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Equivalente-Grama.

Normalidade

Equivalente-Grama
São massas que se equivalem numa reação química.

Cálculo do Equivalente-Grama de:


Elemento Químico:
É o quociente do átomo-grama pela valência do elemento.
e = a/val
Ácido:
É o mol dividido pelo número de átomos de hidrogênio ionizáveis.
e = mol/N° H+
Base:
É o mol dividido pelo número de íons oxidrila.
e = mol/N° OHˉ
Sal:
É o mol dividido pela valência do cátion multiplicada pela sua
atomicidade.
e = mol/valência do cátion x atomicidade do cátion

Composto Hidratado:
e = mol do composto + n . mol da água/val. do cátion x atomicidade

Agente Oxidante ou Redutor:


É o quociente entre o mol do oxidante ou redutor pela variação total do
seu número de oxidação.
e = mol/variação do N° de oxidação
Colóides
São sistemas que não são claramente homogêneas ou heterogêneas.

Tamanho das Partículas:


Imagine um processo no qual uma amostra de sólido é colocada no
líquido, sendo subdividida em partes cada vez menores.
- Enquanto as partículas do sólido são visíveis a olho nu, não há
dúvida de que o sistema é heterogêneo. Deixando-se em repouso,
essas partículas visíveis se separam e, dependendo das densidades
relativas do sólido e do líquido, flutuam ou sedimentam. Em ambos os
casos, podem ser separadas por filtração.
- Se o sólido continua a ser subdividido, finalmente chega-se a um
estado onde as partículas dispersas são moléculas ou átomos
individuais. Neste limite, forma-se uma solução, onde não se pode
mais distinguir duas fases pois, por mais poderoso que seja o
microscópio usado, a solução parece homogênea em toda a sua
extensão e as moléculas individuais não podem ser vistas.
As partículas dispersas não se separam pelo repouso nem podem ser
separadas por filtração.
- Entre as suspensões grosseiras e as soluções verdadeiras, há uma
variação gradual de heterogeneidade à homogeneidade.
Há uma região em que as partículas dispersas são tão pequenas que
não formam uma fase nitidamente separada, mas não são
suficientemente pequenas a ponto de formarem soluções verdadeiras.
Esse estado de subdivisão é chamado ESTADO COLOIDAL.
Características de Um Colóide

- As partículas de um colóide não se separam a uma velocidade


apreciável, quando deixadas em repouso.
- Não podem ser vistas ao microscópio e nem separadas por filtração.
- As linhas limítrofes entre colóides e soluções não são rigorosamente
fixas. Entretanto, definimos comumente os colóides com base no
tamanho das partículas. Está compreendido entre 10ˉ7 cm e 10ˉ4 cm.
- A dispersão é chamada Colóide, Suspensão Coloidal ou Solução
Coloidal.
- O tamanho de uma partícula dispersa nada diz a respeito da sua
constituição.
- Constituição:
A partícula pode se apresentar em um aglomerado de átomo ou
pequenas moléculas ou em molécula gigante.
p.ex. Ouro coloidal consiste em partículas de tamanhos variados, cada
uma delas contendo mais de um milhão de átomos de ouro.
O enxofre coloidal pode ser formado de partículas contendo cerca de
mil moléculas de S8.
Um exemplo de molécula gigante é a hemoglobina, a proteína
responsável pela cor vermelha do sangue. Essa molécula tem um
peso molecular de 66.800 e um diâmetro de aproximadamente 3 x
10ˉ7 cm.
Tipos de Colóides

A classificação dos colóides é feita frequentemente com base nos


estados de agregação das fases componentes, muito embora não se
possa distinguir essas fases a olho nu depois que o colóide está
formado.
As classificações mais importantes são as de SOL, EMULSÃO, GEL,
AEROSSOL e ESPUMA.

- Nos SÓIS, um sólido é disperso através de um líquido, de modo que


o líquido forma a fase contínua e pedaços de sólido formam a fase
descontínua.
Ex: Leite de Magnésia é um sol constituído por partículas sólidas de
hidróxido de magnésio dispersas em água.
Num colóide destacam-se duas partes:
- o dispersante, que é constituído de partículas menores
- o disperso também chamado de MICELAS ou TAGMAS que é a
parte de dimensões bastante maiores que aquelas que a circundam.
- As partículas do disperso são visíveis nos ultramicroscópio e podem
ser: a) agregados de íons b) moléculas c) macromoléculas d) íons
gigantes.
- As partículas do dispersante só são distinguidas por raio-X, e são
geralmente constituídas por moléculas podendo ser íons ou mesmo
átomos isolados.
As EMULSÕES são colóides nos quais um líquido está disperso em
outro.
Um exemplo comum é o leite, que consiste em glóbulos de gordura
dispersos em uma solução aquosa.
No processo de desnatação, os glóbulos maiores se separam.
No processo de homogeneização, o leite é forçado a passar sob
pressão através de pequenos orifícios de uma placa metálica para
quebrar os glóbulos e diminuir a possibilidade de formação de nata.

Um GEL é um tipo incomum de colóide, no qual um líquido contém um


sólido disposto em um fino retículo que se estende através do sistema.
Ambas as fases, sólida e líquida, são contínuas.
Exemplos de géis são geléias, gelatina, ágar e precipitados
semelhantes ao do hidróxido de alumínio.

Um AEROSSOL é um colóide obtido pela dispersão de um sólido ou


de um líquido em um gás.
O primeiro é chamado de FUMAÇA e o segundo NEVOEIRO (fog). A
fumaça de cigarro é um aerossol de cinza sólida em ar.
A névoa obtida na pulverização por bombas de DDT é um aerossol da
solução de DDT dispersa no ar.

ESPUMA é um colóide onde o disperso é gás e o dispersante é o


líquido. Ex: ar na espuma de sabão e ar no chantilly

Observe que não existe solução coloidal “gás + gás”, uma vez que
todos os gases são miscíveis entre si e produzem sempre soluções
verdadeiras.
Algumas Características que Permitem Distinguir Um
Sistema Coloidal de Uma Solução Verdadeira

a) Capacidade de difundir a luz ou a chamada OPALESCÊNCIA;


b) As partículas coloidais apresentam baixa difusão;
c) Sistema de baixa pressão osmótica;
d) Pode ter suas partículas separadas por diálise, quando se usa
membrana semi-permeável;
e) De maneira distinta das soluções verdadeiras é instável e apresenta
tendência à agregação do disperso, dando origem à coagulação;
f) Em geral pode ser submetido à eletroforese, fenômeno que resulta
do deslocamento das partículas coloidais, pela ação de um campo
elétrico.
Obs: O disperso ou “soluto” de um sistema coloidal deve apresentar
ao menos uma das dimensões no intervalo que vai de 1 a 100 nm. A
propósito, convém lembrar que normalmente as moléculas têm
dimensões menores que 1 nm.
Purificação dos Colóides

- Diálise: a solução coloidal é colocada dentro de uma membrana


permeável (celofane) e o líquido é forçado a circular ao seu redor ( na
verdade, o líquido atravessa a membrana). Como as partículas
coloidais não saem (ou saem muito lentamente) através da
membrana, as partículas são “lavadas” de suas impurezas
(evidentemente, só das impurezas realmente solúveis no líquido); o
fluxo contínuo do líquido “carrega”, deste modo, as impurezas para
fora da membrana permeável.
- Eletrodiálise: é a mesma diálise quando “apressamos” a saída das
impurezas com a utilização de um campo elétrico; evidentemente, isto
só dá resultado quando as impurezas são iônicas.
- Ultrafiltração: é a filtração através de filtros de porosidade muito fina,
de modo a permitir a passagem de impurezas em forma de solução
verdadeira e a retenção das partículas coloidais.
- Ultracentrifugação: com o emprego de centrífuga de altíssima
rotação, podemos inclusive separar partículas coloidais de diferentes
tamanhos; isto é usado, por exemplo, para separar as várias proteínas
existentes no sangue e estudar as moléstias do coração e sistema
circulatório.
Normalidade

É o número de Equivalentes-Grama do soluto dissolvidos em 1 L de


solução.
N = ne/V
Solução Normal é aquela que possui um equivalente-grama do soluto
dissolvido em 1 L de solução
Representa-se: N

O número de Eq-Grama de uma substância pode ser calculada de três


modos:
1- em função da massa da substância em gramas. ne = m/eq-grama
2- em função do volume da substância em litros. ne = v/eq-grama
3- em função da normalidade e volume da solução. ne = V. N
Reação entre Soluções

Baseado na lei de Richter podemos escrever o Princípio da


Equivalência:
“Em qualquer reação química, o número de equivalentes das
substâncias que participam da reação é sempre o mesmo”

a) HCl + NaOH ------ NaCl + H2O


36,5 40,0 58,5 18,0
1 mol 1 mol 1 mol 1 mol
1e 1e 1e 1e
b) H2SO4 + 2 NaOH ------ Na2SO4 + 2 H2O
98,0 80,0 142,0 36,0
1 mol 2 mols 1 mol 2 mols
2e 2e 2e 2e
c) H3PO4 + 3 NaOH ------ Na3PO4 + 3 H2O
98,0 120,0 164,0 54,0
1 mol 3 mols 1 mol 3 mols
3e 3e 3e 3e
Mistura de Solvente a Uma Solução (Diluição)

A mistura de solvente influi apenas no volume da solução. Como o


volume da solução aumenta, a concentração diminui C = m/V. Diluir é,
pois, diminuir a concentração. A massa do soluto, no entanto, permanece
a mesma quer em termos de gramas, mols ou equivalentes.

Ex: Qual o volume de água destilada que se deve adicionar a 20 ml de


uma solução N/5 de um ácido a fim de transformá-la em solução N/20?
N/5 = 1/5 x N = 0,2 N
N/20 = 1/20 x N = 0,05 NV = N’V’ 20 x 0,2 = 0,05 x V’
V’ = 80,0 ml como já tinha 20 ml
teremos, 80,0 ml – 20,0 ml = 60,0 ml é o volume
adicionado de solvente.
Mistura de Soluto a Uma Solução (Concentração)

Tendo-se uma solução e misturando-se soluto de uma mesma


natureza, a solução fica mais concentrada, visto as massas serem
aditivas.
(admite-se que não haja alteração de volume pela adição de soluto).
Ex: Qual é a massa em gramas de KOH sólido que se deve adicionar
a 250 ml de solução a 0,5 N de KOH a fim de transformá-la em
solução a 2,5 N ?
n meq = V x N = 250 ml x 0,5 N = 125 meq
n’ meq = V’ x N’ = 250 ml x 2,5 N = 625 meq
Portanto, 625 – 125 = 500 meq adicionados. Logo, 500 meq x 56 =
28.000 mg = 28 g de KOH
Mistura de Soluções

A mistura de soluções é um fenômeno físico, desde que sejam solutos


da mesma natureza. As massas dos solutos são aditivas e os volumes
das soluções também. (despreza-se contração de volumes)
Ex: 120 ml de solução 1,5 N de AgNO3 são misturados com 80 ml de
solução 0,8 N do mesmo sal. Qual será a normalidade da mistura ?

e = e’ + e”
VN = V’N’ + V”N”
200 ml x N = 120 ml x 1,5 + 80 ml x 0,8
N = 244/200 = 1,22

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