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Administração Industrial
Administração de Materiais II

RECURSOS ou BENS
PATRIMONIAIS
Prof. Alexandre B. Marques
2
Ciclo da Administração de Materiais
Transportar
Cliente para Fora

Demanda Real Expedir Prod.


ou Previsão de Acabado
Vendas
INSTALAÇÕES
Identificar Armazenar
Necessidades Equipa- Prédios, Prod. Acab.
de Materiais mentos Terrenos

Utilidades
Comprar
Materiais

Movimentar
Receber & Internamente
Transportar Armazenar
para Dentro Insumos (Produzir)

MARTINS; fig. 1.2 (adaptado)


3
CARACTERIZAÇÃO DOS BENS ou
RECURSOS PATRIMONIAIS (RP)

Em
O que
comum
diferecom
os Recursos
os recursosPatrimoniais
materiais, (RP)
os RP:
dos demais recursos
materiais?
• precisam de registro e codificação, segundo os padrões da empresa;
•• Têm natureza
também relativamente
participam permanente (não são destinados à venda).
do inventário;
•• Estão
sofremsendo utilizados na operação do negócio;
obsolescência.
• São adquiridos esporadicamente;
• Sofrem desgaste de uso e obsolescência;
• Necessitam de manutenção.

Os RPs podem ser classificados em


móveis ou imóveis.
GURGEL; pág. 285

RAVAZOLO, pág. 5
4
Identificando os Bens ou Recursos Patrimoniais

Analise as situações abaixo:


( ) O edifício onde está a fábrica.
( ) Um terreno para a construção futura de uma nova fábrica.
( ) Uma fábrica que foi desativada.
( ) Terrenos e edifícios de uma empresa imobiliária.
( ) Caminhões, vans e pick-ups para transporte de produtos da empresa.
( ) Caminhões para a venda em uma concessionária.
( ) Máquinas e prensas de uma metalúrgica.

Patrimônio Mobiliário Semoventes – no


sentido geral, é o ser que se move por
si próprio.
Juridicamente o animal (o elemento a
ser transformado em produtos finais
para o mercado ) é considerado um
bem semovente (RAVAZOLO, pág. 6)
5
INTRODUÇÃO

Uma vez implantado um Recurso Patrimonial (instalação ou


equipamento), é preciso administrá-lo da melhor maneira possível,
pois ele é um fator de produção e, portanto, deve contribuir para o
resultado operacional da empresa.
Assim, devemos formular duas perguntas:
O RP está sendo operado de modo econômico?
Sua manutenção está sendo realizada de acordo com as melhores
recomendações?
Essas perguntas podem ser desdobradas em várias outras, tais como:
Chegou a hora de o RP ser substituído por outro, isto é, ele já atingiu sua
vida econômica?
A manutenção preventiva está reduzindo os custos decorrentes de
quebras e paradas de máquinas?

ANDRÉ; pág. 1
(adaptado)
8
Alterações em Bens / Recursos Patrimoniais

Os RPs, ao longo de sua existência, podem sofrer uma série de


alterações, sendo as mais frequentes as citadas abaixo:
• Adição – aquisição de uma unidade nova e distinta ou
ampliação de um RP já existente, sem extensa reconstrução ou
alteração. Ex.: depósito anexo à fábrica.
• Benfeitoria – melhoria por adição, alteração ou mudança de
estrutura em um RP, que resulta em incremento da
produtividade, da eficiência ou da durabilidade. Ex.: Sistema
Condicionador de Ar onde não havia um.
• Substituição – Ex.: Sistema Condicionador de Ar novo e mais
moderna no lugar de outro usado e desgastado.
* Existem outros tipos de alterações, porém a classificação é
confusa!
GURGEL; pág. 288
(adaptado)
11
Controle e Depreciação Contábil de Ativos
Registros sobre os ativos Vida Útil de Alguns Grupos de Bens
imobilizados devem ser
Espécie do Bem Vida útil Taxa
mantidos com detalhes para
(anos) anual
permitir as contas de controle e
o seu inventário. Bibliotecas 10 10%
A depreciação de um bem é a perda Britadores 5 20%
de seu valor, decorrente do uso,
deterioração ou obsolescência Caminhão fora de
4 25%
tecnológica. estrada
A forma de calcular essa perda Edifícios 25 4%
define o critério de depreciação Escavadeiras 4 25%
do bem.
Como o critério de avaliação e a Instalações
5 20%
vida do bem impactam no elétricas
resultado operacional da Móveis e
empresa, ambos são regulados utensílios em 10 10%
pela Receita Federal, por meio geral
de Instruções Normativas (ver
Veículos em geral 5 20%
apostila do André).
GURGEL; pág. 286.
André; pág. 8.
12
Ativos totalmente depreciados
Os Ativos totalmente Por outro lado, um ativo
depreciados têm a totalmente depreciado
depreciação contábil resulta no não pagamento
acumulada igual aos custos de impostos.
de aquisição e instalação. Assim, em alguns casos, pode
Em certos casos, se os ativos ser interessante acelerar a
totalmente depreciados depreciação do ativo.
representarem uma É possível fazer isso nos
proporção elevada dos seguintes casos:
ativos totais, isso pode levar 1. Uso do ativo em turnos:
a conclusão de que está na
hora de se fazer novos • 1 turno: aplicar fator 1,0.
investimentos em ativos. • 2 turnos: aplicar fator 1,5.
• 3 turnos: aplicar fator 2,0.
Tais investimentos demandam
muitos recursos e podem 2. Incentivos fiscais em
inibir investidores / setores considerados
acionistas externos. prioritários pelo Governo.
Mesmo assim, os contadores / Ex.: CT&I.
auditores deveriam lançar
tais fatos no balanço da
empresa.
13
Vida Econômica & Vida Útil
A vida econômica dos RPs é o período de tempo (geralmente em
anos) em que o Custo Anual Equivalente (CAE) de possuir e de
operar o RP é mínimo.
Acontece que RPs, tais como equipamentos e as instalações,
desgastam-se com o uso, necessitando cada vez mais de
manutenção e aumentando os custos operacionais.
Paralelamente, seu valor de revenda ou de mercado (residual) vai
diminuindo. A partir de um instante não é mais interessante
manter o bem. É quando dizemos que ele atingiu a sua vida
econômica.
Por sua vez, a vida útil de um RP é o período de tempo em que ele
consegue exercer as funções que dele se espera. Ela depende
de como o RP foi utilizado e mantido. Um RP se torna antieconômico quando
sua manutenção for onerosa, ou seu
rendimento precário, em virtude de uso
prolongado, desgaste prematuro ou
obsoletismo (RAVAZOLO, pág. 4)
André; pág. 10
14
FATORES DE VALOR ATUAL DE UMA ANUIDADE DE
$1, FVAAk,n

Fonte: Guitman, pág. 121

  1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5% 0,952 1,859 2,723 3,546 4,329 5,076 5,786 6,463 7,108 7,722

6% 0,943 1,833 2,673 3,465 4,212 4,917 5,582 6,210 6,802 7,360

7% 0,935 1,808 2,624 3,387 4,100 4,767 5,389 5,971 6,515 7,024

8% 0,926 1,783 2,577 3,312 3,993 4,623 5,206 5,747 6,247 6,710

9% 0,917 1,759 2,531 3,240 3,890 4,486 5,033 5,535 5,995 6,418

10% 0,909 1,736 2,487 3,170 3,791 4,355 4,868 5,335 5,759 6,145
15
EXERCÍCIO SOBRE VIDA ECONÔMICA
Valor inicial = 8.000,00 Taxa = 8 a.a.
1 Ano 1 2 3 4 5 6 7 8
2 (1+i)^n 1,08 1,166 1,260 1,360 1,469 1,587 1,714 1,851
3 Valor 4.700 3.200 2.200 1.450 950 600 300 0
Residual
4 VP do valor 4.352 2.743 1.746 1.066 647 378 175 0
residual
5 Custo 3.000 3.000 3.500 4.000 4.500 5.520 6.250 7.750
Operacional
6 VP custo 2.778 2.572 2.778 2.940 3.063 3.479 3.647 4.187
operacional
7 Custo 2.778 5.350 8.128 11.068 14.131 17.609 21.256 25.443
operacional
acumulado
8 Custo Posse 3.648 5.257 6.254 6.934 7.353 7.622 7.825 8.000
do Bem (8000

4352)
9 Linha 7 6.426 10.606 14.382 18.003 21484 25.231 29.081 33.443
(possuir) +
Linha 8
(utilizar)
CAE 6.940 5.948 5.581 5.435 5.381 5.458 5.586 5.820
16
EXERCÍCIO SOBRE VIDA ECONÔMICA
Valor inicial = 5000 Taxa = 10 a.a.
1 Ano 1 2 3 4 5 6
2 (1+i)^n 1,1 1,21 1,33 1,46 1,61 1,77
3 Valor Residual 3.000 2.300 1.700 1.300 1.100 900

4 VP do Valor Residual

5 Custo Operacional 1.500 1.600 1.900 2.300 2.800 3.400

6 VP Custo Operacional

7 VP Custo Oper. Acum.

8 Custo Posse do Bem

9 Custo Posse e Oper.


(Linha 7 + Linha 8)
10 CAE (custo anual
equivalente)
17
Exercício Vida Econômica
(1,0 ponto só para a P2 e só para que esteve presente nesta aula)

• Estudar o artigo “Leitura obrigatória_Artigo-Calculo vida economica


de um ativo_COSTA-ENEGEP”
• Usar a estrutura dos casos “a” e “b” para resolver o “Exercício
Fiorino”.
• Entregar no dia 20/05/2016.
18

CONCEITOS BÁSICOS e INSUFICIENTES!


MANUTENÇÃO DE ATIVOS IMOBILIZADOS
19
POR QUE OS ADMINISTRADORES DEVEM ESTUDAR
SOBRE MANUTENÇÃO?
Frequentemente, os Administradores têm sob sua responsabilidade a função
Manutenção.
Embora o gerenciamento da Manutenção seja atribuição exclusiva de profissionais
de formação técnica, geralmente Engenheiros, é o Administrador que, em
última instância, tem o poder de decisão, inclusive para alocar recursos e,
quando for o caso, paralisar o processo produtivo.
Portanto, ambos os profissionais devem trabalhar em sintonia. Isso implica que
eles se comuniquem e tenham uma razoável compreensão das peculiaridades,
riscos e objetivos das atribuições um do outro.
Não se pode esquecer que há responsabilidade civil envolvida nas decisões sobre
a Manutenção dos ativos de uma empresa.
Além disso, dependendo do setor de atuação da empresa, as despesas com
manutenção podem representar uma expressiva fração do faturamento (ver
slide seguinte). Algumas vezes, a prestação de serviços de manutenção é a
própria atividade-fim da empresa, é o seu negócio.
Esta parte da nossa disciplina não pretende formar especialistas, mas sim permitir
que os futuros Administradores percebam a importância da Manutenção,
desenvolva uma visão geral do assunto, um vocabulário mínimo que lhe
permita se comunicar efetivamente com os especialistas da área, para tomar
decisões mais eficazes.
20
IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PARA DIFERENTES
SETORES INDUSTRIAIS

Fonte: Abraman/Documento Nacional da Manutenção 2007


21
Tipos de manutenção (~intervenção)

Manutenção
Corretiva

Manutenção Manutenção
Preditiva Preventiva

Fonte: Adaptado de SLACK (2008).


22
Tipos de manutenção (~intervenção)
Defeito
= falha?
CORRETIVA Quebrou, conserta

Baseada no parâmetro tempo (horas, mês) ou uso


PREVENTIVA
(km rodado, toneladas produzidas etc.)
Tipos
Baseada na condição: monitora periodicamente
PREDITIVA um parâmetro* para decidir o melhor momento de
fazer a intervenção.

Realiza testes p/ encontrar falhas ocultas,


DETECTIVA geralmente em dispositivos de proteção.

Bons programas de Manutenção utilizam os 4 tipos de intervenção, pois


cada um deles é mais indicado em uma situação específica.

SLACK; pag.646
MOUBRAY; apostila.
23
Tipos de manutenção (~intervenção)

• O parâmetro utilizado na manutenção / intervenção preventiva pode


ser temperatura, vibração, profundidade, luminescência etc. e serve
como boa indicação da condição real de funcionamento do item que
está sendo monitorado.
– A temperatura de um quadro elétrico pode ser monitorada por meio de
câmeras de filmagem sensíveis ao infravermelho.
– A vibração de um equipamento pode ser medida com “medidores de
vibração” que monitoram a velocidade, aceleração ou deslocamento do
equipamento.
– A profundidade pode ser medida com uma escala (por exemplo, régua ou
paquímetro)
• Embora o tempo e/ou uso da intervenção preventiva também sejam
parâmetros de controle, eles não são suficientes para indicar a real
condição de funcionamento do item em questão e, eventualmente,
fazem com que a intervenção aconteça antes ou depois do momento
ideal.
SLACK; pag.646
MOUBRAY; apostila.
28
O que determina o tipo de intervenção mais adequado?
Resposta: o padrão de falhas!!!

SLACK; pag.646
29
Objetivos da Manutenção

1) Permitir que os ativos estejam disponíveis e desempenhando


plenamente a sua função, sempre que se precisar deles.
2) Diminuir os custos totais de operação dos ativos.

SLACK; pag.646
30
Benefícios potenciais do “bom”
Gerenciamento da Manutenção
1) Maior Segurança – equipamentos e instalações bem mantidos
têm menor probabilidade de provocar / favorecer acidentes e
imprevistos.
2) Maior Confiabilidade – menor probabilidade de interrupção
das atividades de produção e prestação de serviços.
3) Maior Qualidade da produção – equipamentos bem mantidos
são mais estáveis, gerando menor nível de variabilidade do
produto.
4) Custos Operacionais menores – lembre-se do slide anterior.
Ao escolher novos equipamentos, avalie o custo total, não só
o de aquisição.
5) Maior vida útil – equipamentos bem-mantidos duram são
capazes de realizar suas funções por mais tempo.
6) Valor residual mais alto – no caso da empresa desejar se
desfazer do ativo que foi bem-cuidado, ela obterá um valor de
venda mais alto.

SLACK; pag.644
31
Gerenciamento da Manutenção

Quando utilizamos o termo Manutenção “Indicadores Universais” da


com a inicial maiúscula, estamos nos Manutenção:
referindo à função organizacional, tal • Índice de Disponibilidade
como o Marketing e o RH.
• Tempo preventiva
Quando utilizamos o termo
• Tempo corretiva
manutenção com a inicial minúscula,
estamos nos referindo à uma
intervenção ou tarefa típica. Outros indicadores:
O Gerenciamento da Manutenção • Tempo médio entre falhas;
implica, entre outras coisas, o uso de
• Tempo médio para reparar;
indicadores. Os principais deles são
mostrados ao lado. • R$ Preventiva; e
Lembre que os “Indicadores da • R$ Corretiva.
Manutenção” impactam os Índices da
Produção, tais como o de Eficiência, o
da Qualidade e o de Rendimento
Operacional Global (ver os slides
ocultos)
32
Tempo Médio entre Falhas – TMEF
(Mean Time Between Failures – MTBF)

TMEF = TTO
nf

Onde:
• TTO = tempo total de operação
• nf = número de falhas
• TTD = tempo total disponível = tempo ‘calendário’ disponível –
paradas programadas

• Exemplos de paradas não programadas: quebras / avarias; queda no


fornecimento de energia etc.
• Exemplos de paradas programadas: setup; testes de matéria prima
etc.

Fonte: WCM
33
Tempo Médio de Reparo – TMDR
(Mean Time To Repair – MTTR)

TMDR = Tempo total fora de funcionamento devido às falhas ou quebras


nf

• TMDR (ou Tempo Médio Para Reparar) é o tempo consumido


consertando o equipamento ou sistema para colocá-lo novamente em
condições plenas de funcionar.

Fonte: WCM
34
Índice de Disponibilidade – ID
(lembrando que as quebras e o setup podem ser calculados)

ID = TTO ou Tempo produzindo . ou TMEF .


TTD Tempo programado para produzir TMEF + TMDR

ou TTD – (perdas tipo 1 + perdas tipo 2)


TTD
Onde: Nomenclatura alternativa
TTO = tempo total de operação (realmente operando) dos 6 Tipos de Perdas
(FOGLIATTO):
TTD = tempo total disponível OU tempo programado 1. Quebras (avarias)
para produzir = tempo ‘calendário’ disponível – 2. Preparativos e ajustes
paradas programadas (setup)
3. Operação ociosa /
paradas menores
• O índice de disponibilidade de uma máquina é, 4. Redução da velocidade
portanto, aferido graças ao levantamento dos 5. Defeitos e retrabalho
tempos da produção. 6. Arranque

• Este índice pode ser elevado com uma esquema


de manutenção preventiva eficaz (que tende a
diminuir as paradas não programadas) e com
técnicas para realizar o setup mais rapidamente.
35
Exercício 1

• Uma empresa, que produz • Calcule o Índice de


cartazes para exposições e Disponibilidade.
eventos de promoção de
vendas, compete fortemente
com base em sua rapidez de ID = TMEF .
entrega. Uma peça específica TMEF + TMDR
do equipamento que a empresa
usa está causando alguns ID = 70 / (70+6) = 0,92
problemas. É sua impressora
colorida a laser de mesa
grande. Atualmente, o tempo
médio entre falhas da
impressora é de 70 horas e o
tempo médio para consertá-la é
de 06 horas.

SLACK, pg. 635


36
Exercício 2

• A empresa de cartazes do • Qual proposta é a mais


exercício anterior discutiu seu vantajosa?
problema com o fornecedor da
impressora, que fez duas
propostas alternativas e de
mesmo preço.
A) Terceirização da Manutenção a) IDA = 90 / (90+6) = 0,938
Preventiva, realizada em cada b) IDB = 70 / (70+4) = 0,946
final de semana, o que
aumentaria o TMEF para 90
horas.
B) Serviço Expresso de Reparo,
que reduziria o TMDR para 04
horas.

SLACK, pg. 635


37
Exercício 3

Considere uma impressora • Calcule o Índice de Disponibilidade.


flexográfica que trabalha 1 ID = TTO ou
turno de 8 horas em um mês de TTD
20 dias úteis.
ID = TTD – (avarias + setup)
Os trabalhadores têm 2 TTD
intervalos de 15min por dia
para descanso e foi realizada TTD = tempo calendário disponível – paradas
uma manutenção preventiva programadas = (20D x 1T x 8h x 60min) - (2 x 15min
que durou 6 horas. x 20D + 6h x 60min) = 9.600min. – (600min + 360min)
= 9.600min – 960min = 8.640min
Um levantamento dos registros
do mês revelou também que TTO = TTD – (avarias + setup) = 8.640min – (0 +
425min) = 8.215min
foram gastos 425 minutos com
preparações para a máquina ID = 8.215min = 0,9508 ou 95,08%
produzir diferentes produtos. 8.640min

MARTINS e LAUGENI, 471


43
1º Modelo / Filosofia de Gestão da Manutenção

Total Productive Maintenance (TPM) – origem:


• Método desenvolvido pelos japoneses para apoiar a produção JIT da
Toyota.
• A metodologia é parte da estratégia de Perda Zero.
• Baseia-se na ideia de que a aproximação das áreas de Manutenção,
Produção e Qualidade são requisitos necessários para criar sinergia.
• Promove a superação pela eficiência do equipamento e engajamento
da organização.

http://www.pensalab.com.br/Noticias/manutencao-tipos-e-importancia.html
44
1º Modelo / Filosofia de Gestão da Manutenção
Total Productive Maintenance (TPM) – Princípios:
1. Melhorar a eficácia dos equipamentos: eliminar desperdícios de
tempo, funcionamento em velocidade reduzida e produção de
defeituosos.
2. Aplicar manutenção autônoma: “da minha máquina cuido eu”. Há
três níveis de envolvimento: conserto (corretiva), prevenção e
conservação (limpeza e lubrificação, mas sem alterar as Foco em
características do equipamento) e melhoria (incorpora os doismanutenção
primeiros, mas também propõe melhorias mais profundas). preventiva
3. Planejamento, Programação e Controle da Manutenção: não agir a
esmo.
4. Treinamento: preparar previamente tanto o pessoal de manutenção
quanto o de operação para assumirem efetivamente suas atribuições.
5. Cuidar dos equipamentos logo no início: compreende pensar naCaso dos
mantenabilidade desde o projeto, passando pela sua fabricação e
resfriadores
de água
instalação.
alemães.
SLACK; pag.648
45 1º Modelo / Filosofia de Gestão da Manutenção
TPM

O foco deste Modelo/Filosofia de Gestão da Manutenção está em


evitar as 6 grandes perdas:
1. Quebras / falhas do equipamento
2. Tempo de preparação e ajustes (setup) das máquinas
3. Pequenas paradas e operação em vazio – ex: esperar por
matéria-prima
4. Redução da taxa produção
5. Defeitos de qualidade e retrabalho
6. Redução da velocidade de produção Nomenclatura alternativa
dos 6 Tipos de Perdas
(FOGLIATTO):
1. Avarias
2. Preparativos e ajustes
3. Operação ociosa /
paradas menores
4. Redução da
velocidade
5. Defeitos e retrabalho
6. Arranque
47
2º Modelo / Filosofia de Gestão da Manutenção
MCC

MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE (MCC)


RELIABILITY CENTRED MAINTENANCE (RCM) /

• Originalmente criado nos Estados Unidos como padrão para as


operações militares.

• As falhas foram classificadas de acordo com seus impactos no


sucesso da missão.

• É um método qualitativo de análise da confiabilidade que envolve o


estudo dos modos de falhas que podem existir.

• É a manutenção atrelada ao contexto operacional do equipamento.

http://www.daelt.ct.utfpr.edu.br/prof
essores/marcelor/Cap.fmea.pdf
48
2º Modelo / Filosofia de Gestão da Manutenção
MCC

• “Se não podemos evitar que falhas aconteçam, é melhor evitar que
elas tenham importância”.
• A manutenção preventiva simplesmente não é a mais indicada para
‘todas as situações’.
• Portanto, a partir de uma sistemática conhecida, a MCC permite a
aplicação dos tipos de manutenção citados anteriormente de acordo
com o modo de falha.
• O ‘modo de falha’ é definido como sendo: “a maneira que a falha se
apresenta”ou “maneira com que o item falha ou deixa de apresentar o
resultado desejado ou esperado”.

Slack, pág. 650.


Pinto e Xavier, 2001, pág .36 –
49 2º Modelo / Filosofia de Gestão da Manutenção
RELIABILITY CENTRED MAINTENANCE (RCM) /
MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE (MCC)

AS 7 QUESTÕES (~FEMEA):
1) Quais são as funções e padrões de desempenho do ativo no seu
contexto atual?
2) De que modo o ativo falha em cumprir suas funções?
3) O que causa cada falha funcional?
4) O que acontece quando ocorre cada falha?
5) De que forma cada falha tem importância?
6) O que pode ser feito para predizer ou prevenir a falha?
7) O que deve ser feito se não for encontrada uma tarefa preventiva
apropriada?

MOUBRAY; apostila.
50
MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE (MCC)

A ideia central

MOUBRAY; apostila.
61
Bibliografia e outras fontes de consulta
COSTA, Reinaldo Pacheco da. O lado contábil da substituição econômica. Publicado nos anais
do ENEGEP – UNIMEP – Piracicaba.
SLACK. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002. (Cap. 19)
RAVAZOLO, Rafael. Gestão de Recursos e Materiais (Apostila da Casa do Concurseiro).
WCM. World-Class Manufacturing. MTBF and MTTR calculator. Disponível em http://
world-class-manufacturing.com/KPI/mtbf.html. Acesso em 13/05/2016.
MARTINS e LAUGENI. Administração da Produção. 3ª edição. São Paulo: Saraiva, 2015.
BITTENCOURT, Nathália ; FLORÊNCIO, Alexandre; e GUIMARÃES, Franklin. Estudo de caso:
implantação da estratégia de manutenção na termelétrica da Companhia Siderúrgica do
Atlântico. Rio de Janeiro: CEFET/RJ-CSF, 2009. Projeto final do curso de graduação em
Administração Industrial.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: princípios, conceitos e gestão. São Paulo: Atlas,
2005.
GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais: obtendo vantagens competitivas. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2004.
MARTINS, Petrônio G. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais – 2ª Ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.

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