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AULA Nº: 14

ASSUNTO: MODALIDADE PARALIMPICAS : vôlei sentado e


triatlo paralimpico
SÉRIE: 6° ano
PROFESSORA: Camila longo

EDUCAÇÃO FISICA
ESPORTES PARALÍMPICOS
A IMPORTÂNCIA DO DESPORTO PARALÍMPICO

Para as pessoas com deficiência, praticar esportes pode representar


muito mais que saúde, são vários os aspectos positivos. O esporte
melhora a condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força,
a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor.
No aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de
sociabilização entre pessoas com e sem deficiências, além de torná-
lo mais independente no seu dia a dia. Isso sem levar em conta a
percepção que a sociedade passa a ter das pessoas com
deficiência, acreditando nas suas inúmeras potencialidades.
Inclusão é palavra chave
Especialistas citam diversos motivos para que o vôlei
sentado seja apresentado por educadores a pessoas com
alguma limitação física. Um dos pontos fundamentais é a
melhora da saúde, principalmente em aspectos
relacionados às limitações físicas, como possíveis dores
crônicas. As indicações também são positivas no combate
a diagnósticos de ansiedade e depressão.
Modalidades

São vários os esportes praticados em todo o mundo e novidades


sempre surgem nessa área. No Brasil, as mais comuns são:
Natação, Atletismo, Basquete em cadeiras de roda, Voleibol
sentados, Futebol de cinco, Futebol de Paralisados Cerebrais,
Tênis, Tênis de mesa e Bocha. “Todos os esportes têm uma série
de adaptações e regras específicas. Além disso, existem dentro
das mesmas modalidades classificações funcionais, para dar
condição de igualdade e competitividade”.
Esportes mais comuns por tipo de
deficiência:

Pessoas com deficiência visual: atletismo, ciclismo,


futebol, judô, natação, goalball, hipismo, halterofilismo e
esportes de inverno.
Pessoas com deficiência auditiva: atletismo,
basquetebol, ciclismo, futebol, handebol, natação, vôlei,
natação, e muitas outras (quase as mesmas das pessoas
sem deficiência, pois não existem grandes limitações dos
deficientes auditivos).
Esportes mais comuns por tipo de
deficiência:

Pessoas com deficiência física: atletismo, arco e flecha,


basquetebol em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima
em cadeira de rodas, futebol para amputados e paralisados
cerebrais, halterofilismo, hipismo, iatismo, natação, rugby,
tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, voleibol sentado
e para amputados e modalidades de inverno.
Em nossa aula de hoje vamos falar de dois esporte
paralímpicos de grande repercussão nacional e
internacional, que trás também grandes historias de
superação, pois a importância do esporte como
inclusão é de grande êxodo para quem o pratica, e
vamos falar do vôlei sentado e do triatlo.
Vamos la...
goalboll

Vôlei sentado
Goalboll
Vôlei sentado
O vôlei sentado é uma modalidade do esporte que foi adaptada
para pessoas que possuem algum tipo de deficiência física
relacionada à locomoção.
No entanto, ele também pode ser praticado por todas as pessoas,
inclusive nas aulas de educação física nas escolas. Isso porque o
vôlei sentado melhora a saúde física, os reflexos, a agilidade e a
coordenação motora. Além disso, é esporte muito divertido que
ajuda a diminuir a ansiedade e as dores musculares.
Regras oficiais do vôlei sentado
a área de jogo é o espaço da quadra, que mede 10 x 6 metros, e a zona
livre, que deve ter no mínimo 3 metros de largura em todos os lados;
a altura da rede é de 1,15 para a modalidade masculina e 1,05 para a
feminina;
há duas equipes com 12 jogadores cada, sendo que 6 ficam na reserva
e 6 em quadra;
os jogadores podem ter as funções: ataque, defesa ou líbero (que fica
no fundo da quadra, sendo um especialista em defesa);
o jogo engloba 5 sets de 25 pontos corridos cada e vence o time que
ganhar 3 sets;
Regras oficiais do vôlei sentado
se houver empate dos sets (2x2), o último set, chamado de tie-break,
será determinante. Diferente dos outros sets, os pontos vão até 15.
os jogadores não podem bater na bola sem estar em contato com o
solo;
cada equipe pode somente tocar três vezes na bola antes de passar
ao time adversário;
os pontos são feitos quando a bola toca o chão da quadra do time
adversário;
diferente do vôlei tradicional, no vôlei sentado o saque pode ser
bloqueado pelos jogadores da linha de frente.
Linhas e zonas da quadra de vôlei
sentado
Muito similar ao voleibol tradicional, nessa modalidade há linhas e zonas. Todas as
linhas da quadra devem ser de cor clara e com 5 cm de largura.
Linhas de delimitação: 4 linhas que delimitam a quadra de jogo (duas linhas laterais
e duas linhas de fundo).
Linha central: divide a quadra em dois espaços de 5 e 6 metros.
Linha de ataque: estão a 2 metros do centro do campo e marca a zona da frente.
Zona de frente: próxima da rede, ela é limitada pela linha central e a linha de ataque.
Zona de saque: local onde é realizado o saque. Possui 6 metros de largura e se
estende até o fim da zona livre.
Classificação Funcional
O primeiro tipo de classificação para pessoas com deficiência física foi desenvolvido
ainda no início do esporte para deficientes, que ocorreu na Inglaterra, em 1944, por
meio de médicos e especialistas da área de reabilitação.
Conceitualmente, a classificação utilizada hoje na prática do desporto adaptado
constitui-se em um favor de nivelamento entre os aspectos da capacidade física e
competitiva, colocando as deficiências semelhantes em um grupo determinado. Isso
permite oportunizar a competição entre indivíduos com várias sequelas de
deficiência, pois o sistema de classificação eficiente é o pré-requisito para uma
competição mais equiparada.
Como Funciona a Classificação
No Brasil, o método foi usado pela primeira vez em 1984, no campeonato de
Basquete de Rodas (ABRADECAR). Na década de 90, com a introdução da
classificação funcional no basquete, também foram propostas mudanças no
atletismo.
Cada esporte determina seu próprio sistema de classificação, baseado nas
habilidades funcionais, identificando as áreas chaves que afetam o
desempenho para a performance básica do esporte escolhido. A habilidade
funcional necessária independe do nível de habilidade ou treinamento
adquirido. Um atleta que compete em mais de um esporte recebe uma
classificação diferenciada para cada modalidade.
Classificação do vôlei sentado

Dependendo da gravidade da deficiência e das limitações, os


jogadores do voleibol sentado são classificados em dois grupos:
 Deficiência severa (VS1): apresentam deficiências relacionadas
à locomoção mais acentuadas, por exemplo, pernas ou braços
amputados.
 Deficiência leve (VS2): apresentam deficiências quase
imperceptíveis, por exemplo, pequenas amputações dos
membros.
Quando surgiu o voleibol sentado?
Essa modalidade surgiu em 1956 na cidade de Arnhem, na
Holanda.
Ela foi criada por meio da junção do tradicional voleibol e um
jogo alemão chamado sitzbal, que também é praticado
sentado, mas ao invés de uma rede que divide a quadra, há
uma fita.
Quando foi criada, essa modalidade era praticada apenas
por homens, mas com o tempo as mulheres começaram a
participar também.
O vôlei sentado no Brasil
No Brasil, o voleibol sentado começou a ser praticado em 2002. No
ano seguinte, foi fundada a Confederação Brasileira de Voleibol para
Deficientes (CBVD) e, nesse mesmo ano, a seleção masculina
participou dos jogos Parapan-Americanos e obteve a medalha de
prata.
Atualmente, a seleção masculina possui 3 medalhas de ouro nos
jogos Parapan-Americanos (2007, Rio de Janeiro; 2011,
Guadalajara; 2015, Toronto). Já no campeonato mundial de 2014, a
seleção conquistou a medalha de prata.
goalboll

Triathlon
TRIATHLON PARALÍMPICO
A acessibilidade, capacidade de competir e o grande exemplo de
superação fez com que o Triathlon Paralímpico aparecesse como
opção para atletas com os mais variados tipos de deficiência. Trata-se
de um esporte moderno, emocionante e dinâmico, que busca
incansavelmente a igualdade de participação em todos os nossos
eventos.
Desde 1995, a ITU organiza campeonatos mundiais anualmente e o
número de competidores aumenta em ritmo acelerado, inclusive no
Brasil que há quase 20 anos tem paratriatletas representando o país
em competições internacionais de alto nível.
Como é disputado
Esta modalidade une natação, ciclismo e corrida em uma mesma disputa.
As provas são disputadas na ordem citada, sem intervalos entre as
modalidades.
• A distância padrão utilizada é a Sprint – de 750m de natação, 20km de
ciclismo e 5km de corrida. Em 11 de dezembro de 2010, o IPC anunciou
que o Paratriathlon foi oficialmente aceito para integrar o programa oficial
da competição e a modalidade fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos
doRio de Janeiro em 2016.
• CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
• A União Internacional de Triathlon – ITU adota 6 categorias em seus
sistema de classificação funcional:
TRIATHLON
• A distância padrão utilizada é a Sprint – de 750m de
natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida. Em 11 de
dezembro de 2010, o IPC anunciou que o Paratriathlon foi
oficialmente aceito para integrar o programa oficial da
competição e a modalidade fez sua estreia nos Jogos
Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
• CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
• A União Internacional de Triathlon – ITU adota 6 categorias
em seus sistema de classificação funcional:
História
Para-triathlon fez parte pela primeira vez do Programa Paralímpico nos
Jogos Rio 2016, assim como as competições de Paracanoagem.
Desde 1995, há campeonatos mundiais todos os anos, e o número de
competidores no mundo aumenta em ritmo acelerado.
Atualmente, há 5 categorias de atletas com deficiências físicas que
competem nas distâncias de 750m de nado, 20km de bicicleta
(handcycle/tandem), 5km de corrida (cadeira de rodas) nos
Campeonatos Mundiais de Triatlo da International Triathlon Union (ITU
– Federação Internacional de Triatlo) todos os anos.
PTWC: USUÁRIO DE CADEIRA DE RODAS

Existem duas sub-classes, PTWC1 (mais comprometidos) e PTWC2 (menos


comprometidos). Esse comprometimento pode ser uma consequência de carência
de força muscular, deficiência nos membros, hipertonia, ataxia ou atetose, entre
outras condições. Podem fazer parte desse grupo, por exemplo, pessoas com
lesão na medula espinhal, amputados acima do joelho ou pessoas com paralisia
cerebral grave. Para se enquadrar nessa categoria, os atletas devem ter uma
pontuação de até 640,0 pontos na avaliação de classificação.
Após a natação, os atletas devem utilizar uma handcycle para o percurso do
ciclismo e uma cadeira de rodas de corrida para concluir a última etapa.
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PTS2: DEFICIÊNCIAS GRAVES

Inclui atletas com deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou


atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos
diminuída, entre outras condições. Podem fazer parte desse grupo,
por exemplo, pessoas com lesão do plexo braquial, amputados
acima do cotovelo, dupla amputação abaixo do joelho e pessoas
com paralisia cerebral severa. Para se enquadrar nessa categoria,
os atletas devem ter uma pontuação de até 909,9 pontos na
avaliação de classificação.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar
próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
PTS3: DEFICIÊNCIAS SIGNATIVAS
Inclui atletas com deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou
atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos
diminuída, entre outras condições. Podem fazer parte desse grupo,
por exemplo, pessoas com lesão do plexo braquial, amputados
acima do cotovelo, dupla amputação abaixo do joelho e paralisia
cerebral leve. Se enquadram nessa categoria os atletas que
obtiverem uma pontuação entre 910,0 e 979,9 pontos na avaliação
de classificação. Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas
amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio
aprovados.
PTS4: DEFICIÊNCIAS MODERADAS
Inclui atletas com deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou
atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos
diminuída, entre outras condições. Podem fazer parte desse grupo,
por exemplo, amputados abaixo joelho, amputado abaixo do
cotovelo e paralisia cerebral leve. Se enquadram nesta categoria os
atletas que obtiverem uma pontuação entre 980,0 e 1091,9 pontos
na avaliação de classificação.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar
próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
PTS5: DEFICIÊNCIAS LEVES
• Inclui atletas com deficiência nos membros, hipertonia, ataxia
e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de
movimentos diminuída, entre outras condições. Podem fazer
parte desse grupo, por exemplo amputados abaixo joelho,
amputados abaixo do cotovelo e paralisia cerebral leve. Se
enquadram nesta categoria os atletas que obtiverem uma
pontuação entre 1092,0 e 1211,9 pontos na avaliação de
classificação.
• Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem
utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.
PTVI: DEFICIÊNCIAS VISUAL TOTAL OU
PARCIAL

Existem três sub-classes : PTVI1, PTVI22 e PTVI3. Inclui atletas


que são totalmente cegos, pessoas com nenhuma percepção de
luz em qualquer olho, atletas com percepção de luz mínima (PTVI-
B1) e atletas com visão parcial (B2, B3). Um guia é obrigatório
durante toda a prova, sendo que nas etapa de natação e corrida a
dupla é unida uma corda (não elástica) – amarrados pela cintura ou
perna na água e segurando uma ponta cada um na corrida -,
enquanto no percurso de ciclismo a dupla deve utilizar uma
bicicleta tandem.

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