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primeiro milênio
1
A liturgia nos primórdios do cristianismo
“
Na era apostólica, mais conhecida como tempo dos apóstolos, Jesus e seus seguidores praticavam a religião judaica.
Participavam das celebrações litúrgicas (templo, sinagoga, oração e festas). a nossa liturgia cristã é uma continuidade
da liturgia hebraica. O nosso referencial é Jesus de Nazaré. A partir do mistério de Cristo, aconteceu uma
cristianização dos elementos ritualizados herdados, surgindo daí a liturgia cristã.
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O MODO DE INICIAR AS
02 LITURGIA DA PALAVRA 06 ORAÇÕES
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• Os discípulos de Jesus, após a ascensão, continuavam participando do
templo, porém, não participavam dos sacrifícios rituais.
Domus Ecclesia
na cidade de Dura Europos
herdeiros do monoteísmo judaico
contrários aos rituais pagãos. sofriam
A era dos perseguições violentas
mártires
Não havia livros litúrgicos e o
presidente improvisava as orações. “O
presidente também, na medida de sua
capacidade, faz elevar a Deus suas
preces e ações de graças, respondendo
todo o povo “Amém”.” S. Justino,
Apologias
Page
No ano de 313, o imperador
Constantino concede liberdade total
para a Igreja. A liturgia passa por
profunda transformação em sua forma
e compreensão. os cristãos passam a
se reunir em locais amplos, nas
basílicas construídas pelo imperador.
A liturgia passa a receber também na
cultura romana, elementos da própria
A cultura. Os paramentos adotados são
liturgia semelhantes ao da corte imperial.
em fase
de estrutu-ração
plena
(séc. IV a VIII) Elementos pagãos foram introduzidos
na religião cristã, como por exemplo,
a prática de construir igrejas voltadas
para o oriente, o nascer do sol; a festa
do natal que entrou no lugar da festa
do nascimento do deus sol da religião
pagã.
* Séculos I e II: Unidade litúrgica. Na
formação das comunidades cristãs precisava-se
garantir o essencial da tradição recebida.
* Séculos III e IV: Começa uma multiplicidade
de formas celebrativas. Cada comunidade vai
fixando seus ritos, costumes e orações.
* Século V: Com a liberdade religiosa
concedida por Constantino, é o momento da
criação das diversas famílias litúrgicas ou ritos
litúrgicos no oriente e no ocidente.
Entre os séc. IV ao VIII a Os bispos de Roma começam a Devida a amplidão das basílicas,
Igreja romana foi compilar inúmeras orações. Surge o foram introduzidas três grandes
organizando sua liturgia de sacramentário, o evangeliário e o procissões: Entrada, Oferendas e
forma esplêndida e rica do epistolário. Comunhão, encerradas com orações.
ponto de vista teológico. A música: salmos e jubilus Tbm surge o Glória e o Cordeiro.
Porém sofrerá influência dos
povos francos-germânicos. Page 11
Agostinho, Gregório Magno,
Jerônimo e Ambrósio
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Ao longo do séc. VIII e início do séc. IX
acontece o fenômeno de imigração da liturgia
romana para as terras franco-germânicas
A passagem da
liturgia romana para O imperador franco-germânico, Carlos Magno,
com o intuito de uniformizar a liturgia em todo
as Igrejas franco- o império, pediu ao papa Adriano I uma cópia
germânicas do sacramentário romano. Percebeu que o
mesmo estava incompleto, incorporou vários
elementos próprios da liturgia galicana, tais
como: benção do círio pascal, orações para
ordenações, bênçãos, dedicações de Igrejas e
exorcismos. Daí surgiu uma liturgia romana-
franco germânica.
• Nos dois últimos séculos do primeiro milênio
vivemos um tempo de transição na liturgia
romana. É o período da fusão entre a liturgia
romana propriamente dita e a liturgia galicana
dentro do império franco-germânico. Nesta
fusão, a liturgia romana passa por profundas
transformações: passa de um cunho pascal e
comunitário (eclesial), com nobre simplicidade,
para um caráter eminentemente devocionista e
individualista, com sortidas complicações;.
Trata-se de uma “passagem” sumamente
significativa, pois determinará os rumos da
liturgia ocidental em praticamente todo o
segundo milênio da era cristã.