FENÔMENOS DE FADIGA E

FLUÊNCIA

AUTOR: RÔMULO TRINDADE DA SILVA

 FALHA
• É uma condição anormal em um componente, equipamento,
subsistema ou sistema, que pode impedir o seu
funcionamento como planejado (ISO/CD 10303-226)

• Uma condição acidental que faz com que uma unidade

funcional não consiga executar sua função (
Federal Standard 1037C)

• Um defeito que causa um mau funcionamento reproduzível

ou catastrófico (Federal Standard 1037C)
 FALHA ESTRUTURAL

• Falha estrutural refere-se a perda da capacidade de

transmitir os esforços internos de um componente
ou membro dentro de uma estrutura ou da própria
estrutura

• A Falha estrutural inicia-se quando o material é

solicitado ao limite de sua resistência, causando
fratura ou deformações/deslocamentos excessivas.
 FALHA ESTRUTURAL

Escoamento Desgaste

Fadiga Flambagem

Fluência Fratura Corrosão

 FADIGA
É um tipo de falha mecânica, causada primariamente pela
aplicação repetida de esforços variáveis, a qual é
caracterizada pela geração e/ou pela propagação paulatina
de uma trinca, até a eventual fratura da peça.

• Localizadas, Problema local, que depende dos

detalhes da geometria, do material e
• progressivas e
do carregamento do PONTO mais
• cumulativas solicitado da peça
 EXEMPLO DE FALHA POR FADIGA

Virabrequim que falhou sob

condição de flexão pura após
funcionar durante 1 ano sob
uma tensão nominal de serviço
de condição de carregamento
igual a 137 MPa.
www.reliasoft.com
 FADIGA
• A falha por fadiga é geralmente de
natureza frágil mesmo em materiais
dúcteis.
• Os esforços alternados que podem
levar à fadiga podem ser: Tração;
Tração e compressão; Flexão, etc.

representação das superfícies características

de uma fratura em fadiga, com distinção da
nucleação, propagação e instabilidade da
trinca.

Estágios de propagação de uma trinca de fadiga

 FADIGA
• Supondo que, para uma
solicitação de tensão S1 o
corpo de prova se rompa em
um certo número de ciclos
N1, e para uma solicitação
S2 se rompa em N2, e
assim por diante, pode -se
construir diagrama S-N.
• A medida que se diminui a
tensão aplicada, o corpo de
prova resiste a um maior
número de ciclos.
FADIGA
 FADIGA

• CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

• EFEITO DA SUPERFÍCIE

• TRATAMENTOS TÉRMICOS
 ENSAIO DE FADIGA
• Corpos de Prova:
• Acabamento polido
• Isentos de tensões residuais.

FLEXÃO ROTATIVA
 FLUÊNCIA
• É o fenômeno de deformação lenta, sob ação de uma
carga constante aplicada durante longo período de
tempo a uma temperatura superior a 0,4 vezes
Temperatura de fusão em Kelvin
• Ex: Para o Alumínio, Tf = 660ºC+273K= 933K
• 933K x 0,4 = 373,2K – 273K = 100,2ºC
• Ou seja, o faixa de temperatura a partir da qual o
alumínio estará sujeito a fluência inicia em 100,2ºC
ASPECTO DA RUPTURA POR FLUÊNCIA
 ENSAIO DE FLUÊNCIA: CURVA TÍPICA
• Deformação instantânea: Efeito do carregamento do corpo de prova, do tipo elástica
• Estágio primário: onde a velocidade de fluência é rápida ocorre nas primeiras horas.
Velocidade de def. decrescente -encruamento
• Estágio secundário: A taxa de fluência é constante. Estágio de duração mais longo.
Equilíbrio entre os processos de encruamento e recuperação
• Estágio terciário: Aceleração na taxa de fluência, estricção seguido de ruptura.
 EFEITO DA TENSÃO E DA TEMPERATURA
NO COMPORTAMENTO À FLUÊNCIA

• Quanto maior a
temperatura e/ou a
tensão maior a
deformação final por
fluência ocorre em
menos tempo. Menor
o tempo de vida do
componente.
 GRÃO
• Grão é uma região da estrutura cristalina no
qual os átomos estão orientados na mesma
direção, ou seja, cristais que possuem uma
orientação particular. Os grão possuem a
mesma estrutura cristalina, diferindo somente
na orientação.
 Fatores que influenciam a resistência à fluência - tamanho de
grão

• Baixas temperaturas: Os contornos de grão freiam o

movimento das discordâncias: Em geral grão
pequeno melhor.
• Altas temperaturas: Os mecanismos do processo de
fluência se desenvolvem nos contornos de grão,
movimentos de vazios e de discordâncias: Em geral
grão grande melhor.
• Direção de uma fundição influencia na resistência a
fluência.
FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA
À FLUÊNCIA – COMPOSIÇÃO QUÍMICA

• Todos os elementos químicos formadores de

carbonetos (com o carbono do aço) ou
precipitados de segunda fase nos materiais
não ferrosos travam o processo de fluência
pois dificultam o movimento dos contornos de
grão.
• Nos aços, o Molibdênio possui um efeito maior
que os demais elementos (Ti, V, W, Nb),
quando adicionado entre 0,5 e 1 %.
FADIGA TÉRMICA X FLUÊNCIA

FADIGA TÉRMICA
• Ocorre quando existe:
FLUTUAÇÕES DE TEMPERATURA

FLUÊNCIA
• Ocorre quando existem tais condições:
TENSÃO+TEMPO+TEMPERATURA