRECIPITADA

Precipitação

h (mm)

1m

1m
•   CÁLCULO DO VOLUME DE ÁGUA PRECIPITADA
o No pluviometro, cada
•   CÁLCULO DO VOLUME DE ÁGUA PRECIPITADO
o Exercicio
o Segundo a Estação Agrometeorologica da UniZambeze-FEAF,
durante um periodo de 864, entre as do domingo, de março as
da segunda-feira, 19 de março de 2018 o sensor de precipitação
(Pluviometro) registou 4,81. Sabemdo que a área de influencia
(UniZambeze-FEAF) tem como limites, , determine o volume de
água precipitado neste local em e em .
Orograficas
Convectivas
Frontal
Fim.

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