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Prof. Dr. Helder Anibal Hermini


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A história da Automação

Desenvolvimento da técnica do ar
comprimido

Propriedades do ar comprimido

Vantagens e desvantagens da utilização


da pneumática

Unidades de medida e fundamentos


físicos

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Prólogo
O  Homem    no  decorrer  do  seu 
processo  evolutivo, em determinado
momento necessitou de fontes de energia
para produzir trabalho.
No inicio, utilizou a própria força
muscular,  Em seguida utilizou a energia de
animais, e de elementos da natureza:  
Tração   animal   (Cavalos,   Mulas),  Força
Eólica (Moinhos de Ventos, Caravelas), e a 
Força Hidráulica (Rodas de água).
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Prólogo
Dominando os elementos da natureza,
o homem prospectou minérios, descobriu o
ferro e os metais, aprendeu a moldar estes
metais, e criou a metalurgia. Que associada
ao fogo e a água, passou a gerar  energia
através da pressão do vapor.
E foi esta energia  que passou a
impulsionar as  máquinas e veículos do
mundo.  Contemos um pouco desta
evolução…
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Arquimedes
Matemático,astrônomo
e inventor. Notabilizou-se pela
descoberta de princípios
matemáticos para a medida de
áreas e volumes, pela
invenção de máquinas para a
defesa de sua cidade, Siracusa
, e de diversos princípios da
mecânica dos fluidos.
Chegaram até nossos
dias várias obras a respeito de
Geometria, Hidrostática e
outros ramos da Física que
exerceram grande influência Mosaico do Período Greco-Romano que
durante Renascimento. O mostra Arquimedes sentado à mesa,
famoso Princípio de estudando, interrompido por um
Arquimedes é válido até hoje. soldado romano.

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Arquimedes

No ano 212 A.C., a cidade de Siracusa foi


defendida por Arquimedes que, utilizando
espelhos côncavos formados por segmentos de
espelhos planos, incendiara a esquadra de
Marcelus. A invasão romana havia sido
derrotada pelo sol!. O foco formado pelo
conjunto de espelhos fora dirigido para as velas
das embarcações, cuja temperatura fora
suficiente para queimá-las.

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Ctesíbios
A utilização do ar para a
transmissão de energia
remonta ao terceiro século
antes de Cristo. Desta
época cito-se o uso da força
do ar como auxiliar no
acionamento de um órgão
de água, construído pelo
mecânico Ctesíbios (C. O músico da E toca um órgão movido
a água; o da D, um chifre (cornu),
-270), em Alexandria. espécie de trombeta curva. Consta
que o órgão foi inventado pelo grego
Ctesíbios (c. -270).
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Heron de Alexandria
Heron de Alexandria (Egito) constrói um 
dispositivo esférico, que girava movido pela
pressão de escape do vapor (Princípio de   ação   e
reação).     Denominou o seu invento de Eulópila.

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Heron de Alexandria
Uma das grandes façanhas de
Heron foi o projeto um
dispositivo para a abertura dos
portais de um templo egípcio.
O ar aquecido pela chama do
templo, pressurizava um
recipiente subterrâneo com água,
provocando o escoamento de
porte dela para um balde, cujo
peso finalmente movia o
dispositivo de abertura. As
portas do templo ficavam,
portanto, “automaticamente”,
abertas enquanto a chama
sagrada, no interior do altar,
permanecesse acesa! 12
Heron de Alexandria

É de Heron também o desenvolvimento de


um órgão acionado pneumaticamente:

Um pistão movido por uma hélice do tipo


moinho de vento comprimia ar para dentro de um
reservatório em forma de sino, do qual se
encaminhava o ar para os tubos do árgão. É o
primeiro registro de construção de um reservatório
de ar comprimido objetivando a uniformização da
pressão e do fluxo do ar.

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Pascal

Em 1663 Blaise
Pascal publicou seus
trabalhos sobre o
multiplicação de forças
baseada no distribuição
homogêneo da pressão
estática.

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Dênis Papin “Já que a água goza da propriedade
de que uma pequena quantidade dela
transformada em vapor por meio do
calor tem uma força elástica similar à
do ar, e de que por meio do frio se
transforma de novo em água, de
maneira que não sobra nem rastro
daquela força elástica, cheguei à
conclusão de que é possível construir
máquinas que no seu interior, por
meio de um calor não muito intenso,
se pode produzir um vazio perfeito,
que de maneira nenhuma poderia se
conseguido através da pólvora”.

Esta idéia se constituiu no ponto de partida


para aqueles que inventaram a máquina a vapor.
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Dênis Papin

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James Watt

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James Watt
Algumas máquinas a vapor
foram projetadas aplicando a
teoria de Papin, porém estas
apresentavam:

•Alto consumo de vapor,


•Ausência de válvulas de segurança
•Funcionamento sem lubrificação,
•Abertura manual dos registros de
válvulas

Pensando em sanar estas


deficiências, James Watt
criou a primeira máquina a vapor
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automatizada!
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Grandes Eventos
A construção do túnel de 13,6 km em Mt. Cernis, nos Alpes
Suíços, em 1857, ensejou um marco importante na evolução da
tecnologia do ar comprimido. Com a perfuração manual, previa-
se um prazo de 30 anos para o término da obra. A energia do
vapor, para mover máquinas perfuratrizes, não poderia ser
transmitida com facilidade ao longo das grandes distâncias em
jogo, por causa dos problemas de condensação. Em 1861
instalaram-se perfuratrizes de rocha pneumáticas, do tipo de
Impacto de Germano Sommeiller. Quando as obras terminaram,
em 1871, havia duas linhas instaladas, de 7 km cada, marcando
com grande sucesso a utilização da transmissão de energia
através do ar comprimido, que não só reduziu drasticamente o
tempo de execução da obra, como também absorveu grande
parcela da árdua tarefa dos trabalhadores da construção do
túnel.
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Século XIX
As experiências adquiridas na pneumática estimularam a
mecanização de diversos atividades em Paris como:

•Sistemas postais de distribuição de pacotes,


•Elevadores,
•Teares,
•Máquinas ferramentas.

Estes equipamentos pneumáticos eram alimentados por uma


rede urbana de ar comprimido, com uma potência instalada que
chegou a 18.000 kw em 1891. Porém, com o advento do motor
elétrico, também no fim do século passado, persistiram apenas os
equipamentos pneumáticos usados em locais com perigo de
explosões.
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Década de 50
A década de 50 ficou marcada pelas incursões da
pneumática na construção de elementos lógicos,
quando se percebeu que a transmissão de sinais no ar
pode ser feita a altas velocidades.

Iniciaram-se movimentos técnológicos para o uso


Intensivo de elementos lógicos fluídicos invés de relês
na automatização industrial, associando-os aos
sensores pneumáticos então já disponíveis robustos
confiáveis e duráveis.
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Década de 60
A pneumática começa a tomar vulto como um
recurso a mais, ao lado da hidráulica e da
eletricidade, para apoiar a mecanização e a
automatização industrial.

Quais foram os motivos por esta opção???


1. SIMPLICIDADE e BAIXO CUSTO de seus
componentes básicos,
2. VERSATILIDADE de seu uso para múltiplas
funções e sistemas de acionamento.
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Década de 70
Com a introdução de solenóides para o
acionamento da válvula de comando dos
atuadores pneumáticos, passou-se a usar
intensivamente os relês e as técnicas de
comando digital a eles associadas, para reatar
a lógica dos sinais dos sistemas de comando.

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Década de 70

Até o final da década de setenta


predominava o uso dos elementos
pneumáticos em sistemas pneumáticos
puros e o dos relês em sistemas
eletropneumáticos.

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Década de 80
•A microeletrônica e a informática começam ser implementadas
maciçamente em equipamentos mecânicos e no projeto de
comandos pneumáticos.

•Os microprocessadores, microcontroladores e PLCs, a preços


cada vez mais competitivos substituem gradativamente os
elementos de processamento de sinal pneumáticos e os relês da
eletropneumática, provocando conseqüentemente também o
crescente uso dos sensores elétricos ou eletrônicos como
elementos de sinal.

•A combinação dos atuadores e suas válvulas de comando


pneumáticas com a microeletrônica e a informática acarretam
uma grande revolução na automação industrial. 28
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Matéria que estuda o
movimento dos gases e
Pneumática fenômenos a ele
relacionados.

As vantagens como
também as limitações do
uso da pneumática
resultam basicamente de
Vantagens e duas importantes
desvantagens propriedades do ar:

Compressibilidade e

Baixa viscosidade.
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Principais vantagens da Pneumática

Energia facilmente armazenável e


transportável;

O meio de transporte de energia, o ar é


constantemente renovado pela sucção do
compressor, sem problemas de
envelhecimento, e não são necessárias
canalizações de retorno;

O ar, como fluido de trabalho, não


causa problemas ao meio ambiente; 31
Principais vantagens da Pneumática
Velocidades dos atuadores relativamente
grandes;

Fácil integração com a microeletrônica;

Possibilidade de integração com sistemas


de automação e controle;

Boa relação potência/peso;

Padronização e robustez dos componentes


pneumáticos; 32
Principais vantagens da Pneumática

Enorme flexibilidade de usos e aplicações;

Fácil variação, contínua, das forças e


velocidades de atuação;

Durabilidade, segurança e facilidade de


operação;

Utilizável em ambientes explosivos;

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Principais vantagens da Pneumática

A sobrecarga não causa problemas de danos


nos componentes;

Praticamente insensíveis às mudanças de


temperatura, os componentes pneumáticos
podem ser usados em altas temperaturas.

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Principais desvantagens ou limitações
do uso da Pneumática
Desuniformidade de deslocamento do atuador
quando as forças são variáveis, devida à
compressibilidade do ar;
Limitação das forças máximas de trabalho;
Pouco amortecimento, devido à baixa viscosidade
do ar, propiciando o surgimento de oscilações no
movimento;
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Principais desvantagens ou limitações
do uso da Pneumática

Maiores custos da energia com o ar comprimido,


comparado com os da energia elétrica;

Ruídos;

Liberação de óleo nebulizado no ambiente de


trabalho quando não se usam canalizações para o
retorno do ar.
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As velocidades usuais nos atuadores lineares
são da ordem de 30 a 1500 mm/s, podendo-
se em casos especiais, atingir-se valores da
ordem de 4 a 5 m/s. Para velocidades
menores de 100 mm/s devem ser usados os
cilindros hidropneumáticos para se obter
uma melhor uniformidade de deslocamento
com forças variáveis. Neste caso pode-se
chegar a valores de até 0,5 mm/s.

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As forças usuais obtíveis nos atuadores pneumáticos
são limitadas pelas máximas pressões e diâmetros
disponíveis.

Os custos para a obtenção do ar comprimido crescem


com o aumento da pressão de trabalho.

Para se evitar consumos excessivos de ar comprimido


utilizam-se cilindros com diâmetros não maiores que
200 a 250 mm. Conseqüentemente ficam limitadas as
forças de trabalho.

Os valores máximos usuais são de 30.000 Newtons.

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Unidades básicas

Unidades derivadas

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