Você está na página 1de 11

2018/2019

DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES


DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO CENTRO
 

Esclerose múltipla

Diana Lourenço N°4


Prof: Pedro Costa
Hscg
Módulo – UFCD 6579- Cuidados na saúde mental
O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença importante e ainda mal


conhecida. Estima-se que, em Portugal, esta doença atinja cerca de
60 em cada 100.000 habitantes. Contudo, de acordo com um
estudo realizado no nosso país, dois terços dos portugueses não
sabem o que é a esclerose múltipla.
 
Trata-se de uma doença neurológica crónica, mais comum no adulto jovem, e que surge habitualmente na
terceira década de vida, com o dobro da frequência no sexo feminino.
 
A maioria dos casos é diagnosticada entre os 20 e os 50 anos, embora possa afectar pessoas com idades
entre os 2 e os 75 anos.
 
Embora não seja uma doença fatal, é muito incapacitante, afectando de modo significativo todos os
aspectos da vida dos pacientes.
A evolução da esclerose múltipla é muito variável e impossível de prever. Como regra, existem quatro tipos:
•a forma recidivante-remitente, em que ocorrem ataques que duram dias a semanas, seguidos de uma recuperação;
•a forma secundariamente progressiva, na qual os défices se vão acumulando após cada ataque;
•a forma primariamente progressiva, que evolui desde o início sem separação entre ataques e períodos sem ataques;
•a forma remitente-progressiva, onde a doença progride de modo evidente desde o início mas onde podem ocorrer
períodos livres de sintomas.
A primeira forma é a mais frequente.
O que causa a esclerose múltipla?
Não se conhece a causa exacta desta doença, mas admite-se que para ela podem
contribuir diversos factores de natureza genética, imunológica, viral, bacteriana, ambiental
(dieta, toxinas industriais presentes no solo ou na água), níveis reduzidos de vitamina D,
alergias, trauma físico, etc.
 
O tabagismo também tem sido apontado como factor causal potencial.
 
Contudo, não se trata de uma doença contagiosa nem de transmissão hereditária.
Quais os sintomas de esclerose
múltipla…
Os primeiros sintomas podem ser de natureza sensitiva, como perda de sensibilidade ou
formigueiros que começam numa extremidade e se vão estendendo a todo o membro ao
longo de 3 ou 4 dias. Esses sintomas podem durar 1 a 2 semanas e depois desaparecem
de modo gradual.

A esclerose múltipla pode manifestar-se inicialmente de outras formas, sendo frequente a visão turva, a
visão dupla, os défices motores, tremores, dificuldade na marcha, alterações do equilíbrio, dificuldades
na fala, problemas de memória e de concentração, fadiga, ou mesmo paralisia e perda completa de
visão.
 
 
Os sintomas estarão sempre dependentes das zonas do sistema nervoso onde ocorre a perda de
mielina e a consequente incapacidade de transmissão dos estímulos nervosos.
 
Estes sintomas podem evoluir de diversas formas, conforme descrito acima, aparecendo e
desaparecendo ou progredindo gradualmente.
 
A evolução para paralisia completa é rara, embora muitos pacientes venham a necessitar de auxílio
na marcha, dada a presença de fadiga, fraqueza e desequilíbrio.
 
Como se faz o diagnóstico da esclerose múltipla?
Nas fases iniciais, o diagnóstico é muito difícil porque os sintomas podem ser muito
variáveis e tendem a desaparecer durante períodos de tempo imprevisíveis.
 
Não existe nenhum teste laboratorial que seja específico para a esclerose múltipla e,
como regra, é a ressonância magnética que permite confirmar a presença da doença.
 
Alguns exames neurológicos, como os potenciais evocados, também poderão revelar-
se úteis
Qual o tratamento para a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla não tem cura e os medicamentos disponíveis podem somente “modificar” ou
retardar a sua evolução, reduzir a frequência e a gravidade dos surtos, reduzir a acumulação de
zonas lesadas no sistema nervoso e ajudar os pacientes a lidarem com os sintomas.
 
A definição do melhor tratamento para cada caso dependerá sempre de uma avaliação médica.
 
 
Os grupos de medicamentos mais utilizados englobam os corticosteróides, que ajudam a combater
a inflamação e os interferões, que reduzem o risco de ocorrência de surtos de esclerose múltipla,
reduzindo igualmente a sua gravidade e os danos por eles causados.
 
Nas formas mais graves, pode-se recorrer a medicamentos de outra natureza, como os citostáticos.
 
Todos estes tratamentos podem ser complementados com outros tipos de apoio, definidos em
função das dificuldades sentidas por cada paciente
Como se previne a esclerose múltipla?
Considerando o número e a variedade de possíveis causas para a esclerose múltipla, é difícil
prevenir a sua ocorrência. Contudo, deixar de fumar, aumentar os níveis de vitamina D e evitar o
contacto com tóxicos ambientais poderão ser passos significativos para essa prevenção.

Você também pode gostar