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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre 

Câmpus Rio Branco

Técnico Integrado em Redes de Computadores

Disciplina: Cabeamento Estruturado

Prof. Esp.: Djameson Oliveira


CABEAMENTO ESTRUTURADO
Iniciaremos os estudos sobre Caracterização das distorções, Parâmetros elétricos, Tipos de cabos
metálicos e suas categorias e as Normas de cabeamento estruturado, dando maior ênfase às normas
ANSI/TIA/EIA 568 e ABNT NBR 14565:2007.
Nestes Slides, você estudará conceitos comuns no dia a dia do cabeamento estruturado, além de conhecer os
cabos para telecomunicação, os conceitos de interferências eletromagnéticas e as implicações que tais
interferências proporcionam a um cabeamento estruturado.
• E ao final deste estudo, você será capaz de:
A) Compreender a importância das normas, em especial a norma de cabeamento estruturado;
B) Compreender o que são perturbações que afetam os sistemas de comunicação;
C) Reconhecer as fontes de interferência eletromagnética.
D) Determinar qual o condutor correto a ser usado na sua infraestrutura;
E) Identificar as categorias, sabendo escolher a que mais irá lhe atender;
F) Compreender a importância e a flamabilidade dos cabos.
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Normas e Padrões
CABEAMENTO ESTRUTURADO

• Normas e Padrões
Você já imaginou como os produtos seriam fabricados se cada fabricante
produzisse o seu produto seguindo a sua própria regra de construção? Foi
pensando nesta situação que as normas surgiram, com o objetivo de gerar
padrões de fabricação e aplicação dos produtos e serviços. A normalização1
facilita as etapas de produção, reduzindo o crescimento desordenado de
procedimentos e produtos.
CABEAMENTO ESTRUTURADO

• Normas e Padrões
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Normas e Padrões
CABEAMENTO ESTRUTURADO

• Normas e Padrões
A norma que deu início à padronização de fios e cabos para os
sistemas de telecomunicações em edifícios comerciais surgiu
em meados de 1991, por meio de um órgão responsável pela
padronização dos sistemas, o EIA/TIA (Electronic Industries
Association/Telecommunications Industry Association), que
posteriormente, recebeu o nome de ANSI/EIA/TIA-568, tendo
como meta principal desenvolver, planejar e fixar padrões para
os sistemas de cabeamento, não importando o fabricante, e sim
a forma como o produto será executado ou construído.
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• Normas e Padrões
Os sistemas de telecomunicações em edifícios comerciais eram projetados
subestimando os serviços que viriam a ser operados dentro deles. Eram diversos os
padrões de cabos utilizados para a demanda de uma instalação, não havendo
coordenação entre os fabricantes dos materiais.
Dessa forma, as normas de cabeamento foram definidas por instituições nacionais e
internacionais, e são independentes dos fabricantes dos materiais, servindo como
referência para os próprios fabricantes.
Reconhecendo a necessidade de padronizar o sistema de cabeamento estruturado,
diversos profissionais, fabricantes, consultores e usuários reuniram-se sob a
orientação de organizações como: ISO/IEC, TIA/EIA, CSA, ANSI, BICSI, ABNT,
entre outras, para desenvolver normas que garantissem a implementação do que
seria o melhor conceito em cabeamento estruturado.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Normas e Padrões
Para dar continuidade ao trabalho da norma Americana ANSI/EIA/TIA-568, foram produzidos diversos outros documentos e atualizações,
conforme você pode verificar a seguir:
a) ANSI/TIA/EIA-568 - norma que iniciou a padronização de cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais, 1991;
b) ANSI/TIA/EIA-568A - essa norma é uma revisão do padrão de cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais, 1995;
c) TIA/EIA TSB67 - norma responsável por especificar o desempenho de transmissão para teste em sistemas de cabeamento par trançado;
d) TIA/EIA TSB72 - norma responsável pela padronização do cabeamento centralizado de fibra óptica;
e) TIA/EIA TSB75 - essa norma é responsável pelas práticas em cabeamento horizontal, em escritórios abertos;
f) TIA/EIA TSB95 - essa norma tem como papel fundamental, a orientação de desempenho em transmissões de cabo Cat5 quatro pares 100ohms;
g) ANSI/TIA/EIA-568-A-1 - norma que especifica o atraso de propagação para os cabos de quatro pares, 100ohms;
h) ANSI/TIA/EIA-568-A-2 - revisão da norma ANSI/TIA/EIA-568-A-1;
i) ANSI/TIA/EIA-568-A-3 - revisão da norma ANSI/TIA/EIA-568-A-1, com acréscimos;
j) ANSI/TIA/EIA-568-A-4 - essa norma possui requisitos e métodos para teste de perda de Paradiafonia, ou seja, interferência provocada em um
par adjacente nos cabos de manobra (patch Cord) par trançado não blindados;
k) ANSI/TIA/EIA-568-A-5 - essa norma tem como papel fundamental, a orientação de desempenho em transmissões de cabo Cat5e quatro pares
100 ohms.
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• Normas e Padrões
A mais recente norma publicada pela TIA é a ANSI/TIA/EIA 568-B padrão. É
uma revisão do ANSI/TIA/EIA 568-A, que foi publicada em 1995. Este padrão
é publicado como um documento de três partes:
a) ANSI/TIA/EIA 568-B.1 - O projeto discute requisitos gerais. Fornece
informações no que diz respeito ao planejamento, instalação e verificação em
sistemas de cabeamento estruturado de edifícios comerciais. Estabelece
também o desempenho de parâmetros para sistemas de cabeamento, tais como,
canais e links permanentes. Uma das principais mudanças neste documento é
que ele só reconhece os cabos de categoria 5e (ou superior categoria).
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• Normas e Padrões
b) ANSI/TIA/EIA 568-B.2 - Esta norma especifica cabeamentos, componentes e requisitos de transmissão de um sistema de
cabeamento.

c) ANSI/TIA/EIA 568-B.3 - Discute componentes de fibra óptica. Esta norma especifica os componentes e transmissão de
requisitos para sistemas de cabeamento de fibra óptica.

Desde então, todas as evoluções tiveram como referência a 568B evoluída e aprimorada pelas normas relacionadas a seguir:

a) ANSI/TIA/EIA-569 - Padrão de Construção Comercial para Caminhos de telecomunicações e Espaços (outubro 1990);

b) ANSI/TIA/EIA-569A - Padrão de Construção Comercial para Caminhos de Telecomunicações e Espaços (fevereiro de 1998);

c) ANSI/TIA/EIA-570 - Residenciais e Comerciais Leves Telecomunicações Fiação Padrão (junho de 1991);

d) ANSI/TIA/EIA-570A - Residenciais e Comerciais Leves Telecomunicações Fiação Padrão (outubro de 1999);

e) TIA/EIA-606 - A Administração3 Padrão para as Telecomunicações Infra-estrutura de Comercial Edifícios (fevereiro de 1993);

f) ANSI/EIA/TIA-607 - Aterramento Edifício Comercial e Requisitos para a ligação de Telecomunicações (agosto de 1994).
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Normas e Padrões

• Padrão de crimpagem de RJ45 - ANSI/TIA/EIA-568A e 568B.


CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Norma de cabeamento brasileira NBR 14565:2007
A ABNT NBR 14565 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela
Comissão de Estudo de Cabeamento de Telecomunicações4 (CE-03:046.05). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 02.05.2006, com número de Projeto ABNT NBR 14565.
Baseada na ISO/IEC 11801:2002, esta é a segunda edição da norma Brasileira de Cabeamento
Estruturado, que cancela e substitui a versão anterior (ABNT NBR 14565:2002).
Até o momento, o Brasil utilizava as normas internacionais para suas atividades de cabeamento.
Ocorre que, com a crescente demanda de sistemas de telecomunicações instalados, a ABNT decidiu
formar um comitê para desenvolver uma norma de cabeamento estruturado nacional, norma esta que
teve como fundamento a ANSI/TIA/EIA-568A, e que deu origem, em agosto de 2000, à
ABNT/NBR 14565.
Esta prevê procedimentos básicos para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações
para rede interna estruturada.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Norma de cabeamento brasileira NBR 14565:2007
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Norma de cabeamento brasileira NBR 14565:2007
No entanto, a NBR 14565 era considerada por muitos profissionais como uma norma superficial,
por não retratar a realidade do mercado. Dessa forma, a ABNT reuniu o Comitê Brasileiro de
Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações - COBEI, tornando-o responsável pela
revisão e desenvolvimento da norma de cabeamento estruturado em edifícios comerciais. Assim,
surgiu a NBR 14.565:2007, que passou a ter como base as normas ditadas pela ISO/IEC.
Nesse cenário, é possível considerar que hoje o Brasil tem uma norma de cabeamento
abrangente e também similar nos conteúdos, em comparação às normas internacionais. Não
diferente, esse estudo está centrado nas normas citadas anteriormente, e assim, inicia-se o
detalhamento de cada um dos principais elementos que compõem um sistema de cabeamento
estruturado, levando à você as melhores práticas de instalação, visando uma execução segura e
padronizada.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Normas e Padrões
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Tipos de cabos metálicos


CABEAMENTO ESTRUTURADO
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos
Nas redes de telecomunicação é possível classificar basicamente dois tipos de
cabos para transmissão de dados: os cabos metálicos e os cabos ópticos.
Os cabos metálicos São condutores de eletricidade utilizados para a
transmissão de sinais nos sistemas de telecomunicações. Até pouco tempo,
eram bastante utilizados para transmissões de sinais à longa distância, porém,
após o surgimento dos cabos de fibra óptica, sua utilização ficou restrita às
redes locais (por sua praticidade de manuseio comparado às fibras).
Conheça, a seguir, alguns tipos de cabos metálicos e suas particularidades.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos
- Cabo de par trançado (Twisted Pair)
É um tipo de fiação na qual dois condutores são torcidos juntos, para efeitos de
cancelamento de correntes, protegendo o par de interferências eletromagnéticas
(EMI), de fontes externas (como por exemplo: descargas elétricas), de motores,
etc. Esses condutores são agrupados e revestidos com camadas isolantes ou
metálicas, em número de pares que venham a atender a aplicação a qual se
destina.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos
• Cabo de par trançado (Twisted Pair)
As normas ANATEL definem as blindagens possíveis de acordo com a ISO/IEC 11801, usando as siglas abaixo:
U: unshielded (sem blindagem)
F: Foil Shielding (blindagem com folha de alumínio)
S: Braided Shielding (blindagem trançada com fios de alumínio)
Par Trançado sem Blindagem: chamado também de UTP(Unshield Twisted Pair) é o mais usado atualmente tanto em redes
domésticas quanto em grandes redes industriais devido ao fácil manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100
Mbps com a utilização do cabo CAT 5e; é o mais barato para distâncias de até 100 metros; Para distâncias maiores emprega-se
cabos de fibra óptica. Sua estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de PVC. Pela falta de
blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado próximo a equipamentos que possam gerar campos magnéticos (fios
de rede elétrica, motores, inversores de frequência) e também não podem ficar em ambientes com umidade.
Par Trançado Blindado (cabo com blindagem): É semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a fita
aluminizada ou malha metálica, em todo o cabo ou em cada par. A polaridade do par é invertida e, portanto, o campo magnético é
anulado. É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética acentuada. Por causa de sua blindagem especial, acaba
possuindo um custo mais elevado. É usado quando o local onde o cabo será passado, possui grande interferência eletromagnética,
evitando assim perdas ou até interrupções de sinais. Distâncias acima de 100 metros ou exposto diretamente ao tempo, é
aconselhável o uso de cabos de fibra óptica. A impedância típica de um cabo de Par Trançado Blindado é de 150 ohms.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos
- Cabo de par trançado (Twisted Pair)
A Blindagem pode ser Global (envolvendo todos os pares) ou individual(Par a Par),
sendo nomeada X/Y, onde X é a blindagem Global e Y a blindagem Individual,
conforme exemplos abaixo:
U/UTP: Sem blindagem nenhuma, o mais comum pois não há blindagem.
F/UTP: Blindagem global e sem blindagem individual o mais comum entre os
blindados.
S/FTP: Global com malha e blindagem com fita nos pares.
U/FTP: Blindagem Global e nos pares com fita.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair).
São três os tipos de cabos de par trançado:
- UTP - Unshielded Twisted Pair ou Par Trançado sem Blindagem
O cabeamento UTP (Unshielded Twisted Pair) é um dos tipos mais adotados em redes de computadores. Também
conhecido como Par Trançado não Blindado, é fruto de pesquisas realizadas pela Electrical Industrial American (EIA)
e Telecommunications Industries American (TIA), que buscavam uma infraestrutura de cabos eficientes para redes.
Esses cabos foram padronizados pela norma EIA/TIA 568. Normalmente possuem 4 ou 25 pares, não utilizam
blindagem, e possuem bitola de 24AWG.
O cabeamento UTP foi inicialmente projetado para transmitir dados de voz. No entanto, ao passar do tempo, diversos
avanços permitiram que ele se tornasse a solução ideal para estações de trabalho, não somente em telefones, mas
também aos sistemas computacionais.
Eles possuem uma característica muito vantajosa: são resistentes ao crosstalk (interferência eletromagnética que ocorre
em uma parte de cabos trançados (twisted pair), geralmente paralelos. Por isso, eles são muito recomendados para
serem usados no lugar de cabos de par não trançados em instalações multilinha.
Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado próximo a equipamentos que possam gerar
AWG inversores
campos magnéticos (fios de rede elétrica, motores, - Escala americana de bitolas de fios ou, em
de frequência).
inglês, American Wire Gauge (AWG) é uma escala americana
normatizada para determinar o tamanho bitolas de fios.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
- UTP - Unshielded Twisted Pair ou Par Trançado sem Blindagem
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair).
- FTP - Foil Twisted Pair / ScTP - Screened Twisted Pair ou Par Trançado
Folheado
Neste tipo de cabo uma película de metal é enrolada sobre o conjunto de pares
trançados, melhorando a resposta a interferências eletromagnéticas (EMI);
Exige maiores cuidados quanto ao aterramento para garantir eficácia frente às
interferências.
Possuem impedância de 100Ω em 4 pares com blindagem metálica que pode
ser uma folha (foiled) cobrindo o conjunto dos pares ou uma malha (screened),
e bitola de 24AWG.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair).
- FTP - Foil Twisted Pair / ScTP - Screened Twisted Pair ou Par Trançado
Folheado
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
- STP - Shielded Twisted Pair ou Par Trançado Blindado
São constituídos por dois pares trançados, que são cobertos por uma camada de
blindagem e por uma nova blindagem, após a camada isolante.
Ou Seja, Usa uma blindagem individual para cada par de cabos. Isso reduz o
crosstalk e melhora a tolerância do cabo com relação à distância, o que pode
ser usado em situações onde for necessário crimpar cabos fora do padrão, com
mais de 100 metros. Possuem impedância de 150Ω e sua bitola é de 22AWG.
Crosstalk ou diafonia é a interferência
indesejada que um canal de transmissão causa
em outro. Foi observado pela primeira vez
durante a Segunda Guerra Mundial, devido à
grande quantidade de transmissões que eram
feitas na época.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
- STP - Shielded Twisted Pair ou Par Trançado Blindado
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
- UTP/ STP / FTP – ScTP
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
Nas aplicações de comunicações de dados, os cabos são classificados como

Ex: U/UTP, F/UTP, U/FTP, S/FTP


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• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
Ex: U/UTP, F/UTP, U/FTP, S/FTP
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• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
Ex: U/UTP , U/FTP, S/UTP, S/FTP
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Tipos de cabos metálicos - Cabo de par trançado (Twisted Pair)
Ex: U/UTP, U/FTP, S/UTP, S/FTP
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Categorias de cabeamento metálico


CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
CABEAMENTO ESTRUTURADO

• Categorias de cabeamento metálico


As categorias de cabeamento metálico surgiram em 1991, paralelas ao início
dos procedimentos de padronização de fios e cabos para os sistemas de
telecomunicações em edifícios comerciais. Tinham por finalidade apresentar a
performance do cabo.
Primeiramente, surgiu a categoria 3, esta categoria foi soberana até 1993,
dando lugar a categoria 4. Já a categoria 4 teve um curto período de duração,
devido ao surgimento da categoria 5, em 1994, que viria atender a demanda das
transmissões, na casa de 100Mbps.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
A categoria 5 difundiu-se mundialmente por alguns anos até o surgimento das
transmissões gigabit ethernet, que fez com que esta categoria, em 2001,
passasse por uma atualização de controle de ruído, em que veio a ser chamada
de categoria 5e (o “e” significa melhorada). No ano seguinte, surgiram os cabos
de categoria 6.
Poucas são as redes que utilizam em seu cabeamento estruturado a categoria 5
(apenas instalações antigas). A categoria predominante é a categoria 5e, mas em
novas instalações são utilizados os cabos de categoria 6.
Atenção:
Existem Categorias 1 e 2: Estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas pela TIA
(Telecommunications Industry Association), que é a responsável pela definição dos padrões de cabos.
Elas foram usadas no passado em instalações telefônicas e os cabos de categoria 2 chegaram a ser
usados em redes Arcnet e redes Token Ring, mas não são adequados para uso em redes Ethernet.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
A performance de uma rede não pode ser expressa por taxa de transmissão em
bits, mas sim por banda de frequência.
Por esse motivo, dentro das normas criaram-se grupos de especificações
chamados “categorias” ou “níveis” que definem a aplicação dos cabos e
conectores. Tipicamente, os cabos são classificados em categorias.
Quanto mais elevada for a classificação do cabo ou acessório, tanto maior é a
sua capacidade de transmitir dados. Alguns fabricantes implementam
programas independentes de certificação, conhecidos como programas de
“nível”.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
Resumo das principais características do cabeamento em par metálico segundo
as normas ISSO, NBR e EIA/TIA:
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
Categoria 3: Este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente
para uso em redes. O padrão é certificado para sinalização de até 16 MHz, o que permitiu seu
uso no padrão 10BASE-T, que é o padrão de redes Ethernet de 10 megabits para cabos de par
trançado. Existiu ainda um padrão de 100 megabits para cabos de categoria 3, o 100BASE-T4
(que vimos a pouco), mas ele é pouco usado e não é suportado por todas as placas de rede.
A principal diferença do cabo de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o
entrançamento dos pares de cabos. Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão definido,
os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24 tranças por
metro e, por isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de cabos tem um
número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os pares de cabos.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Categoria 3
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
Categoria 4: Esta categoria de cabos tem uma qualidade um pouco superior e
é certificada para sinalização de até 20 MHz. Eles foram usados em redes
Token Ring e também podiam ser utilizados em redes Ethernet em substituição
aos cabos de categoria 3, mas na prática isso é incomum.
Assim como as categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais reconhecida pela TIA
e os cabos não são mais fabricados, ao contrário dos cabos de categoria 3, que
continuam sendo usados em instalações telefônicas.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
Categoria 5: Os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e
1000BASE-T, que são, respectivamente, os padrões de rede de 100 e 1000 megabits usados
atualmente. Os cabos cat 5 seguem padrões de fabricação muito mais estritos e suportam
freqüências de até 100 MHz, o que representa um grande salto em relação aos cabos cat 3.
Apesar disso, é muito raro encontrar cabos cat 5 à venda atualmente, pois eles foram
substituídos pelos cabos categoria 5e (o “e” vem de “enhanced”), uma versão aperfeiçoada do
padrão, com normas mais estritas, desenvolvidas de forma a reduzir a interferência entre os
cabos e a perda de sinal, o que ajuda em cabos mais longos, perto dos 100 metros permitidos.
Os cabos 5e são os mais comuns atualmente, mas eles estão em processo de substituição pelos
cabos categoria 6 e categoria 6a, que podem ser usados em redes de 10 gigabits.
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• Categorias de cabeamento metálico
- Categoria 5
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
Categoria 6: Esta categoria de cabos foi originalmente desenvolvida para ser
usada no padrão Gigabit Ethernet, mas com o desenvolvimento do padrão para
cabos categoria 5 sua adoção acabou sendo retardada, já que, embora os cabos
categoria 6 ofereçam uma qualidade superior, o alcance continua sendo de apenas
100 metros, de forma que, embora a melhor qualidade dos cabos cat 6 seja
sempre desejável, acaba não existindo muito ganho na prática.
Os cabos categoria 6 utilizam especificações ainda mais estritas que os de
categoria 5e e suportam frequências de até 250 MHz. Além de serem usados em
substituição dos cabos cat 5 e 5e, eles podem ser usados em redes 10G, mas nesse
caso o alcance é de apenas 55 metros.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Categoria 6
Para permitir o uso de cabos de até 100 metros em redes 10G foi criada uma nova categoria de
cabos, a categoria 6a (“a” de “augmented”, ou ampliado). Eles suportam frequências de até 500
MHz e utilizam um conjunto de medidas para reduzir a perda de sinal e tornar o cabo mais resistente
a interferências.
Você vai encontrar muitas referências na web mencionando que os cabos cat 6a suportam
frequências de até 625 MHz, que foi o valor definido em uma especificação preliminar do
10GBASE-T. Mas, avanços no sistema de modulação permitiram reduzir a frequência na versão
final, chegando aos 500 MHz.
Uma das medidas para reduzir o crosstalk (interferências entre os pares de cabos) no cat 6a foi
distanciá-los usando um separador. Isso aumentou a espessura dos cabos de 5.6 mm para 7.9 mm e
tornou-os um pouco menos flexíveis. 
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Categoria 6
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
Categoria 7: Os cabos da Categoria 7 são cabos de dados de muito alto desempenho desenhados
para velocidades de transmissão até, no máximo, 10 GB por segundo ao longo de 100 m, e com
capacidade para gamas de frequências até, no máximo, 600 MHz. São retro compatíveis com as
categorias Cat 5e, Cat 6 e Cat 6a, e possuem blindagem individual global de forma a cumprirem
requisitos exigentes em matéria de diafonia.
A categoria 7 de cabos ethernet apesar de suportar uma transferência de 10bps a 600Mhz a uma
distância de 100 metros, testes comprovaram que suas velocidades aumentaram consideravelmente
quando testado com um comprimento de 50m, atingindo 40Gbps, e com 15m, atingindo incríveis
100Gbps. Isso ocorre devido a sua extrema atenuação do ruído eletromagnético, pois o cabo possui
blindagem interna de alumínio (rede trançada de fios de alumínio) e seus pares de fios internamente
também possuem blindagem (envoltos por folhas de alumínio). Como a blindagem precisa ser
aterrada, todos os cabos desta categoria possuem conectores de metal.
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• Categorias de cabeamento metálico
- Categoria 7
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Categoria 7
Provavelmente, ao estudar sobre a estrutura dos cabos desta categoria, você já
deve ter imaginado que ele é muito mais grosso que os de categoria 6A, além
de possuir uma rigidez maior. Dependendo do local, não será possível instalar
o cabo, por conta de seu diâmetro, que impede uma torção muito grande.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial
Este cabo já foi largamente utilizado para a conexão de redes de computadores, que utilizavam a
topologia de redes em barramento, ou seja, todos os computadores ligados por meio de um único
cabo. Hoje, poucas são as redes que o utilizam, porém, são predominantes em conexões de
televisores, circuitos fechados de TV e alarmes.
São diversos os tipos de cabos coaxiais, sendo eles diferenciados pela impedância de 50 e 75 Ohms.
Os cabos de 50 Ohms são utilizados para conexão de computadores e os de 75 Ohms, utilizados para
conexão de alarmes, TVs, e também podem ser utilizados para a conexão de computadores.
Os coaxiais são formados por um condutor central responsável pela transmissão do sinal, que por
sua vez, é coberto por um isolante dielétrico, que também recebe uma malha de proteção EMI e, por
fim, uma capa protetora cuja finalidade é proteger o interior do cabo de roedores, da umidade, etc.
Na figura a seguir, você pode visualizar como são revestidos esses cabos.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial - Conectores para cabo coaxial.
Os conectores para cabos coaxiais são utilizados para serviços específicos de
telecomunicações, como os conectores BNC, F e N.
Conector F
Os conectores F, ao invés de possuírem um pino central, utilizam o próprio
condutor rígido central para contato. São utilizados para conectar cabos
coaxiais, comuns em aplicações de serviços residenciais de TV a cabo,
equipamentos de vídeo e segurança. Sua conectorização ocorre por meio de
anilhas de crimpagem embutidas.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial - Conectores para cabo coaxial.
• Conector F
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial - Conectores para cabo coaxial.
• Conector N
Os conectores N são comumente utilizados em aplicações de dados e vídeo, em
conjunto com o cabo coaxial grosso, normalmente usados para interligação de
rádios com as antenas, servindo como guias de onda.
Sua conectorização é efetuada por um pino central (baioneta) que deve recobrir
o condutor central do cabo. Sua fixação é composta de um anel externo
recantilhado para encaixe com o conector fêmea.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial - Conectores para cabo coaxial.
• Conector N
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial - Conectores para cabo coaxial.
Conector BNC (Bayonet Neil-Concelman)
O BNC foi o conector mais utilizado nas redes locais de computadores, mas atualmente
não é mais recomendado pelas normas.
Este conector é composto por um pino central (baioneta) que deve ser instalado sobre o
condutor flexível central do cabo. São três os tipos de conectores BNC: os crimpados,
os de três peças e o com rosca.
O primeiro não exige solda, mas necessita de crimpagem com alicate especial. O
segundo, pode exigir crimpagem ou soldagem para fixação da baioneta. O terceiro é
rosqueado no cabo.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial - Conectores para cabo coaxial.
Conector BNC (Bayonet Neil-Concelman)
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Categorias de cabeamento metálico
- Cabo coaxial
Os projetos de redes de computadores atuais vêm utilizando o cabo de par trançado
em substituição ao cabo coaxial fino, principalmente devido ao seu preço e a
facilidade de instalação e manutenção. Em comparação ao cabo coaxial, o cabo de
par trançado é um meio de transmissão de menor custo por unidade de
comprimento.
Você viu quantas informações importantes foram apresentadas? Você pôde conhecer
os tipos de cabos metálicos, bem como os conectores para cabo coaxial, dois
assuntos bastante importantes para melhor compreender e desenvolver os demais
assuntos da disciplina.
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Fim

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