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As

instituições
sociais
Instituição é toda forma ou estrutura social
estabelecida, constituída, sedimentada na
sociedade e com caráter normativo – ou seja,
ela define regras (normas) e exerce formas de
controle social.

ESTADO
FAMÍLIA
ESCOLA

IGREJA
As instituições são formadas para atender a
necessidades sociais. Servem também de
instrumento de regulação e controle das
relações sociais e das atividades dos membros
da sociedade que estão inseridos. Para isso,
dispõem de um poder normativo e coercitivo
aceito pela maioria da população dessa
sociedade.
Características:

-Exterioridade: são dotadas de realidade externa


ao indivíduo.

-Objetividade: quase todas as pessoas


reconhecem as instituições como algo legítimo.

-Coercitividade: as instituições tem o poder de


exercer pressões sobre as pessoas, de modo a
levá-las a agir segundo os padrões de
comportamento considerados corretos pela
sociedade.
-Autoridade moral: as instituições são
reconhecidas pelas pessoas como tendo o direito
legítimo de exercer seu poder e obrigar os
integrantes da sociedade (pela força ou pelo
convencimento) a agir segundo determinados
padrões.

-Historicidade: as instituições já existiam antes do


nascimento do indivíduo e continuarão a existir
depois de sua morte; elas têm sua própria história.
As instituições sociais normatizam
os grupos

Grupo Social ≠ Instituição Social

Os grupos sociais são conjuntos de indivíduos


com objetivos comuns, envolvidos num processo
de interação mais ou menos contínuo.

As instituições sociais se baseiam em regras e


procedimentos que se aplicam a diversos grupos.
As instituições sociais são
interdependentes

Uma instituição não existe isolada das outras. Há


entre elas uma relação de interdependência, de tal
forma que qualquer alteração em determinada
instituição pode acarretar mudanças maiores ou
menores nas outras.
FAMÍLIA
Grupo primário de forte influência na formação do
indivíduo, a família é o primeiro corpo social no
qual os indivíduos convivem. É um tipo de
agrupamento social cuja estrutura varia em alguns
aspectos no tempo e no espaço. Essa variação
pode se referir ao número e à forma do
casamento, ao tipo de família e aos papeis
familiares.
Monogamia versus poligamia

FAMÍLIA MONOGÂMICA é aquela em que a


pessoa tem apenas um cônjuge, quer esta relação
seja estabelecida por uma aliança indissolúvel,
quer se admita o divórcio.
FAMÍLIA POLIGÂMICA é aquela em que a pessoa
pode ter dois ou mais cônjuges.
Ao casamento de uma mulher com dois ou mais
homens dá-se o nome de POLIANDRIA (comuns
entre as tribos do Tibete e entre os esquimós).
O casamento de um homem com várias mulheres
chama-se POLIGINIA (comum entre algumas
tribos africanas e entre os mulçumanos).
Formas de casamento

ENDOGAMIA quer dizer casamento permitido


apenas dentro do mesmo grupo, da mesma tribo.
EXOGAMIA trata-se da união com alguém de fora
do grupo, que eventualmente pode ser também de
religião, raça ou classe social diferentes.
Endogamia e exogamia são formas de casamento
que supõem o enlace heterossexual tradicional.
Mais recentemente, porém, alguns países
passaram a adotar legalmente o casamento
homossexual.
Classificação das famílias

FAMÍLIA CONJUGAL ou NUCLEAR – reúne


marido, a mulher e os filhos.
FAMÍLIA CONSANGUÍNEA ou EXTENSA –
engloba, além do casal e seus filhos, outros
parentes como avó, netos genros, noras, primos e
sobrinhos.
Principais funções da família
FUNÇÃO SEXUAL E REPRODUTIVA: garante a
satisfação dos impulsos sexuais dos cônjuges e
perpetua a espécie humana com a geração de
filhos;
FUNÇÃO ECONÔMICA: aquela que assegura os
meios de subsistência e bem-estar de seus
integrantes;

FUNÇÃO EDUCACIONAL: responsável pela


transmissão à criança dos valores e padrões
culturais da sociedade; ao cumprir essa função a
família se torna o primeiro agente de socialização
do indivíduo.
Em tempos de globalização
A sociedade pós-industrial criou um novo padrão
de família.
O “chefe de família” já não é apenas o pai.
A mãe deixou de ser sinônimo de “rainha do lar”.

A troca de papeis entre pais e mães são


constantes.

O homem participa das tarefas domésticas

Diminuiu o número de famílias nucleares.


Aumentou o número de divórcios.
Aumentou, também, o número de filhos de mães
solteiras.

Caiu o número de nascimentos, principalmente


nos países europeus.

O divórcio, a viuvez, o abandono e a


competitividade aumentam o número de famílias
MONOPARENTAIS.

A desestrutura familiar pode ser relacionada ao


aumento da criminalidade entre jovens e
adolescentes.
IGREJA
Todas as sociedades conheceram ou conhecem
alguma forma de religião. A crença em algum tipo
de divindade e o sentimento religioso são
fenômenos comuns a todas as épocas e lugares
do planeta.
Cada povo tem nas crenças religiosas um fator de
estabilidade, de aceitação da hierarquia social e
de obediência às normas que a sociedade
considera necessárias para a manutenção do
equilíbrio social. Por isso, a religião desempenhou
quase sempre uma função social estabilizadora.
A religião envolve a crença em poderes
sobrenaturais ou misteriosos. Geralmente, todas
as religiões têm seu lugar de culto: igrejas,
templos, mesquitas, sinagogas, etc.
Há muitas formas e manifestações religiosas em
todo o mundo. Existem grupos que acreditam em
vários deuses. Esses são chamados de
POLITEÍSTAS, como o hinduismo, por exemplo.
Outras religiões acreditam na existência de um
único deus, sendo chamadas, portanto, de
religiões MONOTEÍSTAS, como, por exemplo, o
islamismo, o cristianismo e o judaísmo.
Com o desenvolvimento industrial, as religiões
ocidentais sofreram transformações, fazendo com
que procurem conciliar suas doutrinas com o
avanço do conhecimento científico.

Entre algumas igrejas, passou-se a dar mais


atenção às questões sociais.
Em 1891, o papa Leão III, através da Encíclica
Rerum novarum, expôs a “doutrina social da
igreja”, que, buscando fazer frente ao socialismo,
afirmou a necessidade de o Estado garantir
melhores salários e condições de uma vida digna
para os trabalhadores.
Em 1979, na América Latina surgiu a “Teologia da
Libertação”, doutrina defendida por alguns
sacerdotes e bispos da Igreja católica que
defende o engajamento da instituição religiosa na
luta contra as desigualdades e por justiça social.

Hoje alguns movimentos religiosos defendem uma


participação maior das Igrejas na solução dos
problemas sociais e vêm procurando ressaltar
mais as questões éticas do que os dogmas
religiosos.
Um fenômeno religioso contemporâneo é o
crescente uso dos meios de comunicação social
de massa pelas igrejas. Vários programas são
veiculados na televisão, rádio, filmes, jornais,
Internet, como um meio de difusão das crenças
religiosas.
ESTADO
O Estado é a instituição social que dispõe do
MONOPÓLIO DA FORÇA LEGÍTIMA, ou seja, é a
instituição detentora do direito de recorrer à força
sempre que isso seja necessário, e que esse
direito é reconhecido pela sociedade.
A lei confere ao Estado o direito de recorrer a
várias formas de pressão, inclusive a violência,
para que suas decisões sejam obedecidas. Esse
direito é geralmente executado por oficiais de
justiça e policiais em cumprimento de ordens
judiciais determinadas pelos detentores do poder
Judiciário.
Em virtude do seu monopólio da força legítima,
o Estado detém o poder supremo na
sociedade. Ele reserva para si o direito de
impor e de obrigar aqueles que discordam de
suas decisões a cumprirem a lei. Qualquer
outro uso da força ou coerção – por bandidos,
soldados amotinados, grupos rebeldes – é
ilegítimo e coibido pelo Estado.
Portanto, a função do Estado é fazer cumprir a
lei. Caso não cumpra esse papel, corre o risco
de deixar de existir.
Alguns componentes do Estado
TERRITÓRIO: constitui sua base física, sobre a
qual exerce sua jurisdição.
POPULAÇÃO: é composta pelos habitantes do
território.
INSTITUIÇÕES POLÍTICAS: entre elas
sobressaem os poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário; o núcleo do poder do Estado, contudo,
está nas mãos do governo – grupos de pessoas
colocadas à frente dos órgãos administrativos e
que exercem temporariamente o poder público em
nome da sociedade.
Estado e Nação

ESTADO ≠ NAÇÃO

NAÇÃO: conjunto de pessoas ligadas entre si por


laços permanentes de idioma, tradições, costumes
e valores; é anterior ao Estado, podendo existir
sem ele.

ESTADO: pode compreender várias nações, como


é o caso do Reino Unido (ou Grã Bretanha,
formada pela Escócia, Irlanda do Norte, País de
Gales e Inglaterra).
Estado e Governo

ESTADO ≠ GOVERNO

ESTADO: instituição social permanente ou de


longa duração.

GOVERNO: componente transitório do Estado.


O governo age em nome do Estado.
Nas sociedades democráticas é a Constituição
que atribui legitimidade aos governos.
Formas de Governo
Os três poderes do Estado são:

EXECUTIVO: incumbido de executar as leis;

LEGISLATIVO: encarregado de elaborar as leis;

JUDICIÁRIO: responsável pela distribuição de


justiça e pela interpretação da Constituição.
O governo pode adotar as seguintes formas:

MONARQUIA: o governo é exercido por uma só


pessoa (rei ou rainha), que herda o poder e o
mantém até a morte.

REPÚBLICA: o poder é exercido por


representantes do povo eleitos periodicamente
pelos cidadãos.
Em países como Espanha, Inglaterra e Suécia, a
forma de governo é a monarquia, porém os reis
possuem apenas poder simbólico, cabendo ao
Parlamento, cujos representantes são
democraticamente eleitos, o exercício efetivo do
poder. São chamadas de monarquias
constitucionais.
Nas repúblicas modernas há dois tipos de regime:
o PARLAMENTARISTA e PRESIDENCIALISTA.
ESCOLA

“A escola é uma maravilhosa colaboradora, mas são


os pais que educam... As bases que desenvolvem o
caráter da criança correspondem aos pais, cabendo
à escola o papel de orientadora e reforçadora da
educação familiar, que deve ensinar os modelos de
convivência e exemplificar a verdade, a alegria, a
paz, a tolerância, a justiça”.
Egidio Vecchio.
O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO :

- A transmissão da cultura;
- A adaptação dos indivíduos à sociedade (socialização);
- O desenvolvimento de suas potencialidades;
- Seleciona os elementos essenciais dentro da cultura, para
serem transmitidos por pessoas especializadas.
- A escola pode ser vista como grupo social (que transmite
cultura), é considerada uma reunião de indivíduos (alunos,
professores e funcionários) com objetivos comuns e em
contínua interação.
Mecanismos de sustentação dos
agrupamentos na escola:

Liderança: o professor exerce sobre os alunos uma liderança


institucional, isto é, decorre de sua própria posição na estrutura da
escola. Mas o bom andamento das atividades escolares depende
também da liderança positiva exercida por alunos que, por suas
características pessoais, se colocam em posição de orientar o grupo.

Normas: existem regras que orientam o comportamento de alunos e


professores. Assim, espera-se que o professor esteja no horário da
aula, que cumpra o programa estabelecido, que responda às dúvidas
dos alunos, etc. dos alunos se espera que estejam na escola no
horário certo, que realizem as atividades propostas pelos
professores, que estudem a matéria ensinada, que usem os trajes
estabelecidos, etc.

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