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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO, MESTRADO ACADÊMICO, EM ASSOCIAÇÃO AMPLA COM INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO – IFMT

ESTÉTICA NA POÉTICA E
APLICABILIDADE NO ENSINO

Mestrandas: Dayane Artuzi


Elisangela A. S. Arbex
Ellen Pelliciari
 
Orientadores: DR. JOSÉ SERAFIM
DRª. ANA GRACIELA VOLTOLINI
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABÁ - MT
2020
 

 
 
 
ESTÉTICA
 A estética para Plotino é influenciada por Platão e dividida em 3 planos:
A forma;
A alma;
A transcendência;

Plotino empreende uma aproximação maior e mais profunda em direção a própria essência da
Beleza, para ele a Beleza não podia consistir na harmonia das partes do objeto estético, como pensava
Aristóteles porque as coisas simples, como uma cor pura por exemplo, não poderia ser considerada
bela.

A beleza é a perfeição da essência e não da forma.


ESTÉTICA
 Ao falarmos sobre estética vem à nossa mente a noção de arte, ela é envolvente e é o campo da
filosofia que discute as noções sobre o belo, o feio e o gosto das pessoas.
 Esses assuntos estão no nosso cotidiano, utilizam-se de reflexões, porém questões sobre
estética ou sobre os problemas da estética não são amplamente discutidos, ou as teorias
sobre a arte não são compreendidas como categorias da estética.
ESTÉTICA E A
APLICABILIDADE
É necessário:
NO ENSINO
 Desencadear reflexões sobre o tema;
 Refletir sobre uma educação estética;
 Suprir os limites de um ensino de arte fragmentado e padronizado;
 Aprimorar e refinar os sentidos;
 Compreender e ensinar os significados e sentidos estéticos da arte;
 Promover a interação entre imagens, textos, obras, sons e movimentos na
comunidade escolar;
 Socializar a cultura.
A CRÍTICA GENÉTICA – SALLES (2008)

Como educadores, propiciamos ao aluno um diálogo íntimo e profundo com produções culturais,
para que tenha uma visão ampla de seus horizontes, trazemos discussões e experiências com
atividades para formação, promovendo entendimento e formas de expressão.
Devemos buscar um contato com os bens culturais e estéticos assim o desenvolvimento e
aprendizado do aluno será ampliado. Precisamos trazer para a prática pedagógica:
 A necessidade da pesquisa;
 O entendimento do processo;
 A origem dos conceitos;
 Um olhar mais apurado sobre aquilo que se apresenta no cotidiano.
A ERA DA ICONOFAGIA

O texto “A Cegueira universal em um mundo tomado pelas imagens" de Maura


Oliveira Martins (2016), nos traz relatos, experiências e vivências do cotidiano que
aportam uma reflexão a cerca do conceito de iconofagia, seria nosso cenário
contemporâneo um mundo de cegos iludidos? Aqueles que tudo veem e nada enxergam?
Trazendo para o contexto educacional, a preocupação não é diferente, o acesso a
tanta informação e diferentes recursos, deixa o aprendiz em meio a uma enxurrada de
ideias que por vezes não chegam a ser absorvidas e transformadas em conceitos
significativos.
 Enxurrada de informações midiáticas;
 Facilitação de acesso aos recursos de reprodução;
“ORA AS IMAGENS
SÃO DEVORADAS,
ORA SÃO AS
IMAGENS QUE
DEVORAM. SENDO
SUJEITO OU
OBJETO DO
PROCESSO, A
DENOMINAÇÃO
CABERIA TANTO A
UMA COMO À
OUTRA.”
(BAITELLO JUNIOR, 2014 p.14)
BOURDIEU: UM
CLÁSSICO AINDA NÃO
RECONHECIDO
COMO TAL.
(RESENHA DE RODRIGO DIAS)
 
BOURDIEU
 Poder simbólico;  Tradição Marxista que define as
estruturas políticas como sistemas de
 Bagagem cultural; dominação de classes.
 Vivências e experiências;  Traçando um paralelo com a educação
e o ensino, onde também temos esse
 Conhecimento e leitura de conceito, ressaltado por Freire, que a
mundo; educação de fato libertadora, tem que
considerar a leitura de mundo
 Imprimir maior ou menor individual e própria de cada
significado aos distintos aprendiz, para que o processo de
aprendizagem possa ser significativo e
objetos da arte; eficaz.
VIVÊNCIAS POÉTICAS
NO CAMPO DA MÍDIA

DIGITAL
Oliveira (2016) faz uma reflexão sobre os estilos literários
característicos de mídias digitais, destacando-se facebook, twitter,
blogs, entre outros, considerando que na rede se encontram os mais
diversos canais de comunicação e que a cada dia se tornam mais
acessíveis e impactantes no contexto sociocultural.
 De acordo com Oliveira (2016), as mídias digitais contemporâneas
configuram espaço de manifestação de ideias e expressão de vozes,
antes não conhecidas, onde a possibilidade de publicação é para todos e
a capacidade de disseminação é ampla.
PÓS HUMANO
PÓS HUMANO
 O conceito de pós-humano começou a circular nos anos 80, especialmente após o manifesto de
Donna Haraway autora do Livro Antropologia do Ciborgue (2000) que discutia o efeito da
tecnologia na transformação do corpo da mulher, em um viés feminista da questão.
 O pós-humano pode ser definido como um período de muitas perguntas, que está em
aceleração e intensificação constante desde a revolução industrial. Tamanha aceleração
salienta uma vivencia paradoxal, de fascínio versus angústia, libertação versus opressão.
 A ideia de pós-humano concebe de forma distinta a era da fotografia da era digital, aquela com
capacidade de registrar e eternizar acontecimentos da realidade, esta capaz de criar e
reproduzir imagens que nunca foram experenciadas no mundo real, onde o homem deixa de
ser o centro dos acontecimentos, passando de uma relação homem/máquina para uma relação
máquina/máquina.
PÓS HUMANO
Santaella (2010) enfatiza que hoje a ideia de pós-humano, toma
como objeto de observação quatro esferas de ação tecnológica: Lúcia Santaella (2010) conceitua pós-
humano como a existência dos
 a ação no corpo, na inteligência; indivíduos transformados pela ação
 conceito de inteligência coletiva;
tecnológica, ela pondera que enquanto
seres humanos não estamos prontos ao
 nos ambientes inteligentes; nascer e nem ao morrer, mas sim em
constante evolução, para qual as
 e na biosfera.
tecnologias são condição inerente.
Para Santaella (2010) a capacidade da
Para tanto classifica as máquinas em três categorias que linguagem, traz na característica
tem um objetivo comum: humana uma tecnologia inata, o
próprio aparelho fonador, que se
 Servir como extensão da capacidade humana (máquinas de apropria de funções de outros sistemas
força); do corpo humano, para conferir ao
 Servir extensão muscular, (máquinas sensoriais e de registro homem uma habilidade distinta dos
como a máquina fotográfica); demais animais, a fala.

 Servir extensão do sensível (máquinas digitais que agem com


extensão do cérebro).
REFERÊNCIAS
 BAITELLO JUNIOR, Norberto. A era da iconofagia. São Paulo: Paulus, 2014.
 HARAWAY, Donna; KUNZRU, Hari; TADEU, Tomaz. Antropologia do ciborgue. Belo Horizonte: Autêntica,
2000.
 Martins, Maura Oliveira. A cegueira universal em um mundo tomado pelas imagens. Jornal de debates. 2016.
Disponível em:
www.observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/cegueira-universal-em-um-mundo-tomado-pelas-imagens/.
Acesso em: 01 set.2020.
 OLIVEIRA, Sayonara Amaral de. Sobre vivências poéticas no campo da mídia digital. Estudos de literatura
brasileira contemporânea, n. 47, p. 49-70, 2016.
 PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
 SALLES, Cecília Almeida. Crítica genética: fundamentos dos estudos genéticos sobre o processo de criação
artística. 3° ed. São Paulo: EDUC, 2008.
 SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídia à cibercultura. São Paulo: Paulus,
2010.

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