Formação do docente
Universitário:
Como nos tornamos professores
do ensino superior?
Quais os espaços de formação?
“ ... dos docentes universitários costuma-se esperar um
conhecimento do campo científico de sua área, alicerçado
nos rigores da ciência e um exercício profissional que
legitime esse saber no espaço da prática. Contando com a
maturidade dos alunos do ensino superior para responder
às exigências da aprendizagem nesse nível e, tendo como
pressuposto o paradigma tradicional de transmissão do
conhecimento, não se registra, historicamente, uma
preocupação significativa com os conhecimentos
pedagógicos” (Cunha, 2004, p. 527).
A pedagogia e os processos didático-
pedagógicos historicamente estavam voltados à
criança, de um lado e, por outro, a docência
marcada predominantemente pela presença
feminina. Assim é de se estranhar (ou não) que
em 2011, tanto no espaço público quanto no
privado a docência do ensino superior ainda seja
marcadamente masculina.
Com isso para se pensar as questões da ação
docente no Ensino superior é preciso considerar
estes elementos, pois eles nos ajudam a
compreender o quadro que temos hoje.
“Os docentes universitários ensinam geralmente como
foram ensinados, garantindo, pela sua prática, uma
transmissão mais ou menos eficiente de saberes e uma
socialização idêntica àquela de que eles próprios foram
objeto” (Cunha, 2004, 529).
Sobre espaços de formação
O pós-graduação strictu-sensu forma
pesquisadores, preocupações com o
conhecimento pedagógico é praticamente
inexistente. Sobra as iniciativas de “estágio
docente” ou experiência de docência no ensino
superior (proposta fragilizada em sua concepção
e execução).
Na avaliação de Mizukami (2006, p. 06):
“A docência no ensino superior é ainda território
que apresenta iniciativas tímidas -
comparativamente às demais -, embora mais
recentemente também tenha passado a fazer
parte do debate da área de forma mais
sistemática”.
Como nos tornamos
professores universitários?
• Lançando mão de nossas próprias experiências,
experimentando...
• São ações auto-formativas que vão acontecendo nas
relações interpessoais com colegas, alunos. O
contexto institucional nesse sentido acaba sendo
fundamental para proporcionar espaços de encontro e
trocas de fazeres de docentes.
Trabalho docente
• Talvez, para o caso do trabalho docente, a
concepção de profissionalidade seja mais
adequada do que a de profissão. Pois o
exercício da docência nunca é estático e
permanente; é sempre processo, é mudança,
nunca é repetitivo, são novas experiências,
novo contexto, novo tempo, novas interações.
Movimento Paradoxal
A dinâmica da
ação docente
como
Conhecimento a ser
permanente
transmitido, a
processo,
oficialidade, a
conjunto de
ciência e o rigor
mudanças,
interação,
metamorfose, ....
É neste espaço, quase como se fosse um
intervalo, ou como prefere Homi Bhabha um
“entre-lugar” que situamos nossa ação docente
no ensino superior.
2. Sobre a Autonomia Didática
O professor se ancora nos conhecimentos científicos
apropriados durante sua formação acadêmica e
dinamicamente os (re) elabora no ato mesmo de
ensinar, produzindo o que podemos nominar como o
saber pedagógico, um saber atravessado pelos
pressupostos científicos, e permeados pela ação
educativa, produzindo um outro saber, qual seja, o
saber pedagógico, o saber da ação docente.
• Apresenta-se aqui o papel da didática em
auxiliar o professor a fazer a tradução do
conhecimento cientifico para o
conhecimento pedagógico.
Assim deve entrar em cena outros
elementos, pois a prática, por si só, não
supre o domínio dos conteúdos específicos
de forma satisfatória e não oferece, de
forma sistematizada e articulada, a base de
conhecimento que o professor necessita
para ensinar.
3. Sobre o Saber pedagógico
Saber