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A RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO

art. 18. Os vícios de qualidade ou quantidade dos produtos ou serviços contam com
mecanismos reparatórios muito mais amplos, não recorrendo a fatores extrínsecos,
que envolvem a apuração da culpa do fornecedor.

Vicio= não se trata de vicio redibitório, apesar de ser semelhante. São as


características de qualidade e quantidade do produto que o tornem impróprios
para o uso ou que diminua o valor. Exemplo:
• Produto não funciona adequadamente ( tv que não liga)
• Produto funciona mal ( tv sem som)
• Diminua o valor ( risco na tv)
• Não esteja de acordo com as informações ( tv com controle e na caixa não
contem o controle)
Vicio é aparente ou oculto.
Defeito= é o vicio acrescido de um problema extra, algo que cause um dano maior
que simplesmente o mal funcionamento, o não funcionamento, a quantidade
errada, ou a perda do valor.
O defeito causa dano ao patrimônio material ou moral do consumidor.
A RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO

1.Vício de qualidade do produto : são aqueles que tornam os


produtos inadequados ao consumo ou lhes diminuam o valor.
Podem ser ocultos ou aparentes.

• vícios ocultos são aqueles que não são detectados na


utilização ordinária, são inacessíveis ao consumidor. Ex. defeito
no sistema de freio de veículos; defeito no sistema de
refrigeração; som; etc.

• vícios aparentes são aqueles de fácil constatação. EX.


vencimento do prazo de validade, adulterações etc.
A RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO

2. Vício de quantidade do produto: Os vícios de


quantidade do produto são os decorrentes da
contratação em relação às indicações constantes do
recipiente, embalagem, mensagem publicitária, etc.

►artigos 18 e 19 fazem ressalva sobre "a variações


decorrentes de sua natureza" que acontece com alguns
produtos. Neste caso, o vício só existirá se as variações
quantitativas forem inferiores aos índices padrões
fixados.
A RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO
• Vício de qualidade do serviço: Os vícios de qualidade ocorrem
quando os serviços são impróprios ao consumo, sendo
inadequados para atingirem o fim a que se destinam ou quando
não obedecem as normas da prestabilidade.

EX: não existe atendimento preferencial para idosos nos bancos,


etc.

• Vício de quantidade do serviço: O serviço é defeituoso


quando houver disparidade com as indicações constantes da
oferta. Estes são os vícios de quantidade dos serviços
prestados.

Ex: Se uma escola oferece um curso, com certo conteúdo, a


QUEM RESPONDE PELO VÍCIO NA QUALIDADE DO PRODUTO

Polo passivo da relação de responsabilidade estão todas as espécies de


fornecedores, coobrigados e solidariamente responsáveis pelo
ressarcimento dos vícios de qualidade .
• ►O consumidor pode demandar contra um fornecedor, contra alguns ou
todos.
• ► A regra é a solidariedade passiva (o consumidor demandar contra
todos os fornecedores). Mas, se demandar contra apenas um e o
fornecedor escolhido não ressarcir tudo que o consumidor pedir, o
consumidor poderá ir contra os outros para que estes complementem a
reparação.

o fornecedor imediato, o comerciante. Se ao comerciante couber a


reparação dos vícios, ele poderá executar ação regressiva contra o
fabricante, produtor ou importador, após pagamento.
PRAZO PARA SANAR O DEFEITO

►O CDC dá ao fornecedor a oportunidade de usar o sistema de


garantia do produto e reparar o defeito em 30 dias.

► Se não sanar o vício no prazo legal, o consumidor poderá


escolher dentre as três alternativas dispostas nos incisos I, II, III
do parágrafo 1º, art. 18:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em


perfeitas condições de uso;
II- a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III- o abatimento proporcional do preço.
PRAZO PARA SANAR O DEFEITO

• A substituição do produto é a sanção mais conveniente para os


eletrodomésticos. A "opção" referida neste dispositivo abrange espécie,
marca e modelo idênticos.

• Não sendo possível a substituição do bem da mesma espécie, poderá, se


o consumidor assim quiser, haver substituição por outro de espécie,
marca ou modelo diferente, mediante complementação ou restituição de
eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III
do parágrafo 1º deste artigo.

• A imediatividade da restituição da quantia paga é relativa, pois a


restituição deve ser corrigida monetariamente através da data-base do
pagamento do produto. O dever de indenizar perdas e danos deriva da
inexecução contratual, o fornecedor deve devolver a quantia atualizada
acrescida, por exemplo, das despesas a título de transporte.
PRAZO PARA SANAR O DEFEITO
• O abatimento do preço é a alternativa mais atrativa para produtos de escassez
de oferta. Na nota fiscal devem constar as razões do abatimento do preço, para
que não se presuma a indefectibilidade do produto e para que o fornecedor não
se subordine às demais sanções do parágrafo 1º do artigo 18.

• exceção à regra do art. 18: Sempre que, em razão da eliminação do vício, a


substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou
características do produto, diminuir-lhe o valor ou ainda, se tratar de produto
essencial, o consumidor poderá fazer uso imediato destas alternativas.

• A substituição das partes viciadas supõe o consumo de produtos formados pela


justaposição dos componentes, exemplo: eletrodoméstico.

• Sendo produtos essenciais formados pela mistura dos componentes (exemplo:


alimentos, medicamentos) o consumidor deverá exigir a imediata tutela prevista
no parágrafo 1º do artigo 18, pois não se cogita a substituição dos componentes.
CONVENÇÃO DO PRAZO PARA SANAR O VICIO O VICIO
DE QUALIDADE DO PRODUTO

• As partes podem convencionar a redução ou


ampliação do prazo legal (de 30 dias).

• No entanto, o novo prazo não pode ser inferior a


7(sete) nem superior a 180 (cento e oitenta) dias.

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