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CE MERCANTE

Sistema Eletrônico de Controle da Arrecadação do Adicional


ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. 
O CE Mercante foi instituído pela Portaria nº 328/ 2001,
do Ministério dos Transportes, o Conhecimento Eletrônico
(CE)
Mercante, é um número gerado pelo Sistema Eletrônico de
Controle da Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação
da Marinha Mercante (AFRMM).
“Conhecimento eletrônico (CE) – conhecimento de
carga informado à autoridade aduaneira
na forma eletrônica, mediante certificação digital do emitente.”
• Em uma perspectiva geral, essa sistemática teve como
objetivo estabelecer os critérios e disciplinar os
procedimentos para a disponibilização de dados do
transporte aquaviário no Sistema Eletrônico de Controle da
Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da
Marinha Mercante
• O sistema mudou a informatização de um processo do
AFRMM que é a Arrecadação do Adicional ao Frete para
Renovação da Marinha Mercante,  que durante anos foi feito
por formulários e com pouco às vezes, quase nenhum, rigor
no controle operacional.
Como surgiu?
O CE Mercante, CE – Conhecimento Eletrônico, foi
criado através da portaria nº 328/2001 do Ministério
de Transportes é um número gerado pelo Sistema
Eletrônico de Controle da AFRMM – Arrecadação do
Adicional ao Frete para Renovação da Marinha
Mercante.
Abaixo conceito do Mercante de acordo com o decreto
5.543/05 art. 2º:

VII – Mercante: sistema eletrônico de controle da


arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante – AFRMM.
Qual objetivo
O Sistema tem como objetivo sistematizar o tratamento das
informações provenientes das operações de transporte de cargas por
via marítima, além de promover a integração entre os diversos sistemas
de informações institucionais do Governo Federal, no âmbito do
comércio exterior, destacando-se os diversos sistemas da família
SISCOMEX e, em especial o Siscomex CARGA.
Outros objetivos como:

Desburocratizar as ações e reduzir os custos operacionais referentes


aos métodos e procedimentos para liberação de cargas nos portos;
Automatizar a arrecadação do AFRMM e aprimorar o desempenho das
Unidades Regionais a partir do estabelecimento de mecanismos de
controle automático ;
Propiciar total gestão dos processos de concessão dos benefícios fiscais
previstos em Lei.
Quem inclui os dados no Mercante?
Como representantes das empresas de navegação, as agências de
navegação, são responsáveis pela inclusão das escalas do navio,
manifesto, e por serem detentoras das informações contidas nos
conhecimentos de embarque Máster.
Assim, transmitem eletronicamente, por meio do Sistema “Mercante”,
os dados contidos em cada processo, gerando um número de CE
Máster.
Os agentes de carga, por sua vez, efetuam a desconsolidação eletrônica
de seus conhecimentos Máster informando os respectivos houses no
Mercante.
Quais os prazos dados pela RFB
A empresa de navegação deve transmitir as informações do
seu conhecimento Máster 48h antes da chegada da
embarcação no primeiro porto de escala nacional.
O agente de cargas deve desconsolidar o conhecimento
Máster 48h antes da chegada do seu processo no porto de
descarga final.
• Exceto em rota de exceção como importações provenientes
de portos estrangeiros próximos ao Brasil, como por
exemplo, Buenos Aires, Uruguai, Panamá podendo variar
este prazo dependendo da embarcação e sua origem entre
12h a 24h antes da chegada, registrados no Siscomex Carga
pela Coordenação Geral de Administração Aduaneira
(Coana), podendo ser consultado pelo transportador.
• Caso você não consiga prestar alguma informação fora do
prazo, será gerado, automaticamente uma multa.  Essas
multas serão geradas de acordo com a formalização da auto
infração em processo fiscal.
• Em casos como “correção de conhecimento”, prevista
no art. 44 do Decreto nº 4543, de 2002 do
Regulamento Aduaneiro, não se configuram como
infrações, logo não cabe a aplicação de multas. O
decreto diz que:
“Decreto nº 4.543 – Art. 44. Para efeitos fiscais, qualquer
correção no conhecimento de carga deverá ser feita por carta
de correção dirigida pelo emitente do conhecimento à
autoridade aduaneira do local de descarga,
a qual, se aceita, implicará correção do manifesto”.
Como consultar uma CE
Para consultar uma CE, você deve acessar o site da Receita
Federal e acessar as seguintes páginas:
Sistema Mercante > Aba Conhecimento =>
Conhecimento/BL/BL-House => Consultar  => Item de Carga.

Informe os parâmetros de entrada como o número do CE


Mercante e do item de carga, conforme imagem abaixo:
A ligação do CE – Mercante com a DUIMP
O que alguns profissionais sabem, é que o CE –
Mercante aparece na DUIMP. A DUIMP que em 1º de
outubro de 2018 foi iniciada a fase do projeto piloto,
onde apenas no modal aquaviário para empresas
certificadas pela OEA conseguem gerar a DUIMP.
• Os impactos esperados que são relacionados a essa grande
mudança é grande, já que os procedimentos impactam
diretamente na rotina de importadores, tradings e demais
players do mercado. De acordo com o Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), poderá
ocorrer uma
economia anual de US$ 23 bilhões ao ano para o setor.
Operadores Econômicos Autorizados - OEA
• Conforme o artigo1º, parágrafo 1º da Instrução Normativa
RFB nº 1598/2015, considera-se Operador Econômico
Autorizado (OEA) o interveniente em operação de comércio
exterior envolvido na movimentação internacional de
mercadorias a qualquer título que, mediante o cumprimento
voluntário dos critérios de segurança aplicados à cadeia
logística ou das obrigações tributárias e aduaneiras exigidos
pelo Programa OEA, seja certificado pela RFB como OEA.
• Desta forma, podem requerer a certificação OEA os intervenientes
constantes do artigo 4º deste mesmo instrumento legal:
• Importador
• Exportador
• Transportador
• Agente de Carga
• Depositário de mercadoria sob controle aduaneiro
• Operador Portuário ou Aeroportuário
• Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex)
• O Programa OEA tem caráter voluntário e a não adesão por
parte dos intervenientes não implica impedimento ou
limitação na sua atuação como interveniente em operações
regulares de comércio exterior.
• O artigo 4º, acima citado, traz um rol taxativo das
categorias de operadores econômicos que podem ser
certificadas pelo Programa OEA. Assim, se a atividade
desenvolvida pela sua empresa não estiver contida dentre as
citadas nos incisos deste artigo, sua participação no
Programa OEA não será permitida.
• O parágrafo 3º deste mesmo artigo, traz a possibilidade de
serem introduzidas novas categorias de intervenientes, como
se lê: “A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira
(COANA) poderá estender a certificação a outros
intervenientes da cadeia logística no fluxo do comércio
exterior. ”

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