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1º Caso Clínico
Polineuropatia
Amiloidótica Familiar
Departamento de Bioquímica
Bioquímica II
2007/2008
Factos
Dados Pessoais
Doente do sexo masculino
30 anos de idade
Natural da Póvoa de Varzim
História Clínica
Períodos alternados de obstipação e diarreia, com
duração de 3 anos
Tonturas
Impotência sexual
Pele seca
Queimaduras indolores
Dormência nos pés (parestesias) no último ano
Motivo da Consulta
Dificuldade na marcha durante as últimas semanas
Diagnóstico Diferencial
Sistema Nervoso
Dificuldade na
Periférico
marcha
(vias motoras)
Queimaduras
indolores Sistema Nervoso
Periférico
Adormecimentos / (vias sensitivas)
parestesias
Doença
neurodegenerativa
Sistema
Nervoso
Tonturas Autónomo
Diarreia /
obstipação Impotência
sexual
Hipótese
Doença neurodegenerativa
Electromiografia- estudo da
actividade eléctrica dos músculos,
normalmente acompanhado pelo
estudo da condução dos nervos
periféricos (sensitivos e motores).
Inserção de eléctrodos nos músculos a
estudar e registo dos potenciais de
acção resultantes da excitação das
fibras musculares.
Resultado: Polineuropatia periférica
ERAD
Atenuação
da
Transcrição
Activação da
Transcrição
dos genes
UPR
Unfolded Protein Response (UPR)
RE
Unfolde
d
PER Protein IRE1
ATF
K s
6
ATF
6
XBP
1
eIF2α eIF2α
Pré-mRNA mRNA
ATF4 XBP1 XBP1
Atenuação
da XBP ATF
Tradução ATF4
1 6
Activação da ERS
Transcrição E
Genes Alvo UPR
Unfolded Protein Response (UPR)
chaperones;
via de secreção;
Endoplasmic Reticulum Associated
Degradation (ERAD)
É um processo que pode ser activado pela presença da proteína EDEM,
localizada no RE e regulada pela via IRE1-XBP1.
O EDEM é responsável pelo reconhecimento de misfolded proteins
(principalmente misfolded glicoproteins).
Splicing do mRNA
Stress no Via Dissociação do BiP do
XBP1 pelo IRE1
RE IRE1 IRE1
ERAD
Endoplasmic Reticulum Associated
Degradation (ERAD)
Misfolded Proteins são transportados do RE
para o citoplasma para serem degradados;
O Retrograde transport faz-se através de
translocons (Sec61complex);
Pode ser reforçado com ATPases presentes
nos proteassomas, visto que podem ser
encontradas junto ao RE;
No citoplasma, as proteínas seguem a via da
ubiquitina-proteassoma.
Chaperones
Chaperones
• A dobragem proteica é
regulada pelas seguintes
reacções, estimuladas
pelas chaperones:
• a formação das
pontes dissulfito catalisada
pela dissulfito isomerase;
• a isomerização da
ligação prolil-peptido
catalisada por peptidil-
prolina isomerases.
A: oxidação, redução e isomerização das
pontes dissulfito
B: isomerização da ligação prolil-peptido
Chaperones
• Evitam a agregação de proteínas mutantes ou lesadas, encaminhando-as
para a via da ubiquitina-proteasoma, onde são degradadas, evitando
assim a apoptose.
V ia
s na
a
ali
nom
A Degradação e
Agresomas
Remoção
Corpos de
Cito-Protecção
Inclusão
Lesão e
Morte Celular
Amiloidogénese
O que é um amilóide?
• Depósito glicoproteico anormal
– Insolúvel
– pode agregar em vários territórios: núcleo,
citoplasma e matriz extracelular.
O compartimento
onde se
localiza o amiló
ide depende
do percursor
amiloidogénico
re spectivo.
Isto condiciona
o tipo de
amiloidose.
Proteínas amilóides
Amilóide
de TTR
Amilóide
β-amiloide
PPI
(Aβ)
Proteínas
amilóides
Amilóide Amilóide
AA PrPSc
Identificação histológica
PAS positiva
Cora com vermelho Congo
Verde fluorescente em luz polarizada
Rosa em H&E
Cora-se monocromaticamente com cristal ou
metilvioleta
Birrefringênia verde que desaparece com
permanganato de potássio
Identificação histológica
Vermelho do Congo +
Luz Polarizada
Vermelho do Congo
Identificação histológica
Hematoxilina-Eosina
Estrutura dos amilóides
• Cadeias polipeptídicas
dispostas
perpendicularmente ao
eixo da fibrilha
• Conformação em folha β-
pregueada antiparalela
Estrutura dos amilóides
Amilóides
amilóide Insolúvel
resistente Proteoglicanos de Sulfato
Componente Amilóide P Apolipoproteína E
à degradação de Heparano e Sulfato de
dermatano
Percursor amiloidogénico
Choque
térmico, Percursor amiloidogénico
radicais livres,
Indução Redobragem
mutações, …
de chaperones e/ou
(via ubiquitina-proteossoma)
degradação
Apoptose
Protofibrilhas
Agregação
•Factores extra-
celulares
•Temperatura
•Oxidação Inclusões proteicas
•pH
•Concentração crítica
das protofibrilhas Polimerização
Alteração da arquitectura do
Fibrilhas tecido
Doença
Condições para a Amiloidogénese
• Concentração suficiente de
percursor amiloidogénico e
características
termodinâmicas favoráveis à
sua evolução
• Características genéticas
favoráveis
• Anormalidades ocorridas
durante a proteólise das fibrilas
• Alteração na matriz
extracelular
Polineuropatia
Amiloidótica
Familiar
Polineuropatias Amiloidóticas
Familiares
As Polineuropatias Amiloidóticas Familiares, vulgarmente
designadas de PAF, encontram-se dentro do grupo das doenças
amiloidóticas hereditárias.
Exemplo: Doença de Alzheimer e a amiloidose Sistémica
Senil.
• Também designada :
– Paramiloidose
– Amiloidose tipo Andrade
– Amiloidose tipo Português
– Tipo I das amiloidoses primárias hereditárias
– “Doença dos pézinhos” (porque determina analgesia dos
pés e atrofia muscular acentuada)
O que é?
Doença neurodegenerativa rara de transmissão genética
autossómica dominante.
• Problemas cardíacos
Hipotensão ortostática, diferentes arritmias, obstruções auriculoventriculares, resultante
da infiltração de substância amilóide
• Disfunções gastro-intestinais
Resultante da deposição de substância amilóide no estômago e da degeneração
dos nervos autónomos intrínsecos.
Substituição
DNA: Adenina Guanina
RNAm:
Tradução
Posição 30
Proteína: Valina Metionina
Transtirretina (TTR)
Proteína que forma amilóide na PAF tipo I
Considerações gerais:
Interações
Dímer antiparalelas
o entre cadeias
β - Pontes H
Tetrâmero Interacção
dímero-
dímero:
unidade
funcional da
TTR
Transtirretina mutada
Alterações estruturais:
Monómeros
Segregada
TTR Líquido céfalo-raquidiano
Espaço
Raízes dos nervos
sub-aracnoideu
periféricos
Sintomatologia
Primeiros sintomas:
• Entre os 30 e os 40 anos;
• Atrofias musculares;
• Marcha em “steppage”.
Em fases mais tardias:
• Insuficiência renal
• Insuficiência cardíaca
• Alterações oculares
As células de Schwan
degeneram.
Redução de densidade
das
fibras nervosas do SNA
Fibras mielinizadas
As fibras nervosas não de maior diâmetro
mielinizadas só são afectadas em
e as mielinizadas de menor estados avançados da
diâmetro são as doença.
primeiras a ser afectadas.
Hipóteses Terapêuticas
A substituição de um
fígado anormal produtor de
Transplante hepático TTR Met30 por um fígado
normal diminui os altos
níveis de proteína anormal
no sangue
No caso de depósitos
Transplante cardíaco
de amilóide no coração
Transplante Hepático
• A produção de TTR pelos plexos coroideu e retina não cessam com o transplante.
- É localizada (cérebro);
- É hereditária e esporádica;
- Inclusões proteicas extra-celulares
de β –amilóide (que deriva de uma
glicoproteína transmembranar
designada proteína precursora β –
amilóide )
Lesões associam-se a:
- perda neuronal
- cérebro pequeno
- atrofia mais proeminente na circunvoluções temporais
superiores e média
• Depósitos Amilóides
Depósitos Intracelulares
Trama neurofibrilar (filamentos helicoidais pregueados
formados a partir de uma forma hiperfosforilada da Proteína Tau
associada a microtúbulos).
Depósitos extracelulares
Placas senis ou amilóides constituídas por fragmentos da
Proteína Amilóide β.
Hereditária - precoce
• Tipos
Esporádica - tardia
DOENÇA DE HUNTINGTON
- Localizada;
- Existe resistência insulínica e hiperglicémia devido ao aumento
de PPI;
- A deposição ocorre nos ilhéus de Langerhans. Fibrilhas que
contribuem para a degenerescência das células β
PRIONOSES
- Localizada
- A proteína priónica normal, converte-se na proteína priónica
patogénica ou infecciosa, resistente às proteases, e acumula-se em
depósitos amilóides no cérebro
- Hereditária (mutações)
Proteínas infecciosas associadas a doenças neurodegenerativas
Homem Animais
Amiloidose Localizada
A Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é caracterizada por ser:
Amilóide PPI Polipéptido pancreático Resistência insulínica e L (pâncreas) A Diabetes Mellitus tipo
dos ilhéus (PPI) hiperglicémia devido ao II, Insulomas
aumento de PPI
Β Amilóide (Aβ) Proteína percurssora do Mutação que aumenta a L (cérebro) H e A(+ Doença de Alzheimer
amilóide (APP) produção da proteína Aβ frequente)
Amilóide PrPSc Proteína priónica PrPc Proteína patogénica age como L (cérebro) HeA Prionoses
uma réplica, convertendo
a proteína normal
Amiloidogénese
chaperones
Proteína degradação
DOENÇA Percursor Amilóide depende da via
amiloide natureza ubiquitina-
Amilóide de Transtirretina proteossoma
TTR TTR
Amilóidose
depósito proteico insolúvel
Polineuropatia ep
os
içã
o
ad
amiloidótica ns
oa
nte
agregação
disfunção
c o consoante
familiar
Sistémica Localizada a
origem
Nucleares Citoplasmática
Hereditária Adquirida Extracelulares
D. Hungtinton
Doenças D. Alzheimer
Diabetes Priónicas D. Parkinson
Mellitus II β-amilóide
deposição
Deposição
proteína priónica
amilóide
normal sensível a α-sinucleína
ilheus
pancreáticos de PrPc proteases
Langerhans
• www.paramiloidose.com
Trabalho realizado por: