Você está na página 1de 42

GEOGRAFIA

DEMOGRAFIA

AULA 08
PROFESSOR: MARCUS RIOS
População
 Segundo Moreira e Sene (2005), é o conjunto de pessoas que
residem em determinada área, que pode ser um bairro, um
município, um estado, um país ou até mesmo o planeta como um
todo.
 Ela pode ser classificada segundo vários aspectos, como: religião,
etnia, local de moradia (urbana ou rural), atividade econômica
(ativa ou inativa), faixa etária (jovens adultos e idosos) e gênero
(masculino e feminino).
Crescimento Populacional
• A população mundial, ao longo dos anos, vem apresentando
sucessivas oscilações em seu crescimento demográfico. Dessa
forma, nota-se que as taxas de crescimento, isto é, o padrão de
aumento da população no mundo, não são constantes, sendo
mais agudas em determinados períodos da história e menos
intensas em outros momentos.
A população mundial,
atualmente em cerca de 7,6
bilhões de pessoas, deverá
chegar a 8,6 bilhões em
2030, 9,8 bilhões em 2050 e
11,2 bilhões em 2100.
 O crescimento da população mundial neste século, no entanto,
será desigual entre países e regiões, destaca a ONU. De acordo
com o relatório, China (1,4 bilhão de pessoas) e Índia (1,3 bilhão)
continuam sendo os dois países mais populosos do mundo, mas
em sete anos, ou por volta de 2024, a Índia deverá ultrapassar a
China.
 Além disso, de 2017 a 2050, metade do crescimento da
população mundial se concentrará em nove nações: Índia,
Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia,
Tanzânia, EUA, Uganda e Indonésia.
 Os principais países responsáveis
pelo crescimento demográfico
futuro são países
subdesenvolvidos, o que poderá
agravar ainda mais as condições
sociais precárias encontrada nos
mesmos. Sendo que o principal
desafio não é produzir riquezas
para o total de habitantes, mas
sim propiciar a sua distribuição
mais justa.
 Cerca de 80% da população mundial vive em países onde as
desigualdades de renda está se expandindo, como resultado da
rápida urbanização das cidades.

 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio


avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem
tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da
população mundial.

 Aproximadamente a metade da população de todo o planeta vive


atualmente com 2,50 dólares por dia ou menos (R$ 254, 25 por
mês).
• O crescimento, as condições de vida e o comportamento da
população são retratados através de indicadores sociais: taxas
de natalidade, mortalidade, fecundidade, expectativa de
vida, índices de analfabetismo, participação na renda etc.
Taxa de Natalidade
 A relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o
número de habitantes. Obtemos essa taxa, tomando os nascimentos
ocorridos durante um ano, multiplicando-se por 1000 e dividindo o
resultado pela população absoluta, ou seja:

 A Alemanha apresenta a menor taxa de natalidade do mundo 8,2, seguido


do Japão de 8,4 a cada mil habitantes. O Niger apresenta a maior taxa, 50
crianças para cada mil habitantes.
Taxa de Mortalidade
• é a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o
número de habitantes. Obtemos essa taxa, tomando os óbitos
ocorridos durante um ano, multiplicando-os por 1000 e dividindo
resultado pela população absoluta, ou seja:
Taxa de Mortalidade Infantil
 Expressa a proporção
entre o número de
crianças que morrem
antes de completar 01
ano de vida e o total
das crianças que
nasceram em uma
determinada
população.
Crescimento Vegetativo
 é a diferença entre as taxas de natalidade e as taxas de
mortalidade vigentes durante certo período em uma
determinada população;
a diferença positiva ilustra que o número de nascimentos é maior que o
número de mortes;
a diferença negativa demonstra o número de nascimentos menor que o
número de mortes;
e nulo quando o número de nascimentos é igual ao de mortes.
Taxa de Fecundidade
 indica o número médio de filhos que uma mulher teria ao final de
sua idade reprodutiva. A taxa de fecundidade igual a 2,1 é
considerada a taxa de reposição, isto é, em uma situação na qual
as mulheres têm, em média, 2,1 filhos ao longo de sua vida, o
tamanho da população se mantém estável (MAGNOLI & ARAÚJO,
2005).
Expectativa de Vida
 é o número médio de anos que um grupo de indivíduos nascidos
no mesmo ano pode esperar viver, se mantidas, desde o seu
nascimento, as taxas de mortalidade estudadas no ano de
observação. É calculada considerando-se, além das taxas de
mortalidade geral e infantil, segundo a renda, o acesso a serviços
de saúde, saneamento, educação, cultura e lazer, bem como os
índices de violência, criminalidade e poluição do local onde vive a
população.
População absoluta e relativa
 População Absoluta – corresponde ao número total de habitantes de
um determinado local. As regiões ou países que registram números
elevados de população absoluta classificam-se como sendo populosos.
 População Relativa (Densidade Demográfica) – indica a relação entre a
população absoluta e a área territorial (km²) que ela ocupa. Este índice
demonstra uma média da distribuição da população no espaço e não
exatamente como se processa a distribuição, pois, em cada região ou
país, encontraremos áreas mais ou menos densamente povoadas. Pode
ser expressa pela seguinte relação:
Transições Demográficas
 A transição demográfica é uma premissa social elaborada pelo
demógrafo estadunidense Frank Notestein. Na concepção da
transição demográfica, verifica-se que existe uma tendência em
que as populações de diferentes lugares crescem conforme ciclos
que se intensificam e depois se reduzem sob as mais diversas
razões.
 De acordo com os principais teóricos da teoria populacional em
questão, a transição demográfica pode ser segmentada em quatro
diferentes fases.
1ª fase – Pré-transição
 A primeira fase da transição demográfica, também chamada de
pré-transição, ocorre quando há um certo equilíbrio entre as
taxas da natalidade e mortalidade, porém ambas com valores
muito altos. Nesses casos, são sociedades que contam com um
baixo desenvolvimento econômico e social, onde nascem muitas
pessoas anualmente e, ao mesmo tempo, perdem-se muitas
vidas em razão de epidemias, baixa expectativa de vida e
precárias condições sanitárias.
2ª fase – Aceleração ou explosão demográfica
 Na segunda fase ocorre aquilo que muitos denominam
por explosão demográfica, o crescimento acentuado da
população em um curto período de tempo. Mas a teoria da
transição demográfica demonstra que esse processo não ocorre
pelo aumento das taxas de natalidade, e sim pela diminuição
brusca das taxas de mortalidade, em razão das melhorias sociais
em termos de saúde, saneamento, acesso à água e outros
fatores.
3ª fase – Desaceleração demográfica
 À medida que as sociedades se desenvolvem, a tendência geral é
haver uma redução nas taxas de natalidade, o que se explica pela
difusão do planejamento familiar, a inclusão da mulher no
mercado de trabalho, a intensiva urbanização (no campo, as taxas
de fecundidade são sempre maiores), entre outros fatores. Por
esse motivo, há um gradativo processo de declínio do número de
nascimentos, o que acontece em uma velocidade inferior à
queda da mortalidade.
4ª fase – Estabilização demográfica
 A estabilidade demográfica é atingida quando as taxas de
natalidade e mortalidade finalmente se equilibram, mantendo
patamares que, embora possam apresentar oscilações
conjunturais, mantêm-se em médias muito baixas. Nesse cenário,
diz-se que há um total controle do crescimento demográfico.
Teorias Demográficas

Teoria Malthusiana;
Teoria Neomalthusiana;
Teoria Reformista.
Teoria Malthusiana

 Em 1798, o economista inglês Thomas Robert Malthus, formulou a sua teoria,


publicada no “Ensaio sobre a população”, a qual se apoiava basicamente em dois
postulados:

 A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais etc., tenderia a


duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria em progressão geométrica (2, 4, 8, 16,32...) e
constituiria um fator variável, que cresceria sem parar.

 O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética


(2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a
própria extensão territorial dos continentes.
Solução!
Teoria Neomalthusiana
 A teoria neomalthusiana foi criada em um contexto histórico da busca
dos países que passaram pelo processo de colonialismo e imperialismo,
com o objetivo de diminuir as desigualdades econômicas do planeta
realizadas em seus territórios.
 Na década de 1960, no auge do crescimento da população mundial, foi
formulada como uma tentativa de explicar a ocorrência da fome e do
atraso nos países menos desenvolvidos. Ela é defendida por setores da
população e dos governos dos países mais desenvolvidos – e por setores
dos países menos desenvolvidos – com o intuito de se esquivarem das
questões econômicas.
 Segundo essa teoria, países que detivessem
altas taxas de natalidade necessitariam de
grandes investimentos sociais em educação e
saúde, sobrando menos recursos para serem
investidos nos setores agrícola e industrial, o
que impediria o pleno desenvolvimento das
atividades econômicas e, consequentemente,
da melhoria das condições de vida da
população.
 Ainda sobre esta teoria, quanto maior o número de habitantes de
um país, menor será a renda per capita e a disponibilidade de
capital a ser distribuído pelos agentes econômicos.
Seus defensores passam a propor programas de controle da natalidade
nos países menos desenvolvidos mediante a disseminação de métodos
anticoncepcionais na tentativa de enfrentar problemas
socioeconômicos, partindo exclusivamente de posições contrárias à
natalidade, e ainda de acobertar os efeitos danosos dos baixos salários e
das péssimas condições de vida que vigoram nos países
subdesenvolvidos.
 Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco
Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a
cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade:
 esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na
Colômbia);
 distribuição gratuita de anticoncepcionais;
 assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs);
 divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em
programas de televisão, na publicidade e no cinema.
Teoria Reformista
 Em resposta à teoria neomalthusiana, na mesma época foi criada
a teoria Reformista por representantes dos países
subdesenvolvidos, que chegam a uma conclusão inversa à
apresentada pelas duas teorias demográficas mencionadas
anteriormente.
“A superpopulação não é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a
pobreza que gera a superpopulação.”
 Países mais desenvolvidos tiveram um controle da natalidade de
maneira simultânea à melhoria da qualidade de vida, além da
medida em que foram se alterando os modos e os projetos de vidas
das famílias, as quais, em geral, passaram a ter menos filhos ao
longo do século XX.
 Nos países menos desenvolvidos não foram realizados
investimentos sociais, principalmente em educação e saúde. Com
isso, foi gerado um imenso contingente de mão-de-obra sem
qualificação necessária para ingressar no mercado de trabalho,
tendendo a empobrecer enormes parcelas da população desses
países.
ESTRUTURA GERAL DA POPULAÇÃO
 O estudo da estrutura da população pode ser dividido em três
categorias: número, sexo e idade dos habitantes – esses dados,
obtidos pelo censo demográfico, são expressos em um gráfico
chamado pirâmide de idades ou pirâmide etária; distribuição da
população economicamente ativa (PEA) por setores
econômicos: primário, secundário e terciário; e a distribuição de
renda.
Pirâmide etária
 Pirâmide etária é um gráfico organizado para classificar a população de uma
determinada localidade conforme as faixas de idade, dividindo-as por sexo. Sua
estrutura irá variar de acordo com as condições socioeconômicos do país.
População economicamente Ativa-PEA nos setores da
economia
 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define
a PEA como a mão de obra com a qual o setor produtivo pode
contar, ou seja, é o número de habitantes em idade e condições
físicas para exercer algum ofício no mercado de trabalho.
 Divide-se em população ocupada e desocupada, é considerada
toda população a partir dos 15 anos.
O setor primário abrange todas as atividades produtivas
envolvidas com a agricultura, a pecuária e o extrativismo
(mineral, animal e vegetal), que estão relacionados à exploração
dos recursos naturais e à produção de matéria-prima que será
absorvida por outro setor da economia (secundário).

O setor primário abrange todas as atividades produtivas


envolvidas com a agricultura, a pecuária e o extrativismo
(mineral, animal e vegetal), que estão relacionados à exploração
dos recursos naturais e à produção de matéria-prima que será
absorvida por outro setor da economia (secundário).

O setor terciário representa as atividades ligadas à prestação de


serviços e ao comércio. Esse setor de atividade é o que mais
cresceu nos últimos anos, especialmente em países
desenvolvidos, onde a população rural é cada vez mais reduzida,
diante desse fato a população economicamente ativa se
concentra no setor secundário e terciário.
PRINCIPAL MOVIMENTO
POPULACIONAL: a migração
 O deslocamento de pessoas entre países, regiões, cidades etc. é
um fenômeno antigo, amplo e complexo, pois envolvem as mais
variadas classes sociais, culturais e religiões. Os motivos que
levam as pessoas a tais deslocamentos são diversos e
apresentam consequências positivas e negativas, dependendo
das condições e dos diferentes contextos socioeconômicos,
culturais e ambientais em que ocorrem.
 Nas áreas de repulsão populacional, observam-se crescente
desemprego, subemprego e baixos salários ou rendimentos,
enquanto nas áreas de atração populacional, vislumbram-se
melhores perspectivas de emprego e salário.
 Há diferentes tipos de migrações: voluntária, quando o
movimento é livre; forçada, em casos de escravidão e de
perseguição política, étnica ou religiosa; e a controlada, quando
o Estado controla a entrada e/ou a saída de migrantes.
• Nos últimos anos, tem se intensificado a saída de grandes
contingentes populacionais vindos da África e Ásia para diversas
partes do mundo, sobretudo para a Europa.
• A instabilidade politica e
econômica como Líbia, Síria e
Venezuela ou a perseguição
religiosa imposta pelo Estado
Islâmico, Jihadhi Islâmica e o
Boko-Haram que atua no
norte da África, são um dos
fatores principais dos grandes
movimentos migratórios
forçados nos últimos anos.

Você também pode gostar