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EXPANSÃO BANTU

África Subsaariana
• Região situada no sul do deserto do Saara, a chamada “África Negra”.
• O linguista Greenberg (GREENBERG, J.H) define a existência de 4 conjuntos
idiomáticos nesta região:

• 1. O grupo Koisan – dos bosquímanos e cliques


• 2. O grupo camito semitas – semítico (árabe, hebraico, berbere, egípcio, cuchítico.
• 3. o grupo Nilo saariano – o sudanês, o songai
• 4. o grupo nigero-congolês - o mandinga, o gur, o Kwa
Expansão Bantu
• A antropologia identifica, no entanto, a possibilidade de que esta diversidade
linguística seja oriunda, na verdade, de um ponto comum – a expansão bantu.
Segundo esta teoria ( Wilhelm Bleek) houve um movimento migratório que permitiu ao
longo de 3 milênios espalhar características do grupo bantu para outras regiões. Ou
seja, embora não se reconheçam como iguais, os grupos africanos teriam uma
ancestralidade próxima.
• O grupo bantu estaria situado próximo a região do Rio Niger e teria experimentado
dois fluxos migratórios diversos:
• 1. saindo da região dos Camarões para o norte da atual República Democrática do
Congo e África Oriental
• 2. Saindo da região da floresta da Nigéria para a bacia do rio Congo; atingiu também o
sul da África.
Expansão Bantu
• O grupo bantu já dominava as técnicas de metalurgia o que lhes permitiu dominar
com relativa facilidades outros grupos. Eram povos agricultores ( dominavam o
cultivo do sorgo, inhame, maxixe) além de caçadores, coletores e criadores
(galinhas d’angola, por exemplo).
• Causas possíveis da expansão:
• 1.aumento populacional.
• 2.conhecimento e difusão da tecnologia do ferro,
• 3. procura por terras férteis.
• 4. domínio das técnicas de cultivo.
Organização social
• Em geral, os grupos africanos organizavam-se em linhagens – famílias extensas. A
cada membro do grupo cabia uma função específica. Os idosos eram observados
como detentores do patrimônio cultural do grupo; os adultos responsáveis pela
manutenção da linhagem.
• A manutenção da linhagem estava igualmente relacionada ao quantitativo de
membros, ou seja, a poligamia era bem vinda. (Aumentava o grupo e estabelecia
novas relações de parentesco)
• A linhagem também determinava os casamentos, a chefia da comunidade e ainda,
o prestígio social do indivíduo.
• A liderança era exercida com auxílio de um grupo de anciãos, sob forma de um
conselho.
Religiosidade
• As manifestações de religiosidade eram muito importantes para estes grupos
subsaariana. Não havia um panteão comum, mas as formas de acesso ao transc
se aproximavam. Cada grupo dispunha de divindades específicas.
• Assim como vários grupos da Europa Ocidental, a religiosidade não era um se
individual; fazia parte da vivência do grupo e estava inserida no contexto cotidia
• Os ritos de passagem eram comuns. Jovens eram iniciados em sua passage
idade adulta. Os ciclos de plantação eram precedidos de festividades específicas
• O culto era realizado em homenagem a divindades relacionadas aos elem
natureza. Havia, muitas vezes, a execução de transes como forma de ligação c
forças maiores. O culto aos ancestrais era explicado pela convivência do m
vivos com o dos mortos. Ao antepassados seriam intermediários para o con
elementos mais etéreos.
Religiosidade
• Os feiticeiros ou sacerdotes seriam os interlocutores com o sobrenatural.
Comandavam rituais e conseguiam ler os sinais dos deuses. Os feiticeiros eram
eventualmente temidos por seus poderes de mutação dos elementos.
• Por serem sociedades ágrafas, davam muita importância à transmissão oral e
àqueles que pudessem fazê-lo. Existiam os domas e os grios.
• Os domas eram escolhidos para preservar a memória coletiva. Seriam
responsáveis por armazenar a história dos antepassados e passar adiante.
• Os grios eram acompanhados de músicos e narravam histórias de façanhas.
Diferentemente dos domas eram falantes.

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