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ESF

Estratégia Saúde da Família

Disciplina: Vigilância Epidemiológica

Professora: Maria Cristina Furlaneto Marega


Conceito
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização
da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do
Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da
Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia
de expansão, qualificação e consolidação da atenção
básica por favorecer uma reorientação do processo de
trabalho com maior potencial de aprofundar os
princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de
ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde
das pessoas e coletividades, além de propiciar uma
importante relação custo-efetividade.
Equipe
1 Médico Clínico Geral

2 Enfermeiros (as) Geral

1 Cirurgião Dentista Geral

Auxiliares ou Técnicos em Enfermagem e


3 1 Auxiliar ou Técnico em Saúde Bucal

4 Agentes Comunitários de Saúde e


1 Agente de Controle de
Endemias
1 Auxiliar de Escrita e 1 Auxiliar de Serviços
Gerais
Estrutura
Sala de Inalação,
Aferição de Pressão
Arterial e Medição
da Glicemia
Recepção (destro) Sala do Enfermeiro
(a)

Sala dos Auxiliares


Sala de Sala de
e/ou Técnicos em
Procedimentos Coleta
Enfermagem
de PPN
Estrutura

Sala de Vacina Banheiros Masculino


Sala Médica e Feminino

Sala de Coleta de
Sala do Dentista Sangue
Estrutura
Banheiros Masculino
Sala de Reunião e e Feminino fora da
Expurgo
dos Agentes unidade

Quiosque para
Cozinha
realização de
mobilizações
sociais
Organização Funcional
Cada equipe de Saúde da Família (ESF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000
pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de
equidade (todos precisam de atenção, porém, não os mesmos atendimentos) para essa
definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de
vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de
vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe.
Organização Funcional
REUNIÃO DE EQUIPE: É realizada uma vez por semana, o horário geralmente é estipulado
no período da tarde, tem o intuito de discutir problemas capitados pela equipe relacionados aos
usuários bem como problemas internos, avisos, planejamentos, onde é instituída soluções, fica
acordado entre a equipe toda questão ética de não sair falando ou espalhando assuntos
discutidos nas reuniões bem como é registrada em ata toda a conversa e no fim assinatura dos
presentes.
Protocolo de Ação
MÉDICO: É um profissional que se ocupa da saúde humana, promovendo saúde, prevenindo, diagnosticando e tratando
doenças, com competência e resolutividade, responsabilizando-se pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário.
Para que possa atender à demanda dos indivíduos sob sua responsabilidade, deve realizar atividades programadas e de
atenção à demanda espontânea, de forma compartilhada, consultas clínicas e pequenos procedimentos cirúrgicos, quando
indicado na Unidade de Saúde, no domicílio ou em espaços comunitários, responsabilizando-se pela internação
hospitalar ou domiciliar e pelo acompanhamento do usuário. Além disso, o médico deve, em um trabalho conjunto com o
enfermeiro, realizar e fazer parte das atividades de educação permanente dos membros da equipe e participar do
gerenciamento dos insumos.

ENFERMEIRO: Profissional que exerce privativamente a direção dos órgãos de enfermagem e integra a estrutura
básica de instituições de saúde, pública ou privada, e a chefia de serviço de enfermagem, coordenando a atuação do
auxiliar e do técnico. Ao enfermeiro cabe atender a saúde dos indivíduos e famílias cadastradas, realizando consulta de
enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e, conforme protocolos, solicitar exames complementares, prescrever
medicações e gerenciar insumos e encaminhar usuários a outros serviços. Cabem a ele também as atividades de educação
permanente da equipe de enfermagem, bem como o gerenciamento e a avaliação das atividades da equipe, de maneira
particular do agente comunitário de saúde (ACS), que ocupa na ESF papel fundamental para a manutenção do vínculo
entre os usuários e a Unidade de Saúde .
CIRURGIÃO DENTISTA: É o profissional de saúde capacitado na área de odontologia, devendo
desenvolver com os demais membros da equipe atividades referentes à saúde bucal, integrando ações de
saúde de forma multidisciplinar. A ele cabe, em ação conjunta com o técnico em saúde bucal (TSB), definir
o perfil epidemiológico da população para o planejamento e a programação em saúde bucal, a fim de
oferecer atenção individual e atenção coletiva voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças
bucais, de forma integral e resolutiva. Sempre que necessário, deve realizar os procedimentos clínicos,
incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com
a fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares, além de realizar atividades programadas e de
atenção à demanda espontânea e ao controle de insumos. É responsável ainda pela supervisão técnica do
Técnico (TSB) e do Auxiliar (ASB) em Saúde Bucal e por participar com os demais profissionais da
Unidade de Saúde do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da ESF.
TÉCNICO E/OU AUXILIAR DE ENFERMAGEM: Ao técnico e auxiliar de enfermagem cabe, sob a
supervisão do enfermeiro, realizar procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão tanto na
Unidade de Saúde quanto em domicílio e outros espaços da comunidade, educação em saúde e educação
permanente. É responsável também por inserir os pedidos de exames relacionados a especialidades no
CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) conforme disponibilidade de vagas
oferecidas pela SMS.

AUXILIAR DE ESCRITA: Profissional que recepciona os pacientes e o orienta ou encaminha para outro
profissional conforme sua necessidade e políticas da unidade, avisa aos pacientes sobre data de coleta de
sangue agendada, organiza e auxilia as agendas do médico(a) e enfermeiro (a), realiza anotações nos
prontuários como pedidos de renovação de receitas, ou eventuais retiradas de exames do prontuário a pedido
do usuário, organiza e separa prontuários para consultas agendadas, controla pedidos de insumos, tais como,
folhas de sulfite, tooner de impressora, blocos de receitas, declarações e atestados bem como canetas, lápis,
entre outros afins. É responsável pela escritura da ATA no momento da reunião de equipe.
TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL: O TSB cabe, sob a supervisão do cirurgião-dentista, o acolhimento do
paciente nos serviços de saúde bucal, a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos, a
remoção do biofilme e as fotografias e tomadas de uso odontológicos a limpeza e a antissepsia do campo
operatório, antes e após atos cirúrgicos, e as medidas de biossegurança de produtos e resíduos
odontológicos. É importante que esse profissional integre ações de saúde de forma multidisciplinar,
oferecendo apoio e educação permanente aos ASB, ACS e agentes multiplicadores das ações de promoção
à saúde nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal. O auxiliar em saúde bucal (ASB) realiza
procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão, como limpeza, assepsia, desinfecção e
esterilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho, processa filme
radiográfico, seleciona moldeiras, prepara modelos em gesso, além das demais atividades atribuídas ao
TSB.
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE: Exerce o papel de “elo” entre a equipe e a comunidade, devendo
residir na área de atuação da equipe, vivenciando o cotidiano das famílias/indivíduo/comunidade com mais
intensidade em relação aos outros profissionais. É capacitado para reunir informações de saúde sobre a
comunidade e deve ter condição de dedicar oito horas por dia ao seu trabalho. Realiza visitas domiciliares na
área adscrita, produzindo dados capazes de dimensionar os principais problemas de saúde de sua comunidade.
Estudos identificam que o ACS, no seu dia a dia, apresenta dificuldade de lidar com o tempo, o excesso de
trabalho, a preservação do espaço familiar, o tempo de descanso, a desqualificação do seu trabalho e o cansaço
físico. A esses profissionais cabe cadastrar todas as pessoas do território, mantendo esses cadastros sempre
atualizados, orientando as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis. Devem acompanhá-las,
por meio de visitas domiciliarias e ações educativas individuais e coletivas, buscando sempre a integração entre a
equipe de saúde e a população adscrita à ESF. Devem desenvolver atividades de promoção da saúde, de
prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, mantendo como referência a média de uma
visita/família/mês ou, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade, em número maior. A eles cabe “o
acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de
transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e
municipal de acordo com o planejamento da equipe”. O ACS também é responsável por cobrir toda a população
cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família.
NASF: O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) foi criado pelo
Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil,
ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo
das ações.
Poderão compor o NASF profissionais das seguintes categorias: médico acupunturista, pediatra,
ginecologista/obstetra, homeopata, psiquiatra, geriatra, internista (clínica médica) ou médico do trabalho;
assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo;
nutricionista; psicólogo; terapeuta ocupacional; médico veterinário; profissional com formação em arte e
educação (arte educador); profissional de saúde sanitarista.
Algumas ações a serem desenvolvidas pelo NASF são descritas, a seguir:
Atendimentos compartilhados com as equipes de saúde da família na Unidade Básica de Saúde (UBS) e
em visitas domiciliares;
Atividades de grupo e oficinas;
Participação em reuniões de equipes de saúde da família para melhoria do diagnóstico e dos tratamentos
aos usuários, bem como na reflexão sobre as mudanças necessárias para melhor organização do seu
processo de trabalho;
Articulação intersetorial buscando qualificação do atendimento em rede .
AGENTE DE CONTROLE DE ENDEMIAS: Executar ações de campo para pesquisa
entomológica (insetos), malacológica (moluscos) ou coleta de reservatórios de doenças, e ações de
controle de doenças utilizando as medidas de controle químico, biológico, manejo ambiental ou
ações de manejo integrado de vetores;
Implementar ações de campo em projetos que visem avaliar novas metodologias de intervenção
para prevenção e controle de doenças;
Realizar cadastramento e atualização da base de imóveis para planejamento e definição de
estratégias de prevenção, intervenção e controle de doenças, com atualização dos mapas de
reconhecimento geográfico.

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS: Profissional que executa toda tarefa de limpeza e


organização da unidade, responsável pelo expurgo, como também o controle de insumos
relacionados a sua função.
SIAB
Sistema de Informação da Atenção Básica
COMO FUNCIONA?
O SIAB foi criado em 1998 como ferramenta
de planejamento e orientação para a gestão O SIAB é um sistema idealizado para
das equipes de saúde da família e constitui agregar e para processar as informações
um dos principais instrumentos de sobre a população visitada. Estas
monitoramento e avaliação da atenção básica informações são recolhidas em fichas de
à saúde; as informações coletadas têm por cadastramento e de acompanhamento e
objetivo o diagnóstico local em saúde e o analisadas a partir dos relatórios de
planejamento de ações no âmbito da unidade consolidação dos dados.
básica, visando a organização de acordo com
necessidades de saúde da população.
Pacto pela Saúde

Quando foi Criado? Porquê foi Criado?


O Pacto pela Saúde foi finalmente
assinado pelo Ministro da Saúde e O Pacto pela Saúde é um conjunto de
pelos presidentes do CONASS reformas institucionais do SUS pactuado
(Conselho Nacional de Secretários da entre as três esferas de gestão (União,
Saúde) e CONASEMS (Conselho Estados e Municípios) com o objetivo de
Nacional de Secretarias Municipais promover inovações nos processos e
de Saúde) em 2006, sendo publicado instrumentos de gestão, visando alcançar
pela Portaria GM n° 399/2006 1. maior eficiência e qualidade das
Brasil. Portaria n° 399, de 22 de respostas do Sistema Único de Saúde
fevereiro de 2006.
Pacto pela Saúde
Art. 1º As prioridades do Pacto pela Saúde, no componente Pacto
pela Vida, para o biênio 2010 - 2011 serão as seguintes:

I - atenção à saúde do idoso; V - promoção da saúde;


II - controle do câncer de colo de útero VI - fortalecimento da atenção básica;
e de mama; VII - saúde do trabalhador;
III - redução da mortalidade infantil e VIII - saúde mental;
materna; IX - fortalecimento da capacidade de
IV - fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas
respostas às doenças emergentes e com deficiência;
endemias, com ênfase na dengue, X - atenção integral às pessoas em
hanseníase, tuberculose, malária, situação ou risco de violência; e
influenza, hepatite e aids XI - saúde do homem.
Obrigado !
Alunos
Jean Carlos Viana Lima

Juliana Santos Souto Marconi

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