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B R E N D A S A N TA N A , D A N I E L LY B A R I Z O N , J O A N A K A M I N S K I ,
VA N E S S A B E I M S
DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS I
P R O FA . D R A . M A R Í L I A G A B R I E L E P R A D O A L B U Q U E R Q U E
FERREIRA
Síndrome vestibular
Conjunto de sinais clínicos associados à uma doença vestibular.
Sistema vestibular
Força da gravidade e movimento sinais neurológicos
Posição no espaço e coordenação na movimentação da cabeça;
Estabiliza posição dos olhos, corpo e membros em relação à cabeça.
(FERREIRA,
2009)
Sistema vestibular
Dois componentes funcionais:
Periférico: localizado no ouvido interno
Receptores sensoriais no labirinto membranáceo
Porção vestibular do nervo craniano VIII (vestíbulo coclear)
Central: localizado no tronco cerebral e cerebelo
Núcleos e feixes vestibulares
(FERREIRA,
2009)
Incidência
SÍNDROME VESTIBULAR
PERIFÉRICA
Mais comum em cães da raça Poodle e Yorkshire;
Cães de orelha pendular – Spaniels e Retrievers;
Não há predisposição sexual;
Acomete mais animais idosos.
(comprometimento(FERREIRA,
do núcleo
vestibular)
2009)
Apresentação clínica
Inclinação da cabeça Estrabismo
(100%) Deambulação
Ataxia vestibular (79%)
Os sinaisParesia
clínicos
e paralisia facial
Andar em círculos Surdez
Quedas e rolamentos
variam de acordo
Aumento do tônus
com
(para o lado da lesão) a porção
muscular nos membros
Meneios cefálicos vestibular contralaterais
(CHAVES,
Nistagmo acometida!! 2014)
Alterações posturais e ataxia vestibular
Ataxia assimétrica Marcha em círculo
(doença unilateral) Perda de atividade do
Visão - compensatório
Doenças que acometem feixe
núcleos vestibulares
Head tilt vestibuloespinhal,
Geralmente ipsilateral à
lesão responsável pela
transmissão da
(FERREIRA,
informação vestibular
2009)
Nistagmo patológico
Nistagmo espontâneo Cabeça em posição não
Cabeça parada usual
A lesão impede a Resolução espontânea
atividade base em Avaliação em decúbito
repouso no lado afetado lateral esquerdo e direito,
Altamente inibido pela e dorsal.
fixação visual
Compensação pelo (FERREIRA,
sistema vestibular 2009)
Nistagmo patológico
Nistagmo pendular
Causado por anomalias congênitas nas vias visuais
Gatos
Raças Siamesa e Himalaia
(FERREIRA,
2009)
Síndrome vestibular periférica
Ataxia e perda de equilíbrio sem perda de força
Estado mental normal ou alerta (pode haver desorientação)
Náusea e vômito
Inclinação da cabeça
Tônus muscular diminuído
Atraso, ausência ou assimetria no nistagmo fisiológico
Nistagmo espontâneo horizontal ou rotacional
Estrabismo ventral ou ventrolateral posicional ou em repouso
(FERREIRA,
Síndrome vestibular central
Déficits propioceptivos e paresia
Inclinação da cabeça ipsilateral à lesão (exceto Síndrome vestibular
paradoxal)
Nistagmo posicional ou espontâneo (direção horizontal, rotacional ou
vertical)
Alteração do estado mental (desorientação, estupor ou coma)
Disfunção de outros nervos cranianos
Ataxia grave
(FERREIRA,
2009)
Síndrome vestibular paradoxal
Inclinação da cabeça e alterações posturais apresentam-se
contralaterais à afecção
Acometimento do pedúnculo cerebelar caudal – neurônios inibitórios
Sinais clínicos compatíveis com doença cerebelar
Dismetria ipsilateral, ataxia troncular, tremores da cabeça ou
tremores de intenção
Paresia e déficit propioceptivo ipsilateral à lesão
Diagnóstico do lado correto da lesão!
(FERREIRA,
2009)
Diferenciação entre Síndrome Vestibular Central e
Sinais clínicos SVP
Periférica SVC
Inclinação da cabeça Ipsilateral à afecção. Geralmente ipsilateral à afecção.
Possível contralateral à afecção
(síndrome vestibular paradoxal).
Nistagmo Horizontal ou rotacional. Horizontal, rotacional ou
Fase rápida para o lado contrário vertical.
da afecção. Fase rápida para qualquer
Direção não alterada com a direção.
posição da cabeça. Possível mudança de direção
com mudança da posição da
cabeça.
Paresia / Déficits Não existente. Possível ipsilateral.
propioceptivos
Estado mental Alerta. Possível desorientação. Possível depressão, estupor ou
coma.
Déficits de nervos Nervo craniano VII pode estar Nervos cranianos V - XII podem
cranianos afetado. Ipsilateral. estar afetados. Ipsilateral.
(FERREIRA,
Diagnóstico
Síndrome Vestibular Periférica -
Exame otoscópico
Necessidade de contenção adequada do paciente.
Sedação ou anestesia
Lavagens do ducto auditivo
Glicocorticóides tópicos ou sistêmicos
Se o conduto apresentar-se eritematoso, proliferativos,
estenosado ou ulcerado
(FERREIRA,
Diagnóstico
Síndrome Vestibular Periférica -
Exame otoscópico
Necessidade de contenção adequada do paciente.
Sedação ou anestesia
Lavagens do ducto auditivo
Glicocorticóides tópicos ou sistêmicos
Se o conduto apresentar-se eritematoso, proliferativos,
estenosado ou ulcerado
(VetSmart, 2008)
Diagnóstico
Síndrome Vestibular Periférica
Radiografia
Avaliação da bulha timpânica óssea
Ducto auditivo externo: mineralização ou estenose
Obrigatório realização de anestesia geral
Otite média
Espessamento e irregularidade da parede da bulha timpânica;
Lise da bulha;
Radiodensidade de tecidos moles
representativa de fluido ou tecido
Sinais de otite externa
Otite interna
Destruição grave do ouvido interno
(FERREIRA,
Diagnóstico
Síndrome Vestibular Periférica
Ressonância Magnética
Boa resolução entre ar, fluido, osso e tecido mole
Fonte: MedicalExpo.
(FERREIRA,
Algoritmo do plano de
diagnóstico para
pacientes com síndrome
vestibular periférica.
(Adaptado de Lorenz &
Kornegay, 2004; Munãna,
2004).
Diagnóstico
Síndrome Vestibular Central
Tomografia axial computadorizada
Ressonância magnética
(FERREIRA,
Diagnóstico
Síndrome Vestibular Central
Líquido cefalorraquidiano
Massa obstruindo
conduto auditivo. (FERREIRA,
(CirurgiaVet, 2010) 2009)
Polipo nasofaríngeo
Tratamento
Remoção do pólipo
inflamatório
Tração simples Prognóstico
Osteotomia lateral da bolha Excelente!
Osteotomia ventral da bolha Retirada de todo o tecido do
Escolha do método: pólipo
Localização Recidiva
Sinais clínicos
Alterações radiográficas (FERREIRA,
2009)
Trauma de ouvido médio e interno
Tratamento
ABC do trauma Prognóstico
Suporte:
Depende da gravidade do
Traumatismo craniano trauma
Infecção pós traumática
Desaparecimento dos sinais
vestibulares
Déficits comportamentais
(FERREIRA,
residuais 2009)
Ototoxicidade por aminoglicosídeos
Tratamento
Interromper ou diminuir a
dose dos aminoglicosídeos
Prognóstico
Desaparecimento dos sinais
em até duas semanas após
suspensão do medicamento
Surdez, se existente, pode
persistir
(FERREIRA,
2009)
Síndrome vestibular congênita
Prognóstico
Tratamento
Geralmente favorável
Não existe
Cura por compensação central Inclinação da cabeça residual
pode persistir
Caráter hereditário
(FERREIRA,
2009)
Distúrbios inflamatórios
Tratamento
Corticoesteró
ides
Imunossupres
sores
(FERREIRA,
2009)
Deficiência de tiamina
Tratamento Prognóstico
Cães: Desaparecimento dos sinais
50 a 100 mg/animal IV, após o tratamento.
seguida de administração IM Persistência de alguns sinais
SID residuais
Tratamento por 5 dias
(FERREIRA,
2009)
Neoplasias cerebrais
Gliomas e meningiomas – mais
comuns Fenobarbital e Brometo de
Tratamento Potássio
Depende do tumor, Cirurgia citorredutora
localização, morbidade,
mortalidade e custo Radioterapia externa
Paliativo
Glicocorticóides – redução Prognóstico
edema peri-tumoral e retardar Grave a fatal – tronco cerebral
crescimento da neoplasia
Prednisona 0,5 a 1 mg/kg/SID (FERREIRA,
VO 2009)
Intoxicação por Metronidazol
Tratamento
Suspensão do Metronidazol
Terapia suporte Prognóstico
Diazepam 0,5 mg/kg IV + VO
Bom
TID por 3 dias Reestabelecimento completo
Fluidoterapia – estimula diurese em 2 semanas após suspensão
do fármaco
(FERREIRA,
2009)
Hipotireoidismo
Tratamento
Suplementação com
levotiroxina
20g/kg BID Não tão satisfatório quanto na
SVP
Afecções concomitantes
Prognóstico Mixedema ou enfartes cerebrais
Desaparecimento total a parcial
dos sinais neurológicos
2 a 4 meses (FERREIRA,
2009)
RELATOS
DE
CASO
Relato de caso - SVP
SÍNDROME VESTIBULAR PERIFERICA EM CÃES – Relato de Caso
RAMOS, P.R.C.; SIMOES, M.J.M.S; MUSTAFA, V.S. REVET - Revista Científica do Curso de Medicina Veterinária –
FACIPLAC, 2016.
Exames complementares:
Hemograma (N.D.N) e citologia do
cerúmen (grande quantidade de
Malassezia spp). Solicitado
tomografia para excluir SVC, mas
tutor não realizou e não retornou a
consulta.
Diagnóstico: Síndrome vestibular
periférica. Fonte: Magalhães et al. 2017.
Relato de caso - SVP
Discussão
Raça predisposta;
Dimenidrato (Dramin®).
Dicloridrato de flunarizina
Conclusão
Disfunção neurológico frequente;
Sinais clínicos facilmente reconhecíveis;
Distinção e classificação entre Síndrome Vestibular
Central e Periférica – sucesso no diagnóstico e
tratamento;
Prognóstico variável e dependente da etiologia;
Facilidade e precocidade no diagnóstico – objetivo!
Referências
FERREIRA, R.F.S. Síndrome vestibular em canídeos. Lisboa, 2009. <Disponível em:
https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/1623/1/S%C3%8DNDROME%20VESTIBULAR
%20EM%20CAN%C3%8DDEOS.pdf>.
LEITE, C.A.L. A avaliação radiográfica no diagnóstico da otite média em caninos e felinos. Rev Bras
Med Vet – Pequenos Anim Anim Estim, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, jan./mar. 2003.
NELSON, R. W.; Couto, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
PINTO, Maria Cristina L. de C. A. Síndrome vestibular em cães. Porto, 2017.
RAMOS, P.R.C.; SIMOES, M.J.M.S; MUSTAFA, V.S. REVET - Revista Científica do Curso de
Medicina Veterinária – FACIPLAC, 2016.
VIOLIN, K.B. et al. Meningoencefalite necrotizante de cão Maltês. Ciência Rural, Santa Maria, v.38,
n.3, p.836-838, mai-jun, 2008.
DÚVIDA
S???
OBRIGADA!