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Manuel Soares Nº13 12ºE

(...) Portugal apresentava em 2018 um índice de Gini, a medida clássica de desigualdade, de 32,1%, acima da média
da UE de 30,4%. O rendimento médio de alguém que pertence aos 10% com rendimentos mais altos era 8,6 vezes
maior do que o de que alguém nos 10% mais baixos.
Em 2017, esses 10% com maiores rendimentos captaram 37,1% do rendimento nacional antes de impostos, enquanto
que a metade da população com menos rendimentos ficou apenas com 18,7% – estes números passam para 30,8% e
23,3%, respetivamente, quando os impostos são tidos em conta.
A taxa de risco de pobreza em 2018 foi de 17,2%, um número que seria bastante mais alto não fossem as
transferências sociais – 43,4%. Nesse ano, 2,2 milhões de cidadãos encontravam-se numa situação de pobreza ou
exclusão social, sendo a taxa de privação material de 15,1%. (…)
No resto do Ocidente, a desigualdade diminuiu bastante na primeira metade do século XX e manteve-se baixa até aos
anos 80, quando começou a subir continuamente.
Já em Portugal, a desigualdade de rendimentos manteve-se elevada durante a maior parte do século passado –
embora não seja claro o que aconteceu entre a queda da monarquia e os primeiros anos do Estado Novo, por não
haver dados anteriores a 1974.
Só na década de 70, a seguir ao 25 de abril, é que há finalmente uma queda muito acentuada dos vários indicadores
de desigualdade – embora, mais uma vez, não haja a certeza se a queda não começou na década anterior. Mas logo a
partir dos anos 80, depois da abertura de Portugal ao mundo, o país começa a seguir a tal tendência global de
crescimento da desigualdade, que só abranda no início deste século.

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