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- Rawls, John, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Presença, 1993 [1.ª ed.
em inglês: 1971; ed. Revista: 1999].
a
1.
Introdução •
e Contexto
• John Rawls (1921-2002) foi um filósofo político
americano.
• 1950: PhD em Princeton em filosofia moral
• Casou com Margaret Warfield Fox com quem teve
Biografia quatro filhos
• Professor de filosofia em Cornell nos anos 50 e
de Rawls e depois em Harvard até à sua reforma.
contexto • Influenciado pela luta pelos direitos civis e pelo New
Deal
histórico • No livro de 2001: “A justiça como equidade”, é
crítico do Estado Social Capitalista e defende uma
democracia de proprietários como alternativa.
• Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=5-JQ17X6VNg
• 1. Utilitarismo e intuicionismo: o utilitarismo, que
nasce com Bentham no século das luzes, e desenvolve-se
com Mill, domina os debates morais. O intuicionismo é
uma alternativa, mas é fraca.
• 2. A tradição do contrato social: influência de Locke,
O contexto Rousseau e Kant:
filosófico conceito de estado de natureza + acordo original = contrato
social
• 3. A filosofia moral de Kant: imperativos hipotéticos vs
imperativos categóricos.
• A filosofia política está moribunda no século 20 e renasce
com Rawls a partir dos 1970.
• “Outline of a Decision Procedure for Ethics”
(1951)
• “Two Concepts of Rules” (1955)
• A Theory of Justice (1971)
Visão geral • “Kantian Constructivism in Moral Theory”
dos escritos (1980)
• “Social Unity and Primary Goods” (1982)
de Rawls • “Justice as Fairness: Political Not
Metaphysical” (1985)
• Political Liberalism (1993)
• Justice as fairness: a restatement (2001)
2. Visão geral
dos temas
principais de
Uma Teoria
da Justiça
http://existentialcomic
s.com/comic/119
• A teoria dominante = utilitarismo
• Exemplo de uma sociedade com escravos:
• A felicidade total nesta sociedade supera a infelicidade da
minoria de escravos.
Objeções ao • Logo, segundo o utilitarismo, esta sociedade é justa.
• O livro está dividido em três partes de três capítulos cada. Estes capítulos
têm umas 50 páginas cada:
• Parte I. Teoria
• I. A justiça como equidade; II. Os príncipios da justiça; III. A posição original
• Parte II. Instituições
• IV. Igual Liberdade para todos; V. A distribuição; VI. Dever e obrigação
• Parte III. Fins
• VII. O bem como racionalidade; VIII. O sentido da justiça; IX. A justiça como bem
• 1. Um esboço da justiça como equidade (§§ 1-3)
• 2. O utilitarismo e o intuicionismo (§§ 5-8)
Rawls dividiu o seu livro em • 3. O método do equilíbrio reflexivo (§§ 4, 9)
87 secções (§§), numeradas • 4. Os dois princípios de justiça (§§ 10-14)
consecutivamente. • 5. Caracterização da justiça como equidade (§§ 15-17)
• 6. A posição original (§§ 20, 22, 24-25)
As 87 secções são as principais • 7. A apresentação de alternativas (§§ 21, 23, 87)
unidades de leitura do livro. • 8. O argumento a favor da justiça como equidade (§§ 26-30, 33)
• 9. As instituições de uma sociedade justa (§§ 31-32, 34-39, 41-
43)
• 10. Completando o argumento (§§ 40, 44-50)
• 11. A justiça e o indivíduo (§§ 18-19, 51-59)
• 12. A procura de estabilidade (§§ 60-87) : Corresponde à
terceira parte do livro. Esta parte é desenvolvida no livro
posterior Liberalismo Político (1993).
3. A leitura do livro
Capítulo 1. A justiça como equidade
3.1. Um esboço da justiça como equidade
(§§ 1-3)
• “ Cada pessoa beneficia de uma inviolabilidade que decorre da justiça, a qual nem
sequer em benefício do bem-estar da sociedade como um todo poderá ser eliminada”
(Rawls,TJ: 27)
Apelando às ideias de
“cooperação” e de
“estrutura de base”.
Rawls é contra o utilitarismo
que se aplica também à
moral individual.
Em § 2, Rawls explicita certas limitações da teoria da justiça que
defende:
• Objeção: para a justiça como equidade é fundamental que haja uma regra de
prioridade, para poder resolver de maneira justa os conflitos na sociedade.
Objeção ao intuicionismo
• De onde vêm as nossas intuições morais? Dos costumes? Mas são justos
esses costumes ou são parciais?
• A posição original, detrás do véu de ignorância, reduz ao máximo a
parcialidade das nossas intuições.
• Sociedade bem ordenada: conforma-se a uma concepção pública da
justiça social
3.3. O método do equilíbrio refletido
(§§ 4, 9)
• Se os princípios corretos de justiça social são aqueles sobre os quais as
pessoas racionais concordariam na posição original, como podemos ter a
certeza que o procedimento na posição original está correto?