ARTRÓPODES

Prof. Renê Darela Blazius

Família Cimicidae/Percevejos

 Morfologia e biologia:
 Medem 5mm de comp., asceros,
achatados dorsoventralmente e com forma
ovalada.
 Cosmopolitas regiões tropicais e
temperadas.
 Insetos hematófagos de hábito noturno.
Espécies de importância

Cimex lectularius Cimex hemipterus

Dimorfismo sexual
Ciclo Biológico
Ação patológica

 Urticária, crises asmáticas;

 Foram encontrados insetos infectados
com T. cruzi, Rickettsia rickettsi.

 Controle: inseticidas a base de

piretróides.
Dípteros nematóceros

 Família simuliidae: fêmeas atacam o homem e

animais em grande número, causando prurido
de longa duração.
 Tem importância médica por serem transmissores
da oncocercíase nas Américas e África.
 Os insetos do gênero Simulium são encontrados
no território brasileiro nos estados de Mato Grosso,
Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, tanto no interior como no litoral.
Morfologia

 Medem 2 a 4 mm de comp., coloração

negra.
Biologia e comportamento

 Ovos postos sobre

vegatação submersa
ou pedras em
riachos de curso
rápido;
 Eclosão 4 a 5 dias.
 Dentro de semanas
estão adultos.
Picadas de borrachudo
Dípteros braquíceros: moscas
e mutucas
 Família Cuterebridae
 Dermatobia hominis
 Morfologia e biologia:
 Se distribui do México até a Argentina;
 Depositam seus ovos em insetos
hematófagos; Após uma semana, ovos
larvados.
Ciclo biológico
Formas larvais
Patologia e tratamento

 Lesões nodulares na pele, ao exame

observa-se um orifício por onde a larva
respira.
 Comum em regiões florestais.
 Tumoração local, dores agudas como
ferroadas.
 Pode ser removido com ou sem incisão
cirurgica.
Família Calliphoridae

 Moscas “varejeiras”
 Gêneros de maior importância:
 Cochliomyia (Callitroga) hominivorax
(parasito obrigatório);
 Cochliomya macellaria (parasito
facultativo).
 C. hominivorax  C. macellaria
C. hominivorax

 Fêmeas depositam cerca de 20 a 400

ovos na amargem de ferimentos, em 24
horas as larvas (larvas biontófagas)
eclodem e começam a nutrir-se dos
tecidos;
 O parasitismo dura cerca de 4 a 8 dias.
 Pupa no solo, mosca adulta.
 Ciclo total 25 dias.
C. macellaria

 Larvas necrobiontófagas;
 No homem e em animais, se
desenvolvem em lesões com tecido
necrótico: úlceras tropicais,
leishmanióticas e de outras naturezas.
Miíase
Miíase
Família Sarcophagidae

 Insetos adultos de alimentam de fezes,

animais mortos e sucos de frutas.
 São de grande importância na Medicina
Legal, o estágio evolutiva da larva
auxilia na identificação da data de morte
do indivíduo.
 O desenvolvimento larvário leva de 10 a
54 dias.
MIÍASES HUMANAS

 São classificadas em dois tipos de

miíases:
 Causadas por larvas biontófagas: invadem
tecidos normais.
 Causadas por larvas necrobiontófagas:
invasão secundária de lesões.
MIÍASES HUMANAS

 Classificação clínica:
 Miíases cutâneas;
 Miíases cavitárias.
Diagnóstico e tratamento

 Remoção das larvas;

 Limpeza do local;
 Anti-helmintico nos casos de miíases
intestinais.
TERAPIA LARVAL

 Moscas necrobiontófagas.
 Estimulam, com a movimentação, a
produção de exudato seroso, que remove
as bactérias, e de tecido granuloso de
cicatrização; extratos totais de larvas e de
material de hemolinfa e de tubo digestivo
estimulam o crescimento de fobroblastos
em cultura de tecido.
TERAPIA LARVAL

 As larvas alimentam-se de bactérias e de tecido

necrosado, esterilizando o material que passa
por seu tubo digestório.
 Secretam agentes terapêuticos, como
Alantoína e uréia.
 Aumentam o pH da lesão, por produzirem
amônia, prejudicando o desenvolvimento
Streptococcus spp., Staphylococus aureus e
outras bactérias.
 Removem os tecidos mortas das feridas.
Indicações

 Feridas de várias etiologias: sindrome

pós-trombótica, doenças arterial
periférica, diabetes, úlceras de pressão,
infecções principalmente por
Streptococcus pyogenes beta-
hemolítico, vasculites etc.
Limitações da terapia larval

 Não pode ser considerada como cura

para úlceras de estase venosa, úlceras
isquêmicas, tumores malignos,
obstruções vasculares;
 Não indicada em cavidades do corpo,
em fístulas, próximo a grandes vasos e
em lesões necróticas secas.