Mundo Multipolar

p. 114 - 140

FINANÇAS

TROCAS
PRODUÇÃO
Prof. Dr. Gustavo F. Olesko
Fim da Guerra Fria
• Desde 1989, a humanidade começou assistir a uma série de eventos
que até então eram imagináveis. A queda do Muro de Berlim era
impensável, bem como a reunificação da Alemanha Ocidental e da
Oriental, em 1990.
• Por fim, em dezembro de 1991, foi selada a desagregação
geopolítica e territorial da União Soviética.
Derrubada do muro de Berlim 1989
Nova ordem mundial
• Início: queda do muro de Berlim (1989) e fim da URSS (1991);
• Neoliberalismo como ideologia dominante;
• Capital sem fronteiras;
• Aceleração da Globalização;
• Multipolaridade ou ... Mundo unipolar?

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Divisão Internacional do Trabalho

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O mundo e a divisão Norte-Sul

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Guerra fria e multipolarização

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GEOPOLITICA:
• Fim da Guerra Fria e da Bipolarização, ou seja, fim do antagonismo
existente entre socialismo e capitalismo.
• Desaparecimento do PACTO DE VARSÓVIA, a partir de então some a
aliança militar do bloco socialista, até porque estamos vivendo a
derrocada do socialismo.
• Mudanças de perfil da OTAN, esse organismo passa a desenvolver
novas funções, devido o fim da guerra fria e da bipolaridade.

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ECONÔMICA
• Aprofundamento do desenvolvimento do capitalismo, pois estamos
diante de uma nova fase do capitalismo, que apresenta novas
característica produtiva.
• Globalização que é a fase atual o capitalismo onde se verifica uma
interdependência entre os estados nações.
• Aparecimento de organizações entre países que ficaram conhecidas
como blocos de poder, como é o caso a União Europeia (EU) e do
NAFTA.

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Características da nova ordem mundial
• Aparecimento de novos centros de poder econômico (Japão
e Alemanha) um no extremo oriente e outro dentro da
Europa.

• Obs: no início do século XXI a China se torna um polo de

poder emergente da nova ordem mundial.
• Retorno da questão étnica: Balcãs, Cáucaso, curdistão, África
subsaariana...

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 Globalização
• Características
– Transportes e comunicações mais velozes
– Maior fluxo de pessoas, mercadorias e informações
– Formação de redes geográficas
– Flexibilização das fronteiras
O encurtamento de distâncias e a diminuição do tempo que levamos para executar determinadas tarefas são os principais
motores da globalização, um movimento apoiado em ferramentas modernas, como a comunicação via satélite e a internet.
Os processos produtivos, capitaneados pelas corporações transnacionais, foram disseminados pelos maciços investimentos de
capital pelo mundo. A difusão quase instantânea de informações – redes informatizadas – estabeleceu padrões de consumo
internacionais, assim como possibilitou a difusão de empresas conhecidas mundialmente.
 Globalização
• Aspectos positivos
– Maior disponibilidade de mercadorias e serviços
– Investimento a nível global
– Cooperação entre governos
– Maior acesso à informação
As redes de comunicação nesse mundo globalizado, cada vez mais rápidas e eficientes, permitiram a comunicação e o
acesso rápido a qualquer parte do globo de forma instantânea.
 Globalização
• Aspectos negativos
– Deslocamento da produção (desemprego)
– Padronização cultural
– Falta de regulamentação internacional
– Poder das grandes corporações
Outro problema que se configura nesse processo é a grande dependência econômica dos países mais pobres para com os
mais ricos, ocasionada não só pela colonização, mas também pelo imperialismo. Isso acontece justamente por conta da
integração econômica mundial, que sempre acompanhou a globalização.
A globalização se dá de forma desigual, beneficiando, quase sempre, as localidades economicamente mais desenvolvidas e
chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões.
O processo de globalização cultural não se dissemina de forma igualitária, de modo que alguns centros economicamente
dominantes transmitem em maior número os seus elementos culturais.
O Fórum Social Mundial é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de
muitos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social da
globalização.

Antiglobalização é um termo genérico, utilizado sobretudo durante os anos 1990, para descrever o movimento de oposição
aos aspectos capitalista-liberais da globalização.
 Como foi possível acontecer a globalização?

A globalização econômica só foi possível porque houve a combinação de dois condicionantes fundamentais para o aumento
dos fluxos de mercadorias e serviços: técnicos e políticos.
 Fator técnico
• Revolução técnico-científica (déc. 1970)
– Ciência a favor da produção capitalista
– Avanços nos transportes e telecomunicações
 Fator político
• Desregulamentação da economia (déc. 1980)
– Neoliberalismo
– Consenso de Washington (América Latina)
 Redes geográficas
• Nova organização do espaço
– Expansão dos “fixos”
– Ampliação dos “fluxos”

As redes adquirem uma interessante conformação: apresentam-se materiais, através dos computadores, redes de fibra ótica,
satélites, entre outros; entretanto, seu fluxo de informações é imaterial, não visível, virtual.
Telegeography: http://www.submarinecablemap.com/#/

Penetração da Internet nos países desenvolvidos é de 81%, enquanto nos países em desenvolvimento fica em 40% e, nas
nações mais pobres, em 15%. Enquanto banda larga móvel sobe mais nos emergentes, a Internet fixa tem maior avanço nos
países mais ricos, segundo relatório divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Há, neste momento, grande expansão do capital especulativo (volátil ou de curto prazo), aplicado em nível global,
principalmente, via bolsa de valores. Isso diminui a geração de lucros pela produção, que significa, por exemplo, a redução de
empregos, já que, nessa forma de acumulação, o capital pode “reproduzir-se” por si mesmo.
 Transnacionais
• Flexibilização na localização
– Buscam vantagens (reduzir custos)
– Produção globalizada

• Forte poder
– Concentração de capitais
– Influência política

Empresas que possuem matriz em seu país de origem e atuam em outros países através da instalação de filiais, são
classificadas como empresas transnacionais.
O crescimento do comércio internacional também está ligado à ação dos organismos internacionais criados para
fomentar e regular as trocas comerciais entre os países.
 Organização Mundial do Comércio
(OMC)

A OMC, criada em 1995 em substituição ao GATT, é o mais importante órgão fiscalizador do comércio internacional,
promovendo o incentivo ao comércio por meio de regras sobre as tarifas alfandegárias.
A Rodada Doha (Catar, 2001) teve como alvo a diminuição das práticas comerciais protecionistas e barreiras alfandegárias,
além de propor soluções referentes a patentes comerciais.

A maior crítica à OMC é que sua atuação é mais branda com os países ricos no que diz respeito à eliminação de
barreiras comerciais nos setores agrícola, têxtil e siderúrgico.
O Brasil, por exemplo, já protagonizou muitas disputas comerciais, nas quais foi dificultada a entrada de nossos produtos
(açúcar, carne, algodão) em países ricos.
 Fundo Monetário Internacional
(FMI)

O FMI foi criado como consequência da Conferência de Bretton Woods, em 1944, e sua principal função é financiar o
crescimento econômico de países com carência de recursos e socorrer países em crise.
Apesar da aparente intenção de fornecer ajuda aos países, especialmente aos pobres, o FMI tem sido usado com um
instrumento para alcançar os anseios dos países ricos.
 Banco
Mundial

O Banco Mundial também foi criado após Bretton Woods, em 1944, e tem como objetivo financiar projetos de
desenvolvimento econômico e social para países em crescimento, principalmente no setor de infraestrutura.
 Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico
(OCDE)

A OCDE, fundada em 1961, é um fórum para discussão da política econômica e social, elaborando publicações a esse
respeito.
As regras do comércio mundial proporcionam imensas vantagens aos países desenvolvidos, que são produtores de
tecnologia, detentores de capital e praticantes de protecionismo comercial.
G-20 Comercial (ou da OMC) é um grupo de nações emergentes que desejam a redução na cobrança de tarifas sobre
produtos agrícolas importados pelos países ricos.

Os países emergentes ampliaram suas participações no comércio mundial em decorrência de alguns fatores, como o
aumento da classe média, a expansão do comércio Sul-Sul e a redução do custo dos transportes pela evolução tecnológica.
A medida que as fronteiras econômicas entre os países diminuem com a globalização, esse capital se torna muito volátil, pois
pode ser repentinamente retirado de determinado mercado e aplicado em outro

O mercado financeiro ou de capitais envolve uma movimentação fabulosa de recursos financeiros utilizados na compra e
venda de ações ou títulos públicos, criando uma rede de investimentos e negócios globais.
As Divisões Internacionais do Trabalho
 Regionalização mundial
• Até 1ª GGM
– Imperialismo
– Metrópole e colônia
Até a Primeira Grande Guerra Mundial, os Estados-nação eram classificados em potências imperialistas e suas colônias.
 Regionalização mundial
• Pós 2ª GGM
– Guerra Fria
– Primeiro, segundo e terceiro mundo
 Oeste Leste

“Não alinhamento” ou “terceiro-mundismo”: linha diplomática estabelecida durante a Conferência de Bandung (Indonésia) na
década de 1950. O terceiro-mundismo defendia uma postura equidistante das duas linhas ideológicas que dominaram o
período da Guerra Fria, o capitalismo e o socialismo.
 Regionalização mundial
• Pós Guerra Fria
– Globalização
– Desenvolvidos e subdesenvolvidos
Segundo o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu livro Geografia do Subdesenvolvimento, de 1960, o termo origina-se de
under development, cunhado pelos políticos norte-americanos, após a Segunda Grande Guerra Mundial, para se referir a um
grupo de países que apresentavam condições socioeconômicas abaixo do nível aceitável.
Países do norte desenvolvido aparecem hipertrofiados pelo controle e domínio que exercem na economia mundial. Regiões e
até continentes inteiros do sul subdesenvolvido praticamente desaparecem, como é o caso da África, do mundo árabe e de
grande porção da Ásia. Na América Latina, só aparecem, pela ordem, Brasil, México e Argentina.
Norte

Sul
 Subdesenvolvimento
• Características
– Dependência tecnológica e financeira
– Exportação de commodities
– Baixo IDH
– Corrupção
– Desigualdade social
 O que são “países emergentes”?
Brics é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul, que se destacaram no cenário mundial pelo
rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento

Os países emergentes são aqueles classificados como subdesenvolvidos e que, no entanto, apresentam um relativo
desenvolvimento econômico e social em comparação com as nações mais pobres do planeta.
 A teoria do “sistema-mundo”

A teoria do "sistema-mundo" baseia-se na divisão inter-regional e transnacional do trabalho e resulta na divisão

do mundo em países centrais, semiperiféricos e periféricos.
O subdesenvolvimento não é, como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. O
subdesenvolvimento é um produto ou um subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração
econômica colonial ou neocolonial, que continua se exercendo sobre diversas regiões do planeta.
 OTAN - NA NOVA ORDEM MUNDIAL
• Manter a ordem política dentro do continente europeu,
Proteger os interesses econômicos das potências ocidentais;
• Manter vivo os interesses da indústria armamentista norte
americana e européia;
• Reafirmar o poder militar dos estados unidos no mundo
multipolar (Pax Americana) – Paz imposta de acordo com os
interesses americanos.
• Conter de forma incisiva os avanços do terrorismo no continente
europeu;
• Resguardar os paises membros das instabilidades políticos
existente no leste europeu.
• Proteger os países do continente europeu de uma possível
ameaça russa

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 Pax Americana

Corresponde a forma como o EUA veem

os outros países do mundo, pois a partir
da utilização da Pax americana
verificamos que, o seu governo, deixa de
respeitar a soberania dos demais
estados nações, por achar que são
superiores a qualquer outra civilização,
inclusive a europeia. Um exemplo dessa
Pax americana foi a Guerra do Iraque no
início da década de 2003.

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Início do século XXI - Doutrina Bush

Linha de ação baseada em um conjunto de princípios, que

permitem ao governo dos Estados Unidos:
• defender-se de modo preventivo e antecipado;
• estabelecer alianças com outros países para derrotar o
terrorismo no mundo;
• não permitir a ascensão de qualquer país a uma situação de
potência militar.
• Essa linha de ação poderá sofrer alterações com a
chegada ao poder do presidente Obama, que, já
ordenou, por exemplo, o fechamento da prisão de
Guantánamo, em Cuba
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A partir de 2016... Doutrina Trump
• Ruptura da pax estadunidense;
• EUA como “falcão” político e econômico;
• Apoio explícito para aqueles que tem mesma visão política
econômica;
• Ascenção do chamado “populismo de direita” no mundo;
• Crítica pesada à globalização, mas mantém/amplia o neoliberalismo;

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 VELHA ORDEM MUNDIAL – 1945-1989

PERÍODO HISTÓRICO
1970 1980 1989

Crise do Welfare State Teoria de Hayek – obra: Neoliberalismo: Queda do

O caminho da servidão Re-estruturação Muro de Berlim
do capitalismo
Crise do petróleo: Crítica teórica Fim do regime
1973, 75, 79 ao Estado Keynesiano Socialista de Estado
Implementação:
Guerra do Vietnã - Chile 73
Destruir os sindicatos
- Inglaterra 79
- EUA 1980
Crise do capitalismo Tecnicismo
– Toyotismo - desemprego 1990-2001:
Hegemonia dos EUA

Corte dos gastos sociais Unipolarismo militar

Blocos econômicos Multilateralismo econômico

NAFTA União Européia Mercosul Tigres asiáticos

 NEOLIBERALISMO

1989 1990 1992

Consenso de
Neoliberalismo
Washington
no Brasil

Nova re-estruturação Desonerar Collor de Mello o

do capitalismo fiscalmente o capital “Salvador da Pátria”

Rigoroso esforço
Corte violento Surpreendente
de equilíbrio fiscal
no gasto público reforma do Estado
Programa de reformas Desmonte radical
administrativas, do modelo anterior Reforma Constitucional
previdenciárias e fiscais (Estado interventor

Flexibilização Desregulamentação Planificação econômica

das relações de trabalho econômica – controle da inflação
Negociações
Abertura de mercado
com o FMI