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Prof. Dr.

Jonas Cardoso
Disciplina de Macroeconomia I

ESCOLA KEYNESIANA

1
“Temos um problema de
magneto (alternador)”

(referindo-se a grande depressão de 1929


pronunciado em Dezembro/1930

John Maynard Keynes

Analogia do motor de automóvel quando


“morre” e tem que ser empurrado para fazer
novamente andar.

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ALGUNS ANTECEDENTES
A teoria econômica predominante na época (1920/1936), era a
chamada Neoclássica, principalmente na versão Marshaliana.

Essa teoria tem como pressupostos a “Lei de Say”, segundo a


qual: “o processo de produção capitalista é, também um
processo de geração de rendas (Lucro, salário,alugueis etc.) e,
por isso a oferta cria sua própria demanda”.
demanda

Esta visão levava ao ajuste automático da economia, isto é, a


economia como um todo, não admitia o desemprego
involuntário. Portanto, se desemprego houver, o será
temporário, esporádico e parcial.

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Entretanto a realidade da época, desmentia a teoria.

O desemprego grassava por toda a Europa e a


América

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COMO REAGIRAM OS TEÓRICOS
DA ÉPOCA DIANTE DESTE QUADRO?
Pelo lado dos:

TRABALHADORES EMPRESÁRIOS

Os salários já não obedeciam as


As empresas deixavam de
Leis de oferta e procura.
contratar quando os
O sindicalismo impedia
salários se elevam muito.
“artificialmente” que os salários
descessem.

CONCLUSÃO DA ÉPOCA: A CAUSA DOS DESEMPREGOS


SERIAM OS “ALTOS SALÁRIOS”. ????
5
Os neoclássicos sempre foram defensores da livre concorrência (Ideologia Liberal),
onde o mercado seria constituído de um grande número de pequenas empresas, onde
prevalecesse, que nenhuma delas teria poder sobre o mercado, produto homogêneo,
mobilidade dos fatores etc.
Este era o modelo, que levaria ao ajustamento automático da economia, entretanto a
realidade já era outra. Estavam surgindo os grandes monopólios e oligopólios desde o
inicio do século, com isto, o primado da concorrência perfeita era desfeita.
Neste contexto Keynes, aponta duas grandes fraquezas do capitalismo:

a) Desemprego;
b) Distribuição excessivamente desigual e arbitrária
da renda e da riqueza.

Antes de Keynes, alguns políticos advogavam uma política de obras


públicas para abrandar a questão dos desempregos.

Na realidade havia uma incoerência entre a teoria em voga e a


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prática observada.
Os clássicos apontavam como causa do
desemprego a Rigidez dos monopólios:

a) Pelo lado dos sindicados que impediam a flexibilidade


dos salários;

b) Pelo lado das empresas que impediam a concorrência


perfeita.

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A visão de Keynes é totalmente diversa. Não se
trata de rigidez ou imperfeição do mercado.
Não se trata de voltar ao “mundo ideal” da
concorrência perfeita.
Ele mostrará que o capitalismo funciona mal
por deficiência do “principio da demanda
efetiva”,
efetiva” conforme é demonstrado através de
um instrumental analítico próprio.

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RACIOCÍNIO BÁSICO
Que fatores explicam o nível de emprego,
numa sociedade industrial moderna?
O nivel de emprego dos fatores é determinado pelo nivel de produção

Quem determina o nível de produção?

A DEMANDA EFETIVA

Quem determina a demanda efetiva?

- Consumo (C)
- Bens de Investimentos (I)

Esta por hipótese:


Sem comércio exterior e sem governo
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Portanto, sendo o consumo C uma função da renda (Y), podemos escrever que:
C = (Y).
Para Keynes, o consumo agregado, isto é, a taxa de consumo de toda a
sociedade, é sempre menor do que 1, uma vez que ela poupa parte de sua renda.
Por sua vez, o Investimento (I) é função das expectativas dos empresários
quanto aos Lucros Futuros(E) e da Taxa de juros(i).
Logo, podemos escrever também que: I =(E;i).
Restringindo agora ao modelo simplificado teremos:

Y = C + I
A RENDA (Y) é determinada pelos gastos em consumo e pelos gastos
em investimentos, este é portanto, o principio da demanda efetiva.

Como o consumo é relativamente estável, o principal determinante


da renda passa a ser os investimentos. ESTA É A CHAVE PARA
COMPREENDER AS OSCILAÇÕES E A INSTABILIDADE DO
SISTEMA CAPITALISTA.
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PRINCIPIO DA DEMANDA EFETIVA

O principio da demanda efetiva é agora o oposto da lei de


Say.

Para Keynes:

A DEMANDA EFETIVA é o primado dos gastos em


consumo e investimento (demanda) sobre a
Produção (oferta).

Em outras palavras, quem determina o volume de


produção e, portanto, o volume de emprego é a
demanda caracterizada pelo consumo e pelo
investimento efetivo.
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Para os neoclássicos - Para eliminar o desemprego
será necessário baixar os salários.

Para Keynes – A política seria outra.

O desemprego é provocado por deficiência da própria


demanda.

A baixa de salários poderia agravar a situação, porque


levaria ao desestímulo do consumo. A queda do
consumo levaria alguns empresários arquivarem
projetos futuros de investimentos, ou até, diminuírem
a produção corrente. Neste último caso, haveria
aumento da capacidade ociosa e, portanto, o
desemprego. Assim, a demanda efetiva pode ser maior
ou menor que a capacidade produtiva de um país, em
determinado momento.
Se for menor, teremos desemprego.
Se for maior, teremos inflação. 12
PORTANTO,
Não existe nenhum mecanismo de ajustamento
automático capaz de igualar a oferta e a
demanda,
demanda no nível de pleno emprego como
preconizavam “os clássicos” com base na lei de
Say.
O equilíbrio só ocorre na modelagem
acadêmica. No mundo real ela é dinâmica.

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CONSUMO E PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR

Ao aumentar a renda de uma comunidade, aumentará


também o consumo, mas em proporção menor que o aumento
da renda.

Em outros termos, para a comunidade como um todo, nem


toda a renda será consumida. Parte dela será poupada. Logo,
podemos decompor cada unidade de renda em consumo e
poupança.

A porcentagem do aumento da renda aplicada em consumo


será denominada de Propensão Marginal a Consumir
(PMgC).
Por conseqüência a parte não aplicada no consumo será
denominada de Propensão Marginal a Poupar (PMgS).
Continua...
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CONSUMO E PROPENSÃO...
Por definição a soma destas duas propensões deverá ser igual a 1.
Exemplo:
PMgC PMgS Soma
0,9 0,1 1
0,8 0,2 1
0,7 0,3 1
Portanto, uma comunidade quanto mais pobre, maior será sua
propensão marginal a consumir. Para uma comunidade mais rica haverá
uma tendência em consumir menos.

Existe ainda uma parcela do consumo que independe do volume da


renda. Esta parcela se refere ao consumo de sobrevivência da
comunidade. Este seria um Consumo Autônomo (Co). Logo,

C = Co + bY
onde:
b = é a propensão marginal a consumir (0 < b < 1)
Y = é a renda. Quanto maior a renda, maior o consumo.
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

$
Y
R1
Poupança (S)
C

0 Q1 Q(R)

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OS INVESTIMENTOS E A EFICIÊNCIA
MARGINAL DO CAPITAL

O investimento comporta-se de modo bem diverso do


consumo.
consumo No curto prazo, ele é uma função da rentabilidade
esperada de vários projetos e da taxa de juros.

Quando a taxa de juros


for de 5% (por exemplo)
7 o empresário escolherá
Taxa de retorno e
taxa de juros (%)

6 todos os projetos com


5% taxa de retorno superior,
5
ou seja os projetos A, B e
4 C. Os demais serão
3 rejeitados.
2
1 A B C D E

Projetos de investimentos
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O gráfico procura se referir as expectativas do
empresário, em relação ao futuro. Como o
futuro é incerto e não sabido estas expectativas
podem variar muito. Daí a instabilidade dos
investimentos particulares no interior do
sistema capitalista.

A expectativa de lucros pelo empresário,


Keynes denominou de

“Eficiência Marginal do Capital”

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Seja considerado o seguinte exemplo: Um empresário
está disposto a comprar uma máquina por R$ 1.000. Isto
é o que ele gastará ao investir na máquina. Este
montante a investir na linguagem de Keynes significa
preço de oferta da máquina.
máquina Ao pensar em comprar a
máquina, terá previsto os rendimentos líquidos que ela
lhe proporcionará ao longo de sua vida útil.
Suponhamos que os rendimentos futuros sejam de R$
200 pelos oito anos de vida útil. De forma esquemática
seria:
Ri = 200 200 200 200 200 200 200 200

Existe uma taxa de desconto que faz com que estes oito
I = 1000 rendimentos líquidos futuros, trazidos ao valor presente,
sejam ao preço de oferta da máquina. A esta taxa Keynes
denominou de
“Eficiência Marginal do Capital”
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Na linguagem moderna, atual, a Eficiência Marginal do Capital
recebe o nome de Taxa Interna de Retorno (TIR).
No nosso exemplo, aplicando-se a metodologia matemática
teríamos uma TIR de 12%.

A taxa interna de retorno é comparada com a taxa de mercado (taxa


cobrada para financiar os investimentos) ou com o custo de
capital.

Se a TIR for maior que a taxa de mercado (ou do custo de capital),


escolhe-se o projeto. Caso contrário rejeita-se o projeto.

A visão de Keynes não é uma simples visão microeconômica,


como o exemplo pode entender. A eficiência marginal do capital é
um conceito amplo e Keynes chega a explicar os ciclos
econômicos por meio dele.
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TAXA DE JUROS
1. Como pensavam os clássicos
Um aumento na taxa de juros provocava aumento na poupança.
Mas a uma taxa de juros alta, os investidores não se arriscariam
financiar seus projetos.
Lembre-se de que eles teriam de pagar uma taxa de juros aos bancos de
quem tomariam este dinheiro emprestado.
E essa taxa deveria ser mais alta que a remuneração dos poupadores
(spread bancário), caso contrário os bancos nada ganhariam.
Nestas circunstancias os investimentos cairiam. Estaríamos na seguinte
situação: haveria agora sobra nos bancos, mas poucos empresários se
disporiam de recorrer a empréstimos bancários.
Por sua vez, como os bancos só ganham se emprestarem, eles tenderiam
a baixar a taxa de juros pela própria pressão do mercado”.
A lógica parece impecável, entretanto...
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2. Como pensava Keynes
“Eles partiam de um falso pressuposto. Supunham que o
principal determinante dos investimentos é a poupança e que a
taxa de juros é o principal determinante da poupança.

Para Keynes não é assim; a poupança tem relação direta com o


nível de renda da comunidade. Um aumento na renda aumenta
a poupança, e uma diminuição da renda diminui a
poupança. Isto quer dizer que não é o aumento da poupança
que acarreta o aumento dos investimentos, mas o contrário.

Ao aumentar os investimentos, há aumento da renda, e


aumentando-se a renda, aumentará a poupança (um resíduo
da renda não gasta).

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Portanto, para os clássicos era preciso primeiro poupar para
depois investir.

Para Keynes ocorre exatamente o contrário.


contrário

É verdade que isto parece agredir nosso senso comum,


primeiro se poupa depois se aplica. Mas poupança
macroeconômica não é guardar dinheiro, mas sim, o que não se
consumiu da renda.

Os empresários agem com os olhos no lucro do futuro. Sempre


que a Eficiência Marginal do Capital lhes é favorável, buscarão
recursos junto aos bancos sob forma de crédito. Com este, eles
anteciparão a criação de renda futura, e o aumento da renda
aumentará a poupança.
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O PARADOXO DA POUPANÇA
Suponha que uma comunidade tenha uma renda de 500 mil unidades
monetárias e que esta renda se reparta da seguinte forma:
400 mil (80%) com gastos de consumo
100 mil (20%) em poupança, que poderá ser investida
Se a renda aumentar para 600 mil e a proporção entre o consumo e não-
consumo se mantiver a mesma (80% e 20%), os gastos em consumo passarão
para 480 mil e a “poupança” para 120 mil. Este aumento da “poupança” foi
provocado pelo aumento da renda.
As considerações práticas deste resultado são enormes. Se as pessoas forem
induzidas(pela mídia por exemplo) a não gastar o consumo diminuirá, e
acarretará também diminuição da renda pelo principio da demanda efetiva.
A diminuição da renda levará a uma diminuição da poupança, como se
sugeriu. Este fato é conhecido na literatura econômica como
Paradoxo da Poupança (ou paradoxo da parcimonia).
Este fato mostra que a política econômica não tem meios de agir diretamente
sobre a poupança. Se ela quiser aumentar a poupança, terá de procurar um
aumento da renda e não uma diminuição do consumo. Em outros termos:
A prosperidade aumenta através dos gastos e não através da poupança
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A PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
Segundo Keynes a taxa de juros não é o preço pago pela espera.
Os clássicos diziam que a taxa de juros era uma remuneração.
Remuneração do que? Do sacrifício que fazemos para adiar o
consumo. Portanto a taxa de juros é o preço deste sacrifício.
Keynes rejeita esta idéia, pelo fato de que as pessoas que guardam seu
dinheiro sob colchão (entesouram) estão fazendo este sacrifício e não
estão tendo remuneração. Mas por que fazem isto?
Fazem porque preferem a liquidez. A posse do dinheiro tem suas
vantagens, o dinheiro é um ativo de liquidez plena. Assim, a taxa de
juros é o prêmio que se paga para abrirmos mãos da liquidez.
É portanto a recompensa da desistência da liquidez.
A quantidade de oferta de moeda é o outro fator que determina a taxa
de juros.
“A oferta da moeda (M) é constante e é determinada exogenamente
pelas autoridades monetárias”.

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A preferência pela liquidez, segundo Keynes, é provocada
por três motivos:

1 - Motivo-transação:
Motivo-transação quando maior o número de transações
maior a necessidade de reter a moeda, para garantia de sua
liquidez;

2 - Motivo-precaução:
Motivo-precaução quanto maior a insegurança das pessoas
ou da comunidade, maior a necessidade de reter dinheiro;

3 - Motivo-especulação:
Motivo-especulação quando cresce a expectativa de
aumento do lucro com especulação financeira, reserva-se parte
do dinheiro líquido para esses lances especulativos.

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A curva da preferência pela liquidez (agora demanda de moeda),
moeda
aparece abaixo e tem inclinação negativa. Indica as quantidade de
recursos que um indivíduo (extensivo a sociedade) pretende reter
em dinheiro, em diferentes circunstancias.
Taxa i
M1 (Oferta de moeda)

i1
Demanda de moeda (L)

M (Quantidade)
M1 é a oferta de moeda (neste caso decidida pelas autoridades). A
taxa de juros fica determinada pela intercessão das curvas de
oferta e procura da moeda. Poderíamos dizer que ela é função da
preferência pela liquidez(L) na forma de demanda, e da oferta
da moeda(M). Logo:
i =  (L,M)
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Agora podemos fazer a articulação entre a:

Taxa de juros,
Eficiência marginal do capital e
Investimento.

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A eficiência marginal do capital é aquela taxa que iguala o valor
presente dos rendimentos líquidos futuros ao valor dos
investimentos.
Quando: Eficiência Marginal do Capital > Taxa de juros ==> justifica
investir. Caso contrário ==> não se justifica, sob ponto de vista
econômico.
Por sua vez, se o volume de investimentos for insuficiente para levar
a economia ao pleno emprego, as autoridades monetárias poderão
baixar os juros recorrendo ao aumento da oferta de moeda. Por
exemplo, aumentando a oferta de M1 para M2, como se vê no gráfico,
a taxa de juros cai de i1 para i2, desde que a curva L não se
modifique.

Taxa L M2
de M1
juros

i1
i2

M
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O EFEITO MULTIPLICADOR
Suponhamos que o governo contrate trabalhadores para construir estradas.
O salário recebido por estes trabalhadores se destinará à compra de bens de
consumo, ampliando, assim, o mercado de produção destes bens. Por sua
vez, outras pessoas serão contratadas para a fabricação de bens de
consumo, que agora também receberão salários, assim sucessivamente.
Assim o desemprego vai sendo eliminado pelo aumento da demanda. Logo,
cada novo empregado estará gerando novos fluxos de renda e novos
empregos. Observe que a criação de emprego está ligada ao gasto. Neste
raciocino, basta que o governo empregue um certo contingente de pessoal, para
que novos empregos sejam gerados pela sociedade. Por extensão nos leva a
ideia de um multiplicador geral. Lembrando que da renda recebida, parte é
consumida e parte é “poupada”. Mas como a parte poupada não permite
gerar novos investimentos, então o coeficiente de consumo é que permitirá
servir como meio multiplicador. Considerando uma situação inicial em que
a renda (Y) seja igual à soma dos investimentos (I) e o consumo (bY),
teremos então:

Y = I + bY
sendo b a propensão marginal a consumir. 30
Os exemplos mostram que o multiplicador será tanto
maior quanto maior for a propensão a consumir, ou
quanto menor a propensão a poupar. Eis aqui,
(novamente) o paradoxo da poupança, (alguns autores
chamam também o paradoxo da parcimônia).
parcimônia
Aumente a propensão a poupar e se estará diminuindo
a renda do período seguinte!!!!

COM A QUEDA DA RENDA, CAI O CONSUMO,


CONSUMO
CAI A DEMANDA E, CONSEQUENTEMENTE,
CAI O INVESTIMENTO

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EQUILIBRIO MACROECONOMICO
NUMA ECONOMIA FECHADA

Seja considerado:
Y = Renda Nacional
Y = C+I C = Consumo Nacional
I = Os investimentos realizados

C´ G
Consumo da Gastos do
Sociedade Governo
Y = C´+ I + G
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Para efetuar os gastos do governo, ele precisa de
uma parcela da renda da sociedade, que lhe é dado
pelos Tributos (T).

Neste caso reduz a capacidade de consumo da


sociedade. Logo a renda efetiva que dispõe a
sociedade para o consumo, chamada de Renda
Agregada Disponível (Yd), será dado por:

Y = Y - T
d

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O EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO GERAL

A visão conceitual Keynesiana era restrita a uma


sociedade sem outras vinculações. Identificou-se
portanto que o governo e o setor externo da economia
exercem forte influência nos agregados econômicos.
Assim para se obter o equilíbrio pleno do sistema temos
que adicionar estes fatores. Logo:

Y = C´ + I + G + (X - M)

Agora, alem do consumo (C´), do investimento (I) temos


que agregar os Gastos de Governo (G) mais a diferença
entre as eXportações (X) e as iMportações (M).

(Com estas novas variáveis G, X e M faça um raciocínio dos


efeitos na renda com os aumentos ou reduções correspondentes)
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POLÍTICAS MACROECONÔMICAS
A política econômica do governo deverá atuar nas seguintes áreas:

* Política Monetária (Determinação da taxa de juros)


* Política Fiscal (Impostos e gastos governamentais)
* Política Cambial (Controle do cambio)
* Política de Rendas (Salário mínimo, transferência de renda)

Quando uma economia está em recessão, com grande capacidade ociosa e,


portanto, com elevado nível de desemprego, as perspectivas de lucro
diminuem e, portanto, o empresariado estará pouco propenso a aumentar
seus investimentos.
Nesta situação o governo se vê pressionado a aumentar seus gastos, mas
terá de aumentar seus recursos, aumentando os impostos ou contraindo
dívidas (aumentando os déficits orçamentários). Para eliminar o
desemprego, o caminho mais lógico é aumentar o déficit orçamentário, uma
vez que o aumento dos impostos teriam efeitos contraproducentes. Ou seja
ele subtrairia da sociedade recursos que seriam gastos de qualquer modo.

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POLÍTICA ECONÔMICA...

Resumindo:

Para aquecer a economia, o governo pode diminuir os


impostos e/ou aumentar seus gastos (isto aumenta a
demanda). Ao diminuir os impostos, ele financiará seus
gastos, ampliando por outro lado, o déficit orçamentário.

Para desaquecer a economia, o governo pode cortar seus


gastos ou aumentar os impostos (isto diminui a demanda).

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Keynes e os ciclos econômicos
 Quando a poupança é maior que os investimentos
a economia declina;

 Quando os investimentos são maiores que a poupança


a economia cresce;

 Uma política de juros baixos estimula o fluxo da poupança


para os investimentos; além do mais, juros baixos ativam o
consumo e ajudam a produção;

 Para combater o desemprego, o governo deve realizar obras


publicas, criando frentes de trabalho

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Dinâmica de grupo

Analisar as seguintes variáveis no Brasil e propor


política macro

PIB
EMPREGO
INVESTIMENTO
TAXA DE JUROS
Bom semestre a todos!
• Dinâmica de grupo
• Discussão sobre as principais
discrepâncias da teoria clássica e a
teoria keynesiana

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