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Bioestatística e

Epidemiologia

Resumo

Prof. Rodrigo Coluchi


2019
Epidemiologia
• Epidemiologia: Estudo da distribuição e dos determinantes de estados
ou eventos relacionados à saúde em populações específicas e sua
aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde.

• A epidemiologia é uma ciência fundamental para a saúde pública,


essencial no processo de identificação e mapeamento de doenças
emergentes.

• O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana.

• A saúde pública refere-se a ações coletivas visando melhorar a saúde


das populações e a epidemiologia é uma das ferramentas para essa
melhora.

• “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não


apenas a mera ausência de doença”
Epidemiologia
•Incidência e prevalência são as diferentes formas ocorrência de doenças na população. A
relação entre prevalência varia entre as doenças.
• Incidência indica o número de casos novos ocorridos em um certo período
de tempo em uma população específica.
• Prevalência refere-se ao número de casos (novos e velhos) encontrados
em uma população definida em um determinado ponto no tempo.

•Natalidade: percentagem de nascimentos (vivos) ocorridos em uma


população, em determinado período de tempo.

• Taxa de natalidade: Número de nascimentos


população
Epidemiologia
• Mortalidade: índice demográfico obtido pela relação
entre o número de mortos de uma população e um
determinado espaço de tempo, normalmente um ano. É
representada como o número de óbitos por cada 1000
habitantes.

• Taxa crescimento vegetativo: indica o


decrescimento ou a diminuição demográfica.
CV = TN – TM
Epidemiologia
• Expectativa de vida: medida usada como indicador do estado de saúde
de uma população. É definida como o número médio de anos que se
espera viver, se as taxas atuais de mortalidade forem mantidas.
• Morbidade: conjunto de indivíduos, dentro da mesma população, que
adquirem doenças (ou uma doença específica) num dado intervalo de
tempo.
• Doenças com baixa letalidade: doenças mentais, doenças musculo-
esqueléticas, artrite reumatoide, varicela e caxumba.

Doenças transmissíveis
• Cadeia de infecção ocorre como resultado de uma interação entre:
- Agente etiológico ou infeccioso: organismo causador de infecções
- Processo de transmissão
- Hospedeiro
- Ambiente
Epidemiologia
• Ambiente
• Desempenha um papel importante no desenvolvimento das doenças
• transmissíveis.
• Condições sanitárias, temperatura, poluição atmosférica e qualidade da água estão entre os
fatores que podem influenciar os estágios na cadeia de infecção.

• A transmissão direta é a transferência imediata do agente infeccioso de um hospedeiro


ou reservatório para uma porta de entrada através da qual a infecção poderá ocorrer.
• A transmissão indireta pode ser através de veículo, vetor ou aérea.
• - A transmissão por veículos ocorre através de materiais contaminados tais como
alimentos, vestimentas, roupas de cama e utensílios de cozinha.
Epidemiologia
• Patogenicidade do agente: é a capacidade de produzir uma doença.
• Virulência: uma medida de gravidade da doença, pode variar de muito
baixa a muito alta.
• Reservatório de um agente: é o seu habitat natural e pode incluir
humanos, animais e fontes ambientais.
• Fonte de infecção: é a pessoa ou objeto de onde o hospedeiro adquire
a doença.

• Hospedeiro: pessoa ou animal que proporciona um local adequado


para que um agente infeccioso cresça e se multiplique em condições
naturais.
• Ponto de entrada no hospedeiro: varia de acordo com o agente e
inclui pele, mucosa e tratos respiratório e gastro-intestinal.
Epidemiologia
Epidemia
Quando ocorre um número excessivo de casos de uma doença transmissível em uma região, em
relação ao que normalmente seria esperado, damos a este fenômeno o nome de Epidemia.

Pandemia
Quando uma epidemia se dispersa por várias regiões do mundo, damos a este fenômeno o nome de
Pandemia.
Um exemplo é a proporção de casos da gripe A (conhecida como gripe suína), em 2009, quando
pessoas foram infectadas com a doença em todos os continentes. A AIDS também é considerada
uma pandemia.

Endemia
Quando uma doença aparece com muita frequência em um determinado lugar, damos a este
fenômeno o nome de Endemia. As doenças endêmicas, inclusive, podem ser sazonais.
A febre amarela é considerada uma endemia da região Norte e Nordeste do Brasil, pois
contabilizou vários casos no Brasil nos últimos meses.
Epidemiologia
• Tendências recentes nas taxas de mortalidade

• As taxas de mortalidade são influenciadas por mudanças na estrutura etária da população,


assim como pelo surgimento ou desaparecimento das epidemias
• Mudanças no padrão de morbimortalidade* indicam que as principais
causas de doenças são preveníveis.
•*conceito que combina a morbidade e a mortalidade de habitantes em dado lugar

•A maioria das populações é afetada por doenças específicas que podem ser
•prevenidas  Importância da PREVENÇÃO!

•Variações geográficas na ocorrência de doenças dentro e entre países


•também fornecem importantes indícios para potencial prevenção.
Epidemiologia
Causalidade: identificação de causas modificáveis das doenças.
• Levar em conta tanto as características individuais quanto fatores
sociais, econômicos, ambientais e políticos.
• O entendimento das causas das doenças e agravos à saúde é importante
não apenas para a prevenção, mas também para o correto diagnóstico e
tratamento.
Epidemiologia
• Fatores predisponentes como, idade, sexo ou um traço genético,
podem resultar no funcionamento deficiente do sistema imune ou na
diminuição do metabolismo de um agente químico tóxico. Doenças
prévias podem, também, criar um estado de suscetibilidade a uma
doença.
• Fatores capacitantes ou incapacitantes, tais como, pobreza, dieta
insuficiente, condições inadequadas de moradia e atendimento médico
precário, podem favorecer o desenvolvimento de determinadas doenças.
• Fatores precipitantes, tais como, exposição a um agente específico ou
a um agente nocivo, podem estar associados com o aparecimento da
doença.
• Fatores reforçadores, tais como, exposição repetida, condições
ambientais e de trabalho inadequadas, podem precipitar o surgimento
de uma doença ou agravar uma condição já existente.
• Doenças não transmissíveis são doenças multifatoriais que se
desenvolvem no decorrer da vida, de longa duração e de origem não
infecciosa.
Epidemiologia
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
Na maioria dos casos, as causas destas enfermidades não são claramente
estabelecidas, mas as investigações biomédicas identificam diversos
fatores de risco.
Epidemiologia
Epidemiologia
Doenças transmissíveis
Causadas por um agente infeccioso específico ou seus produtos tóxicos,
que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de
uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro
suscetível, direta ou indiretamente, por meio de um hospedeiro
intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio
ambiente inanimado”.
Exemplos:
• Febre cólera, doença de chagas, leishmaniose, peste,
tifóide,
verminoses...
• DSTs: AIDS, sífilis, gonorreia, HPV...
• Malária
• Meningite
• Gripe
Epidemiologia

Políticas de saúde

A pesquisa epidemiológica só alcança o seu valor integral quando ela se


traduz em políticas de saúde com o planejamento e implementação de
programas de prevenção e controle de doenças.
• A política de saúde engloba ações de promoção a saúde que cobrem os
determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde.
• A política de saúde pode ser vista como um conjunto de decisões sobre
os objetivos estratégicos para o setor saúde e os meios para alcançar
esses objetivos.
Epidemiologia
Planejamento em saúde

O planejamento dos serviços de saúde é o processo


objetivos-chave e escolher uma das maneiras de alcançá-los.

O ciclo do planejamento:
• Avaliação da carga da doença;
• Identificação das causas da doença;
• Avaliação da efetividade das intervenções existentes;
• Determinação da eficiência;
• Implementação das intervenções;
• Monitoramento das atividades e avaliação dos progressos.
Epidemiologia
Avaliação das Políticas de Saúde

• É o processo de determinar – tão sistemática e objetivamente quanto


possível – a relevância, efetividade, eficiência e impacto de atividades,
em relação a objetivos previamente combinados.
• Constitui uma prática administrativa que tem a finalidade de otimizar o
funcionamento das organizações de forma a obter o máximo de:
• Eficiência (relação entre produtos e recursos empregados)
• Eficácia (atingir os objetivos estabelecidos)
• Efetividade (resolver os problemas identificados)

• Caminhos para uma Política de Saúde Mental Infanto-Juvenil, 2005


• A política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de
Álcool e Outras Drogas, 2003
• Política Brasileira de Aids: principais resultados e avanços 1994-2002
• Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, 2002
• Política Nacional Antidrogas, Política Nacional de
Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade.
Epidemiologia Política de Saúde:
DSTs/AIDS
Epidemiologia Política de Saúde:
DSTs/AIDS
• A epidemia de AIDS, nos últimos anos, vem apresentando mudanças
no perfil epidemiológico, tanto em âmbito mundial como nacional. A
tendência atual no Brasil é caracterizada pela feminização,
pauperização, heterossexualização e interiorização.

• Os principais desafios são:

• A redução da incidência da AIDS nos


diferentes populacionais em situação de risco e
vulnerabilidade;
• A garantia dos direitos de cidadania e de uma melhor qualidade de
vida para as pessoas que vivem com o HIV e AIDS;

• A priorização das ações voltadas para as DSTs no país;

Continua...
Epidemiologia Política de Saúde:
DSTs/AIDS
Continuação...

• Oferecer o diagnóstico e o tratamento das DSTs nos vários níveis


de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS) - Unidades Básicas
de Saúde e serviços de referência;

• Monitorar e garantir a qualidade das ações de diagnóstico


laboratorial da sífilis e hepatites B e C;

• Possibilitar um melhor conhecimento da epidemiologia da infecção


gonocócica no país;

• Promover a integração, ampliação e descentralização dos serviços


da rede pública de saúde, no intuito de garantir o diagnóstico e
consolidar essa rede.
Bioestatística
• Estatística é a ciência que fornece os princípios e os métodos para
coleta, organização, resumo, análise e interpretação de dados.
• Bioestatística é a estatística aplicada na Biologia.
• População é o conjunto de unidades sobre o qual desejamos obter
informações.
• Amostra é todo subconjunto de unidades retiradas de uma população
para obter a informação desejada.

Razões que levam os pesquisadores a trabalhar com amostras e não com


toda a população:
• Custo e demora dos censos/pesquisas;
• Populações muito grandes;
• Impossibilidade física de examinar toda a população;
• Comprovado valor científico das informações coletadas por meio
de amostras.
Bioestatística
Os dados obtidos em um estudo podem ser apresentados como variáveis
numéricas ou categóricas:

• A variável numérica inclui contagens, como o número de crianças,


idade e medidas, tais como peso e altura.
• As variáveis categóricas resultam de classificações. Ex: os indivíduos
podem ser classificados em categorias de acordo com o seu grupo
sanguíneo - (A, B, AB ou O).
Bioestatística
Metanálise

É a síntese estatística dos dados de diferentes estudos que são similares


(comparáveis), levando a uma estimativa dos resultados agrupados,
permitindo assim a identificação de tendências.
Média, mediana e moda servem para sintetizar medidas de tendência
central, que indicam o centro de distribuição de uma amostra.
• Média = o valor “médio”: conjunto de dados numéricos obtido
somando os valores de todos os dados e dividindo a soma pelo número
de dados.
• Mediana = o valor “do meio”: ponto central da distribuição, que é
obtido após todas as observações serem colocadas em ordem crescente
(ou decrescente), de acordo com o seu valor.
• Moda = o valor “mais comum”: indica o valor que aparece com
maior frequência na amostra.
Bioestatística
Metanálise

Ex.: Idade de 5 estudantes


15, 17, 17, 18, 20

• Média = o valor “médio”


15 + 17 + 17 + 18 + 20 = 87
87 ÷ 5 = 17,4
• Mediana = o valor “do
meio”
17
• Moda = o valor “mais
comum”
17
Bioestatística
As medidas de dispersão pertencem a outro grupo de medidas* que são
utilizadas para resumir dados.

São elas:
• Variância: dispersão que mostra o quão distante cada valor desse
conjunto está do valor central (médio).
• Desvio padrão (DP): identificar o “erro” em um conjunto de dados.
Aparece junto à média aritmética, informando o quão “confiável” é esse
valor.

*Estas medidas têm por objetivo indicar quão diferentes são os indivíduos em uma amostra.
Bioestatística
Distribuição da amostra
• Deve ser testada para verificar se a amostra é paramétrica ou não
paramétrica. Os testes estatísticos são altamente dependentes do tipo
de distribuição dos valores obtidos na amostra.
• A distribuição normal ou gaussiana (paramétrica) é uma das formas
de distribuição mais estudadas em bioestatística. Ela é definida por dois
parâmetros: a média (μ) e a variância (σ²).

Significância estatística
• Buscar o valor de p ou p-valor que tem relação direta com o poder do
teste.
• Pode ser definido como a “probabilidade mínima de erro ao concluir que
existe significância estatística”.
• Um resultado é dito estatisticamente significante quando o p-valor
encontrado é menor que o erro tipo I estabelecido como “aceitável”, em
geral 0,05.
Bioestatística
Amostras dependentes e independentes
Para escolhermos o tipo de teste a ser empregado, outra característica da
amostra deve também ser considerada: se ela é dependente (pareada) ou
independente (não-pareada).
• Um estudo com amostras pareadas ocorre quando cada observação
no primeiro grupo for pareada com a mesma observação no segundo
grupo.
• Nos casos não pareados, cada grupo é composto por indivíduos
distintos, assim podemos comparar, por exemplo, grupos de saudáveis
com grupos de portadores de alguma doença.
• Sensibilidade é a probabilidade de um teste apresentar resultado
positivo em um indivíduo acometido por uma doença, sendo calculada
utilizando-se apenas os indivíduos doentes.
• Especificidade é definida como a probabilidade do teste apresentar
resultado negativo em paciente sem doença, sendo calculada utilizando-
se apenas os indivíduos sem doença.
Bioestatística Tipos de estudos

• Observacionais: permitem que a natureza (fenômeno, amostra) siga e


determine o seu curso: o investigador mede, mas não intervém. Podem
ser descritivos e analíticos.
• Experimentais: ou de intervenção envolvem a tentativa de mudar os
determinantes de uma doença, tais como uma exposição ou
comportamento, ou cessar o progresso de uma doença através de
tratamento.
• Descritivos: primeiro passo em uma investigação epidemiológica é a
simples descrição do estado de saúde de uma comunidade a partir de
dados rotineiramente coletados (dados secundários) ou coletados
diretamente através de questionários específicos.
• Analíticos: abordam, com mais profundidade, as relações entre o
estado de saúde e as outras variáveis.
Continua...
Bioestatística
Continuação:
• Ecológicos (ou de correlação): são úteis para gerar hipóteses. Em
um estudo ecológico, as unidades de análise são grupos de pessoas ao
invés de indivíduos.
• Transversais (seccionais ou de prevalência): medem a
prevalência da doença. Em um estudo transversal, as medidas de
exposição e efeito (doença) são realizadas ao mesmo tempo.
• Ensaio clínico randomizado: é um experimento epidemiológico que
tem por objetivo estudar os efeitos de uma intervenção em particular.
• Estudos de casos e controles: constituem uma forma relativamente
simples de investigar a causa das doenças, particularmente doenças
raras. Esse tipo de estudo inclui pessoas com a doença (ou outra variável
de desfecho) e um grupo controle (grupo de comparação ou referência)
composto de pessoas não afetadas pela doença ou variável.
• Estudos de coortes: também chamados longitudinais ou de
incidência, iniciam com um grupo de pessoas livres da doença, que são
classificados em subgrupos, de acordo com a exposição a uma causa
potencial da doença ou desfecho sob investigação.
Bioestatística
Tabelas e gráficos
• São extremamente úteis para resumir e apresentar dados.
• O objetivo é apresentar os dados de uma forma que possam
ser compreendidos de maneira fácil e rápida.

• Título: indicação do assunto abordado na tabela ou gráfico.


• Corpo: parte da tabela composta por linhas e colunas; ou do gráfico
composto por barras, linhas ou setores.
• Rodapé: espaço aproveitado em seguida ao fecho da tabela ou do
gráfico, onde são colocadas as notas de natureza informativa (fonte,
notas e chamadas).
• Fonte: refere-se à entidade que organizou ou forneceu os
dados expostos.
Bioestatística
• O gráfico de pizza ou de setores apresenta essa informação em um
círculo que é dividido em seções que representam os diferentes
componentes de um TODO.
Bioestatística
• Os gráficos de barras e colunas são mais apropriados quando se
deseja comparar duas ou mais categorias em relação a valores numéricos
ou proporções.
Bioestatística
• O gráfico de linhas é mais apropriado para mostrar diferenças ou
mudanças em uma variável contínua, que geralmente é mostrada no
eixo vertical.
Bioestatística
A inferência estatística é um conjunto de técnicas que objetiva estudar
uma população através de evidências fornecidas por uma amostra da
população.

Dedução é a forma de raciocínio que procede do geral para o específico.


Indução é a forma de raciocínio feito do específico para o geral.
Bioestatística
• Intervalo de confiança: é uma ferramenta muito útil para a
epidemiologia. A partir de informações da amostra, ele cria limites onde
é provável que se encontre o valor da população estudada.

* Quanto mais estreito o intervalo de confiança, mais precisa é a


estimativa!
Bioestatística
Estimativas
Existem dois tipos de estimativas que podem ser realizadas para qualquer
parâmetro de população: uma estimativa pontual e uma estimativa do
intervalo de confiança.
• Uma estimativa pontual de um parâmetro de população é
uma
estimativa de valor único desse parâmetro.
• Uma estimativa do intervalo de confiança (IC) é um intervalo
de valores de um parâmetro de população com um nível de confiança
atribuído (por exemplo, 95% de confiança de que o intervalo contenha
um parâmetro desconhecido).
• O nível de confiança é semelhante a uma probabilidade. Se inicia
com a estimativa pontual e cresce para o que chamamos de margem de
erro.
• A margem de erro incorpora o nível de confiança (por exemplo, 90%
ou 95%, que é escolhido pelo pesquisador) e a variabilidade da
amostragem ou o erro padrão da estimativa pontual.
Bioestatística
Teste de hipóteses

Examina duas hipóteses opostas sobre uma população: a hipótese nula


e a hipótese alternativa.
A hipótese nula é a declaração que está sendo testada, afirma que um
parâmetro da população (como a média, o desvio padrão, e assim por
diante) é igual a um valor hipotético  normalmente indica "nenhum
efeito" ou "nenhuma diferença".
A hipótese alternativa é a declaração que você quer ser capaz
de concluir que é verdadeira com base em evidências fornecidas pelos
dados
da amostra, diferente do valor hipotético na hipótese nula  “há diferença
significativa”.

Com base nos dados amostrais, o teste determina se devemos rejeitar a


hipótese nula. Você usa um valor-p para fazer a determinação. Se o valor
de p for menor que o nível de significância (denotado como alfa), então
você pode rejeitar a hipótese nula.
Bioestatística
Hipóteses unilaterais e bilaterais

A hipótese alternativa pode ser tanto unilateral como bilateral.

Usa-se uma hipótese alternativa bilateral (também conhecida como


uma hipótese não-direcional) para determinar se o parâmetro da
população é maior ou menor do que o valor hipótese. Um teste bilateral
pode detectar quando o parâmetro da população difere em qualquer
direção, mas tem menos poder do que um teste unilateral.

Usa-se uma hipótese alternativa unilateral (também conhecida como


uma hipótese direcional) para determinar se o parâmetro da população
difere do valor da hipótese em uma direção específica. É possível
especificar a direção a ser maior ou menor do que o valor hipotético.

Um teste unilateral tem maior poder do que um teste bilateral, mas não é
possível detectar se o parâmetro da população difere na direção oposta.
Bioestatística
Exemplos de hipóteses unilaterais e bilaterais:

• Bilateral: Um pesquisador possui resultados para uma amostra de estudantes


que fez um exame nacional em uma escola secundária. O pesquisador deseja
saber se as notas nessa escola são diferentes da média nacional de 850. Uma
hipótese alternativa bilateral (também conhecida como hipótese não
direcional) é apropriada porque o pesquisador está interessado em determinar
se as notas são menores ou maiores que a média nacional.

(H0: μ = 850 vs. H1: μ ≠ 850)

• Unilateral: Um pesquisador tem resultados de exames para uma amostra de


alunos que fizeram um curso de formação para um exame nacional. O
pesquisador quer saber se os alunos formados obtiveram pontuação acima da
média nacional de 850. Uma hipótese alternativa unilateral (também conhecida
como uma hipótese direcional) pode ser usada porque o pesquisador está
especificamente levantando a hipótese de que as pontuações para
alunos formados são maiores do que a média nacional.

(H0: μ = 850 vs. H1: μ > 850)


Bioestatística

Exemplos de perguntas que podem ser respondidas com um teste


de hipótese:

• A altura média de mulheres universitárias difere de 1,55 m?


• O desvio padrão dessa altura é igual ou menor do que 12,5 cm?
• Os estudantes do sexo masculino e feminino diferem na altura, em
média?
• Os estudantes de graduação do sexo masculino apresentam proporção
significativamente maior do que a proporção de estudantes do sexo
feminino de graduação?
Dúvidas ???
“Fale com o Professor”

Muito obrigada!

Prof. Rodrigo

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