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TEORIA DA AGÊNCIA

Mestrado em Gestão Estratégica das Organizações


Disciplina: Finanças Corporativas
Professora: Rosane Seibert
Aluno: Edson Flores de Campos
• No início do século passado, os conflitos entre os diversos interesses
envolvidos nas empresas e os chamados custos de agência não
eram tão relevantes, pois a propriedade e o controle das grandes
empresas estavam nas mãos de determinados indivíduos.
• A crise econômica de 1929, que acarretou grandes perdas para
investidores, e o surgimento das grandes corporações levaram à
desconcentração da propriedade e à criação de um novo modelo
de controle empresarial
• Nesse novo modelo, o principal, o titular da propriedade, delega ao
agente o poder de decisão sobre esse bem. Uma vez que os
interesses do primeiro nem sempre estão alinhados aos do último,
podem ocorrer conflitos.
• Estrutura de controle e de gestão das firmas tem sido alterada juntamente com
as mudanças que vêm ocorrendo na economia. Empresas que antes estavam
nas mãos do proprietário, que além das ações também detinha a administração
da empresa, agora se deparam com a separação das funções entre proprietários
e administradores.

• Dessa maneira, e a partir do momento em que aparecem dois ou mais papéis


dentro da companhia, emergem alguns problemas, desarmonia e contestações
entre os agentes. Esses conflitos são evidenciados por meio da chamada Teoria
da Agência (TA) ou também conhecido como “Problema do Principal – Agente”.
• A Teoria da Agência tem sido utilizada por estudiosos em:
– Contabildade (Demski & Feltham, 1978);
– Economia (Spence & Zeckhauser, 1971);
– Finanças (Fama, 1980);
– Marketing (Basu, Lai, Srinivasan & Staelin, 1985);
– Ciências Politicas (Mitnick, 1986);
– Comportamento Organizacional (Eisenhardt, 1965, 1988; Kosnik, 1987);
– Sociologia (Eccles, 1985; Branco, 1985)
• Seus proponentes argumentaram que uma revolução estava
acontecendo e que as bases para uma poderosa teoria das
organizações estava sendo posta em prática (Jensen, 1983, p.324)

• Seus críticos a chamam de trivial, desumanizada, e até mesmo


“perigosa” (Perrow, 1986, p. 236)

• A teoria da agência enfatiza como os mercados de capitais podem


afetar as empresas (Barney e Ouchi, 1986), ao passo que outros
aurores não fizeram referências aos mercados de capitais
(Anderson, 1985; Menski Feltham, 1978; Eccles, 19895;
Eisenhardt, 1985)
Em que a Teoria da Agência contribui para a teoria
organizacional?
- “exemplos de agência são universais” (Ross, 1973. p. 134);
- “a teoria da agência não aborda nenhum problema claro (Perrow,
1986);
- “excessivamente limitada, focndo somente em valor das ações”
(Hirsch e Friedman, 1986).
Economistas • A Teoria da Agência pode ser revolucionaria

Estudiosos • O valor da Teoria da Agência não é tão óbvia


Organizacionais
Teoria da Agência
Formalizada pelos americanos Michael Jensen e William Meckling
em 1976, a sociedade é concebida como uma rede de
contratos, explícitos e implícitos, os quais estabelecem as funções
e definem os direitos e deveres de todos os stakeholders.

Principal Agente

Proprietário, Empregado,
Executivo Acionista
Teoria da Agência

Contrata

Interesses Interesses
Próprios
Principal Agente
Próprios

Executa
• A Teoria da Agência tem a preocupação de resolver
dois problemas:
– Quando os desejos e objetivos do principal e agente se
conflitam;
– Compartilhamento do risco
• Cada um busca maximizar seus objetivos em detrimento do
outro. Isto origina conflitos como:
- Mudança no bloco controlador
- Disputa entre acionistas
- Desrespeito aos direitos dos acionistas minoritários;
- Transações duvidosas entre as partes relacionadas
- Fechamento de capital
Teoria da Agência

Princípios Fundamentais

Despesas de Monitoramento do
Principal

Despesas que garantem que o


agente não prejudicará o bem estar
do principal com suas ações

Decisão que teria maximizado e


protegido o bem estar do principal
Teoria da Agência

Entraves

Diminuir os riscos dos investidores

Aumentar a participação dos


acionistas nas decisões estratégicas
da empresa
Teoria da Agência
Ferramentas

Participação nos lucros

Sistema de recompensas

Pagamento por produtividade

Governança Corporativa e Controladoria


• Os conflitos de interesse geram custos, pois são
necessárias medidas para monitorar os administradores,
as quais incluem:
– contratação de auditoria independente;
– implementação de medidas de controle;
– gastos com seguros contra danos provocados por atos
desonestos de administradores;
– estabelecimento da remuneração dos agentes vinculada ao
aumento da riqueza dos acionistas, como a concessão de
ações ou opções de ações aos administradores e outros
incentivos ao alinhamento dos interesses entre estes e a
administração.
– Falta de transparência na informação. Onde uma parte tem mais
informações do que a outra, seja de um produto/serviço,
causando um desiquilíbrio organizacional.
Fonte: elaborado por Yuri Areco
Governança Corporativa

Conjunto de práticas adotadas para o controle e


gerenciamento de uma organização que envolve as relações
entre o “principal” e os “agentes”
Governança Corporativa

Conselho de Administração

Auditoria Externa Regras

Conselho Fiscal

Conselhos

Comitês

Diretorias
Princípios

Transparência

Equidade

Prestação de Contas

Responsabilidade Corporativa
Controladoria
Rumos a
Geração de informações serem
seguidos

Observando e Combatendo a
analisando o Controle assimetria da
mercado informação
Teoria da Agência
• Restabelece a
importância de
incentivos e auto
interesse no pensamento
organizacional (Perrow,
1986).
• Nos lembra que grande
parte da vida
organizacional é baseada
em interesse próprio;
Tratamento das
informações

Contribuições

Implicações de Risco
Governança
Teoria da Agência
Corporativa
Controladoria
Teoria da Agência

Uma poderosa teoria


organizacional (Jensen, É uma teoria que não traz
1983) nenhum problema claro, é
estreita, não tem implicações
testáveis e é perigosa (Perrow,
1986)
Teoria da Agência

Fornece uma perspectiva única, realista e


empiricamente testável sobre os
problemas de esforço cooperativo.

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