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Título

TURBOGERADORES

André Schönardie Pasqual 07/11/20111


TURBOGERADORES
Conteúdo:
1. Teoria básica de máquinas elétricas;
2. Estrutura básica de unidades térmicas;
3. Estatores de turbogeradores;
4. Rotores de turbogeradores;
5. Sistemas auxiliares – Noções básicas;
6. Aspectos básicos de operação;
7. Ocorrências/Sinistros nos turbogeradores;

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Seja qual for o método de
geração de energia, a
eletricidade é a única
forma de energia cujo
controle, utilização e
conversão em outras
formas é relativamente
fácil (conhecida).
Portanto, a mesma
provavelmente continuará
a ser a forma principal de
energia utilizada pelo
homem. (Irving I. Kosow)

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Conversão eletromagnética de energia:
•Michael Faraday 1831;
•Relaciona as forças elétricas e magnéticas do átomo
com a força mecânica aplicada à matéria e ao
movimento;
•A energia mecânica pode ser convertida em energia
elétrica, e vice-versa, através das máquinas elétricas.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Relações entre indução eletromagnética e
força eletromagnética

Os efeitos eletromagnéticos mais importantes na


ciência são os relativos à força mecânica aplicada a
um corpo em presença de campos elétricos.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Lei de Faraday da indução eletromagnética
•Uma tensão é gerada (induzida) através do movimento
relativo entre um campo magnético e um condutor de
eletricidade.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Fatores que afetam o valor da FEM induzida

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Atividade
Um condutor singelo de 18 polegadas de
comprimento, é movido por uma força mecânica
com um ângulo de 75º com relação a um campo
magnético uniforme de 50.000 linhas/pol², cobrindo
um distância de 720 pol em 1 segundo. Calcule:
A Fem induzida instantânea.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Sentido da FEM induzida – Regra de Fleming

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
“Regra do Saca Rolhas da mão direita”

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Lei de Lenz
Em todos os casos de indução eletromagnética, uma
fem induzida fará com que a corrente circule em um
circuito fechado, num sentido tal que seu efeito
magnético se oponha à variação que a produziu.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Geradores Elementares

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
FEM Senoidal gerada

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Retificação por meio de um comutador
•Todas as máquinas elétricas girantes,
independentemente do seu tipo ou propósito, geram
correntes alternativas (CA);
•A fim de converter a tensão alternada (CA) em
unidirecional, é necessário empregar-se um dispositivo
de chaveamento mecânico, que é acionado pela rotação
mecânica do eixo da máquina;
•Tal dispositivo é chamado de comutador;

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Retificação por meio de um comutador

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Retificação por meio de um comutador

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Comutadores: Excitatrizes UTCH, UTLA e UTAL

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Força Eletromagnética
Uma força eletromagnética existirá entre um condutor e um
campo sempre que o condutor percorrido por uma corrente
estiver localizado no campo magnético, numa posição tal que
haja uma componente do comprimento ativo do condutor
perpendicular ao campo.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Sentido da Força EM e Regra da mão esquerda

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Força Contra Eletromotriz
•Força Contra Eletromotriz é uma aplicação da, e está de
acordo com a, Lei de Lenz.

Quando quer que ocorra a ação motora, uma ação


geradora é simultaneamente desenvolvida.

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1. MÁQUINAS ELÉTRICAS
TEORIA BÁSICA
Comparação entre ação motora e ação geradora

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2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

25
2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

USINAS
TERMOELÉTRICAS
DA TRACTEBEL
ENERGIA.

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2. Unidades térmicas

TURBOGERADORES DA TRACTEBEL ENERGIA


1.Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda - CTJL
•UTLA - #UG1 – Gerador BBC 50 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H – 1965 – 46 anos;
•UTLA - #UG2 – Gerador BBC 50 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H – 1967 – 44 anos;
•UTLA - #UG3 – Gerador ASGEN 66 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H – 1974 – 37 anos;
•UTLA - #UG4 – Gerador ASGEN 66 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H – 1973 – 38 anos;
•UTLB - #UG5 – Gerador SKODA 131 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H –1979 – 32 anos;
•UTLB - #UG6 – Gerador SKODA 131 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H –1980 – 31 anos;
•UTLC - #UG7 – Gerador SKODA 363 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H –1997 – 14 anos;

2.Usina de Cogeração Lages – UCLA


•Gerador Alstom 28 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. Ar – 2003 – 08 anos;

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2. Unidades térmicas

TURBOGERADORES DA TRACTEBEL ENERGIA


3. Usina Termoelétrica Charqueadas - UTCH
•#UG1 – Gerador AEG 18 MW, 6 kV, 50 Hz – Refr. Ar – 1962 – 49 anos;
•#UG2 – Gerador AEG 18 MW, 6 kV, 50 Hz – Refr. Ar – 1962 – 49 anos;
•#UG3 – Gerador AEG 18 MW, 6 kV, 50 Hz – Refr. Ar – 1962 – 49 anos;
•#UG4 – Gerador AEG 18 MW, 6 kV, 50 Hz – Refr. Ar – 1969 – 42 anos;

4. Usina Termoelétrica Alegrete – UTAL


•#UG1 – Gerador CGE 33 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H – 1968 – 43 anos;
•#UG2 – Gerador CGE 33 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. por H – 1968 – 43 anos;

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2. Unidades térmicas
TURBOGERADORES DA TRACTEBEL ENERGIA
5. Usina Termoelétrica Willian Arjona - UTWA
•#UG1 – Gerador Alstom 50 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. Ar – 1999 – 12 anos;
•#UG2 – Gerador Alstom 50 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. Ar – 1999 – 12 anos;
•#UG3 – Gerador GE 37 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. Ar – 2001 – 10 anos;
•#UG4 – Gerador GE 37 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. Ar – 2002 – 09 anos;
•#UG5 – Gerador Alstom 50 MW, 13.8 kV, 60 Hz – Refr. Ar – 2002 – 09 anos;

6. Usina Termoelétrica Ibitiúva - UTIB


•Gerador GE 31 MW, 13.8kV, 60 Hz – Refr. Ar – 2010 – 01 ano;

7. Potência instalada total nas termoelétricas (24 máquinas):


1246 MW
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2. Unidades térmicas

Tipos de Refrigeração de Turbogeradores


1.Refrigeração a ar;
2.Refrigeração a Hidrogênio;
3.Refrigeração a Água/Hidrogênio;

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2. Unidades térmicas

Refrigeração a Ar

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2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

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2. Unidades térmicas

Refrigeração a Água/Hidrogênio

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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO
•O núcleo provê um caminho de baixa relutância para o fluxo magnético;
•Suporte mecânico para o enrolamento do estator;
•O núcleo tem que ser capaz de suportar intensas forças operacionais, tanto
mecânicas quanto magnéticas;
•Funciona como primeira etapa de remoção de calor em enrolamentos de estator
de resfriamento indireto;
•O tamanho do núcleo é determinado pelos requerimentos de densidade de fluxo
magnético;
•A temperatura suportada varia de 300 a 400ºC;
•O núcleo é feito de múltiplas laminações, tipicamente de espessura 0,5mm,
isoladas umas das outras por camada orgânica ou inorgânica de verniz ou filme,
porém curto-circuitadas na parte posterior pelos tirantes de fixação;
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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO
•Esse método padrão reduz as correntes espúrias circulantes no estator, além de
evitar perda de potência desnecessária. Entretanto, a integridade dessa
configuração depende muito da efetividade da isolação inter-laminar. De modo a
manter o tamanho do núcleo o menor possível (bem como a densidade magnética
alta) essas camadas de isolação devem ser muito finas.

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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO

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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO

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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO

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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO
Sistema de Prensagem

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3. ESTATORES

NÚCLEO MAGNÉTICO
Sistema de fixação dos Tirantes

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3. ESTATORES

Barras Estatóricas

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3. ESTATORES
Barras Estatóricas
•Compõem o enrolamento do estator ou armadura do gerador;
•Geram tensão e conduzem correntes alternadas;
•Boa expectativa de vida e baixas perdas;
•Dividida entre parte reta (A,B,C,D) e braço (região de curvatura –
A,B e C,D);

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3. ESTATORES
Barras Estatóricas
•As barras estatóricas são basicamente
condutores (filetes) de cobre com
isolação entre condutores e isolação
para terra (relé 64S);
•O número de camadas de isolação
depende do projeto da máquina: nível
de tensão, característica
construtiva, ...;
•O material isolante utilizado para
isolação de barras são: Fita de mica,
fita de fibra de vidro e resina epoxi.
Para isolação classe F;
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3. ESTATORES
Barras Estatóricas
•A parte reta da barra possui tinta condutiva em sua parte
externa. Dar maior contato elétrico entre barra e núcleo;
•O braço, região de curvatura, possui tinta semicondutiva para
aliviar o gradiente de tensão na superfície da barra. Evitar o efeito
corona;

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3. ESTATORES
Barras Estatóricas – Sistema de Impregnação
•Micadur Compact
– Aquecimento;
– Vácuo;
– Temperatura;
– Resina;
– Pressão;
– Retirada da resina;
– Cura (estufa);

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3. ESTATORES

Sistema de Inserção de Barras

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3. ESTATORES
Barras Estatóricas –Montagem e Fechamento das Ligações

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3. ESTATORES

Atividades
1.Quantas barras possui o gerador da UTCH, sabendo
que o mesmo possui 36 ranhuras?
2.Quantas cunhas possui o gerador da UTCH, sabendo
que o mesmo possui 8 cunhas por ranhura?
3.Quantas ligações série de barras possui o gerador da
UTCH?

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3. ESTATORES
Aspectos de Manutenção no Núcleo Bobinado

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3. ESTATORES
Aspectos de Manutenção no Núcleo Bobinado
•NÚCLEO E BOBINADO – CARCAÇA
– Inspeções em relação a focos de corrosão, estado da pintura de acabamento e
fixação da carcaça / base, realizado em conjunto com a mecânica;
– Verificar a integridade e fixação das tampas e dispositivos internos da carcaça.
• CABECEIRA DE BOBINAS/BARRAS.
– Integridade de compactação da isolação das bobinas;
– Integridade da isolação de acabamento e reforço das bobinas;
– Integridade e posicionamento dos calços de cabeças de bobinas;
– Integridade e posicionamento dos calços de ancoragem das conexões de
ligação;
– Integridade das conexões entre as barras e dos dutos de água de refrigeração
junto às cabeças das bobinas, quando existir;
– Sinais de pontos quentes e/ou sinais de coronas no enrolamento;
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– Integridade dos cap's isolantes, (conexões séries de barras).
3. ESTATORES
Aspectos de Manutenção no Núcleo Bobinado

• DUTOS DE REFRIGERAÇÃO.
• Inspecionar a integridade dos dutos de refrigeração
(núcleo), em relação a choque mecânico
(amassamento de lâminas do núcleo) e obstrução dos
dutos por contaminação.

• PACOTES DE CHAPA.
• Verificar integridade da superfície dos pacotes de
ferro silício e pintura;
• Verificar a ausência de deformações das lâminas,
sinais de sobre aquecimento;
• Verificar o alinhamento e fixação dos espaçadores dos
pacotes de lâminas do núcleo.

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3. ESTATORES
Aspectos de Manutenção no Núcleo Bobinado

• COMPACTAÇÃO DOS PACOTES.


• Verificar, integridade e rigidez das travas das porcas de fixação dos tirantes de prensagem do
núcleo.
• DEDOS DE APERTO.
• Verificar a integridade dos dedos de prensagem;
• Verificar o estado das lâminas adjacentes aos dedos de prensagem.
• CUNHAS (ESTECAS).
• Inspeção e mapeamento em relação ao aspecto geral das cunhas intermediárias e das
extremidades, integridade, posicionamento e aperto radial das cunhas.
• Avaliação das condições das cunhas, método de percussão, sendo verificado as condições de
25% frouxas, 50% frouxas, 75% frouxas e 100 % frouxas.
• Descunhagem e recunhagem com os devidos controles de calços
sob cunhas.

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3. ESTATORES
Aspectos de Manutenção no Núcleo Bobinado

• ENROLAMENTO, (BARRAS / INSPEÇÃO VISUAL).


• Inspecionar as amarrações e calçamento das barras;
• Verificar, integridade e compactação da isolação das barras;
• Verificar sinais de pontos quentes, sinais de corona e desgaste mecânico;
• Verificar a ausência de contaminantes.

• MATERIAL ISOLANTE, (ISOLAÇÃO). 


• Inspeção visual, (desgastes por atrito e contaminação por óleo);
• Testes de resistência de isolamento, com avaliação do índice de polarização (megger/2,5
kVdc - leituras de 60” seg. a 00h10min);
• Rejuvenescimento do enrolamento estatórico, (limpeza, tratamento térmico e pintura de
acabamento).

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3. ESTATORES
Aspectos de Manutenção no Núcleo Bobinado

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3. ESTATORES

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4. ROTORES

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4. ROTORES
Formas construtivas de rotores
•Pólo Liso

•Pólos Salientes

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4. ROTORES

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4. ROTORES
Atividades
1.Quantos pólos existem no gerador da UHMA, se a rotação do
gerador é 120 rpm?
2.Quantos rpm possui o gerador da UTCH, sabendo que a sua
frequência de geração é de 50 Hz e possui dois pólos?
3.Quantos pólos possui o gerador da UTLC, sabendo que o mesmo
gira a 3600 rpm?

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4. ROTORES
Eixo do Rotor
•O eixo de aço forçado do rotor fornece suporte mecânico para o
enrolamento rotórico, sendo a parte mecânica que desliza sobre os
mancais;

•Nas ranhuras do corpo do eixo são acomodadas as bobinas dos dois


pólos do gerador de modo a compor o enrolamento rotórico;
•O número de bobinas e de espiras depende do projeto e potência do
gerador;
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4. ROTORES
Enrolamento Rotórico
•As bobinas do enrolamento rotórico possuem diferentes
dimensionais para inserção e modelagem dentro das suas respectivas
ranhuras;
•As bobinas são constituídas de várias espiras;
•As espiras são barramentos/filetes de cobre;
•Em alguns projetos as espiras são vazadas para fins de
refrigeração, normalmente de hidrogênio que circulam pelo
enrolamento;

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4. ROTORES
Enrolamento Rotórico
•Dentro das ranhuras do rotor existe uma isolação elétrica, com a
finalidade de isolar o enrolamento rotórico do terra (relé 64R);

•Esta isolação é chamada de canaleta isolante, sendo constituída de


Noméx nas laterais e HGW no fundo da ranhura;
•Deve-se tomar muito cuidado neste passo do processo de
fabricação, para não se danificar este isolamento, sob pena de
retrabalho;
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4. ROTORES
Enrolamento Rotórico
•A montagem ou desmontagem do enrolamento rotórico é auxiliada
por meio de um varral;

•As espiras vão sendo alocadas com procedimento adequado nas


ranhuras;

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4. ROTORES
Enrolamento Rotórico
•Entre as espiras existe um isolamento muito importante, constituído
de Noméx;

•Esta cola é utilizada somente na face inferior;

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4. ROTORES
Enrolamento Rotórico
•Após a inserção das espiras, a bobina é calçada provisoriamente
conforme projeto e ajustadas as sobras de isolação entre espiras;

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4. ROTORES
Enrolamento Rotórico
•As cabeças de bobinas devem ser todas calçadas de modo a permitir
a dilatação térmica, porém impedindo a deformação das espiras e
bobinas;
•Caso se tenha uma deformação e venha a ocorrer curtos circuitos,
ocorrerão sinistros neste enrolamento (mais tarde será abordado os
assuntos de sinistros);

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4. ROTORES
Anéis coletores e tubo condutor
•A tensão e corrente de excitação são injetadas no rotor por meio
dos anéis coletores;
•A excitação dos geradores é CC, portanto os anéis coletores são
divididos entre anel positivo e anel negativo;

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4. ROTORES
Anéis coletores e tubo condutor
•Após os anéis coletores a excitação chega ao enrolamento por meio
de um tubo condutor dentro do eixo;

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4. ROTORES
Capas de Contenção – Retaining Rings

•As capas de contenção dão suporte mecânico ao enrolamento


rotórico, não permitindo a centrifugação do mesmo;
•É o componente mais solicitado/estressado de todo o gerador e
possivelmente de todo o conjunto gerador – turbina;
•Material Fe-18Mn-18Cr-0.05C-07N (18:18) e Fe-18Mn-5Cr-0.05C-
07N (18:5);
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4. ROTORES
Capas de Contenção – Retaining Rings
•As capas de contenção são montadas no eixo por meio de
interferência mecânica;
•Interferência mecânica significa que a capa de contenção possui um
dimensional menor que o dimensional do corpo do rotor;
•A montagem e desmontagem das capas de contenção envolvem
trabalhos a quente;

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4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
ANÉIS COLETORES
•Inspecionar superfície de contatos dos anéis coletores em relação ao estado de conservação
e ausência de irregularidades (trincas, poros, pontos de eletroerosão e corrosão de
superfície).
•Regularidade do filme (patina) na região de contato com as escovas;
•Profundidade da ranhura helicoidal, observando as tolerâncias de projeto;
•Rigidez e integridade nas conexões de ligações dos anéis ao enrolamento do rotor,
verificando a ausência de pontos quentes;
•Medir a excentricidade dos anéis coletores em relação ao centro do eixo, (controle
dimensional e run-out dos anéis coletores, consultarem as tolerâncias de desenho/projeto).
•Inspecionar em relação ao nível de contaminação acentuada por pó de grafite e óleo de
lubrificação dos mancais;
•Limpeza geral com solvente (dielétrico / ISO 131 da Isolasil) e secagem;
•Resistência de isolamento (500 Vdc - leituras 60 seg e 10 min. / calcular IP):, antes e após
do rejuvenescimento dos anéis coletores.
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4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
EIXO (MUNHÕES E MANCAIS)
•Inspeção visual e mapeamento do magnetismo residual:
• Regiões dos mancais – 3,0 gauss;
• Regiões dos munhões – 3,0 a 4,0 gauss;
• Regiões dos labirintos – 8,0 gauss;
• Regiões dos acoplamentos – 6,0 a 15,0 gauss;
• Demais peças (carcaça) – máximo 20 gauss.

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4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
VENTILADORES
•Verificar a integridade e fixação das pás de ventilação;
•Verificar posicionamento dos ventiladores no eixo;
•Ensaio de líquido penetrante nas pás, (solicitado à mecânica).

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4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Remoção da pintura de
proteção e acabamento
das capas de contenção,
para avaliação em
relação a: Condição
quanto à integridade da
superfície externa, isenta
de avarias mecânicas
(batidas, esmagamentos,
sinais de sobre
aquecimento localizados,
corrosão, etc.).

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4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Remoção das travas
das capas (anéis e pinos),
caso exista;

80
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Isolamento dos canais
de refrigeração das
capas (lençol de manta
kevila);

81
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
•Preparação e montagem
dos dispositivos para
remoção das capas;

82
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
•Aquecimento da capa,
com controle da
temperatura, não
ultrapassando a
temperatura permitida
para capa Mn18 Cr 5 e
Mn18 Cr18;

83
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Montagem do
dispositivo de remoção
da capa;

84
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Verificar o
desprendimento da capa
nas regiões de
interferências, para sua
remoção;
•Após a remoção
depositar a capa em
local apropriado, ou
seja, manter a capa
envolvida com manta de
kevila até resfriamento
da mesma;

85
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Remover a isolação da
cabeça de bobina e
controlar temperatura;

86
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CAPAS DE CONTENÇÃO
• Após resfriamento da
capa, realizar limpeza e
polimento nas regiões
externas e internas;
•Ensaios não destrutivos,
conforme já
mencionado;
•Controle dimensional
nas regiões externa e
interna da Capa de
Retenção.

87
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
CABEÇAS DE BOBINAS • Nível de contaminação;
• Posicionamento dos calços de
escora axial;
• Posicionamento dos calços
entre bobinas;
• Compactação das espiras das
cabeças das bobinas;
• Movimentações de espiras e
bobinas;
• Sinais de aquecimento na
região das cabeças das
bobinas;
• Condição das calhas isolantes
na região de saída das
ranhuras;
• Condição do isolamento entre
espiras;
• Condições dos calços de saída
de ranhuras;
• Condição dos canais de
refrigeração na parte inferior
das ranhuras;
88
• Dimensional das cabeceiras e
isolação.
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
• Inspeção em relação ao
CUNHAS travamento e possíveis
movimentações.
• Avaliação das condições das
cunhas, realizado pelo método
de percussão, sendo verificado
as condições de 25% frouxas,
50% frouxa, 75% frouxa e 100 %
frouxa.
• Aspectos gerais das cunhas
intermediárias e das
extremidades, (integridade,
posicionamento, interferência
radial e axial).
• Avaliação da fixação das cunhas
(estecas), para o recalçamento.
• Descunhagem geral com
controle dimensional de calços
sob cunhas dos pólos;
• Monitoração contra curto
circuito entre espiras e massa
durante o processo de
recunhagem;
• Realizar o travamento das
cunhas (estecas), nos canais, e
mapeamento das condições de
fixação. 89
4. ROTORES
Aspectos de Manutenção dos Rotores
MUNHÕES
• Inspeção visual;
• Ensaios mecânicos não
destrutivos;

90
4. ROTORES

91
4. ROTORES

92
5. SISTEMAS AUXILIARES
Óleo de Selagem do Alternador

93
5. SISTEMAS AUXILIARES
Sistema de hidrogênio do Alternador

94
5. SISTEMAS AUXILIARES
Sistema de Água no Estator

95
6. OPERAÇÃO -
APSPECTOS BÁSICOS
Operação com tensão e frequência diferentes da nominal

Tensão no estator % 90 100 110


Tensão no estator V 18.000 20.000 22.000
Corrente no estator A 13.207 11.887 10.806
Potência kVA 411,76 411,76 411,76

96
6. OPERAÇÃO -
APSPECTOS BÁSICOS
Operação com ar de resfriamento

97
6. OPERAÇÃO -
APSPECTOS BÁSICOS
Operação com uma seção dos resfriadores de H2 fora de serviço

98
6. OPERAÇÃO -
APSPECTOS BÁSICOS
Operação com diferentes pressões de hidrogênio

99
6. OPERAÇÃO -
APSPECTOS BÁSICOS
Supervisão da máquina em operação

100
7. SINISTROS

101
7. SINISTROS
Falhas de isolação no núcleo bobinado

102
7. SINISTROS
Falhas interlaminares no núcleo

103
7. SINISTROS
Falhas de isolação no núcleo bobinado

104
7. SINISTROS
Objetos estranhos (magnéticos)

105
7. SINISTROS
Efeito Corona

106
7. SINISTROS
Falha de isolação no campo

107
7. SINISTROS
Distorção das bobinas de campo

108
7. SINISTROS
Corrente de aterramento e tensão de eixo

109
7. SINISTROS
Falha de isolação no tubo condutor

110
7. SINISTROS
Ruptura da bandagem da excitatriz

111
7. SINISTROS
Ruptura da capa de contenção

112
Obrigado

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