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A AÇÃO HUMANA

Análise e Compreensão do Agir


Ponto 1
OS VALORES : Análise e Compreensão da Experiência Valorativa

- A Rede conceptual da ação


- Conhecer os conceitos da rede conceptual da
ação
- Distinguir ações de não ações
-Explicar o papel das condicionantes da ação
humana
- Conceitos nucleares
Filosofia 10º ano Turma C
Determinismo e Liberdade
Ponto 2
-O problema do livre – arbítrio
Conceitos Nucleares : Liberdade, Determinismo,
Causalidade, Indeterminismo
Paradoxo, Dilema
Correntes Filosóficas : Determinismo Radical
Libertismo, Compatibilismo (Autores )
A Filosofia da Ação
É uma área da filosofia interdisciplinar que procura explicar a natureza e
a racionalidade da ação humana e responder a questões como :
O QUE SÃO AÇÕES E O QUE É O AGIR ?
O que distingue ações de acontecimentos ?
Que relação existe entre ação , liberdade e responsabilidade
Se somos racionais, como explicar comportamentos humanos irracionais,
como os maus tratos em humanos, animais, e o consumo de drogas ?
A Rede conceptual da Ação
É pelo instinto que os animais não humanos respondem ao seu meio e
satisfazem necessidades vitais básicas: alimentação , reprodução , defesa…a
natureza programou-os com os recursos indispensáveis à tarefa de
sobrevivência da espécie.
Por exemplo as tartarugas marinhas, passam grande parte do tempo
submersas e só abandonam a água para se reproduziram. Desde que o seu
ambiente permaneça relativamente estável , os não humanos parecem
“saber “, à partida , responder de modo muito mais eficaz do que os
humanos . Os humanos nascem inacabados , TÊM DE APRENDER quase
tudo sobre si mesmos e sobre o mundo que os rodeia. Resta –lhes
ultrapassar as suas limitações através da ação.
Mas do que falamos quando
falamos em ação ?
- há coisas que acontecem . Todos as ocorrências do
universo são acontecimentos
- há coisas que nos acontecem . Limitamo-nos a ser
recetores desses acontecimentos que embora dependam
de nós afetam –nos . Exemplo;movimento da terra ou
o envelhecimento das nossas células, por exemplo.
O que é agir ? Como se distingue a ação e o agir de
outros movimentos que outros seres fazem ? Bem como
os gestos que executam ?
A Rede conceptual da Ação
Humana
Existem coisas que fazemos . Todos os
acontecimentos que partem de nós são realizações
nossas. Exemplo. Mover uma perna.
Existem coisas que fazemos inconscientemente. Nestas situações não sabemos que
estamos a executar ;(ressonar enquanto dormimos ).
Há coisas que fazemos consciente mas involuntariamente, estas não dependem da
nossas intenção , por exemplo ; (tremer de frio ).
Há coisas que fazemos voluntariamente e conscientemente. Nestas situações dizemos
que temos a intenção ; “quero conversar “.

O termo ação, deve ser reservado só para aquilo que fazemos voluntariamente e
conscientemente, com uma finalidade proposta por um agente.
Continuação…Rede Conceptual da
Ação
Agente: é aquele que toma a iniciativa da ação ,
por isso ele é o responsável , é aquele que responde
pelos atos praticados livremente por si. Responde
à questão “quem faz “ ?
Motivo :designa uma razão para agir , remete
para uma intenção, para a consciência do
agente.”Porque faz “ ?e é com ele que justificamos
as nossas defesas com crenças, desejos, situações…
Conceitos nucleares da rede
Conceptual da Ação
Tal como recorda o Filósofo basco Mosterín(1978 ), “Tudo
o que fazemos faz parte da nossa conduta, mas nem tudo o
que fazemos constituí uma ação “.

-Ação: designa algo que um ser humano executa


intencionalmente. Tem por finalidade a transformação do
agente e do seu mundo. “é uma interferência consciente e
voluntária de um ser humano “.
Continuando …Rede Conceptual da
Ação
Intenção : corresponde ao propósito é a
finalidade da ação e , neste sentido , remete para o
espaço mental do agente. Serve para identificar a
ação.” Que faz “? Relaciona-se com os desejos e é
com eles que nos justificamos , explicamos e
desculpamos. Inclui crenças e desejos.
Continuação…
Deliberação :corresponde à ponderação , por parte
do agente , dos diferentes fatores e razões que tornam
uma alternativa preferível à outra , tendo em conta os
dados disponíveis e as consequências previsíveis pela
escolha .
Que antecede a decisão.

Decisão : é a opção por uma das alternativas ao


dispor do agente . PÕE termo à deliberação.
 Ver fichas de trabalhos e manual .
Situação – Problema
“Recentemente li uma noticia no jornal sobre um jovem pai que se
esqueceu de deixar a sua filha bebé no infantário quando ia para o
trabalho. A bebé passou o dia todo dentro do carro num parque de
estacionamento sobreaquecido. Quando o pai chegou ao final do dia ,
foi como de costume ao infantário e disseram-lhe : “hoje não a deixou
cá “.Correu de volta para o carro para a encontrar ainda presa na sua
cadeira na parte de trás ,eis que estava morta. Se o leitor conseguir
ponha-se na pele deste homem …
Não sei mais nada sobre este jovem pai . É concebível que seja um ser
humano insensível e irresponsável , um vilão que merece o desprezo de
todos nós .Mas também ´concebível que seja basicamente uma boa
pessoa , uma vitima do azar cósmico. “
 DANIEL DENNETT, A Liberdade , Temas e Debates
Estamos perante uma Situação - Problema que
exige que sejam levantadas várias Questões
1- Deixar a bebé no carro foi resultado de uma decisão
racional, deliberada refletida ?
2-O pai tinha intenção , a vontade o desejo de matar a bebé ?
3-Quais os motivos que o levaram a agir daquela maneira ?
4- Num caso como este, dentro de que medida será o pai
responsável ou culpado ?
5- Que sentido podem assumir para o pai , partir da ideia real da
vida e da morte da filha ?
Concluindo , a ação humana é um verdadeiro
Problema Filosófico
Na ação humana temos que distinguir aquilo que
fazemos daquilo que nos acontece
O que fazemos é voluntariamente e
conscientemente
O que distingue a ação do acontecimento é a
intenção
A intenção é o guia da ação, é intencional,
exemplo; morrer é algo que me acontece, suicidar-
me é uma escolha, pressupõe uma intenção
Perante os vários acontecimentos o ser humano deve
ter ações, sobretudo; boas ações
Atos do homem, são biológicos podem ser
involuntários.
Atos humanos, são conscientes.

MAS SERÁ QUE SOMOS LIVRES OU


ESTAMOS DETERMINADOS ?
Determinismo e Liberdade na Ação
Humana
O livre arbítrio
A noção de livre arbítrio corresponde a
liberdade, possibilidade de escolha de
autodeterminação, ou ao ato voluntário autónomo
de qualquer constrangimento interno e externo
O livre arbítrio corresponde a uma vontade livre
e responsável de um agente racional (ver mais à frente ).
Questões que se impõe:
Será que somos livres ou determinados ?
Será que a nossa vontade é verdadeiramente
autónoma e independente de qualquer
constrangimentos ou condicionantes internas ou
externas ?
Não existirão condicionalismos que anulam ou
impeçam a nossa liberdade ou livre arbítrio ?
Determinismo e Liberdade na Ação
Humana
O livre arbítrio
A noção de livre arbítrio corresponde a
liberdade, possibilidade de escolha de
autodeterminação, ou ao ato voluntário autónomo
de qualquer constrangimento interno e externo
O livre arbítrio corresponde a uma vontade livre
e responsável de um agente racional
Condicionantes da ação Humana
Se alguém for forçado a agir de certa forma ,
será legitimo responsabilizá-lo por determinada
ação ?
 Que forças condicionam a nossa ação ?
“a liberdade consiste em escolher dentro de certas
limitações provenientes da ação A liberdade está
condicionada mas não está determinada, mas também
não somos completamente livres, somos sim responsáveis
pelos nossos atos “.
Condicionantes da ação humana
A )Condicionante Biológica /Física
B)Condicionante Histórica /Cultural
C)Condicionantes Psicológicas da ação
Condicionante Biológica e Física da
Ação
Esta condicionante está ligada aos nossos genes . O
homem herda um património genético dos seus
progenitores (sexo, cor da pele, cor dos olhos...) que se
constitui como um conjunto de condicionantes das
suas ações. A estrutura do nosso corpo e a sua relação
com o meio ambiente condicionam o que podemos
fazer e como o podemos escolher . As caraterísticas do
corpo humano, ao mesmo tempo que limitam, abrem
um enorme campo de possibilidades.
Condicionante Histórica e cultural
O agir humano está dependente do meio social,
cultural, científico tecnológico e histórico em que o
sujeito vive. O homem é influenciado pelas regras
sociais, hábitos, costumes, padrões culturais, pelos
avanços técnicos, educação e pelo tipo de
socialização recebida. Toda a ação acontece num
determinado ambiente num certo contexto .
Condicionantes Psicológica
(Individual )
Dois gémeos verdadeiros (monozigóticos), mesmo
tendo o mesmo código genético e crescendo no mesmo
meio social, desenvolvem personalidades diferentes,
por causa das suas experiências psicológicas
individuais. Há acontecimentos que podem ser
traumáticos ou marcantes (acidentes, paixões,
prémios, castigos, etc.) que, aliados às escolhas
individuais, vão marcando cada um dos indivíduos,
fazendo com que cada um tenha a sua história, o seu
percurso existencial.
As condicionantes psicológicas ou individuais A
importância da liberdade
O homem é um ser capaz de fazer escolhas que
dependem da sua mente. Mesmo que essas
escolhas sejam condicionadas (e muito) por
factores biológicos, culturais e situacionais, as
tomadas de decisão que delas resultam são fruto
da criatividade e da vontade do indivíduo que as
faz. Por isso, o homem está sempre em aberto,
constrói-se a si mesmo através das suas escolhas e
das suas ações .
O grave problema social do tráfico de droga
Aprendemos que a liberdade, apesar do enorme poder que acarreta, é algo frágil e que, por isso, deve ser sempre
conjugada com valores fundamentados.
Há jovens que confundem felicidade com o simples prazer, mas é essencial reconhecer a sua distinção. O prazer
corresponde a estados passageiros de bem-estar que rapidamente desaparecem e que podem conduzir uma pessoa ao
abismo sem retorno. A felicidade, pelo contrário, é um estado mais permanente e não se limita ao imediato.
No momento em que ficamos reféns do simples prazer, somos menos livres e, por consequência, menos felizes.
É frequente ouvirmos notícias de pessoas que são apanhadas no tráfico de droga, colocando em risco a sua própria
saúde e as relações com os seus familiares e amigos.
A produção e o tráfico de drogas são atos completamente desumanos, escandalosos e imorais.
O tráfico de drogas atenta contra o bem dos outros e contra o próprio bem.
A "liberdade" de vender não respeita a responsabilidade que todos devemos ter por todos.
Sempre que tentamos definir liberdade, a resposta acaba sempre por ser a mesma: "Fazer o que nos apetece", mas, se a
entendermos desta maneira, acabamos sempre no insucesso, no fracasso e na desilusão. Esta interpretação errada pelo ser
humano, converte a liberdade em libertinagem e capricho. Ao contrário do que pensamos, liberdade significa o bem, o
que nem sempre coincide com o que nos apetece fazer.
Muitas vezes usamos o argumento de que somos livres e de que ninguém nos diz o que fazer e usamos isso para justificar
o nosso desinteresse. Mas o desinteresse e o capricho são exatamente o contrário de liberdade.
Diariamente, muitas pessoas violam a liberdade dos outros.
A minha liberdade manifesta-se no bem que provoco no outro. Se o meu gesto, as minhas escolhas causam no outro
injustiça, violência, dependência, vida infeliz... então não sou livre, não vivo em liberdade.
Mas será essa a autêntica liberdade pela qual vale a pena lutar ?
e Tribunal de Setúbal aplicou esta quarta-feira a pena mais pesada por maus tratos a
animais desde que a legislação entrou em vigor, em 2014. O arguido, um agricultor
e gerente de uma empresa agrícola de 60 anos, foi condenado a quatro anos e seis
meses de pena suspensa por maus tratos a 24 animais de companhia. O
indivíduo foi considerado culpado de 17 crimes de maus tratos e oito crimes de
maus tratos agravados – estes últimos devem-se aos cães que acabaram por morrer.
O tribunal aplicou então uma pena de prisão de um ou dois meses por cada um dos
17 animais que não morreram e três meses por cada um que acabou por não
sobreviver, num cúmulo jurídico de quatro anos e seis meses de pena suspensa e
sujeição a regime de prova. O arguido terá ainda de pagar 2.500 euros à associação
que acolheu os 17 cães e está proibido de deter animais de companhia durante cinco
anos, o período máximo previsto na lei.

a. É t
Conceitos Nucleares:
-Determinismo, Indeterminismo , Liberdade, Causalidade
Livre -arbítrio
Liberdade: Designa a possibilidade de agir na ausência de coerções
ou constrangimentos (internos ou externos ), no momento de
fazer ou evitar a escolha . No sentido lato (amplo), identifica-se
com a noção de livre – arbítrio . (liberdade de escolha ).
Determinismo: Doutrina segundo a qual todos os acontecimentos
do universo (incluindo realizações humanas ), estão sujeitas a
leis de caracter causal. Todos os acontecimentos ou eventos são
causados por eventos anteriores.
Indeterminismo : As ações humanas não são determinadas por leis
causais e acontecimentos anteriores, mas pelo acaso.
Causalidade : Conexão entre dois acontecimentos em que o
primeiro é a causa do segundo.
Continuando…
Fatalismo ,(Moiras ). Conceção antiga, presente
na mitologia grega, “nada pode escapar “.
(destino )- “ pode ser entendido como um lugar
real e figurado “
É um encadeamento de acontecimentos
inevitáveis relacionado com uma possível ordem
cósmica.
Não depende de leis causalisticas .
Existem três teorias de resposta ao problema do
Livre -Arbítrio
Determinismo Radical : Nenhuma
das ações é livre
Determinismo Moderado .Há ações
que são ao mesmo tempo livres e
determinadas.
Libertismo: Há ações livres
Determinismo Radical
O Determinismo é verdadeiro. O livre – arbítrio é
uma ilusão .
O determinismo é incompatível com o livre
arbítrio.
A crítica mais frequente : (objeção )
Não é possível construir a vida social sem a ideia de
responsabilidade moral
Se não somos responsabilizados pelo que fazemos ,
porque não podemos agir de modo diferente
VER caderno de apoio , atividades sobre a
distinção entre determinismo e fatalismo
Como condenar e ilibar alguém ?
Como elogiar e censurar ?
Como dizer a alguém que não devia ter feito o que
fez ?
Como explicar sentimentos de remorso , ou
culpa ?
Ver manual , pág. De 61 a 64
Ver caderno de apoio ao aluno , pág. 29
A 32
Libertismo
O Determinismo é falso . O livre – arbítrio existe.
O Determinismo é incompatível com o livre –
arbítrio. Estes afirmam a impossibilidade de
conciliar determinismo com livre –arbítrio,
segundo os librtistas , as açõs do ser humano
decorrem das suas deliberações e não são
necessáriamente causadas por acontecimentos
anteriores.
VER manual pág. De 68 a 73.
Críticas ou objeções ao libertismo
 Para esta corrente , a minha ação é livre se for
 causada por mim e não pelos estados internos.
 Para o Determinismo moderado ou Compatilismo , a minha ação
é livre se for causada por desejos ou crenças (estados internos

 Objeções ao libertismo
 Imaginar que a nossa mente , ou parte dela, possa funcionar,
dentro de nós á margem de leis causais e do cérebro enquanto
estrutura biológica, química contradiz as leis da ciência. As
causas imediatas dos nossos estados mentais são
acontecimentos que ocorrem no cérebro.
Determinismo Moderado ou
Compatilismo
O compatibilismo é uma doutrina que tenta
conciliar a ciência e a humanidade : é possível
aceitar que o comportamento humano está
causalmente determinado e simultaneamente
pensar em nós próprios como agentes livres . Para
o determinismo , nós somos livres quando as
nossas ações determinadas (causadas )mas não
constrangidas (forçadas ). Somos livres quando as
nossas ações se baseiam nos nossos próprios
desejos , sem que sejamos forçados.
Objeções ou Críticas ao Compatibilismo
Ao admitirem que o determinismo é verdadeiro , os
compatilibistas aceitam a tese segundo a qual todas as
nossas ações são consequências das leis da natureza e
de acontecimentos que não controlamos. Tudo o que
acontece é determinado por causas psicológicas
internas. Este facto põem em dúvida a liberdade de
escolha. O compatibilismo não responde de forma
consistente à questão : “Poderíamos nós ter agido de
outro modo , permanecendo exatamente idênticas
todas as condições que deram origem à ação “
Continuação…
O Compatibilismo ou Determinismo Moderado,
apesar das aparências não distingue claramente
ações livres de ações não livres .

O Determinismo Moderado não salvaguarda a


nossa ideia comum de liberdade.
Novamente…
De facto o problema do livre – arbítrio é uma das
questões filosóficas mais difíceis de debater e
definir. A experiência subjetiva da liberdade de
escolha é uma condição essencial de toda e
qualquer ação intencional e da ideia que temos
de nós mesmos enquanto agentes. Será que somos
livres ?teremos controlo sobre as nossas ações .
Como vimos as respostas a estas questões
levantam um aceso debate que tivemos
oportunidade de explicar.
Conceitos Fundamentais
Dilema : é uma situação , normalmente
problemática , constituída por duas soluções que
são contraditórias entre si , mas ambas aceitáveis.
Os dilemas implicam tomadas de decisão difíceis.
Por norma , os dilemas levantam hipóteses
insatisfatórias , dúvidas , indecisão, hesitação,
dubiedade, impasse. Muitas destas questões tem
uma origem moral e ética.
Paradoxo
Paradoxo
Paradoxo é o oposto do que alguém pensa ser
verdade ou o contrário a uma opinião admitida
como válida . Um paradoxo pode representar uma
ausência de nexo lógico.
Paradoxo vem do latim – paradoxum “ para “, o
contrário
Doxa – opinião
Análise e Compreensão da Experiência
Valorativa - OS VALORES
O que são os valores ? Caracterização.
Que relação existe entre ações e valor ?
Juízos de facto e juízos de valor.
A questão dos critérios valorativos.
-subjetivismo moral
-objetivismo moral
-relativismo cultural
O QUE É UM Valor ? Caracterização
O ser Humano avalia em permanência o mundo que o
rodeia . Tudo o que nos rodeia possui um valor . Os
valores orientam a nossa vida, ajudam-nos a tomar
decisões , a preferir ou a preterir. Filosoficamente, o
valor designa o que deve ser objeto de preferência e
orientar a ação, é uma qualidade da coisa, daquilo que é
desejável ou digno de escolha. Envolve aspirações e
refere-se aos símbolos que uma cultura reconhece como
ideais. Os valores são padrões de referência em função
dos quais julgamos objetos e pessoas. Não damos o
mesmo valor a todas as coisas. Os valores podem ser
agrupados em vários tipos.
Tipos de Valores
Tipos de Valores
Os valores dividem o campo da ação humana
Valores Éticos, exemplo; justo, injusto, bom ,mau
Valores Estéticos, exemplo; belo , feio
Valores Religiosos, exemplo; sagrado, profano
Existem ainda…
Valores políticos (da ordem do conhecimento )
Valores sensíveis (da ordem do prazer da
satisfação)
Valores económicos (valor nominal )
Características dos Valores
Os valores possuem Polaridade
uma hierarquia; É outro aspeto dos
organizam-se em valores , a um valor
escalas. Há valores positivo, corresponde
superior e inferiores um negativo,
de acordo com a nossa exemplo , que à
preferência , os valores dignidade se opõe a
são construções dos indignidade, à verdade
indivíduos e das a falsidade.
sociedades.
Continuando…
Existem valores relativos Existem valores absolutos
isto significa que só valem que valem para sempre e em
para alguns em qualquer circunstância e
determinada época. época.
Existem valores intrínsecos, Existem valores extrínsecos,
quando a realidade possui o tem apenas um valor
valor em si, não é um meio instrumental, servem como
para atingir um fim utilidade
(dignidade humana ). (dinheiro ).
Existem valores objetivos, Existem valores subjetivos,
estes referem-se à realidade estes dependem do gosto e do
tal como ela é, não dependem ponto de vista de cada pessoa.
da opinião do outro. Consultar Manual, pág. 76 a 78
A questão dos critérios Valorativos
O que são os critérios valorativos ?
São as justificações em que nos apoiamos para
determinar que coisas, ações, pessoas têm valor
ou importância.
Sabemos que um juízo de valor é um ato mediante
a qual formulamos uma proposição que avalia
certos aspetos da realidade, não se limitando a ser
factual.
Ponto de partida
a ) os juízos morais tem valor de verdade ?
b ) se têm valor de verdade , essa verdade é
objetiva , ou seja , não depende dos gostos dos
indivíduos ou do modo de pensar da sociedade
em que vivem ?
Existem três respostas ao problema dos critérios
valorativos.
1 - Subjetivismo moral
2 -Objetivismo moral
3 – Relativismo cultural
Que relação existe entre ações e
valores ?
Os valores são critérios das nossas preferências
são os motivos fundamentais das nossas decisões
Os valores são ideias que influenciam as nossas
preferências. Á razão que justifica a decisão de
agirmos de um modo e não de outro damos o
nome de motivo.
A atitude valorativa é uma constante na nossa
existência
Os valores norteiam as nossas ações.
 Consultar Manual Pág.76,78,79
Distinção entre Juízos de Facto e Juízos
de Valor
Existem duas Um juízo de valor, é a
abordagens distintas expressão ou
da realidade; uma manifestação de uma
descritiva, neutra , preferência ou de uma
imparcial, informativa escolha, estes juízo
objetiva,exemplo: a avaliam a realidade
terra é redonda. não se limitam a
Estamos perante um descrevê-la.
juízo de facto Exemplo; as pinturas de
Dali são belas.

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