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Eça de Queirós

O Realismo e o
Naturalismo
O Realismo e o Naturalismo

Eça de Queirós e a sua época: o Realismo e o Naturalismo

O Realismo – perspetiva filosófica e artística que:


•privilegia o método analítico de apreensão da realidade, o existente, o
mundo objetivo;
•procura transmitir todo o real, na sua diversidade e na variedade dos seus
aspetos, sobretudo os mais insólitos;
•reage contra o Romantismo, contra o seu centrar-se no “eu”, contra a sua
inverosimilhança e contra as suas ilusões;
•recusa a evasão no tempo e no espaço bem como o fantástico;
•preocupa-se com problemas sociais.
O Realismo e o Naturalismo

A Geração de 70

“O que queremos nós com o Realismo? Fazer o quadro do mundo


moderno, nas feições em que ele é mau, por persistir em se educar
segundo o passado; queremos fazer a fotografia, ia quase dizer a
caricatura do velho mundo, sentimental, devoto, católico, explorador,
aristocrático, etc. E apontando-o ao escárnio, à gargalhada, ao
desprezo do mundo moderno e democrático – preparar a sua ruína.”

Excerto de carta de Eça de Queirós a Rodrigo de Freitas (1878)


O Realismo e o Naturalismo

Eça de Queirós e a sua época: o Realismo e o Naturalismo

 O Naturalismo privilegia alguns dos traços do Realismo e é a sua vertente mais


científica, influenciado pelas ciências experimentais e pela filosofia positivista
de Taine: o homem é determinado pela sua raça (fisiologia, hereditariedade),
pelo seu meio (época, meio social e seus costumes e códigos) e pelo seu
momento histórico.
O Realismo e o Naturalismo

Eça de Queirós e a sua época: o Realismo e o Naturalismo

As principais características são:

Tentativa de aplicar à literatura as descobertas e métodos da


ciência do séc. XIX;
Escolha de assuntos mais chocantes (alcoolismo, jogo, adultério,
opressão social, doenças e respetivas causas e consequências);
Vocabulário mais prosaico,
Motes mais cativantes ou detalhes mais fotográficos.

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