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Romance de Aventura

Vamos consultar o dicionário sobre o verbete “aventureiro(a)”

(a.ven.tu.rei.ro)

1. Que gosta de ou que se lança a aventuras; AVENTUROSO

2. Propenso a aventuras (espírito aventureiro)

3. Que envolve risco; ARRISCADO

4. Aquele que gosta de ou que se lança a aventuras

5. Indivíduo inescrupuloso, que usa de meios desonestos


para o seu progresso econômico ou social

6. Antq. Soldado mercenário


Pois bem, Vamos falar de personagens aventureiros(as). Utilizaremos essa palavra nos seguintes sentidos:

(a.ven.tu.rei.ro)

1. Que gosta de ou que se lança a aventuras;


AVENTUROSO

2. Propenso a aventuras (espírito aventureiro)

3. Que envolve risco; ARRISCADO


Agora, vamos iniciar uma grande aventura, conhecendo a
história de Robinson Crusoé!

Essa história é longa... mas muito interessante! Por ser longa,


está contada num romance de aventura, gênero que vamos
explorar muito nesta e nas próximas aulas!
Sinopse
Robinson era um jovem marinheiro inglês. Ao viajar para a
África, seu navio é colhido por uma tempestade e naufraga.
Toda a tripulação morre, com exceção do jovem, que se
refugia numa ilha deserta do Caribe. Lá, ele defronta-se com
as dificuldades de uma existência primitiva. A coragem, a
paciência e a habilidade de Robinson eram as qualidades
que o mundo 'civilizado' de então acreditava necessárias
para subjugar a 'barbárie'.
O ROMANCE DE AVENTURAS
___________________________________________________

Estudos Literários
 
O século XIX foi um período de descobrimentos técnicos, científicos e geográficos.
Ao longo desse século se organizaram expedições científicas e militares com a
finalidade de pesquisar a natureza em terras ainda desconhecidas. Alguns desses
exploradores escreveram diários ou livros em que relatam suas viagens e que se
tornaram muito populares. Entre eles se destacaram: As Montanhas da Lua e Em
Busca das Nascentes do Nilo, de Sir Richard Burton; O Diário do Descobrimento das
Nascentes do Nilo, de John Hanning e Viagem ao Marrocos, de Charles Foucauld.
Essas obras apresentavam lugares exóticos, situações extremas de sobrevivência,
ações de grande coragem e inteligência, dentre outras que serviram de inspiração a
ficção de aventuras. Vem daí que, no final do século XIX, surge o romance de
aventuras, com o objetivo de contar aventuras de cunho fictício.
O herói desse tipo de romance é, em geral, um personagem simpático (criança,
adolescente ou adulto) que é arrancado da sua vida cotidiana e se vê obrigado a
confrontar circunstâncias extraordinárias de grande perigo. Ele é capaz de dominá-las
com certas qualidades (coragem, astúcia, inteligência) que, muitas vezes, ignorava
possuir. Mas, regra geral, não é um personagem solitário, acompanha-lhe um amigo fiel,
que lhe obedece cegamente. Ou, então, é apoiado por uma figura de autoridade,
geralmente paterna. Terminada a aventura o herói é compensado com valores espirituais
ou materiais e se reincorpora a vida cotidiana.
No romance de aventuras não há preocupação com a verossimilhança, o que lhe
permite o exagero em ações inesperadas. O desenlace também não é tão importante.
A Ilha do Tesouro (Treasure Island, 1883), de Robert Louis Stevenson (1850-
1894) e As Minas do Rei Salomão (King’s Solomon Mines, 1886), de Rider
Haggard (1856-1925), são consideradas as obras introdutoras do romance de
aventuras; principalmente a primeira, inspirada em aventuras marítimas do
século XVIII. Estas obras caracterizam-se pela sucessão de aventuras
inesperadas e imprevisíveis; pela presença de piratas (bons e maus), de
esconderijos, e de tesouros. Tudo, obedecendo, ainda, a tradicional seriedade
dos primeiros textos de aventuras.
Joseph Conrad (1857-1924) imprimiu ao gênero de aventuras a complexidade
psicológica dos personagens. Algumas de suas obras são: Um Pária nas Ilhas
(1896), Lorde Jim (1900), Juventude (1902), Coração nas Trevas (1902),
Nostromo (1904) e Sob Olhares Ocidentais (1911).
Em princípio do século XX, o romance de aventuras, que era desenvolvido para adultos
e partilhado por adolescentes, ganha uma segunda feição: a narrativa, criada
especialmente, para crianças. A origem é atribuída a Edith Nesbit (1858-1924)
com A História dos Caçadores de Tesouros (The Story of the Treasure-Seekers,1899). Essa
nova narrativa propõe enredos que envolvam grupos de crianças, geralmente irmãos, que
chegam a um local de férias e aí se envolvem em aventuras de tipo policial ou de mistério.
Na metade do século XX, o romance de aventuras passa a desenvolver uma nova
ramificação: a dos super-heróis em aventuras de ficção científica e de fantasia. Como
exemplo, podemos citar: O Homem-Aranha, Batman, Super-Homem, entre outros.
Daquele tempo a dias de hoje, outras vertentes do romance de aventuras foram
desenvolvidas na ficção infantil, em torno de personagens adolescentes em crise; em
aventuras que mesclam mitologia e magia; e em questões sociais contemporâneas

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