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SUPORTE

BASICO A
VIDA
UNIDADE I
Apresentação

Facilitadora:
Prof. Enfermeira Fatima Cristina Rodrigues Pereira
 Bacharel em Enfermagem
 Pós Graduada em Enfermagem Obstétrica
 Pós Graduada em Enfermagem Forense
 Doula
 Psicanalista Integrativa
Aula 1 - O ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

O Sistema de Emergências Médicas


Atendimento pré hospitalar
Suporte básico de Vida (SBV)
Suporte Avançado de Vida (SAV)
A Corrente de Sobrevida
Atendimento Básico ao Politraumatizado
O ATENDIMENTO DE EMERGENCIA

Os objetivos gerais:
Proporcionar o conhecimento e a proficiência nas técnicas de Suporte Básico de Vida, por meio de
ensinamentos teóricos e de treinamentos práticos realizados com materiais e equipamentos especializados;
discutir os principais temas relacionados às ocorrências das situações de emergência; desenvolver a
consciência sobre a importância do atendimento rápido e hábil nas diversas situações de emergência;
fornecer fundamentos teóricos e práticos dos atendimentos às vítimas em situações de emergência; e
conhecer o papel do profissional de saúde diante das situações de emergência.

Objetivos específicos:
Identificar as principais situações de emergência, fazendo a avaliação inicial da vítima; conhecer os
Sistemas de Emergências Médicas (EMS); estudar os aspectos legais e éticos nos atendimentos de
emergências; conhecer os protocolos para atendimentos de emergências; capacitar o aluno para atuar em
situações de emergência.
SBV servem para ....

MANTER SINAIS VITAIS


SINAIS VITAIS : São aqueles que evidenciam o funcionamento e alterações da função corporal
O SISTEMA DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS

O sistema de emergência médica pré-hospitalar teve sua consolidação durante


a guerra do Vietnã, reduzindo drasticamente o risco de morte dos feridos, seja
através do controle de grandes hemorragias, como também no transporte
rápido das vítimas até os centros especializados. Na década de 1970, houve
uma valorização desse tipo de atendimento e a criação de insumos importantes,
como o desfibrilador cardíaco, instrumento utilizado até hoje, contudo, com uma
influência tecnológica invejável.
O Serviço de Emergência Médica (SEM) consiste num conjunto de ações extra-
hospitalares, hospitalares e intra-hospitalares que possibilitam uma ação
multidisciplinar rápida e eficaz em situações de emergência clínica ou
traumática e com risco de vida eminente.
Ele tem como representação visual um símbolo de origem americana
denominado Estrela da Vida, constituído por seis faixas e pelo bastão com a
serpente enrolada, no centro, que está relacionado à área da saúde. Cada faixa
corresponde às fases de um atendimento de emergência:
ESTRELA DA VIDA

1. Detecção – percepção da situação de emergência e da


presença de vítimas.
2. Alerta – rede de contatos.
• Alguns autores defendem a existência de uma fase
intermediária.
• Proteção – ações desenvolvidas para evitar um agravo da
situação de emergência.
3. Pré-socorro – medidas adotadas até o socorro especializado.6
4. Socorro – cuidados direcionados à vítima com intuito de aliviar
o sofrimento, reduzir a incapacidade e prevenir a morte.
5. Transporte – transferência da vítima do local do acidente até a
unidade de saúde que ofereça tratamento adequado.
6. Tratamento definitivo – local onde o tratamento definitivo da
vítima é realizado
HORA DE OURO
APH – ATENDIMENTO PRE HOSPITALAR

A Portaria nº 814, de 24 de julho de 1999 regulariza as atividades do


APH em todo o Brasil, enquanto que a Portaria nº 884/GM, de 2001,
normatiza os Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel de
Urgência e define princípios e diretrizes da regulação médica das
urgências; em 2002, a portaria nº 2048/GM, estruturou o Sistema de
Urgência e Emergência e o Atendimento Pré-Hospitalar em dois tipos
de atendimentos, o Suporte Básico de Vida e o Suporte Avançado de
Vida, e um ano depois houve a consolidação do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu – 192).
OS DIFERENTES TIPOS DE TRANSPORTE
A remoção da vítima dependendo da gravidade e do risco de vida
apresentado. Entre eles podemos destacar:
 Ambulância de Transporte (Tipo A),
 Ambulância de Suporte Básico (Tipo B),
 Ambulância de Resgate (Tipo C),
 Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D),
 Aeronave de Transporte Médico (Tipo E),
 Embarcação de Transporte (Tipo F)
APH – ATENDIMENTO PRE HOSPITALAR
APH – ATENDIMENTO PRE HOSPITALAR
O ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR

O Ministério da Saúde define APH como os cuidados imediatos


oferecidos às vítimas de agravos traumáticos ou não, que podem
acarretar sofrimento e até morte, no local do acidente, prestados por
profissionais treinados, como bombeiros, policiais, médicos, equipe de
enfermagem (enfermeiro, auxiliares e técnicos) até o
encaminhamento da vítima, que pode ser aéreo, terrestre ou marítimo,
dependendo da gravidade, para um serviço de saúde especializado.

O APH envolve uma sequência de atividades que compreendem desde


a segurança do local, avaliação
inicial da vítima e estabilização dos sinais vitais é até o transporte
adequado e rápido para uma unidade
especializada. Para que esse atendimento seja eficaz, é necessário
que a equipe tenha um preparo
emocional, cognitivo e psicomotor.
Antes da determinação do tipo de atendimento, o socorrista é
obrigado a avaliar a cena para que
possa dimensionar os riscos potenciais existentes nela, prevenindo,
dessa maneira, outros acidentes que
possam vir a ocorrer
O ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR

A AVALIAÇÃO DE CENA É DIVIDA EM QUATRO FASES:

1. Segurança – verificar se a cena é segura para ser abordada.

2. Cinemática do trauma – verificar como se deu o acidente ou


sinistro.

3. Bioproteção – uso de equipamentos de proteção individual


(EPIs), luvas, óculos de proteção e máscara, para evitar a
contaminação por agentes biológicos ou substâncias tóxicas.

4. Triagem e número de vítimas.

A execução do APH pode ser realizada em dois modelos distintos:


suporte básico de vida (SBV) e suporte avançado de vida (SAV).
(BLS ou SBV),Podem, e devem ser executados por qualquer pessoa,
SUPORTE BASICO A VIDA desde que devidamente treinada e capacitada. Daí a grande
importância do treinamento da população.

Consiste no atendimento básico, isento de cuidados


invasivos, podendo ser realizado por leigos
previamente treinados. A unidade móvel é composta
de um motorista e um técnico ou auxiliar de
enfermagem, cabendo a eles atender situações de
inexistência de risco imediato à vida.
Compete à equipe de suporte básico:
• Atendimentos a pacientes traumatizados,
quaisquer que sejam as causas, uma vez que seja
estabelecido pelo médico regulador que não há risco
imediato à vida.
• Atendimentos a pacientes portadores de
patologias clínicas, quaisquer que sejam as
etiologias, uma vez que seja estabelecido pelo
médico regulador que não há risco imediato à vida.
SUPORTE AVANÇADO A VIDA SAV (ALS, do inglês: Advanced life support) —
manobras invasivas específicas e mais complexas
para o tratamento de agravos à saúde.

Suporte avançado de vida (SAV) É caracterizado pelo


atendimento mais invasivo e com suporte ventilatório e
circulatório, em situações em que há um grau de
comprometimento das funções vitais capaz de
comprometer seriamente a qualidade ou a expectativa de
vida da vítima. Essa unidade móvel é formada,
obrigatoriamente, por um médico, um enfermeiro e um
motorista, que se revezam conforme escala de trabalho
pré-determinada. Compete, portanto, à equipe de suporte
avançado: • Atendimentos a pacientes traumatizados,
quaisquer que sejam as causas com risco imediato à vida.
• Atendimentos a pacientes portadores de patologias
clínicas, quaisquer que sejam as etiologias em que haja
risco imediato à vida.
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR

•Reconhecimento e acionamento do Serviço


Médico de Emergência. ...
•Os socorristas podem ativar o serviço médico
de emergência ( ou seja, via telefone celular)
sem sair do lado da vítima.
•RCP imediata de alta qualidade. ...
•Rápida desfibrilação. ...
•Serviços Médicos Básicos e Avançados de
Emergência.
AVALIAÇÃO PRIMARIA
Ao deparar com qualquer acidente, alguns aspectos devem ser considerados
obrigatoriamente, para manter a segurança tanto da pessoa que estará prestando os
cuidados quanto da própria vítima.
• Segurança do local do acidente.
• Quantidade de vítimas.
• Gravidade do caso.
• Nível de consciência da(s) vítima(s).
• Necessidade de movimentação/remoção da(s) vítima(s).
• Informação das testemunhas.
• Mecanismo de lesão e cinemática do trauma.
• Estado geral da(s) vítima(s).
As informações obtidas por esse processo são de extrema valia para o posterior exame a
ser realizado na vítima, pois com base nas lesões sofridas e nos seus sinais vitais, as
prioridades do atendimento serão estabelecidas.
Outro ponto, não menos importante, para que não haja contaminação, é a utilização de
equipamento de proteção individual (EPI) pelo socorrista, antes da manipulação da
vítima, como: luvas de procedimentos, avental, óculos e máscara. Na ausência desse
material, deve-se tentar ter o máximo de cuidado ao manipular a vítima.

https://www.youtube.com/watch?v=2eTD7uf4vz0
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

A avaliação secundária é a realização do exame da vítima de uma


emergência clínica ou traumática. Ela deve ser rápida, sistemática e realizada
imediatamente após a avaliação inicial da cena e deve compreender:
• Nível de consciência (respostas lógicas de nome, idade).
• Respiração (entrada e saída de ar espontânea).
• Presença de hemorragia (detectar quantidade e local de saída).
• Tamanho e simetria das pupilas.
• Temperatura corporal.
• Presença de ferimentos e incapacidade funcional. • Áreas dolorosas.
NORMATIVA 2020
ATENDIMENTO BÁSICO AO POLITRAUMATIZADO

Etapas Sistematização:
• Preparação.
• Triagem.
• Exame primário (CAB da vida).
• Reanimação.
• Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação.
• Exame secundário e história pregressa.
• Medidas auxiliares ao exame secundário.
• Reavaliação e monitoração após a reanimação.
• Cuidados definitivos.
É necessário que os exames primários e secundários sejam feitos
continuamente no decorrer do atendimento, haja vista que uma vítima
de trauma pode reverter seu quadro em muito pouco tempo. Para um
atendimento adequado à vítima de trauma, as atividades citadas,
muitas vezes, são realizadas simultaneamente, pois a vítima
necessita de um cuidado rápido e eficaz, específico para a situação
vivenciada. Para uma vítima gravemente traumatizada, o limite entre
a vida e a morte pode ser definido nos primeiros momentos do
atendimento
EXAME PRIMARIO

Exame primário: para identificar e corrigir as


condições da vítima que ofereçam risco de
morte, faz-se necessária uma avaliação rápida e
dinâmica, para estabelecer prioridades e
otimizar o atendimento. O exame primário deve
ser feito em não mais que 5 a 10 minutos e ser
conduzido de acordo com o mnemônico ABCDE
do trauma (ATLS): — A (airway): vias aéreas +
proteção da coluna cervical.
— B (breathing): respiração e ventilação.
— C (circulation): circulação com controle da
hemorragia.
— D (disability): incapacidade, estado
neurológico.
— E (exposure): exposição com controle do
ambiente. Só se passa para o próximo passo
após o anterior ter sido completamente
resolvido
EXAME SECUNDARIO

Exame secundário Imediatamente após a estabilização


da vítima e o exame primário, deve ser feita a avaliação
secundária, que consiste em um exame geral minucioso,
associado com exames complementares, como
radiografias e estudos laboratoriais, para posterior
tratamento definitivo eficaz.
A responsabilidade da equipe de profissionais que atuam
na área de APH ocorre quando esta não cumpre a
obrigação que tem em relação à vítima, causando-lhe
dano. Isso inclui alguns atos que caracterizam o erro,
como a negligência, que constitui a omissão ou a não
observância de determinados deveres por parte da
equipe;
Imprudência: que constitui a omissão de cautela,
Precipitação ou Audácia: do ato a ser realizado pela
equipe;
Imperícia: que constitui a inaptidão, ignorância, falta de
destreza ou insuficiência de conhecimento técnico.
CURSOS ESPECIFICOS DE CAPACITAÇÃO EM
EMERGENCIAS MÉDICAS
Numa tentativa de padronização e uniformização das condutas
a serem tomadas no atendimento às emergências médicas,
várias instituições de ensino de vários países, sobretudo
Estados Unidos, desenvolveram cursos de capacitação, que
estão sendo difundidos em todo o mundo, tais como: o
PreHospital Trauma Life Support (PHTLS), da National
Association of Emergency Medical Technicians; o Advanced
Trauma Life Support (ATLS), do American College of Surgeons;
o Advanced Cardiac Life Support (ACLS) e o Brain Attack, da
American Heart Association; o Fundamental Critical Care
Support (FCCS), da Society of Critical Care Medicine; o Pediatric
Advanced Life Support (PALS), da American Academy of
Pediatrics e da American Heart Association. Esses cursos são
elaborados com um alto nível de conteúdo científico e
realizados dentro de padrões didáticos preestabelecidos,
rígidos e atualizados periodicamente, para que o conteúdo do
manual acompanhe a evolução do conhecimento médico e
tecnológico.
APH

https://www.youtube.com/watch?v=953jdXVfuHE
Live de APH – EXAME PRIMARIO
https://www.youtube.com/watch?v=RKuoUFTQL_Q
Live de APH – ATENDIMENTO INICIAL CABC

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