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Colégio Estadual Delmiro de Miranda Britto

A construção do Estado
Moderno

Disciplina: Filosofia
Professora: Margarida Sibaldo
O que é estado?
Estado: refere-se ao conjunto
de instituições de apoio que
regulam e que têm soberania
ao longo de um território
definido e de uma população.
Como surgiu o Estado?
A história do surgimento de Estados veio de muito
longe, na Grécia.

Na época, os futuros estados eram chamados de


“Polis”, habitado por moradores, cidadãos políticos
executores da atividade cívica.

Elas eram autônomas e construíam sua


organização política. Era a “Polis”, dos gregos, e a
República, dos romanos, que traduziam a ideia de
Estado, principalmente pelo aspecto do vínculo
comunitário de ordem política e de cidadania.
Como surgiu o Estado?
O Estado passou por três fases de transição, o
Estado na Antiguidade Clássica, o Estado Feudal, e
o Estado Moderno.
Como surgiu o Estado?

Houve uma crise do sistema feudal em consequência das revoltas


sociais dos camponeses e da evolução do comércio na Europa.

A burguesia passa a exigir elementos que garantam a sua evolução


política, econômica e social. Desta maneira, urge a existência de
um governo estável e com a centralização dos serviços à
população.
Como surgiu o Estado?
O estado moderno configurou-se pelo
monopólio de:
★ Fazer e aplicar as leis;
★ Cunhar moedas;
★ Recolher impostos;
★ Gerir a administração dos serviços
públicos;
★ Ter um território;
★ Ser o único a dispor do uso legítimo da
força.
Mudanças implantadas desde o século XIV.
Nicolau Maquiavel
Intelectual que viveu entre 1469-1527, Itália.

Viveu na época em que a Itália sofria com a ganância,


disputas internas e hostilidade de cidades vizinhas que
assolavam o território italiano com ocupações intermináveis.

Maquiavel observou a falta de estabilidade política de


diversos principados e repúblicas que dispunham cada uma
de sua própria milícia, formada geralmente por mercenários.
Nicolau Maquiavel
Propõe inaugurar uma nova forma de conceber a moral
na política: nesse caso os valores não são dados de
antemão, mas dependem da realização dos interesses
coletivos. O governante deve inventar caminhos.

Nesse estágio o poder depara-se com o tênue fio entre o


uso legítimo da força e o seu abuso.

O conflito constitui fenômeno inerente à atividade


política, e que esta se faz com base na conciliação de
interesses divergentes.
Teorias Contratualistas
Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau foram os
pensadores que elaboraram uma vertente teórica derivada do
Jusnaturalismo: o Contrato Social.

Jusnaturalismo: Tem seus fundamentos nos primeiros princípios da


moralidade - deve-se praticar o bem e evitar o mal.
Teorias Contratualistas
Com base na hipótese do estado de natureza, em que o
indivíduo viveria como dono exclusivo de si e dos seus poderes,
os contratualistas se perguntavam sobre o motivo que teria
levado as pessoas a aceitarem o poder do Estado.
Hobbes e o poder absoluto do Estado
Thomas Hobbes (1588-1679), Inglaterra. Viveu em um século
turbulento, abalado por desavenças entre reis e parlamentos
e por guerras civis.

A situação de indivíduos deixados a si próprios é de anarquia,


o que gera insegurança, angústia e medo, porque, onde
predominam interesses egoístas, cada um torna-se lobo para
o outro lobo.

As disputas provocam a guerra de todos contra todos, com


grave prejuízo para a indústria, a agricultura, a navegação e o
desenvolvimento da ciência.
Hobbes e o poder absoluto do Estado
O indivíduo reconhece a necessidade de renunciar à
liberdade total. A renúncia à liberdade só tem sentido com
a transferência do poder por meio de um Contrato Social.

O medo e o desejo de paz levam os indivíduos a fundar um


estado social e a autonomia política, abdicando de seus
direitos em favor do soberano.

O poder do estado é exercido pela força, pois só a


iminência do castigo pode atemorizar os indivíduos.
Hobbes e o poder absoluto do Estado
Leviatã (1651), Obra de Thomas Hobbes.
Traz na capa um ser monumental, cuja
simbologia faz menção ao Estado.

Empunhando os símbolos do poder civil e do


religioso, o poder do Estado absoluto é
representado como um gigante cuja carne é a
mesma de todos que delegaram a ele sua
defesa.
Locke - estado de natureza e contrato social
John Locke (1632-1704), filósofo inglês.

Não descreve o estado de natureza como um ambiente de


guerra e egoísmo.

O que então levaria os indivíduos a delegar o poder a


outrem?

Para Locke, os riscos das paixões são muito grandes no


estado de natureza e podem desestabilizar as relações
entre os indivíduos.

Visando os benefícios da coletividade, todos consentem


em instituir o corpo político.
Locke - estado de natureza e contrato social
Como representante dos ideais burgueses, Locke enfatiza a
preservação da propriedade no sentido amplo, “tudo que
pertence a cada indivíduo”, ou seja, sua vida, sua liberdade e
seus bens.

Portanto, mesmo que não possua bens é proprietário de sua


vida, de seu corpo, de seu trabalho.

A concepção de liberdade em Locke, entretanto, não é ampla,


apenas o que possui riqueza suficiente possui plena cidadania.

Quando só os mais ricos usufrui de plena cidadania, não


existe possibilidade de igualdade real.
Montesquieu e a autonomia dos Poderes
Montesquieu (1689-1755) - Recebeu formação
iluminista e cedo se tornou crítico severo e irônico
da monarquia absolutista decadente, bem como do
clero.

Refletindo sobre o abuso do poder dos reis,


Montesquieu concluiu que “só o poder freia o
poder”, daí a necessidade de cada poder -
Executivo, Legislativo e Judiciário - manter-se
autônomo e constituído por pessoas diferentes.
Rousseau e a soberania inalienável
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) Suiço.
Criticou o absolutismo real e fundamentou sua
teoria com base no pacto social que legitima o
governo.

Analisando o estado de natureza diz que os


indivíduos viveriam em equilíbrio com suas
poucas necessidades, cuidando da sua própria
sobrevivência, até o surgimento da
propriedade, quando uns passam a trabalhar
para outros, gerando escravidão e miséria.
Materiais utilizados na aula de hoje:

★ Vídeo com a explicação do assunto;


★ Livro: páginas 266 a 273
★ Atividade Google Forms

Bom trabalho!

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