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Microtomografia de Raios

X
μCT
Morgana Molter
Raul Gomes
Histórico
• Inicialmente = diagnóstico médico;
• Com o passar do tempo, pesquisadores de outras áreas passaram a
ter interesse em utilizá-la:
• Década de 70: pesquisa de materiais para visualizar a estrutura
interna dos materiais rochosos;
• Foi então aplicado à pesquisa de solo: análise de estruturas
sedimentares, porosidade e densidade a partir de imagens
tridimensionais; e análise de materiais valiosos e raros como os
meteoritos por não destruir ou contaminar a amostra. 
A técnica
• Possibilita obter dados qualitativos e quantitativos em diversas áreas de
modo a transmitir informações relevantes sobre a forma, tamanho,
distribuição, volume, área e conectividade dos poros em microescala por
modelos 3D;
•  Além dos poros também é possível realizar a identificação de
características físicas e morfológicas de materiais que estejam presente na
amostra; fornecer informações de possíveis fases distintas de minerais
presentes no material analisado por meio da atenuação e penetrabilidade
distinta dos raios X;
• Possibilita obter informações sobre faces cristalográficas, orientações e
ângulos de clivagem presentes no material.
Princípio
• A atenuação está
vinculada à redução de
intensidade de um feixe,
conforme ele atravessa a
matéria. Neste caso,
pode ocorrer absorção
da radiação pelo meio,
ou dispersão do feixe. 
Princípio
• Tanto a radiografia convencional, como a tomografia computadorizada, baseia-se
na equação de atenuação dos raios X, que estabelece que a intensidade da
radiação medida por um detector é proporcional ao número de fótons presentes
no feixe de radiação. Esta intensidade diminui quando o feixe atravessa os
materiais, antes de chegar ao detector. 
• A redução da intensidade medida por um detector ao atravessar o material é
expressa por: 

• Quando os raios X passam pela amostra, eles são atenuados em intensidades


distintas, dependendo das diferenças entre os coeficientes de atenuação linear
das fases contidas. A densidade e o número atômico efetivo dos objetos são os
principais fatores que determinam o grau de absorção dos raios X. 
Aplicação
Compósito de PEBD reforçado com Fibras de celulose com superfície modificada: Análises
morfológicas tridimensional e morfométrica para entender a melhora na performance mecânica
Introdução

• Crescimento da agroindústria está promovendo a


busca por soluções que minimizem a deposição de
resíduos;
• Uma das soluções é o aproveitamento de fibras
naturais na produção de novos compósitos;
• Brasil: 200 milhões de toneladas de bagaço de
cana (1/3 da produção mundial);
Introdução

• Celulose tem alta cristalinidade, o que a torna promissora para


utilização como reforço;
• Possui alta hidrofilicidade devido a grande quantidade de OH na
molécula.
44% Celulose • Materiais hidrofílicos tem baixa compatibilidade com Polímeros.
33%22%
Hemicelulose
lignina
Introdução

A funcionalização é uma modificação na molécula aumentar a compatibilidade entre o reforço e o Polímero;

Maior Compatibilidade  Maior interação superficial

MEV e MET são tradicionalmente utilizados para analisar a interação e a dispersão entre Reforço e Matriz

μCT  Avalia a dispersão tridimensionalmente sem destruir a amostra!


Objetivo
• Avaliar, usando μCT, a dispersão do reforço em um compósito de
Polietileno de Baixa Densidade (LDPE)/Fibra de Celulose
funcionalizada com Hexametil-disiloxano (HMDS);

• Avaliar as propriedades mecânicas sobre o viés da dispersão do


reforço;
Metodologia

Pré-tratamento Modificação da Processamento Análise dos


Caracterização
do Bagaço Superfície do Compósito Resultados

• Remoção da • Secagem a vácuo • Melt-Mixing • Composição


Hemicelulose com (80°C) • (10, 20 e 30% Vf) Química das Fibras
H2SO4 1% • Exposição a Vapor • Injeção por • μCT
• Lavagem de HMDS (80°C - moldagem • XPS
• Filtração 24h) • (160°C e 200bar) • MEV
• DSC
• E, σ, ε
Resultados

• Pré-tratamento
aumentou a pureza da
Celulose;
• XPS comprova a
C sem
ligação
Si
Orgânico
silanização da
com O

superfície;
Aumento de aglomerados
Pode gerar efeitos negativos nas propriedades
mecânicas
Diminuição do
tamanho médio de
partícula na Fibra
Modificada

Área superficial do
Reforço maior na para
fibra modificada
PEBD PEBD/Celulose PEBD/Celulose Modificada
Referências
DIAS, Bruno L. N. Aplicações multidisciplinares da microtomografia de raios x e sua utilização na
caracterização e análises não destrutivas de materiais. Revista Brasileira de Física Tecnológica Aplicada.
ISSN:2358-0089.

FERREIRA, F. V. et al. LDPE-based composites reinforced with surface modified cellulose fibres: 3D
morphological and morphometrical analyses to understand the improved mechanical performance. European
Polymer Journal, [s. l.], v. 117, p. 105–113, 2019.

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