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Direito das Minorias: COMUNIDADES

QUILOMBOLAS

Prof. Dr. André Fonsêca


MINORIAS
O termo minoria diz respeito a determinado
grupo humano ou social que esteja em
inferioridade numérica ou em situação de
subordinação socioeconômica, política ou cultural,
em relação a outro grupo, que é maioritário ou
dominante em uma dada sociedade. Uma minoria
pode ser étnica, religiosa, linguística, de gênero,
condição física ou psíquica.
Grupos étnicos e raciais cujos membros podem vir
a sofrer qualquer tipo de discriminação são
chamados de minorias. O termo “minoria” está mais
associado a fatores sociais do que ao número de
pessoas que constitui um segmento da sociedade.
Exemplos: -pessoas com olhos verdes;
-Apartheid na África do Sul
MINORIAS

-De acordo com a perspectiva sociológica, as


minorias geralmente possuem um senso
de identidade grupal (o conceito de pertencerem a
um grupo)e de separação (o sentimento de
isolação). Geralmente, vivem em certas regiões de
um país, em certas cidades e bairros. Por exemplo,
muitos japoneses que imigraram para o Brasil se
estabeleceram na cidade de São Paulo e no bairro
da Liberdade.
-Em uma democracia, é importante que as minorias
participem e ajudem a influenciar a esfera pública
do país onde vivem (garantindo o prevalecimento da
igualdade e da justiça).
O que eram os quilombos?
Os quilombos eram espécies de comunidades
compostas por ex-escravos que fugiam das fazendas
na época do Brasil Colonial. O período de maior
formação dos quilombos foi entre os séculos XVI e
XIX.
Conceito de Quilombos
O termo quilombo, originalmente era utilizado
apenas para chamar um local utilizado por populações
nômades, ou então pequenos acampamentos de
comerciantes, e com o início da escravidão, os
escravos adotaram o termo para o lugar que eles
fugiam, e foi no Brasil que o termo ganhou o sentido
que tem atualmente.
Onde se Localizavam?
Ficavam escondidas nas matas, em lugares
preferencialmente inacessíveis, como o alto das
montanhas e grutas, e era onde então os escravos se
reuniam e conseguiam levar uma vida livre.
Por que localizados em locais
de difícil acesso?
A razão pela qual os quilombos se situavam nas
matas era estratégica. Era escolhido para evitar
uma recaptura.
Diversas vezes os quilombos não abrigavam
só escravos, mas também índios e pessoas
procuradas pela justiça.
Como se Organizavam?
Tinham uma organização parecida com as
aldeias africanas, de onde os quilombolas eram
originários.
Havia uma divisão de tarefas e todos
trabalhavam. Um líder geralmente comandava o
quilombo. Viviam, principalmente, da agricultura de
subsistência e da pesca. Podiam viver de acordo com
seus hábitos culturais africanos e praticar livremente
seus cultos religiosos.
Combater os Quilombos
Era muito comum os fazendeiros e senhores de
engenhos contratarem homens armados para
desfazerem os quilombos e capturar os escravos
fugitivos.
Ocorreram vários combates entres estes
homens e os quilombolas durante o período colonial. Os
quilombolas resistiam e, muitas vezes, protegiam o
quilombo mantendo sua existência.
Agora com o reconhecimento internacional a Serra da Barriga, em União dos
Palmares (AL), ganha mais visão e destaque como ponto turístico, histórico e
cultural brasileiro 
Quilombo dos Palmares

Em 1630, devido a invasão holandesa


Pernambuco, muitos senhores em
de engenho
abandonaram suas terras. Isso foi uma grande
oportunidade para que muitos escravos fugissem e
procurassem um quilombo, tornando-se, assim,
quilombolas.
Quilombo dos Palmares
O quilombo que ficou mais conhecido foi o de
Palmares. Teve como um dos principais líderes o ex-
escravo conhecido como Zumbi dos Palmares.
Quilombos Remanescentes
Até hoje, principalmente em regiões do interior
do Brasil, existem quilombos. Chamados de quilombos
remanescentes, eles são habitados por descendentes
de ex-escravos. Uma das principais lutas dos
quilombolas atuais é pela posse da terra.
Número de
comunidades
quilombolas
Levantamento da Fundação Cultural Palmares mapeou 3.524 dessas
comunidades.
Atuar em Quilombos
1) Compreender historicamente e reconhecer a existência
de comunidades quilombolas;
2) Importa aproximar afetivamente, ouvir e conhecer de
perto, sem qualquer juízo de valor, a história de luta da
comunidade (principalmente, luta fundiária);
3) Deixar que a história coletiva da comunidade – que se
concretiza em histórias de vida pessoais, com todos os
altos e baixos, valores e acertos, mas também limites e
contradições;
4) Importa pensar em como ajudar a comunidade avançar
em suas lutas e conquistas políticas de cidadania;
5) Assumir o compromisso de defender seus interesses e,
de forma crescente, a inserir-se nos âmbitos municipal,
regional, estadual, nacional e até mesmo internacional para
participar da vida em sociedade

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