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3. Grau de escolarização O acesso maior ou menor à educação formal, e com ele, à cultura
letrada, à prática da leitura e aos usos da escrita é um fator muito
importante na configuração dos usos linguísticos dos diferentes
indivíduos
4. Idade Os adolescentes não falam do mesmo modo como seus pais, nem
os pais falam do mesmo modo como as pessoas das gerações
anteriores
7. Redes sociais Os sujeitos interagem de acordo com o meio social em que estão
inseridos.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Oswald de Andrade
QUAIS OS TIPOS DE VARIAÇÕES
LINGUÍSTICAS?
• DIACRÔNICA
• DIATÓPICA
• DIAFÁSICA
• DIAMÉSICA
• DIASTRÁTICA
Antigamente
Oswald de Andrade
Variação diamésica
Manuel Bandeira
Nomenclatura para o tratamento
linguístico
Bagno (2014) orienta o uso de um modelo com três tipos
de nomenclatura para o tratamento linguístico, descrito a
seguir, a fim de evitar o preconceito linguístico.
• Variedade padrão – modelo ideal de língua inspirada na tradição
literária e no falar da aristocracia, assumido como objeto de
trabalho pelos autores da gramática normativa.
padrão.
• Componentes:
• Identificação da diferença e
• Conscientização da diferença.
Princípios da sociolinguística educacional
2º PRINCÍPIO
Assenta-se na compreensão, pelo professor, do caráter
sociossimbólico das regras variáveis da língua. Essa
compreensão rejeita a visão do preconceito linguístico e
permite a análise da ação linguística situada em um
contexto sociolinguístico do falante, ao tempo em que
reconhece a valoração social de determinadas estruturas
linguísticas.
Princípios da sociolinguística educacional
3º PRINCÍPIO
Refere-se à compreensão da mediação do professor focado em
uma pedagogia culturalmente sensível, capaz de acolher a
variante estigmatizada socialmente produzida pelo aluno, como
o resultado de sua inserção em determinada comunidade
linguística, mas também reconhece a importância de uma ação
efetiva do professor na promoção de oportunidades de uso da
variante de prestígio, como resultado da aprendizagem escolar.
Princípios da sociolinguística educacional
4º PRINCÍPIO
Considera a necessidade de percepção do sujeito sobre a
adequação das escolhas linguísticas em razão do contexto em
que são produzidas. A ação de monitoramento da língua deve
ocorrer quando se tratar de eventos que exijam o seu uso
formal, assim o erro de português passa a ter outro sentido na
assunção de uma prática de linguagem monitorada, em
situações de formalidade de uso da língua, e não monitorada,
nas cotidianas informais.
Princípios da sociolinguística educacional
5º PRINCÍPIO
Postula que a variação não pode ser dissociada da análise
etnográfica e interpretativa do uso da variação,
considerando que a língua é produzida em contextos de
interação e que, portanto, qualquer análise a esse respeito
deve considerar os significados que as escolhas
linguísticas produzidas adquirem no contexto.
Princípios da sociolinguística educacional
6º PRINCÍPIO
Refere-se à contribuição das pesquisas linguísticas na
capacidade de produzir o empoderamento do sujeito.
Considera que as pesquisas transpostas didaticamente para a
sala de aula tornam-se instrumentos de autorreflexão e análise
crítica das ações de linguagem produzidas pelos sujeitos. Elas
devem possibilitar a professores e alunos uma conscientização
crítica sobre a variação e a desigualdade social que ela produz.
Questões para reflexão
1. Em que medida você considera importante discutir a
variação linguística produzida pelos alunos?
2. De que modo é possível inserir a variação linguística nas
aulas de língua materna?
3. Que variações são mais frequentes na sua comunidade
e/ou sala de aula? De que forma é possível aproveitar a
presença delas para ensinar a língua materna?
4. Quais procedimentos o professor pode adotar para a
prática de uma pedagogia culturalmente sensível no
tratamento da variação produzida por seus alunos?
5. Como é possível ajudar o aluno a fazer o monitoramento
estilístico em contexto de uso formal da língua?
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola,
2007.
______. Preconceito lingüístico: o que é como se faz. 9. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
______. Sete erros aos quatro ventos: a variação linguística no ensino do português. São Paulo: Parábola, 2014.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Manual de sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.
______. Nóis cheguemu na escola, e agora? São Paulo: Parábola, 2005.
______; MACHADO, Veruska Ribeiro (Org.) Os doze trabalhos de Hércules: do oral para o escrito. São Paulo:
Parábola, 2013.
ILARI, Rodolfo, BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo:
Contexto, 2007.
MARTINS, Luzineth Rodrigues. O processo interacional nas aulas de língua materna: a mediação e a
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PEDROSA, Juliene Lopes. Variação-fonético-fonológica e ensino do português. In: MARTINS, Marco Antônio; VIEIRA,
Sílvia Rodrigues; TAVARES, Maria Alice (Orgs). Ensino de português e sociolinguística. São Paulo: Contexto,
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PEREIRA, Ana Dilma de Almeida. A formação (sócio) linguística de professores das séries iniciais do ensino
fundamental no programa de formação continuada: pró-letramento. JORNADA DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS, 21,
2006 João Pessoa. Anais... João Pessoa, PB: Editora da UFPB/Idéia, 2006; p.